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w 
 
- Descrição
- Diâmetro médio
- Esfericidade
- Porosidade
w DOw PARTADOw

O que é um sólido particulado?

m material composto de
materiais sólidos de tamanho
reduzido (partículas).

Esses materiais podem ser


pequenos por natureza ou
como resultado de um processo
de fragmentação.
PROPREDADEw DOw w DOw PARTADOw

O conhecimento das propriedades dos sólidos


particulados é fundamental para o estudo de muitas
operações unitárias:

- Fluidização
- Transporte Pneumático
- Decantação e wedimentação
- entrifugação
- Filtração
- Redução de Tamanho
PROPREDADEw DOw w DOw PARTADOw
De modo geral, as propriedades se dividem em duas
categorias:

A) as que só dependem da natureza das partículas:


a forma, a dureza, a densidade, o calor específico e a
condutividade

) as que se associam com todo o sistema (leito poroso):


a densidade aparente, a área específica, a permeabilidade,
o ângulo de repouso natural, entre outras.

Neste caso, a propriedade passa a ser uma característica


do conjunto de partículas e não mais do sólido em si.
ARATERAÇÃO GRANOMÉTRA
Granulometria é o termo usado para caracterizar o
tamanho das partículas de um material

Distinguem-se pelo tamanho cinco tipos de sólidos


particulados:
-  : partículas de 1 ȝm até 0,5 mm (1 ȝm = 10-6 m)
- w !   : partículas de 0,5 a 10 mm

- " # : 1 a 5 cm

- " $%: 5 a 15 cm

- " ! : > 15 cm


FORMA DAw PARTÍAw
A forma das partículas é determinada pelo sistema cristalino dos
sólidos naturais, ou pelo processo de fabricação, no caso de
produtos sintéticos ou de materiais naturais. Para fins de cálculo
de processo, a forma é uma variável importante.
Os parâmetros de forma geralmente utilizados são os seguintes:

A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente


) Densidade
) Dureza
D) Fragilidade
E) Aspereza
F) Porosidade (á)
G) Densidade Aparente
A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente
Of r rtí l r x r l f ri i
(), f t t f r f ri .

ogo  = 1 para uma partícula esférica


 < 1 para qualquer outra forma

w rfí i
f r ig l v l  rtí l
=
w rfí i xt r  rtí l

m  mÈ
A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente
weja uma partícula de volume Vp e área Ap, podemos calcular o diâmetro
equivalente (deq).


Volume da esfera   *
üË   ü * Ë

wendo deq = o diâmetro equivalente da esfera de mesmo volume
que a partícula.
Por definição:
 
*

  X
—
A 
O

A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente

& '( )*'(È )*'È *

 '+,È -'+ -

È 

 ü Ë ü
|    ü |
—

A
—  
 ü — |  
ü  
O |
A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente

$
  
Areia fina de Ottawa 0,95
Areia arredondada 0,83
Pó de carvão 0,73
Pó de vidro moído 0,65

  
 

Dada uma massa (m) de partículas, de densidade Ër e Volume


Vp, o número total de partículas (N) pode ser calculado como:



Ë Ë
A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente
A área total das partículas, (se todas as partículas têm o mesmo Vp)

! 
 !
Ë  !Ë m
At 
s  deq
 ü  ù O

Pode ser calculada a área por unidade de massa (área específica)


se conhecemos o diâmetro equivalente para uma partícula i:

ÖO  OÚ  6
Ú
Ú ( Ú )
) Densidade (Ë)
Permite classificar os sólidos nas seguintes classes:

- eves (Ë<500 kg/m3) = serragem, turfa, coque

- ntermédios (550<Ë<1000 kg/m3) = produtos agrícolas

- Médios (1000 ß Ë ß 2000 kg/m3) = areia, minérios

- Muito Pesados (Ë > 2000 kg/m3) = minérios de ferro ou chumbo


) Dureza
Esta propriedade costuma ter dois significados. Nos plásticos
e metais corresponde a resistência ao corte, enquanto que no
caso dos minerais é a resistência que eles oferecem ao serem
riscados por outros sólidos.

