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Reunião Técnica Perícia Médica

Nexo Técnico Epidemiológico


Previdenciário

Março/2007
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

Reunião Técnica Perícia Médica

- Conceito de NTEP
- Alterações da Lei 8.213/91 e do Decreto 3.048/99
- Instrução Normativa
- Procedimentos de perícia médica relacionados ao NTEP
- Critérios para análise da defesa e do recurso
- Alterações do sistema SABI
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO

● 1, 2 ou 3% incidentes sobre a remuneração paga pela


empresa a seus empregados e trabalhadores
avulsos, conforme ramo de atividade econômica

• Acréscimo de 6, 9 ou 12% para financiamento da


aposentadoria especial
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Fator Acidentário de Prevenção - FAP

• Multiplicador sobre alíquota do SAT

• CID como fonte primária de informação

• Não declaratório (operacionalização automática)


Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

FAP = [ 0,5000 ; 2,000


]

CNAE
grau leve 1%  0,5% a 2%
1%

560 CNAE
3.500.000 empresas
CNAE
grau médio 2%  1% a 4 %
2%

CNAE
grau grave 3%  1,5% a 6 %
3%
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As Dimensões consideradas no
FAP
Probabilística 
Freqüência.
eventos

FAP

dias R$ pagos

Social  Gravidade Econômica 


Custo.
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Nexo Técnico Previdenciário

● Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT

• Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

• Vistorias
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Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário - NTEP

● Abordagem coletiva

• Nexo Presumido ( CID x CNAE )

• Inversão do ônus da prova


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Instrução Normativa

• A Perícia Médica do INSS caracterizará tecnicamente o


acidente do trabalho mediante o reconhecimento do
nexo entre o trabalho e o agravo.

Agravo = lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio,


disfunção ou síndrome de evolução aguda, subaguda ou
crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive
morte, independentemente do tempo de latência.
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Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o


agravo sempre que se verificar nexo técnico
epidemiológico entre a atividade preponderante da
empresa e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade, relacionada na Classificação
Internacional de Doenças em conformidade com o
disposto na Lista B do Anexo II do Regulamento

• Matriz NTEP ( CID x CNAE )

• Lista B (Doença profissional ou do trabalho )


Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

A inexistência de nexo técnico epidemiológico


não elide o nexo entre o trabalho e o agravo,
cabendo à perícia médica a caracterização
técnica do acidente do trabalho, podendo:

• Ouvir testemunhas,
• Solicitar as demonstrações ambientais da
empresa,
• Efetuar pesquisa ou realizar vistoria do local
de trabalho
• Solicitar o Perfil Profissiográfico
Previdenciário - PPP (diretamente ao
empregador)
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A perícia médica do INSS poderá deixar de


aplicar, o NTEP quando dispuser de
informações ou elementos circunstanciados e
contemporâneos à exposição ou à situação
administrativa do segurado que evidenciem a
inexistência do nexo causal entre o trabalho e o
agravo.

Mediante decisão fundamentada


•Justificar parecer
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

- A empresa poderá requerer ao INSS, a não


aplicação do NTEP aos agravos que repute não
possuírem nexo causal com o trabalho exercido
por seus trabalhadores,

- A Agência da Previdência Social - APS


mantenedora do benefício informará ao
segurado sobre a contestação da empresa,
para, querendo, impugná-la, no prazo de 15 dias
da ciência da contestação
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Prazo para apresentação do requerimento:

• Desde a data da entrada do pedido de benefício


sempre que for do seu conhecimento o diagnóstico do
agravo à saúde do trabalhador.

• Até quinze dias após a data para a entrega da GFIP

• Até quinze dias da data em que a empresa tomar


ciência da decisão da perícia médica do INSS do nexo
causal entre o trabalho e o agravo
Obs: O resultado será disponibilizado para consulta pela empresa
via internet
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• A análise do requerimento e das provas produzidas será


realizada pela Perícia Médica do INSS

• Juntamente com o requerimento, a empresa deverá


apresentar documentação probatória, contendo evidências
circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado,
produzidas no âmbito das demonstrações do gerenciamento
dos riscos fisicos, químicos, biológicos, mecânicos e
psicoergonômicos

• A empresa deverá demonstrar que gerencia adequadamente


o ambiente de trabalho, eliminando e controlando os agentes
nocivos à saúde e à integridade física dos trabalhadores.
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A existência ou não de riscos ambientais em níveis ou


concentrações que prejudiquem a saúde ou a
integridade física do trabalhador será comprovada pela
empresa mediante a apresentação dos seguintes
documentos, dentre outros:

•PPRA (NR9)
•PGR (NR22)
•PCMAT (NR 18)
•PCMSO (NR7)
•Análise ergonômica do trabalho (NR17)
•LTCAT
•PPP
•CAT
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• Da decisão do requerimento cabe recurso, com efeito,


suspensivo, ao CRPS.

• A interposição do recurso não prejudica o pagamento


regular do benefício.

• A Perícia médica do INSS procederá a transformação do


benefício concedido enquanto o recurso estiver pendente de
decisão.

• A apresentação do requerimento de não aplicação do NTEP,


no prazo estabelecido, é condição necessária para o
posterior recurso ao CRPS.

• A APS quando da elaboração das contra-razões ao recurso


deverá apontar essa situação antes do encaminhamento do
recurso ao CRPS
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Aplicação do NTEP

• Benefícios requeridos a partir de 1º de abril de 2007.

• Segurados periciados após 1º de abril de 2007

• Recursos tempestivos do segurado visando a


transformação de benefício previdenciário em
acidentário, ainda não analisados pela Perícia Médica,
ainda que impetrados antes do dia 1º de abril de 2007.

