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OS VALORES

Filosofia – 10º ano


Prof. Luís Gomes
O que são Valores?
Como Decidimos?

Que valores Temos?


Acção

Escolha

Valores

Políticos Religiosos Éticos Estéticos


Quando decidimos fazer algo, estamos a realizar uma escolha.
Manifestamos certas preferências por umas coisas em vez de outras.
Evocamos então certos motivos para justificar as nossas decisões.
Quando decidimos fazer
algo, estamos a realizar uma
escolha. Manifestamos certas
preferências por umas coisas
em vez de outras.
Tipos de valores
•  Existe uma enorme diversidade de valores, podemos agrupá-
los quanto à sua natureza da seguinte forma:

• Valores éticos: Solidariedade, Honestidade, Verdade,


Lealdade, Bondade, Altruísmo, etc.
• Valores estéticos:Harmonia, Beleza, Fealdade, Sublime,
Trágicidade, etc.
• Valores religiosos: Sagrado, Pureza, Santidade, Perfeição, etc.
• Valores políticos: Justiça, Igualdade,
Imparcialidade, Cidadania, Liberdade, etc.
• Valores vitais: Saúde, Força, etc.
Factos e valores

A acção humana pode apoiar-se em factos, mas tem


sempre implícitos certos valores que justificam ou
legitimam as nossas preferências. 

• Exemplo: O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante da


semana, era um domingo. 

• Facto: O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um domingo.

• Valor implícito: O domingo como o dia mais importante entre os


dias da semana.
JUÍZOS DE FACTO E JUÍZOS DE VALOR
FACTOS

• Um facto é algo que algo que pode


ser comprovado empiricamente.

• Os factos são susceptíveis de


gerarem consensos universais.
VALOR
• Podemos definir os valores partindo das várias dimensões em que
usamos:

• a) os valores são características que, quando atribuídas a


determinados fenómenos, indicam como nos relacionamos com estes
fenómenos, indicam as nossa “apreciação” do fenómeno.

• b) os valores são critérios segundo os quais avaliamos positiva ou


negativamente algo;

• c) Os valores são as razões que justificam ou motivam as nossas


acções, tornando-as preferíveis a outras.
Os valores reportam-se, em geral, sempre a
acções, justificam-nas

• Exemplo: Participar numa manifestação a favor do povo


timorense, pode significar que atribuímos à Solidariedade uma
enorme importância. A solidariedade é neste caso o valor que
justifica ou explica a nossa acção.

• Ao contrário dos factos, os valores apenas implicam a adesão


de grupos restritos. Nem todos possuímos os mesmos valores,
nem valorizamos as coisas da mesma forma.
OBJECTIVIDADE/ SUBJECTIVIDADE DOS
VALORES
Há quem considere os valores…

a) Totalmente objectivos (objectivismo axiológico);

b) Totalmente subjectivos (subjectivismo


axiológico);

c) Simultaneamente objectivos e subjectivos.


OBJECTIVIDADE/ SUBJECTIVIDADE DOS
VALORES
Segundo o artigo da Wikipedia acerca dos valores

“A abordagem filosófica descreve [o valor] como


nem totalmente subjectivo, nem totalmente
objectivo, mas como algo determinado pela
interacção entre o sujeito e o objecto”.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_(filosofia)
A oposição "valores objectivos"/ "valores subjectivos“, ao

dicotomizar a questão dos valores, tende a secundarizar

o papel desempenhado por movimentos sociais,

políticos e filosóficos ao longo da história.


Polaridade dos Valores
• Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposições
ou polaridades.

• Preferimos e opomos a Verdade à Mentira, a Justiça à Injustiça, o


Bem ao Mal, a beleza à fealdade, a generosidade à mesquinhez.

• A palavra valor costuma, geralmente, ser apenas aplicada num


sentido positivo. No entanto, em termos mais rigorosos, o valor é
tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de apreciação positiva ou
negativa. Valor é tanto o Bem, como o Mal, o Justo como  Injusto..
Hierarquização dos Valores
• Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de
tomar uma decisão, cada um de nós, hierarquiza os valores de forma muito
diversa.

• A hierarquização é a propriedade que tem os valores de se subordinarem


uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que outros. As razões
porque o fazemos são múltiplas.

• Exemplo:
A maioria da população mundial continua a passar graves carências
alimentares. Todos os anos morrem milhões de pessoas por subnutrição. É
compreensível que na hierarquia dos seus valores destas pessoas a
satisfação das suas necessidades biológicas não esteja logo em primeiro
lugar.
PARA REFLECTIR
O homem vive, toma partido, crê numa multiplicidade de
valores, hierarquiza-os e dá assim sentido à sua existência mediante
opções que ultrapassam incessantemente as fronteiras do seu
conhecimento efectivo. No homem que pensa, esta questão só pode
ser raciocinada, no sentido  em que, para fazer a síntese entre aquilo
que ele crê e aquilo que ele sabe, ele só pode utilizar uma reflexão,
quer prolongando o saber, quer opondo-se a ele num esforço crítico
para determinar as suas fronteiras actuais e legitimar a hierarquização
dos valores que o ultrapassam. Esta síntese raciocinada entre as
crenças, quaisquer que elas sejam, e as condições do saber, constituí
aquilo que nós chamamos uma "sabedoria"  e é este que nos parece ser
o objecto da filosofia.

Jean Piaget, Sageza e Ilusão da Filosofia


Existem valores
universais?
SERÃO OS VALORES MERAS OPINIÕES?

• Os valores parecem variar individualmente,


de pessoa para pessoa.

• Os valores parecem variar socialmente.

• Os valores parecem variar historicamente.


MAS…
• Varia a beleza ou varia a percepção da beleza?

• Varia a injustiça ou varia a percepção da injustiça?

• Varia o mal ou a percepção do que é o mal?

• Varia o que é incorrecto ou varia a percepção do que


é incorrecto?
A QUESTÃO DO CRITÉRIOS VALORATIVOS

QUAL DESTES JUÍZOS É UM JUÍZO DE VALOR?

A) O nazismo matou milhões de pessoas.

B) O nazismo foi um regime horrível.


“O nazismo foi um regime horrível”

• Será que este juízo é uma mera opinião subjectiva?

• Será que haverá critérios trans-subjectivos que


permitam dizer que este juízo não é um juízo
meramente subjectivo?
A TEORIA DAS NECESSIDADES DE A. MASLOW
CRITÉRIOS TRANS-SUBJECTIVOS
1. Critério da Consensualidade.

2. Critério da Democracia (da maioria):


a) A opinião da maioria.
b) O interesse da maioria.

3. Critério da Dignidade Humana (Kant):


é melhor aquilo que promove
o desenvolvimento da humanidade.
VALORES E CULTURA
Cultura é tudo aquilo que é criado ou
transformado pelo Ser Humano.

Elementos da cultura:
a) Elementos instrumentais;
b) Elementos ideológicos.
ATITUDES QUANTO À
DIVERSIDADE CULTURAL

1. Etnocentrismo.

2. Relativismo cultural.

3. Interculturalismo.
O interculturalismo deve
ajudar a promover,
através da diversidade, a
humanidade como um
todo.

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