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V É uma afecção neurodegenerativa

progressiva e irreversível de
aparecimento insidioso, que acarreta
perda de memória e diversos distúrbios
cognitivos. Em geral de acometimento
tardio, com incidência ao redor dos 60
anos de idade.
V Afeta mais mulheres do que homens.
V !correm alterações neuropatológicas e bioquímicas
específicas. Essas alterações compreendem os
emaranhados neurofibrilares (massa entrelaçada de
neurônios não-funcionais) e as placas senis ou
neuríticas (depósito da proteína ǃ-amilóide parte de
uma proteína maior, a PPA). Esse comprometimento
neural ocorre principalmente no córtex cerebral,
tendo como conseqüência a diminuição do
tamanho do cérebro. Além do acúmulo de
emaranhados neurofibrilares e de placas senis
(neuríticas), levam também à degeneração
cardiovascular. Há perda de células nervosas
colinérgicas, importantes na memória, função e
cognição.
V þão há exames para comprovar a DTA,
que é diagnosticada por exclusão de
outras causas, curáveis ou incuráveis, de
falhas de memória.
V A única forma de diagnóstico é após a
morte do paciente.
Primeira fase
V !s primeiros sintomas são muitas vezes falsamente
relacionados com o envelhecimento ou com o stress. !
sintoma primário mais notável é a perda de memória a
curto prazo (dificuldade em lembrar fatos aprendidos
recentemente); o paciente perde a capacidade de dar
atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o
pensamento abstrato. þessa fase pode ainda ser notada
apatia, como um sintoma bastante comum. É também
notada uma certa desorientação de tempo e espaço. A
pessoa não sabe em que ano está, em que mês, em que
dia.
V 4ma pequena parte dos pacientes apresenta
dificuldades na linguagem, com as funções principais,
percepção, ou na execução de movimentos, mais
marcantes do que a perda de memória. A memória do
paciente não é afetada toda da mesma maneira. As
memórias mais antigas, a memória semântica e a
memória implícita (memória de como fazer as coisas) não
são tão afectadas como a memória a curto prazo. !s
problemas de linguagem implicam normalmente a
diminuição do vocabulário e a maior dificuldade na fala,
que levam a um empobrecimento geral da linguagem.
þessa fase, o paciente ainda consegue comunicar ideias
básicas. ! paciente pode parecer desleixado ao efetuar
certas tarefas motoras simples (escrever, vestir-se, etc.),
devido a dificuldades de coordenação.
V A degeneração progressiva dificulta a independência. A
dificuldade na fala torna-se evidente devido à
impossibilidade de se lembrar de vocabulário.
Progressivamente, o paciente vai perdendo a
capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir
fazer as mais simples tarefas diárias. Durante essa fase, os
problemas de memória pioram e o paciente pode deixar
de reconhecer os seus parentes e conhecidos. A memória
de longo prazo vai-se perdendo e alterações de
comportamento vão-se agravando. As manifestações
mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade
emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de
agressividade ou resistência à caridade.
Aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvem
ilusões e outros sintomas relacionados. Incontinência
urinária pode aparecer.
V Durante a última fase do Mal de Alzheimer, o paciente
está completamente dependente das pessoas que
tomam conta dele. A linguagem está agora reduzida a
simples frases ou até a palavras isoladas, acabando,
eventualmente, em perda da fala. Apesar da perda da
linguagem verbal, os pacientes podem compreender e
responder com sinais emocionais. þo entanto, a
agressividade ainda pode estar presente, e a apatia
extrema e o cansaço são resultados bastante comuns. !s
pacientes vão acabar por não conseguir desempenhar
as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular
e a sua mobilidade degeneram-se a tal ponto que o
paciente tem de ficar deitado numa cama; perdem a
capacidade de comer sozinhos. Por fim, vem a morte,
que normalmente não é causada pelo Mal de Alzheimer,
mas por outro fator externo.
V Embora não haja até agora tratamento
específico para a cura da demência do tipo
Alzheimer, existem abordagens terapêuticas
que, associadas, produzem efeitos benéficos:
a abordagem medicamentosa (tratamento
farmacológico sintomático e tratamento dos
sintomas neuropsiquiátricos não-cognitivos) e a
abordagem social (tratamento não-
farmacológico com pacientes, familiares e
cuidadores). Todavia, o tratamento disponível
atualmente tem sua estratégia terapêutica
alicerçada em três pilares: melhorar a
cognição, adiar a evolução e tratar os
sintomas e as alterações de comportamento.
V Todos os estudos de medidas para prevenir ou
atrasar os efeitos do Alzheimer são frequentemente
infrutíferos. Hoje em dia, não parecem existir provas
para acreditar que qualquer medida de prevenção
é definitivamente bem sucedida contra o Alzheimer.
þo entanto, estudos indicam relações entre factores
alteráveis como dietas, risco cardiovascular, uso de
produtos farmacêuticos ou atividades intelectuais e
a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer
da população. Mas só mais pesquisa, incluídos testes
clínicos, revelarão se, de fato, esses fatores podem
ajudar a prevenir o Alzheimer.

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