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O TRATAMENTO MORAL
CONTUDO, A BUSCA DA CURA MORAL REVELOU-SE INFRUTÍFERA.
OS “LOUCOS” MANTIVERAM SEMPRE UMA IRREDUTIBILIDADE DE
DIFERENÇA.
ENTRE OUTROS...
A PSIQUIATRIA ESQUADRINHOU A EXPERIÊNCIA DA
LOUCURA NA FORMA DE DOENÇAS MENTAIS, COM
CAUSAS NO MAU FUNCIONAMENTO CEREBRAL
PESSOA
DOENÇA
QUE ROTULA AS PESSOAS PELA “DOENÇA”
DOENÇA:
- CARDÍACO
- LOUCO
- AIDÉTICO
- CADEIRANTE
- RENAL CRÔNICO
- TUBERCULOSO
DOENÇA:
Franco Basaglia
O MODÊLO BIOMÉDICO QUE FORJOU-SE NA CONSTITUIÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL DA
PRÁTICA MÉDICA, E, ESPECIFICAMENTE NA PSIQUIATRIA, NA PRÁTICA MANICOMIAL,
TRANSBORDA OS LIMITES DA MEDICINA E DO HOSPITAL E CONTAMINA OS PROFIS-
SIONAIS DE SAÚDE DE UM MODO GERAL.
CARACTERÍSTICAS:
CARACTERÍSTICAS:
A PSIQUIATRIA DEMOCRÁTICA
-A EXPERIÊNCIA DE SANTOS
http://www.scielo.br/pdf/csp/v25n7/20.pdf
A partir da década de 90, e mais acentuadamente
nos anos recentes, verifica-se um deslocamento na pro-
dução, acadêmica e não acadêmica, das grandes ques-
tões envolvidas na proposta original da Reforma Sanitária –
democracia, papel do Estado, dimensões estruturais do
processo saúde/doença, projeto nacional de nação – para
estudos de caráter pragmático e tecnicista. Não se trata
aqui de atribuir juízos de valor a um e outro, mas tão so-
mente de apontar a perda do caráter reflexivo da produção
do campo, sub-sumida pela visão tecnicista da implan-
tação, ou implementação do SUS.
Em decorrência, verifica-se uma tendência a se tomar
como sinônimos conceitos com conteúdos distintos, tais
como:
http://www.scielo.br/pdf /hcsm/v12n2/01.pdf
Mas há que se entender o que fica expresso, por exemplo,
no discurso de posse do Ministro da Saúde José Gomes
Temporão, que governos têm por objetivo e missão dar respostas
efetivas a curto prazo, vale dizer, a velha questão da governança
(recorde-se que no seu discurso de posse ele apresenta 9 cenas e 22 pontos,
quase como metas a serem cobertas); enquanto as atividades de
caráter mais reflexivo e propositivo levam em conta o curto
prazo sim, mas têm por referência o médio e o longo prazo,
possibilitando que se formulem projetos mais efetivos para
para o setor da saúde, respaldados por sua vez por um
projeto para a sociedade. O que, aliás, ocorreu no movimento
da Reforma Sanitária dos anos 70 e 80, e foi se perdendo ao
longo das décadas subseqüentes.
Com certeza não queremos o fim da medicina mental, nem
de suas pesquisas biológicas e neuroquímicas sobre a
gênese da 'loucura'. Nem se está sugerindo fazer dos CAPS
a terra da desrazão. Trata-se tão-somente de uma mudança
de prerrogativas. Ao invés de entrarmos na corrida para
apenas 'melhorar' os CAPS, exercitar em cada um deles
uma maneira de estar no mundo onde viver a
contemporaneidade (existência) implique não a resignação
perante uma coerção pura (Durkheim, 1991), nem na
autolegitimação daquilo que Foucault (1998) entende por
sujeição, mas em uma tarefa de resistência e subversão
que necessariamente se faz sobre um em si que se
constitui em sociedade
A tarefa mais imediata para a reforma psiquiátrica evitar
contra-sensos talvez seja ultrapassar sua obsessão pela orga-
nização burocrática – sem esquecê-la, obviamente – e fazer-se
expressão do movimento da luta anti-manicomial
Com certeza não queremos o fim da medicina mental,
nem de suas pesquisas biológicas e neuroquímicas sobre
a gênese da 'loucura'. Nem se está sugerindo fazer dos
CAPS a terra da desrazão. Trata-se tão-somente de uma
mudança de prerrogativas. Ao invés de entrarmos na
corrida para apenas 'melhorar' os CAPS, exercitar em
cada um deles uma maneira de estar no mundo onde viver
a contemporaneidade (existência) implique não a
resignação perante uma coerção pura nem na
autolegitimação daquilo que Foucault (1998) entende por
sujeição, mas em uma tarefa de resistência e “subversão”
que necessariamente se faz sobre cada um em si que se
constitui em sociedade