Obs: Aos benefícios em manutenção aplica-se a regra


anterior, tendo em vista que a eventual prorrogação do
benefício decorre da incapacidade para o trabalho e não
da natureza do benefício.
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

A Perícia Médica do INSS, quando constatar indícios


de culpa ou dolo por parte do empregador em relação
aos benefícios por incapacidade por esta concedidos
deverá oficiar à Procuradoria Federal Especializada –
INSS, instruindo-a com as evidências e demais meios de
prova colhidos, notadamente quanto aos programas de
gerenciamento de riscos ocupacionais, para as
providencias cabíveis, inclusive, para ajuizamento de
ação regressiva
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

Quando a Perícia Médica do INSS constatar desrespeito à


normas de segurança e saúde do trabalhador, fraude ou
simulação na emissão de documentos de interesse da
Previdência Social por parte do empregador ou de seus
prepostos, deverá produzir relatório circunstanciado da
ocorrência e encaminhá-lo, juntamente com as evidências e
demais meios de prova colhidos, à Procuradoria Federal
Especializada – INSS para conhecimento e providências
pertinentes, inclusive, quando cabíveis, representações ao
Ministério Público e/ou a outros órgãos da Administração
Pública encarregados da fiscalização ou controle da atividade.
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FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

4. Identificar segurado

2. Confirmar Data do Último dia Trabalhado – DUT


(se requerido pela internet)

3. Consultar informações sobre requerente:


• Vínculos
• Benefícios anteriores
• Requerimentos indeferidos
• Data afastamento do trabalho
• CAT
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FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

4. Realizar anamnese:
- Doença atual ( início, tratamentos, evolução, etc...)
- Histórico laboral ( riscos ocupacionais, exposição a
agentes nocivos, tempo de exposição, etc...)
- Relatórios, atestados, resultados de exame
( registrar dados do emissor)

5. Executar exame clínico:

- Registrar os dados positivos e os dados negativos


relevantes.
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FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

6. Firmar diagnóstico
- Se divergente do informado pelo médico assistente
registrar no campo “Considerações sobre parecer”
fundamentando a decisão)

7. Concluir sobre a capacidade laborativa fixando Data


do Início da Doença-DID e Data do Início da
Incapacidade-DII (quando couber);
- Solicitar, quando necessário, informações ao médico
assistente, médico do trabalho, etc...;
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8. Verificar NTEP
CID confirmado pela Matriz do NTEP –
Obs.: havendo discordância justificar emitindo parecer
fundamentado em campo próprio; e selecionar uma das
opções:
I - Não há evidência / indícios de exposição a risco ergonômico (biomecânico e de
organização do trabalho).
II - Não há evidência / indícios de exposição a risco químicos.
III- Não há evidência / indícios de exposição a de risco biológico
IV - Não há evidência / indícios de exposição a risco físico.
V - Não há evidência / indícios de exposição a risco mecânico (específico de acidentes
de trabalho).
VI - Tempo entre o início da função/trabalho e o início da doença (DID) é
insuficiente para gerar a moléstia de origem ocupacional..
VII- A queixa descrita não é compatível com lesão ocupacional.
VIII- O segurado informa que a lesão não ocorreu no trabalho.
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FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

CID não confirmado pela Matriz do NTEP porém consta na


Lista B, Anexo II do Decreto 3048/99
- Selecionar agente nocivo
Ex.:
II - Angiossarcoma do fígado - Arsênio e seus compostos
(C22.3) arsenicais (X48.-; X49.-;
Z57.5) (Quadro I)
- Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5)
(Quadro XIII)

III - Neoplasia maligna do - Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5)


pâncreas (C25.-) (Quadro XIII)
- Epicloridrina (X49.-; Z57.5)
- Hidrocarbonetos alifáfitos e
aromáticos na Indústria
do Petróleo (X46.-; Z57.5)
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FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

9. Verificar nexo técnico (doença ocupacional, acidente


do trabalho ou não existe nexo)

10. Estimar prazo para recuperação da capacidade

11. Concluir o exame emitindo considerações sobre o


parecer
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

9. Verificar nexo técnico (doença ocupacional, acidente


do trabalho ou não existe nexo)

10. Estimar prazo para recuperação da capacidade

11. Concluir o exame emitindo considerações sobre o


parecer
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

9. Verificar nexo técnico (doença ocupacional, acidente


do trabalho ou não existe nexo)

10. Estimar prazo para recuperação da capacidade

11. Concluir o exame emitindo considerações sobre o


parecer
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

9. Verificar nexo técnico (doença ocupacional, acidente


do trabalho ou não existe nexo)

10. Estimar prazo para recuperação da capacidade

11. Concluir o exame emitindo considerações sobre o


parecer
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

9. Verificar nexo técnico (doença ocupacional, acidente


do trabalho ou não existe nexo)

10. Estimar prazo para recuperação da capacidade

11. Concluir o exame emitindo considerações sobre o


parecer
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FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL


Parecer Fundamentado

9. Verificar nexo técnico (doença ocupacional, acidente


do trabalho ou não existe nexo)

10. Estimar prazo para recuperação da capacidade

11. Concluir o exame emitindo considerações sobre o


parecer
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

FLUXO ATENDIMENTO PERICIAL

9. Verificar nexo técnico (doença ocupacional, acidente


do trabalho ou não existe nexo)

10. Estimar prazo para recuperação da capacidade

11. Concluir o exame emitindo considerações sobre o


parecer

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