A escala de dureza que se emprega neste último caso é a de


Mohr, que vai de um a dez e cujos minerais representativos são:

1. talco 6. ortose
2. gesso 7. quartzo
3. calcita 8. topázio
4. fluorita 9. córidon
5. apatita 10. diamante
D) Fragilidade
Mede-se pela facilidade à fratura por impacto. Muitas vezes não tem
relação com a dureza. Os plásticos são moles, mas não são frágeis.

E) Aspereza
Determina a maior ou menor dificuldade de escorregamento das
partículas.

F) Porosidade (á)
É a propriedade que mais influencia as demais propriedades do
conjunto (leito poroso)


   u     


 
u
 $ u  

;uanto mais a partícula se afasta da forma esférica, mais poroso será


o leito.
;uanto mais esférico for o material
menos poroso será o leito.
G) Densidade aparente (Ëa)

É a densidade do leito poroso, ou seja, a massa por unidade


de volume do sólido particulado desconsiderando o fluido.
Pode-se calcular por balanço de massa a partir das
densidades do sólido e do fluido, que muitas vezes é o ar.
Porosidade

  €     !  Ô

Densidade do wólido Densidade do Fluido


MATERAw OM PARTÍAw NFORMEw
;uando as partículas sólidas são todas iguais, o problema da
determinação do seu número, volume e superfície e terna é
bastante simples.

onsideramos uma partícula isolada.

weu tamanho poderá ser definido pela dimensão linear de


maior importância, como o diâmetro, no caso de uma
superfície esférica.

No caso de partículas de outras formas geométricas ou


irregulares, uma dimensão deverá ser arbitrariamente
escolhida.
O O  O ÍCULO U  
tamanho da partícula pode ser obtido por diversos meios:

- Com o au ílio de um microscópio

- or peneiramento

- Decantação:
o material é posto numa suspensão que se dei a
em repouso durante um certo tempo, findo o qual
o nível dos sólidos decantados terá descido.

O partir das frações de massa separadas, calcula-


se o tamanho da partícula.
Obtenção do tamanho da partícula:

- Elutriação:
o princípio empregado é o mesmo, porém a suspensão é mantida
em escoamento ascendente através de um tubo. Variando-se a
velocidade de escoamento, descobre-se o valor necessário para
evitar a decantação das partículas. Esta será a velocidade de
decantação do material.

- entrifugação:
a força gravitacional é substituída por uma força centrífuga cujo valor
pode ser bastante grande, à conveniência do operador. É útil
principalmente quando as partículas são muito pequenas e, por
conseqüência, têm uma decantação natural muito lenta.
MATERAw HETEROGÊNEOw

Neste caso o material terá que ser separado em frações com


partículas uniformes por qualquer um dos métodos de
decantação, elutriação ou centrifugação anteriormente citados.

O meio mais prático, no entanto, consiste em passar o material


através de uma série de peneiras com malhas
progressivamente menores, cada uma das quais retém uma
parte da amostra.

Esta operação, conhecida como a`  `


 , é
aplicável a partículas de diâmetros compreendidos entre 7 cm
e 40 ;m.
MATERAw HETEROGÊNEOw
A análise granulométrica é realizada com peneiras padronizadas
quanto à abertura das malhas e à espessura dos fios de que são
feitas.

A wérie Tyler é a mais comumente utilizada no


rasil. É constituída de quatorze peneiras e tem
como base uma peneira de 200 malhas por
polegada (200 mesh), feita com fios de 0,053
mm de espessura, o que dá uma abertura livre
de 0,074 mm.
As demais peneiras, apresentam 150, 100, 65,
48, 35, 28, 20, 14, 10, 8, 6, 4 e 3 mesh.
;uando se passa de uma peneira para a
imediatamente superior (por e emplo da de 200
mesh para a de 150 mesh), a área da abertura é
multiplicada por dois e, portanto, o lado da
malha é multiplicado por A
MATERAw HETEROGÊNEOw

O ensaio consiste em colocar a


amostra sobre a peneira mais grossa Peneiras da
a ser utilizada e agitar em ensaio wérie Tyler
padronizado o conjunto de peneiras
Padrão
colocadas umas sobre as outras na
ordem decrescente da abertura das
malhas. Abai o da última peneira há
uma u` que recolhe a fração
contendo as partículas mais finas do
material e que conseguem passar
através de todas as peneiras da série.
MATERAw HETEROGÊNEOw
Peneiras da wérie Tyler Padrão

