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Comércio

Exterior
Herlander Costa Afonso
ADM - FSJ
Agosto 2008
Aula nº 1, 2, 3 e 4
Conteúdos até TA1
Aula 1 07/AGO/08

2
disciplina

Contrato de compra e venda internacional – contrato


de representação ou agenciamento internacional –
contrato de arrendamento mercantil (leasing) –
contrato de factoring – contrato de franquia
(franchising) – contrato de transferência de
tecnologia (know-how) – contrato de
empreendimento em conjunto (joint venture) –
contrato de exportação de serviço – drawback - 3
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Objetivos da
disciplina

“Despertar o interesse do aluno em entender os


princípios e contratos em comercio exterior e
desenvolver competências associadas aos
processos de despachos de Importação e
Exportação, análise de câmbio, legislação
aduaneira, direitos de navegação, seguro no
comércio internacional e marketing internacional,
criando possibilidadesComércio
Agosto de 2008
de Exterior:
atuação em empresas4
Herlander Afonso/ FSJ
Áreas de interesse profissional da
disciplina

• Analista de Contratos em Comércio Exterior;


• Economistas e Gestores de Empresas “Trader”
• Governo(s): relações comerciais internacionais;
• Empresas de Importação& Exportação;
• Etc.

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Metodologia

• Exposição Oral
• Debates e participação dos alunos
• Trabalhos de grupos – apresentados pelos alunos
• Avaliação: Prova e/ou trabalho
• Rigor no controle de presenças

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Bibliografia
Livro texto
MURTA, Roberto de Oliveira. Princípios e contratos
em comercio exterior. São Paulo: Saraiva, 2005.

Leitura Complementar
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e
gerenciamento da cadeia de abastecimento. São
Paulo: Saraiva 2003.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de
suprimento / logística empresarial. 5. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006.
SERAPIÃO, Junior Carlos. Comercio exterior e 7

negócios internacionais:
Agosto de 2008
teoria e prática. São
Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Aula 2
14/AGO/08

Unidade I: Contrato de Compra e Venda


Internacional e Contrato de
Representação ou Agenciamento
Internacional.

Introdução e conceito:
Aspecto jurídico
Foro internacional
Clausulas: o fator aleatório
8

Condições
Agosto de 2008
de venda
Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
BREVE RESENHA SOBRE A EVOLUÇÃO DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL

COMÉRCIO INTERNACIONAL: intercâmbio de


bens e serviços entre países, resultante de suas
especializações na divisão internacional do
trabalho. Seu desenvolvimento depende
basicamente do nível de termos de intercâmbio (ou
relações de troca), que se obtém comparando o poder
aquisitivo de dois países que mantenham o comércio
entre si. (p. 60).

Quando um país precisa exportar maior quantidade


de determinada mercadoria para importar a mesma
(ou menos) quantidade de bens, diz-se que há uma 9

deterioração de suas relações de troca.


Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
BREVE RESENHA SOBRE A EVOLUÇÃO DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL

 O comércio internacional teve um primeiro grande impulso com a


utilização da via marítima pelos fenícios.

 Na Antiguidade, sucederam-se como centros do comércio mundial as


cidades de Tiro e Sidon, sob predomínio fenício, Atenas, sob o grego, e
Alexandria, no período helenístico. Sob o Império Romano, a base
econômica era a troca de produtos entre as regiões banhadas pelo
Mediterrâneo.

 Com a decadência romana e as invasões bárbaras reduzindo o volume


do comércio na península Itálica, o centro comercial se transfere
gradativamente para o Mediterrâneo oriental, que se constitui em
entreposto de ligação entre a Europa e a Ásia.

 Na época das Cruzadas os empórios (negócios) bizantinos perdem a


supremacia para os novos centros comerciais de Veneza e Gênova,
enquanto algumas cidades daComércio
Agosto de 2008
Alemanha e dos Países Baixos10 se
Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
organizam formando a Liga Hanseática, que procura obter franquias
BREVE RESENHA SOBRE A EVOLUÇÃO DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL
 Quando a queda de Constantinopla nas mãos do Império Otomano
(1453) sai do eixo Europa – Ásia

 As novas rotas marítimas são descobertas e utilizadas pelos Europeus:


Portugal e Espanha descobrem novas terras e produtos tropicais da
América engrossam o tráfico mundial de mercadorias.

 Comércio sai do Mediterrâneo para os oceanos: os grandes


descobrimentos marítimos completavam o quadro iniciado com o
aparecimento dos Estados Nacionais na Europa, configurando o
comércio realmente internacional.

 Desde o traçado das fronteiras entre as nações, criaram-se barreiras


ao fluxo de mercadorias: mais fiscalizados e regulamentados
segundo políticas comerciais próprias.

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 Mercantilismo: é a primeira doutrina
Agosto de 2008 a definir
Comércio Exterior: Herlander uma política comercial
Afonso/ FSJ
para os Estados Nacionais (prevaleceu na Europa entre os sécs. XVI e
BREVE RESENHA SOBRE A EVOLUÇÃO DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL
 Por isso, precisava-se de uma política comercial que estimulasse as
exportações e restringisse as importações, como garantia de
maior saldo na balança comercial.

 Países mais adiantados passaram a: importar somente o essencial,


numa tentativa de auto-suficiência, e a monopolizar certos fluxos de
mercadorias para aumentar as exportações.

 Esse monopólio era mantido à força e subordinava totalmente os


interesses da colônia aos da metrópole, que monopolizava o comércio
exterior de suas dependências.

 A Revolução Industrial, no fim do século XVIII, a Inglaterra como


precursora e com largas vantagens competitivas, passou a opor ao
mercantilismo do livre-cambismo.

12
 Mercantilismo do livre-cambismo:
Agosto de 2008 doutrina
Comércio que Afonso/
Exterior: Herlander preconizava
FSJ o mínimo
de interferência governamental, nega sentido econômico às fronteiras
BREVE RESENHA SOBRE A EVOLUÇÃO DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL
 Já no século XIX, constatou-se que o livre-cambismo favorecia apenas
as nações industrializadas e na prática impedia que os outros países
se industrializassem.

 O Protecionismo veio para opor ao livre-cambismo; e propôs:


barreiras alfandegárias contra a importação de mercadorias.

 O protecionismo foi posta em prática em primeiro lugar pelos Estados


Unidos da América e pela Alemanha, que disputavam os mercados de
produtos industrializados com a Grã-Bretanha.

 A disputa de mercados culminou com a 1ª Guerra Mundial (1914-18):


o comércio internacional se desorganizou devido aos bloqueios das
linhas industriais de vários países produtores de matérias-primas, que
aproveitaram a oportunidade para se industrializar.

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 A desorientação do comércio internacional
Agosto de 2008 fez acentuar
Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ a tendência ao
controle governamental das atividades mercantis.
BREVE RESENHA SOBRE A EVOLUÇÃO DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL

 As tentativas de restaurar as liberdades comerciais de antes da guerra


fracassaram com a crise de 1929.

 A disseminação da indústria em diversos países da Europa e no Japão,


constituindo a ameaça ao monopólio mundial exercido pelas grandes
potências, causou nova retração das atividades comerciais.

 Nesse contexto, eclodiu a Segunda Grande Guerra Mundial, de que


resultou nova redistribuição dos mercados entre os países vitoriosos.

 Após a guerra, numa tentativa de desobstruir as vias de intercâmbio


comercial, concluiu-se em Genebra (Suíça) o Acordo Geral de
Tarifas e Comércio (GATT). Os países membros negociam
periodicamente acordos de redução mútua das barreiras tarifárias.

