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Texto/ discurso/
enunciado
Dialogismo
Polifonia
Intertextualidade
Carnavalização
Caráter ideológico do
signo
Texto / Discurso /Enunciado
Tecendo a manhã
Um galo sozinho não faz a manhã
Ele precisará de outros galos.
De um que apanhe este grito que ele
E o lance a outro; de um outro galo
Que apanhe o grito de um galo antes
E o lance a outros; e de outros galos
Que com muitos outros galos se
cruzem
Os fios de sol de seus gritos de galo,
Para que a manhã, desde uma teia
tênue,
se
Seencorpando
vá tecendo,em tela,
entre entre
todos ostodos,
galos.
e erguendo tenda, onde entrem todos,
e entretendendo para todos, no toldo
a manhã) que plana livre de armação.
manhã, toldo de um tecido tão aéreo
ue, tecido, se eleva por si: luz balão.
João Cabral de Mello Neto
Um galo sozinho não faz a manhã
Ele precisará de outros galos.
De um que apanhe este grito que ele
E o lance a outro; de um outro galo
Que apanhe o grito de um galo antes
E o lance a outros; e de outros galos
Que com muitos outros galos se
cruzem
Os fios de sol de seus gritos de galo,
Para que a manhã, desde uma teia
tênue,
E se encorpando em tela, entre
Se vá tecendo, entre todos os galos.
todos,
Se erguendo tenda, onde entrem
todos,
Se entretendendo para todos, no
toldo
(a manhã) que plana livre de
Texto - um tecido verbal
b) ENUNCIADO: é o produto da
enunciação. A enunciação
desaparece e o que
temos é o enunciado.
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Texto monofônico
(monológico): o diálogo é
mascarado e uma voz apenas se
faz ouvir
(discurso autoritário)
Dialogia e interação verbal
O termo “intertextualidade”,
que teve origem com Julia
Kristeva, refere-se ao modo
pelo qual se estabelecem o
diálogo e a interatividade
entre os textos
O conceito de carnavalização
refere-se ao ritual sincrético no
qual “entram nos contatos e
combinações carnavalescas todos
os elementos antes fechados,
separados e distanciados uns dos
outros pela cosmovisão
hierárquica extracarnavalesca. O
carnaval aproxima, reúne, celebra
os esponsais e combina o sagrado
com o profano, o elevado com o
baixo, o grande com o
insignificante, o sábio com o tolo”.
Bakthin
Paródia:
26/08/1998