Malha Abertura livre (mm) Diâmetro do fio (mm)


3 6,680 1,78
4 4,699 1,65
6 3,327 0,914
8 2,362 0,813
10 1,651 0,899
14 1,168 0,635
20 0,833 0,437
28 0,589 0,318
35 0,417 0,310
48 0,295 0,234
65 0,208 0,183
100 0,147 0,107
150 0,104 0,066
200 0,074 0,053
Panela c 0,074 c 0,053
MATERAw HETEROGÊNEOw
M

Peneiras Massas
As quantidades retidas nas
diversas peneiras e na
m1
1 panela são determinadas por
m2
2 pesagem e as diversas
3 m3
frações retidas podem ser
calculadas dividindo-se as
diversas massas retidas pela
i-1 mi-1
massa total da amostra.
i mi

Fração retida na peneira:

n-1
mn-1 
n mn 
Figura 1: Frações recolhidas nas peneiras

MATERAw HETEROGÊNEOw
Esta fração poderá ser caracteri ada de dois modos:

1) omo a fração que passou pela peneira  e ficou retida na peneira
. we estas forem as peneiras 14 e 20, respectivamente, será a fração
14/20 ou ±14+20.
2) omo a fração representada pelas partículas de diâmetro igual a
média aritmética das aberturas das malhas das peneiras  e .
No caso que estamos e emplificando, será a fração com partículas de
tamanho: Malha Abertura livre (mm) Diâmetro do fio (mm)

14 1,168 0,635
20 0,833 0,437

Ö    
  ÖÖÖ ÷÷
MATERAw HETEROGÊNEOw
;uando temos uma mistura de partículas de diversos diâmetros,
podemos definir um diâmetro médio que represente esse material.
ma mistura que contem frações com Ni partículas de diâmetro
equivalente deq (se forem esféricas seria dpi) pode apresentar uma
distribuição granulométrica com a seguinte forma:

Fração mássica acumulada


,

 
i= Fração mássica de partículas de diâmetro dpi
MATERAw HETEROGÊNEOw
A área de uma determinada fração de
partículas, pode ser calculada:
sm
 .  At 
E para o conjunto de partículas, a s  eq

área total (At): 


8. s Ú
Ú 
Ú Ú
A área especifica (Â):

÷Ú    Ú s
Ú  È lÚ È Ú l
÷   Ú  Ú
Onde i = fração mássica da partícula
de diâmetro deqi e esfericidade i; s Ú
we considera que  é constante 

 Ú
(para poder sair do somatório)
/
%
0  
1  2
f Diâmetro wauter (Ds): representa o leito de partículas esféricas que
apresentam a mesma área superficial por unidade de volume do leito.

 ù   u ù u ù   u ù ùu ù
6 6
 È
 OÖ 
6
8    `
 u 
8

u

f Diâmetro médio mássico:


 8 u
f Diâmetro baseado na média aritmética:


8  Ú Ú

8 Ú
8
Ú È
 Ú
ou 

8
Ú È
 Ú
f Diâmetro medio baseado na superficie das particulas :
fÉ o diametro da particula, que tem a superficie media
entre todas as amostradas.

8 Ú

Ú
 A `

8 Ú
*
Ú
MATERAw HETEROGÊNEOw
f Diâmetro médio volumétrico

É o diâmetro da partícula de volume médio.