 A expansão do comercio internacional tem ocorrido sob cuidadoso 14


Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
controle dos governos.
BREVE RESENHA SOBRE A EVOLUÇÃO DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL

 São numerosos acordos internacionais de mercadorias,


buscando conciliar os interesses dos países compradores e
vendedores para evitar as bruscas oscilações de preços.

 Outro incremento ao comércio tem sido a constituição de blocos de


países (como Mercado Comum Europeu – MCE, integrando seus
mercados, e às vezes, suas economias (EU).

 Desde meados de 1970, com a crise econômica mundial evidenciada


pelo grande aumento os preços de petróleo, surgiu um novo surto de
“protecionismo”.

 Obs: pesquisar também blocos econômicos e organizações financeiras;


WTO, OPEP, ASIAN, EU, Mercosul, ALADI, Grupo Andino, NAFTA, ALCA,
etc.

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Introdução e conceito
Contrato:
 é o acordo de vontades de duas ou mais partes, que visa
construir ou extinguir uma relação jurídica.
 Um contrato não é utilizado apenas no Direito das
Obrigações, mas em todos os setores do Direito Privado,
como no Direito Comercial, no Direito Tributário, no
Direito de Família, no Direito Público e no Direito
Internacional – público e privado.
O contrato de compra e venda tem como objetivo:
 regulamentar os direitos e as obrigações das partes,
relativo a determinado objeto;
 estabelecer a relação jurídica pactuada entre parceiros
comerciais, tornando-a – tanto quanto possível – imparcial
e perfeita. 16
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
 Assumirá um caráter internacional quando esta relação
Introdução e conceito
 Nenhum país é deveras auto-suficiente – nos diversos aspectos
de sua economia – ao ponto de poder dispensar intercâmbios
internacionais...

 Essa atividade, regularmente praticada entre as nações,


enseja o comércio internacional – a importação e a
exportação – tecnicamente denominado overseas trade ou
international trade.

 É necessário que exportador e importador, ao firmar uma


negociação dessa natureza e abrangência, estabelecem uma
forma, um modus operandi - um processo encadeado, lógico
e coerente, para efetivá-la - que consiste em formalizar,
garantir e oficializar juridicamente, para ambos, a
negociação internacional.
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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Introdução e conceito

 É essencial que tudo fique absolutamente claro entre


as partes, estabelecendo-se com muito cuidado os
direitos e as obrigações de cada uma delas, a
vigência do acordo, em que base é firmado e,
principalmente, a que legislação ficará
subordinado.

 Esses cuidados são necessários, já que não existe uma lei


específica, que vise evitar um conflito de jurisdição
internacional entre parceiros internacionais; pois pode
chocar-se com a ética internacional e gerar polêmica, 18

desentendimento, atraso na transação, no processo e,


Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Introdução e conceito

Para que tenhamos um contrato de compra e venda


internacional, três elementos são essenciais:

Proponente: vendedor (exportador)


Proposto: comprador (importador)
Objeto: mercadoria ou bem que se pretende negociar

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Introdução e conceito

Fatura Proforma: documento com detalhamento da


negociação, apresentada pelo exportador ao importador,
para que este a analise e aprove – ou conteste, segundo
seus interesses – também pode representar um contrato.

Trata-se de uma das formas mais utilizadas mundialmente,


especialmente para amparar compra e venda imediata ou
no curto prazo de mercadorias.

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Aspecto Jurídico

Em termos jurídicos, o contrato de compra e venda


internacional é classificado como:
Consensual

Bilateral

Oneroso

Comutativo

Aleatório

Típicos

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Aspecto Jurídico
 Consensual: estabelecido com base na vontade e no
consentimento mútuo das partes envolvidas

 Bilateral: surgem direitos e obrigações para ambos os


contratantes

 Oneroso: gerar obrigações de ordem financeira para ambas as


partes intervenientes

 Comutativo: seu objeto pode ser considerado certo, seguro e


definitivo. Ocasionalmente, contudo, poderá assumir um
caráter aleatório.

 Aleatório: exportador não dispõe do objeto físico no momento


da formação do contrato. 22
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
 Típicos: pode ser um ato jurídico regulamentado por diploma
Foro Internacional
Foro Internacional : o sistema jurídico do país ao qual ficará vinculado
o contrato, cujas leis serão aplicadas para regular sua forma, bem como
os direitos e as obrigações atribuídas às partes contratantes.

Determinar o Foro Internacional pode ser difícil - mesmo quando se


celebram contratos dentro de um mesmo país em que as partes falam o
mesmo idioma, sujeitam-se às mesmas leis, utilizam a mesma moeda,
possuem costumes semelhantes etc.

A determinação do Foro, em nível internacional, gera dificuldades ainda


maiores, visto que as partes pertencem a regiões diferentes.

Hoje em dia, existem determinadas regras internacionais, que se


propõem a agilizar e facilitar as negociações entre países quanto ao
tratamento administrativo dado às mercadorias, preços, cotações,
locais de embarque e desembarque, via de transporte, embalagem etc.
– como é o caso dos Incoterms, da CCI 23
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Foro Internacional
 Não existe um sistema jurídico internacional, padronizado, que
estabeleça o tratamento jurídico aplicável aos acordos
internacionais. Portanto, é de livre arbítrio e à concordância das
partes intervenientes envolvidas.

 Como regra geral – salvo acordo contrário entre as


partes – o Foro de contratos internacionais de compra e
venda é domiciliado do exportador.
 Ex:
 “As partes elegem desde já, e de comum acordo, o Foro
da cidade de (São Paulo, SP, Brasil), com renúncia
expressa a qualquer outro, que será o único competente
para dirimir as questões decorrentes da execução deste
contrato, inclusive para homologação e execução da
sentença arbitral.”
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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Foro Internacional

Observação:

Nos contratos de exportação de serviços que devam ser


executados no próprio território do país importador, o Foro
deverá ser, na sua maioria, o do país importador do serviço
contratado, salvo, é claro, acordo contrário entre as partes, que
não se choque com as legislações dos países parceiros.

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Cláusulas

Convencionais

&

Específicas

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Cláusulas Convencionais

Convencionais: independentemente de qualquer


outro acordo, e para a garantia de ambas as partes
contratantes, as cláusulas a seguir deverão
constituir, fundamentalmente, a essência do
contrato de compra e venda internacional:

Específicas: entendem-se como sendo aquelas


cláusulas que visam amparar determinados tipos
de mercadorias que exijam tratamentos especiais,
como cuidados o manuseio, embalagem especial,
baixa temperatura, isolamento, autorizações
especiais para exportação e outros detalhes que 27

extrapolem as cláusulas convencionais.


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Cláusulas Convencionais
 Nomes e/ou razões sociais dos contratantes e seus endereços completos;
 Descrição detalhada da mercadoria, objeto do contrato, especificando
quantidade, peso líquido e bruto, preços unitário e total, embalagem etc;
 Condições de pagamento;
 Condições de venda: FOB, CIF, CFR ou outra;
 Banco encarregado de cobrança;
 Documentos exigidos;
 Moeda exigida na negociação;
 Data de embarque;
 Cobertura de seguro;
 Modalidade de transporte;
 Empresa contratada para efetuar o transporte;
 Nome do navio (ou prefixo da aeronave);
 Local de embarque e de desembarque; possibilidade ou não de transbordo ou
redespacho;
 Permissão ou para embarques especiais;
 Percentual de multa sobre o valor da mercadoria, no caso de não cumprimento,
no todo ou parcialmente, das obrigações pactuadas pelas partes; 28
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Cláusulas Convencionais
 Responsabilidades por despesas operacionais;
 Controle de qualidade e garantia de desempenho;
 Exigência de veículo transportador dotado de características especiais para
determinados tipos de mercadorias;
 Outras cláusulas consideradas necessárias para maior perfeição e legitimidade
do contrato e garantia das partes intervenientes. Modalidade de transporte;
 Empresa contratada para efetuar o transporte;
 Nome do navio (ou prefixo da aeronave);
 Local de embarque e de desembarque; possibilidade ou não de transbordo ou
redespacho;
 Permissão ou para embarques especiais;
 Percentual de multa sobre o valor da mercadoria, no caso de não cumprimento,
no todo ou parcialmente, das obrigações pactuadas pelas partes;
 Responsabilidades por despesas operacionais;
 Controle de qualidade e garantia de desempenho;
 Exigência de veículo transportador dotado de características especiais para
determinados tipos de mercadorias;
 Outras cláusulas consideradas necessárias para maior perfeição e legitimidade
29
do contrato
Agosto de 2008
e garantia das partes intervenientes.
Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Cláusulas Específicas

Observação: a omissão, no termo contratual, dessas exigências


desobrigará a parte culpada – no caso de dano ou perda – de
assumir as responsabilidades daí decorrentes.

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
O Fator Aleatório
• Qualquer ocorrência que independa da vontade das
partes contratantes, que venha a interferir no termo
contratual durante o seu prazo de vigência e que possa
afetá-lo, prejudicá-lo ou até mesmo causar sua
inexecução direta ou indireta, parcial ou total.

• Busca salvaguardar as partes; deverão estar sempre


presentes nos contratos internacionais, sobretudo de
longo prazo,

• Há duas cláusulas que devem ser inseridas nos contratos.


1ª) Cláusula de force majeure (força maior), que visa
proteger as partes precisamente contra eventos desse
tipo. 31
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
O Fator Aleatório
Força Maior:
Caracteriza-se principalmente por ser imprescindível, inevitável e
extrínseca à essência da mercadoria. Emana de fatos
absolutamente alheios à vontade das partes e prende-se a:

p Fenômenos da Natureza: tempestades, furacões,


incêndios, terremotos, raios, etc., também chamados de
Acts of Gold ou Acts of the Elements (Atos de Deus ou
Atos dos Elementos).
p Acontecimentos políticos ou administrativos: comoções
políticas, instabilidades político-administrativas, também
chamados de Acts of the Prince (Atos do Príncipe, aí
entendidos como as decisões político-administrativas que
emanam dos governantes de um modo geral) e as
32
perturbações
Agosto de 2008 de ordem Comércio
social como
Exterior: guerras,
Herlander Afonso/ FSJ greves,
O Fator Aleatório
Hardship
p A segunda cláusula é hardship, ou a cláusula de
salvaguarda, que é nada mais do que um recurso
utilizado igualmente para defender as partes contratantes
de fatos que independam da sua vontade, mas que,
entretanto – indeferentemente da force majeure -, não
emanam de fatos da natureza, ou de fatos políticos,
administrativos ou sociais, mas de eventos novos, que
surjam no decorrer da vigência do contrato,
capazes de prejudicar as partes, alterando de forma
injusta ou desigual seus principais interesses. É freqüente
também nos contratos de longa duração, como os de
prestação de serviços.

33
Ex:
Agostosurgimento
de 2008 de um sistema operacional
Comércio (software)
Exterior: Herlander Afonso/ FSJ mais
O Fator Aleatório

• A inserção da cláusula hardship no contrato


salvaguardará as partes, permitindo a substituição do
antigo equipamento pelo novo, evitando injustiças ou
prejuízos pelo abandono do equipamento original,
tornando obsoleto e ineficaz em razão do surgimento de
outro, mais moderno.

• Os contratos internacionais, sobretudo os de longa


duração, como exportação de serviços, leasing,
transferência de know-how etc., costumam sempre ter
inseridas as cláusulas de force majeure e de hardship,
para sua maior garantia.
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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Condições de Vendas - INCOTERMS
o Incoterms: é a abreviatura da expressão International
Comercial Terms.

o São regras básicas, padronizadas, criadas pela


International Chamber of Commerce (ICC) – Câmara de
Comércio Internacional (CCI) – órgão mundialmente
reconhecido como responsável em orientar e administrar
as práticas comerciais internacionais, bem como dirimir e
resolver eventuais conflitos, controvérsias e litígios,
eventualmente oriundos dos diversos contratos
celebrados em âmbito internacional.

o Têm como fulcro, fundamentalmente, as práticas


comerciais mais recorrentes entre as diversas nações35do
mundo
Agosto de 2008 e os princípios gerais do Herlander
Comércio Exterior: Direito
Afonso/Internacional
FSJ –
Condições de Vendas - INCOTERMS

o A primeira edição dos Incoterms foi publicada em 1936, e


possuía apenas sete termos de comércio. Em 1953
efetuou-se a primeira revisão, com a inserção de dois
novos termos. A segunda revisão ocorreu em 1967 e a
terceira em 1976.

o Quatro anos depois, em 1980, uma quarta revisão foi


feita, atualizando as condições de venda até então
existentes e inserindo quatro novas, com a finalidade
específica de atender às exigências sempre crescentes
das práticas comerciais internacionais.

36
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Condições de Vendas - INCOTERMS
o A revisão de 1980 permaneceu em vigor até 30 de junho
de 1990; a partir de 1º de julho do mesmo ano entrou em
vigor a edição de 1990, que reduziu de 14 para 13 as
condições de venda internacionais, suprimindo duas –
FOR/FOT (Free On Rail, Free on Truck) e FOA (Free on
Board – Airport) – e inserindo uma nova (Delivery Duty
Unpaid – DDU).

o Os motivos que levaram a CCI a efetuar a revisão de 1990


dos Incoterms foram, principalmente, adequar os termos
de comércio às novas práticas internacionais de
comunicação por processamento eletrônico de dados
(Electronic Data Interchange - EDI), racionalizar os termos
em relação às diversas modalidades de transporte e
otimizá-los tecnicamente,Comércio
Agosto de 2008
quanto aos processos 37de
Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
manuseio, embalagem, embarque, desembarque,
Condições de Vendas - INCOTERMS

o Além disso, foram alteradas siglas e nomenclaturas de


vários termos, que passaram a ser agrupadas em quatro
categorias (E, F, C e D), segundo sua operacionalização,
para mais fácil entendimento e aplicação ao caso
particular e à modalidade de transporte utilizada.

o Os Incoterms de 1990 vigoraram durante dez anos.

38
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Condições de Vendas - INCOTERMS

o A partir de 1º de janeiro de 2000 entrou em vigor uma


nova edição – Incoterms 2000 (publicação nº 560 da
CCI), fruto da sexta revisão elaborada pelos grupos de
trabalho da Câmara de Comércio, especializados no
assunto. A edição 2000 dos Incoterms introduziu algumas
pequenas alterações, mantendo, entretanto, os
mesmos 13 termos consagrados na edição anterior
de 1990, permanecendo, contudo, agrupados da mesma
forma como havia sido otimizada em sua edição
precedente.