Multiplicando o volume desta partícula pelo número de partículas da
amostra, obtém-se o volume total do sólido.
O volume desta partícula é a média aritmética dos volumes de todas as
partículas da amostra.
Admite-se uma densidade igual para todas as partículas:

*
8 4 
*
« Ë
*
`

 8 *
4
Eercícios
È) C l l
f ri i     l  
i  ½´

- iâ tro t ro = ½´


- ltr = ½´
-
p

r  p r  = ǩ´ E
p

r

Ë 
 * Oltr

—  A
Diâ tro t ro

O volume do cilindro:
 
     
Ë —  X  ö  —     X ö
   
A A
 A   A 
Ë — X A  —     X A
 A  A

Ë ü   *

Precisamos calcular também o diâmetro equivalente:

È6.6
    È|

álculo da superfície eterna da partícula:


m 
m  
m 
A

m  
A

 A     A m m         m m   Ù A


A  A   A  A  Ù

2
2
 2

2
2

2

 ü 2. .ö  2.  3 .ö      3  .2


2 2  2 2 

   A

Finalmente, posso calcular a esfericidade:

2 2
. .
ü ü ü   c
 
2.a) Faça o grafico da distribuição e calcule o diâmetro médio de wauter,
das partículas nas frações 8/10, 10/14, 14/20, 20/28, 28/35 e 35/48 do
material cuja análise granulométrica está apresentada a seguir.

abela 1: Análise granulométrica diferencial de a eia em flocos grossos


Malhas i Ab. tela (mm)
4 0 4,699
4/6 0,0251 3,327
 $ $  6/8 0,1250 2,362
 8/10 0,3207 1,651
10/14 0,2570 1,168
14/20 0,1590 0,833
20/28 0,0538 0,589
 28/35 0,0210 0,417
ü 35/48 0,0102 0,295
 ` 48/65 0,0077 0,208


ü
65/100
100/150
0,0058
0,0041
0,147
0,104
150/200 0,0031 0,074
-200 0,0075 c 0,074
2.b ) Trace a curva diferencial de composição granulometrica i e Dpi

V  



 

 
  

 


 
  

  
   
  
  
   
  

   
2.b ) Trace a curva de fração massica acumulada i e Dpi

Di (mm) i Xi acumulado
4,699 0 0
3,327 0,0251 0,0251
2,362 0,125 0,1501
1,651 0,3207 0,4708
1,168 0,257 0,7278
0,833 0,159 0,8868
0,589 0,0538 0,9406
0,417 0,021 0,9616
0,295 0,0102 0,9718
0,208 0,0077 0,9795
0,147 0,0058 0,9853
0,104 0,0041 0,9894
0,074 0,0031 0,9925
0,074 0,0075 1
2.A ) alculo do diametro medio de wATER
f Diâmetro
Malha i= fração Abertura tela Diam. medio i wauter (Ds):
(Tyler ) massica ( mm ) D (mm) D representa o
8 2,362 leito de
.8/10 0,3207 1,651 2,0065 1,60E-01 partículas
.10/14 0,2570 1,168 1,4095 1,82E-01 esféricas que
14/20 0,1590 0,833 1,0005 1,59E-01 apresentam a
20/28 0,0538 0,589 0,7110 7,57E-02 mesma área
superficial por
28/35 0,0210 0,417 0,5030 4,17E-02
unidade de
35/48 0,0102 0,295 0,3560 2,87E-02 volume do leito.
somas 6,47E-01
 
 `    

8Ú 
Ú

6

2.c ) alcule o numero de particulas da amostra,
wabendo que a massa da amostra total é de 1000g
b = 0,5 e a densidade do solido = 1,5 g/ml

 como

Ë Ë
 ü V }
wendo b= 1 para cubos
e b= 6 para esferas
`
 

Ë  8

È

Fração mass i i i
i D D² D³

0,3207 1,60E-01 7,97E-02 3,97E-02


0,2570 1,82E-01 1,29E-01 9,18E-02
0,1590 1,59E-01 1,59E-01 1,59E-01
0,0538 7,57E-02 1,06E-01 1,50E-01
0,0210 4,17E-02 8,30E-02 1,65E-01
0,0102 2,87E-02 8,05E-02 2,26E-01
0,8217 6,47E-01 6,38E-01 8,31E-01


 :   


  ü
ü
 }    :  
 :   ù } ü   : }

}
2.d ) alcule o diametro medio aritmetico: Dn

8 
2
3  
     

3 
8


2.e ) alcule o diametro medio baseado em superficie: Dsup



Ú 
 ü A  üA ü >>A÷÷
 >

Ú

2.f ) alcule o diametro medio baseado em volume: Dvol

 
 ü ü ü ÷÷
 
Ú >


 Ú


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