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Condições de Vendas - INCOTERMS
o Grupo E, identificando “partida diretamente da produção”
o EXW – Ex Works (a partir do local de produção)
o Grupo F, identificando “transporte principal não pago”, isto é, a se pago no
destino:
o FCA – Free Carrier (Transportador Livre);
o FAS – Free Alongside Ship (Livre no Costado do Navio);
o FOB - Free On Boardr (Livre a Bordo); 
o Grupo C, identificando “transporte principal pago”, isto é, a ser pago na
origem:
o CFR – Cost and Freight (custo e frete);
o CIF – Cost, Insurance and Freight (custo, seguro e frete);
o CPT – Carriage Paid To (transporte pago até …);
o CIP – Carriage and Insurance Paid To (transporte e seguro pagos até …);
o Grupo D, identificando “contrato de chegada”
o DAF – Delivered At Frontier (Entregue na Fronteira);
o DES – Delivered Ex Ship (Entregue a partir do Navio);
o DEQ – Delivered Ex Quay (Entregue a partir do Cais);
40
o DDU – Delivered Duty Unpaid (Entregue
Agosto de 2008
direitos não pagos);
Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
o DDP - Delivered Duty Paid (Entregue direitos pagos);
Quadro das Obrigações do Vendedor e
do Comprador
 QUADRO DAS OBRIGAÇÕES DO VENDEDOR E DO COMPRADOR
 Para cada uma desses 13 termos do Incoterms, o quadro das
obrigações do vendedor (exportador) e do comprador (importador) é
estruturado de acordo com os seguintes items:
 1º) AS OBRIGAÇÕS DO VENDEDOR
 A.1 Fornecimento das mercadorias de acordo com o contrato
de venda.
 A.2 Licenças, autorizações e formalidades.
 A.3 Contratos de Transporte e Seguro.
 A.4 Entrega.
 A.5 Transferência de riscos.
 A.6 Divisão de custos.
 A.7 Notificação ao comprador.
 A.8 Prova de entrega, documento de transporte ou mensagem
eletrônica equivalente.
 A.9 Conferência, embalagem, marcação.
41
Agosto de 2008
 A.10 Outras obrigações. Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Quadro das Obrigações do Vendedor e
do Comprador
2º) AS OBRIGAÇÕS DO COMPRADOR
 B.1 Pagamento do preço.
 B.2 Licenças, autorizações e formalidades.
 B.3 Contratos de Transporte e Seguro.
 B.4 Assumindo a Entrega.
 B.5 Transferência de riscos.
 B.6 Divisão de custos.
 B.7 Notificação ao vendedor.
 B.8 Prova de entrega, documento de transporte ou mensagem
eletrônica equivalente.
 B.9 Inspeção das mercadorias.
 B.10 Outras obrigações.

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Aula – 3 21/AGO/2008

Condições de Venda:
INCOTERMS

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Condições de venda -
INCOTERMS
“Os Incoterms não impõem e sim propõem o entendimento entre
vendedor e comprador, quanto às tarefas necessárias para
deslocamento da mercadoria do local onde é elaborada até o
local de destino final (zona de consumo): embalagem, transportes
internos, licenças de exportação e de importação, movimentação
em terminais, transporte e seguro internacionais etc”

Fonte: aprendendoaexportar.gov (2008) 44


Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Condições de venda - INCOTERMS

SIGNIFICADO JURÍDICO

“Após agregados aos contratos de compra e venda, os


Incoterms passam a ter força legal, com seu significado
jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim,
simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos
contratos de compra e venda”.

Fonte: aprendendoaexportar.gov (2008) 45


Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Condições de venda - INCOTERMS

PONTO DE TRANFERÊNCIA DO PONTO DE TRANFERÊNCIA DO


GRUPO INCOTERMS 2000
CUSTO RISCO

E EXW - EX-WORK ORIGEM ARMAZÉM NA ORIGEM


AO LADO DO NAVIO
FAS - FREE ALONG SIDE SHIP TRANSP. PRINC. NÃO PAGO
F FOB - FREE ON BOARD TRANSP. PRINC. NÃO PAGO PRIMEIRA MURADA DO NAVIO

FCA - FREE CARRIER TRANSP. PRINC. NÃO PAGO PRIMEIRO TRANSP. INTERNAC.

CFR - COST AND FREIGHT TRANSP. PRINC. PAGO PRIMEIRA MURADA DO NAVIO

CIF - COST, INSURANCE AND FREIGHT TRANSP. PRINC. PAGO PRIMEIRA MURADA DO NAVIO
C
CPT - COST, INSURANCE AND FREIGHT TRANSP. PRINC. PAGO PRIMEIRO TRANSP. INTERNAC.

CIP - COST, INSURANCE AND FREIGHT PAID TRANSP. PRINC. PAGO PRIMEIRO TRANSP. INTERNAC.

DAF - DELIVERY AT FRONTIER DESPESAS ATÉ... ...FRONTEIRA TERRESTRE

DES - DELIVERY EX-SHIP NAVIO / DESTINO A BORDO DO NAVIO NO DESTINO

D DEQ - DELIVERY EX-QUAY PORTO / DESTINO NO CAIS DO DESTINO

DDU - DELIVERY DUTY UNPAID DESP. S/ DIREITOS ADUAN. LOCAL DETERMINADO DO DESTINO

DDP - DELIVERY DUTY PAID DESP. C/ DIREITOS ADUAN. LOCAL DETERMINADO DO DESTINO

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 46


Condições de venda - INCOTERMS
QUADRO RESUMO

TRASP. TAXAS / LIB. LIBER. IMPOST. TRANSP.


EMBAL. DOCUM. FRETE SEGUR. DOCUM.
SIGLA MODAL INTERNO DESP. ADUAN. ADUAN. TAXAS INTERNO
ORIGEM ORIGEM INTERN INTERN. DESTIN.
ORIGEM ORIGEM ORIGEM DESTIN. DESTIN. DESTINO

EXW M/A/T IMP IMP IMP IMP IMP IMP IMP IMP IMP IMP IMP
FAS M EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP IMP IMP
FOB M EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP IMP IMP
FCA M/A/T EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP IMP IMP
CFR M EXP EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP IMP
CPT M/A/T EXP EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP IMP
CIF M EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP
CIP M/A/T EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP
DAF T EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP IMP IMP
DES M EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP
DEQ M EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP IMP IMP IMP IMP
DDU M/A/T EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP IMP EXP EXP
DDP M/A/T EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP EXP

IMP – Importação
EXP – Exportação
M – Transp. Marítimo
A – Transp. Aéreo

T – Transp. Terrestre
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 47
Condições de venda - INCOTERMS

48
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Condições de venda - INCOTERMS

• EXW

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 49


Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 50


Condições de venda - INCOTERMS

•FCA
•FAZ
•FOB
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 51
Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 52


Condições de venda - INCOTERMS
FCA - Free Carrier (...named place)
• O vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria,
desembaraçada para a exportação, aos cuidados do transportador
internacional indicado pelo comprador, no local determinado;

• A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do


vendedor, ficando o comprador responsável por todas as despesas e por
quaisquer perdas ou danos que a mercadoria possa vir a sofrer;

• O local escolhido para entrega é muito importante para definir


responsabilidades quanto à carga e descarga da mercadoria: se a entrega
ocorrer nas dependências do vendedor, este é o responsável pelo
carregamento no veículo coletor do comprador; se a entrega ocorrer em
qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo
descarregamento de seu veículo;

• O comprador poderá indicar outra pessoa, que não seja o transportador,


para receber a mercadoria. nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações
quando a mercadoria é entregue àquela pessoa indicada;

•Agosto
Este termo pode ser utilizado em qualquer
de 2008 modalidade
Comércio Exterior: Herlander Afonso/de
FSJ transporte. 53
Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 54


Condições de venda - INCOTERMS

FAS - Free Along Ship (...named port of shipment)

• O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a


mercadoria é colocada ao lado do navio transportador, no cais ou em
embarcações utilizadas para carregamento, no porto de embarque
designado;

• A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e


custos com carregamento, pagamento de frete e seguro e demais
despesas;

• O vendedor é responsável pelo desembaraço da mercadoria para


exportação;
• Este termo pode ser utilizado somente para transporte aquaviário
(marítimo fluvial ou lacustre).

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 55


Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 56


Condições de venda - INCOTERMS

FOB - Free on Board (...named port of shipment)

• O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a


amurada do navio (ship's rail) no porto de embarque indicado e, a partir
daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades
quanto a perdas e danos;

• A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador,


quando todas as despesas passam a correr por conta do comprador;

• O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para


exportação;

• Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviário


(marítimo, fluvial ou lacustre)

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 57


Condições de venda - INCOTERMS

• CFR
• CIF
• CPT
Agosto de 2008
• CIPComércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 58
Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 59


Condições de venda - INCOTERMS

CFR - Cost and Freight (...named port of destination)

• O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos necessários


para colocar a mercadoria a bordo do navio;

• O vendedor é responsável pelo pagamento do frete até o porto de


destino designado;

• O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação;

• Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer


outros custos adicionais são transferidos do vendedor para o comprador
no momento em há que a mercadoria cruze a murada do navio;

• Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o


seguro da mercadoria;

• Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo,


fluvial
Agosto de ou
2008 lacustre). Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 60
Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 61


CIF - Cost, Insurance and Freight (...named port of destination)
Condições de venda - INCOTERMS
• A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para
o comprador no momento da transposição da amurada do navio no
porto de embarque;

• O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete


necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado;

• O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí


para a frente se responsabilizar por todas as despesas;

• O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para


exportação;

• O vendedor deverá contratar e pagar o prêmio de seguro do


transporte principal;

• O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que


compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro
complementar;

• Os riscos a partir da entrega (transposição da amurada do navio) são


Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 62
do comprador;
Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 63


Condições de venda - INCOTERMS
CPT - Carriage Paid to (...named place of destination)

• O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local


de destino designado;

• A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia


do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do
vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que
possam incorrer;

• O vendedor é o responsável pelo desembaraço das mercadorias para


exportação;

• Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte.

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 64


Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 65


Condições de venda - INCOTERMS
CIP - Carriage and Insurance Paid to (...named place of
destination)

• Nesta modalidade, as responsabilidades do vendedor são as mesmas


descritas no CPT, acrescidas da contratação e pagamento do seguro até
o destino;

• A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia


do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do
vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que
possam incorrer;

• O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que


compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro
complementar;

• Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 66


Condições de venda - INCOTERMS

• DAF
• DES
• DEQ
• DDU
• DDP
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 67
Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 68


Condições de venda - INCOTERMS

DAF - Delivered at Frontier (...named place of destination)

• O vendedor deve entregar a mercadoria no ponto combinado na


fronteira, porém antes da divisa aduaneira do país limítrofe, arcando
com todos os custos e riscos até esse ponto;

• A entrega é feita a bordo do veículo transportador, sem descarregar;

• O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação, mas não


pelo desembaraço da importação;

• Após a entrega da mercadoria, são transferidos do vendedor para o


comprador os custos e riscos de perdas ou danos causados às
mercadorias;

• Cláusula utilizada para transporte terrestre.

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 69


Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 70


Condições de venda - INCOTERMS

DES - Delivered Ex Ship (...named port of destination)

• O vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, à


bordo do navio, não desembaraçada para a importação, no porto de
destino designado;

• O vendedor arca com todos os custos e riscos até o porto de destino,


antes da descarga;

• Este termo somente deve ser utilizado para transporte aquaviário


(marítimo, fluvial ou lacustre).

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 71


Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 72


Condições de venda - INCOTERMS

DEQ - Delivered Ex Quay (...named port of destination)

• A responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à


disposição do comprador, não desembaraçada para importação, no cais
do porto de destino designado;

• O vendedor arca com os custos e riscos inerentes ao transporte até o


porto de destino e com a descarga da mercadoria no cais;

• A partir daí a responsabilidade é do comprador, inclusive no que diz


respeito ao desembaraço aduaneiro de importação;

• Este termo deve ser utilizado apenas para transporte aquaviário


(marítimo, fluvial ou lacustre).

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 73


Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 74


Condições de venda - INCOTERMS

DDU - Delivered Duty Unpaid (...named place of destination)

• O vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, no


ponto de destino designado, sem estar desembaraçada para importação
e sem descarregamento do veículo transportador;

• O vendedor assume todas as despesas e riscos envolvidos até a


entrega da mercadoria no local de destino designado, exceto quanto ao
desembaraço de importação;

• Cabe ao comprador o pagamento de direitos, impostos e outros


encargos oficiais por motivo da importação;

• Este termo pode ser utilizado para qualquer modalidade de transporte.

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 75


Condições de venda - INCOTERMS

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 76


Condições de venda - INCOTERMS
DDP - Delivered Duty Paid (...named place of destination)

• O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada


para importação no local de destino designado;

• É o INCOTERM que estabelece o maior grau de compromisso para


o vendedor, na medida em que o mesmo assume todos os riscos e
custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de
destino designado;

• Não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto a obter,
direta ou indiretamente, os documentos necessários à importação
da mercadoria;

• Embora esse termo possa ser utilizado para qualquer meio de


transporte, deve-se observar que é necessária a utilização dos
termos DES ou DEQ nos casos em que a entrega é feita no porto de
destino (a bordo do navio ou no cais).
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 77
Fecha de emission: Diciembre 06 de 2003
FACTURA Importador: Mainland S.A. de C.V.
Calle Carlos Ramirez, 2345
PROFORMA Mexico 5 – D.F.

Condición de Venta: CIF Mexico (Incoterms 2000)


Flete Maritimo: Pagadero en Brasil
Seguro: Pagadero en Brasil

Net Description
Nr Re.# Quantity Unit Price Total Price
Weight(kg) of Goods
Mani 2,150 cajas/100
01 3,240 01-001 6.30 13,608.00
Salado pcts. cada
Mani 2,070 cajas/40
02 5,796 01-002 8.00 16,560.00
Salado Toscdo pcts. Cada
Castanã del 2,160 cajas/100
03 3,240 01-001 16.80 36,288.00
Caju Toscada pcts. Cada
Castanã del 1,472 cajas/40
04 8,243 01-002 58.00 85,376.00
Caju Toscada pcts. cada
Total FOB Santos, SP, Brasil: US$ 151,832.00
Flete Marítimo Santos – Mexico: US$ 6,760.00
Seguro Santos – Mexico: US$ 1,550. 00
Total CIF Mexico: US$ 160,142.00

Condiciones de Pago: 60 dias de la fecha de embarque, a través de L/C irrevogable y


confirmada por banco internacional de primera línea. Embarque parciales permitidos.
Transbordos no permitido.
Prazo de entrega: 3-4 semanas después de recibida de L/C o el pago em adelantado.

Tiempo de validad de ésta cotizatión: 90 dias de la fecha de emissión.

Declaramos, bajo juramento que las informaciones al rubro son la expression de la verdad
y que no tenemos ningún disrtibuidor o representante em Mexico para los produtos
mencionados em esta Factura Proforma.

São Paulo, Diciembrer 06, de 2002.

Amendoex Comercio, Importação & Exportação Ltda.

Maria del Carmen Rodriguez 78


Gerente de Ventas
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Aula – 4 28/AGO/2008

CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO OU
AGENCIAMENTO INTERNACIONAL

VI. Aspecto jurídico do agenciamento internacional.


VII.Foro internacional do contrato de representação
VIII.Clausulas
IX. Arbitragem internacional.

79
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO OU AGENCIAMENTO
INTERNACIONAL

 Ocorre quando a parte contratante firma acordo com um


terceiro (agente) – pessoa física ou jurídica – para atuar
como representante legal de seus produtos nos mercados
internacionais designados pelo contratante e previamente
pactuados entre ambos

 Como remuneração, o agente recebe uma comissão por


venda efetuada, com base em percentual calculado sobre o
valor das mercadorias negociadas, previamente fixado e de
comum acordo entre os contratado

80
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO OU AGENCIAMENTO
INTERNACIONAL
 Contrato de agente internacional (CAI) é bastante semelhante ao
Contrato de compra e venda internacional (CCVI); entretanto,

 Algumas diferenças entre os Contratos de CAI e CCVI


p A transação comercial não é efetivada diretamente entre exportador e
importador, mas por um interveniente entre ambos, que é,
precisamente, a figura do agente internacional

p A efetivação da venda ao importador, pelo agente, ensejará


posteriormente, um contrato de compra e venda internacional a ser
firmado entre exportador e importador

p Antes de contratar os serviços de representação de seus produtos no


exterior, o exportador (proponente) procede a uma análise prévia do
agente (proposto), apurando sua idoneidade profissional, outras
representações a seu cargo, seu dinamismo em divulgar os produtos
que serão oferecidos, relações comerciais com os mercados importados
e sua eficiência e honestidade profissionais e pessoais, para que possa
passar à etapa da elaboração do contrato propriamente dito.
81
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
ELEMENTOS COMPONENTES DO AGENCIAMENTO
INTERNACIONAL

Os três elementos do contrato de agente internacional são:

proponente ou vendedor (exportador)


proposto ou representante (agente)
objeto (serviços a serem prestados pelo agente)

Como se observa, o objeto do contrato de agente ou representante


não é a venda dos produtos em si, mas a sua efetiva
representação e divulgação junto aos mercados pactuados,
que estarão a cargo do agente (contratado)

Na emissão deste tipo de contrato, geralmente, utiliza-se a forma jurídica


convencional. Todavia, isso não é obrigatório, pois podem ser acordadas
outras formas entre exportador e o agente, como uma contra-proposta
comercial, que estabeleça todos os direitos e obrigações das partes
contratantes, ou um e-mail, nas mesmas condições.
82
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Aspecto Jurídico do Agenciamento
Internacional

Em termos jurídicos, o contrato de agente classifica-se como:

pConsensual: formada pela livre e espontânea manifestação do


exportador e do agente, gerando obrigações e direitos a ambos

pBilateral: uma vez realizado o acordo de vontades, surgem


obrigações e direitos para ambos; para o contratante, credenciar o
agente como representante de seus produtos no exterior; para o
contratado, promover os referidos produtos e colocá-los nos
mercados importadores, ao preço e nas condições estabelecidas no
contrato

pComutativo: em geral, o objeto é certo e seguro, sendo a


representação determinada pelas cláusulas que compõem o
contrato

pOneroso: gera obrigações de ordem financeira a ambas as partes, 83


como pode ocorrer em qualquer espécie de transação comercial
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Foro Internacional do Contrato de Representação

Foro Internacional

O Foro eleito para regular os termos do contrato de agente


deverá ser, evidentemente, o do local onde estiver
estabelecida a parte contratante, salvo se qualquer outro for
de comum acordo, determinado pelos contratantes

Ex: Se o exportador tiver sua empresa estabelecida no município


de São Paulo, sem sombra de dúvida o Foro desse município
será o mais habilitado a disciplinar os termos contratuais, nas
eventuais questões surgidas no decorrer da vigência do
contrato. Essa é a regra geral;

84
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
CLÁUSULAS (em Contrato de Agenciamento Internacional)

Para proporcionar garantias legais aos contratantes, as cláusulas são:

p Nomes e/ou razões sociais dos contratantes – quer sejam


pessoas físicas ou jurídicas – acompanhados de seus
endereços completos;
p Descrição pormenorizada do(s) produto(s) que deverão
constituir a representação, objeto do contrato, especificando:
preços unitário e total, pesos líquido e bruto, quantidade, tipo
de embalagem utilizada;
p Garantia de exclusividade, em relação ao agente, da
representação contratada, nos mercados e/ou regiões a ele
atribuídos – se for o caso;
p Remuneração do agente, estabelecendo-se previamente, a
critério das partes, a forma e o momento em que será feita a
mencionada remuneração.
Ex:
Agostoa) ao “achar” o negócio com
de 2008 o importador
Comércio Exterior: estrangeiro;85 b)
Herlander Afonso/ FSJ
quando este remeter o pedido e/ou a Fatura Proforma ao
CLÁUSULAS(Cont.)

p Percentual da comissão do agente;


p Condições de pagamento da exportação contratada pelo
agente com importador ou importadores dos países de sua
representação;
p Fornecimento de material de divulgação ao agente –
catálogos, tabelas de preços, prospectos, amostras dos produtos a
ser representados – bem como suas responsabilidades;

p Definição das principais atividades do agente, isto é,


pesquisa do mercado; visitas sistemáticas aos compradores;
propaganda e divulgação dos produtos representados;
levantamento de preços de produtos similares; investigação da
possibilidade da existência, nas regiões ou nos países de sua
representação, de marca e/ou patente similar ou idêntica à do
exportador por ele representado, a fim de prevenir os sérios
problemas que daí poderão advir – a devolução da mercadoria, 86

apropriação indébita da marca notória etc., relatórios periódicos


Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
CLÁUSULAS(Cont.)

p Determinação das cotas de cada importador, país e


do próprio agente

p Idioma ou idiomas em que será elaborado o contrato

p Fornecimento, ao agente, de cópia do documento


comprobatório da efetivação da venda ao importador

p Constituição da arbitragem internacional para


dirimir dúvidas e controvérsias eventualmente
resultantes do não-comprimento do termo contratual

p Casos de rescisão, bem como o prazo de sua vigência

87
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
ARBITRAGEM INTERNACIONAL

 Arbitragem Internacional: é a resolução, por um órgão


imparcial, de controvérsias existentes entre as partes
contratantes, a respeito dos termos do contrato

 Esse procedimento deve ser pré-estabelecido entre as partes,


quando se celebram contratos de alcance internacional

 Arbitragem Internacional visa dirimir conflitos, mediante o


acatamento de decisões baseadas, em geral, em normas do Direito
Internacional, emanadas de países escolhidos pelas próprias partes
contratantes e aceitas de comum acordo pelos contratantes

 O exportador e o Agente comprometem-se, por meio de


documento expresso, a submeter a disputa a um arbitro – singular
ou coletivo – estabelecendo o limite de sua competência e as
regras a serem observadas, constituição do tribunal, porventura,
venha a ser proferida (ver cláusula padrão de arbitragem da CCI no
capítulo 1)
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 88
SANÇÕES

p Trata-se de sanções ou penalidades aplicáveis pelo não-


cumprimento ou pela não-observância de uma ou mais
cláusulas contratuais e o momento em que tais sanções
poderão – e/ou deverão – ser aplicadas.

p Sempre se deve evitar que, por omissão, de uma das partes


outro seja eventualmente prejudicada tendo agido correta e
legalmente.

p A sanção mais comum é, sem dúvida, a multa


contratual, estabelecida em determinado percentual sobre
o valor da mercadoria negociada ou contratada, a ser pago
pelo infrator.

p No caso específico do contrato de agente, assim estabelecidas


outras espécies de sanções, por exemplo, o não-pagamento
da comissão, no caso de ser o agente a parte infratora 89
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
Rescisão ou Renovação

p Todos os contratos são passíveis de rescisão ou de renovação

p No CAI, a rescisão poderá ocorrer quando qualquer parte –


exportador ou agente – se sentir lesada

p Rescisão Voluntária: se a prestação e a contraprestação não


forem proporcionais e equivalentes, a parte prejudicada
poderá pleitear a rescisão ou a revogação.

p Rescisão Involuntária: ocorre quando, por exemplo, de


óbito ou incapacidade absoluta de uma das partes
contratantes, sendo essa pessoa física e detentora das assim
chamadas obrigações de caráter dito personalísssimo
(isto é, quando tais obrigações não possam ser assumidas por
mais ninguém a não ser ela mesma)

p Constatada essa incapacidade, e uma vez rescindido o


contrato
Agosto de 2008 - involuntariamente – Exterior:
Comércio o exportador
Herlander Afonso/ FSJ fica livre de90
CONCLUSÃO
Contrato de Agenciamento Internacional

Os contratos de agentes têm relevâncias:

o No estabelecimento inicial de mercados-alvo e os produtos


negociados

o Sendo Anulável, em caso de duplicidade de representação e de


produtos em determinado mercado

o Ao permitir uma definição precisa da percentagem de comissão


a ser pago ao agente e o valor que será considerado como
base de cálculo

o Uma vez celebrado acordes entre si, exportador e agente terão


garantidos os seus direitos e determinadas as suas obrigações
acerca do objeto a ser negociado
91
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
EXERCÍCIOS

92
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
EXERCÍCIOS

n O que é Comércio Exterior e qual a importância do mesmo para o


desenvolvimento de um país?
n Quais as vantagens e desvantagens do Comércio Exterior para o
Brasil?
n Estabeleça a relação entre o um contrato comum e um contrato de
compra e venda internacional.
n Indique quais são os elementos essenciais em que um contrato e
explique por que razões são essenciais.
n Comente: “A Fatura Porforma não representa, em hipótese alguma, um
contrato de compra e venda internacional”.
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 93
EXERCÍCIOS

2. Conceitue:
p Aspecto Jurídico de um contrato de comércio internacional.
p Foro Internacional e a Arbitragem internacional.
p A diferença entre a Arbitragem Internacional e o Foro Internacional.
p A diferença entre as Cláusulas Convencionais e Especiais.
p A diferença entre a Cláusula de Force Majeure e a de Hardship.

Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ 94


EXERCÍCIOS

n Dê exemplo de situação em que a cláusula hardship se faz necessária!


n Defina INCOTERMS 2000 e descreva apenas um termo de cada grupo.
n Qual a relação (de semelhança) entre as obrigações de vendedores e
compradores (p. 11 e 12) e o Aspecto Jurídico (p. 5).
n Quais são as formas motivacionais para que se rescinda um contrato de
comércio exterior?
n Comente: “Um contrato de compra e venda internacional jamais poderá
ser rescindido”.

95
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
INFORMAÇÕES IMPORTATES
Órgãos (Ministérios do Governo) Homepage
Imprensa Nacional www.in.gov.br

Ministério da Agricultura www.agricultura.gov.br

Ministério de Ciência e Tecnologia www.mct.gov.br

Ministério da Defesa www.defesa.gov.br

Ministério da Educação www.educacao.gov.br

Ministério da Fazenda www.fazenda.gov.vr

Ministério da Integração Narcional www.integracao.gov.br

Ministério da Justiça www.mj.gov.br

Ministério da Previdência e Assistência Social www.mpas.gov.br

Ministério da Saúde www.saude.gov.br

Ministério de Minas e Energia www.mme.gov.br

Ministério das Relações Exteriores www.mre.gov.br

Ministério do Desenvolvimento Agrário www.mda.gov.br

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior www.mdic.gov.br

Ministério do Esporte e Turismo www.met.gov.br

Ministério do Meio Ambiente www.mma.gov.br

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão www.planejamento.gov.br

Ministério do Trabalho e Emprego www.mte.gov.br

Ministério dos Transportes www.transportes.gov.br

96
Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
INFORMAÇÕES IMPORTATES
Órgãos (Agências, Associações, Institutos e Bancos ) Homepage
Agência de Promoção de Exportações do Brasil (APEX) www.apexbrasil.com.br
Agricultura e Fauna Brasileiras www.agro-fauna.com.br
Agropecuária e Fauna do Brasil www.agro-fauna.com.br
Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) www.aeb.org.br
Assuntos Mundiais www.tradezone.com.br
www.bcb.gov.br;
Banco Central do Brasil (BACEN)
www.bacen.gov.br
www.bancodobrasil.com.br;
Banco do Brasil
www.bb.com.br
Banco do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) www.bndes.gov.br
Brazil Trade Net www.e.gov.br
www.caixa.gov.br
Caixa Econômica Federal (CEF)
www.cef.gov.br
Câmara do Comércio Exterior (CAMEX) www.pee.mdci.gov.br
Confederação Nacional da Indústria (CNI) www.cni.org.br
Confederação Nacional do Comércio (CNC) www.cnc.org.br
Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) www.cnpq.gov.br
www.ect.gov.br
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
www.correios.gov.br
Exportação / Importação www.exportabrasil.gov.br
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) www.firjan.org.br
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIFSP) www.fiesp.org.br
Financiamento de Estudos e Projetos (FINEP) www.finep.gov.br
Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX) www.funcex.com.br
www.governo.gov.br;
Presidência da República www.planalto.gov.br;
www.presidenciadarepublica.gov.br
Infoconsult www.infoconsult.com.br
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) www.irb.brasilre.com.br
Instituto Nacional de Meteorologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) www.inmetro.gov.br

Navios, Portos e Navegação Marítima (Portosenavios) www.portosenavios.com.br


Notícias e Atualidades do Brasil www.nexobrasil.com.br
Produtos Agrícolas e Commodities www.safras.com.br
www.ruralbusiness.com.br
Secretaria de Receita Federal (SRF) www.receita.fazenda.gov.br
Secretaria de Estado de Fazenda de São Paulo www.pfe.fazenda.sp.gov.br
Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro www.sef.rj.gov.br
Seguro Brasileiro de Crédito à Exportação (SBCE) www.sbce.com.br
Seguros Internacionais www.netpremiumseguros.com.br
Senado Federal www.senado.gov.br
Superintendência de Seguros Privados www.susep.gov.br 97
Transportes
AgostoMarítimos
de 2008 www.guiamaritimo.com.br
Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
INFORMAÇÕES IMPORTATES

Órgãos (Jornais do País ) Homepage


Folha de São Paulo www.folha.com.br

Gazeta do Povo www.gazeta.com.br

Gazeta Mercantil www.gazeta.com.br

Jornal do Brasil www.jb.com.br

O Estado de São Paulo www.estadao.com.br

O Globo www.oglobo.com.br

Órgãos (Câmaras de Comércio do Brasil ) Homepage


Brazil – Pampa Bay Chamber of Commerce www.brazilpampa.com.br

Câmara de Comércio Americana do Brasil www.amchamrio.com.br

Câmara do Comércio Argetino-Brasileira www.camarba.com.br

Câmara do Comércio Brasil – Alemanha www.ahk.com.br

Câmara do Comércio Brasil – Espanha www.ecco.org.br

Câmara do Comércio Brasil – Estados Unidos (Flórida) www.brazilchamber.org

Câmara do Comércio Brasil – Rússia www.brasil-russia.org.br

Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria www.italcam.com.br

Câmara Internacional de Comércio do Brasil (CAMINT) www.camint.com.br


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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
INFORMAÇÕES IMPORTATES

Órgãos (Principais Entidades e Jornais Internacionais ) Homepage

Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração (ALADI) www.aladi.org


Câmara de Comércio Internacional (Paris) www.iccwbo.org

Global Drawback www.drawback.com

Incoterms (informações, notícias, gráficos, explicações e estudos de caso) www.reingex.com/guia/ginco.htm


Jornal dos Estados Unidos, por cidade e estado www.usanewspapers.com

Negócios e Notícias do Comércio Exterior www.reingex.com/index.htm

Notícias Gerais Internacionais www.thetimes.co.uk/article

Publicações da Câmara de Comércio Internacional (Paris) www.iccbooks.com

The Chicago Psot www.chicagopost.com

The London Times www.timesonline.com

The Los Angeles News www.losangelesnews.com

The New York Times www.nytimes.com

The Washington Post www.washingtonpost.com

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Agosto de 2008 Comércio Exterior: Herlander Afonso/ FSJ
INFORMAÇÕES IMPORTATES
LEGISLAÇÃO DE APOIO E DE INTERESSE
• Acordo de Complementação Econômica (ACE) nº 18, d 29.11.1991:
Institui o MERCOSUL – Mercado Comum do Sul – firmado entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Tem como principal objetivo facilitar a criação das condições necessárias para o estabelecimento de um Mercado Comum, a
construir-se de acordo com o Tratado de Assunção.
• Lei do Franchising: Lei nº 8.955, de 15.12.1994, regulamenta as operações de Franquia (Franchising).
• Lei das Sociedades Anônimas: Lei nº 6.404/76, com relação a Empreendimentos em Conjunto (Join Ventures), em
seus artigos 278 e 279. (Ver também “Consórcios de Exportação”).
• Regulamento Aduaneiro: Decreto nº 4.543, de 26.12.2002 - regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e
a fiscalização, o controle e a tributação das operações do comércio exterior (Regulamento Aduaneiro).
• Lei nº 10.865, de 30.04.2004 – dispõe sobre a Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do
Patrimônio de Servidor Público e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – PIS/CONFINS –
incidentes sobre a importação de bens e serviços e dá outras providências.
• Portaria SECEX nº 11, de 25.08.2004, DOU de 26 de agosto de 2004: aprova os Aspectos Gerais do Regime
Aduaneiro de Drawback, na forma constante nos Anexos. Revoga o Comunicado DECEX 21, de 23.07.1997 (e seus
Anexos), outros Comunicados DECEX e várias Portarias SECEX, conforme Art. 4º, incisos I e II.

• Decreto nº 660, DOU de 28.09.1992 – Institui o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).

• Lei nº 6.099, de 12.09.1974 e Resoluções BCB (Banco Central do Brasil), nº 2.523/88, 2.309/96, 2.465/98, 2.595/99 e
2659/99 – regulamentam as operações de Arrendamento Mercantil (Leasing) – ver Capítulo 3, referente a Contratos de
Leasing.
• 100
Decreto-Lei nº 4.657/42 – Institui de Introdução ao Código Civil Brasileiro – dá amparo legal aos atos jurídicos e
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contratos, inclusive internacionais.
INFORMAÇÕES IMPORTATES
LEGISLAÇÃO DE APOIO E DE INTERESSE
• Decreto nº 5.306, DOU de 13.12.04 – dispõe sobre execução do 19º Protocolo Adicional ao ACE nº 36, entre os
governos dos países-membro do Mercosul e o governo da Bolívia, de 23.07.04.
• Decreto nº 5.293, de 01.12.04 – dispõe sobre execução do 13º Protocolo Adicional ao ACE nº 39, entre os governos da
República Federativa do Brasil e da República Bolivariana da Venezuela, de 27.08.04.

• Decreto 5.272, de 16.11.04 – promulga o 17º. Protocolo Adicional ao ACE, nº 39, entre os governos do Peru , e dá
outras providências.

• Decret0 5.268, de 09.11.04 – dá nova redação ao artigo 172 do decreto 4.543, de 26.12.02 (Regulamento Aduaneiro) e
ao artigo 4º do decreto 5.171, de 06.12.04, que regulamenta os parágrafos 10 e 12, e o inciso IV do artigo 28 da lei
10.865, de 30.04.04, que dispõe sobre a contribuição do PIS/PASEP Importação e da CONFINS Importação, e dá outras
providências.
• Decreto 5.232, de 06.10.04 - dispõe sobre a execução do 12º Protocolo Adicional ao ACE nº 39, entre os Governos da
República Federativa do Brasil e a República da Colômbia, de 30.06.04.
• Decreto 5.226, de 01.10.04 – dispõe sobre a execução do 15º. Protocolo Adicional entre a República Federativa do
Brasil e a República Bolivariana da Venezuela, de 30.06.04.
• Decreto 5.078, de 12-05-04 – dispõe sobre a execução do artigo 48º. Protocolo Adicional ACE nº 18, entre os governos
de países-membros do Mercosul, de 08.03.04.
• Decreto 5.077, de 11-05-04 – dispõe sobre a execução do artigo 47º. Protocolo Adicional ACE nº 18, entre os governos
de países-membros do Mercosul, de 17.02.04.

• Decreto 5.076, de 11-05-04 – dispõe sobre a execução do artigo 39º. Protocolo Adicional ACE nº 35, entre os governos
101
de países-membros do Mercosul e o governo da República do Chile, de 08.03.04.
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INFORMAÇÕES IMPORTATES
LEGISLAÇÃO DE APOIO E DE INTERESSE
• Decreto 5.075, de 11-05-04 – dispõe sobre a execução do artigo 46º. Protocolo Adicional ACE nº 35, entre os governos
de países-membros do Mercosul, de 17.02.04.
• Decreto 4.974, de 30-01-04 – dispõe sobre a execução do artigo 38º. Protocolo Adicional ACE nº 35, entre os governos
de países-membros do Mercosul e o governo da República do Chile, de 09.07.03.

• Decreto 4.973, de 30-01-04 – dispõe sobre a execução do artigo 45º. Protocolo Adicional ACE nº 35, entre os governos
de países-membros do Mercosul e o governo da República Oriental do Uruguai, de 25.07.03.
• Decreto 5.336, de 12-01-05 – dispõe sobre a execução da Ata de retificação do 30º. Protocolo Adicional ao ACE nº 35,
entre os governos de países-membros do Mercosul e da República do Chile, de 10.06.04, para correção de erro de
concordância, na versão em português, na preferência outorgada pelo Brasil no item NALADI/SH 2204.21.10

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