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SA R A H BA K E W E L L
( 2017)
Edmund Husserl
“Voltar às coisas mesmas”
Não perder tempo com interpretações
Não perder tempo perguntando se as coisas são reais
Olhe para a vida tal como ela se apresenta a você
Olhe para o momento com a máxima precisão possível
Reconexão entre filosofia e vida – tal como é vivida
Martin Heidegger
A questão do ser
O que é ser?
O que significa dizer que um ser é?
O que é ser para um ser?
Método fenomenológico: desconsidere o acúmulo intelectual,
preste atenção nas coisas e deixe que elas se revelam a você
Soren Kierkegaard
Existencialismo: reflexão sobre os problemas da
existência humana
1846: “Pós-escrito conclusivo não científico às
migalhas filosóficas: uma contribuição existencial”
Dificuldades e complicações da existência
humana
A existência humana é um ponto de partida para
tudo que fazemos, não o resultado de uma dedução
lógica
Existência: modo humano de ser, escolhas a cada
passo
Simone de Beauvoir
O segundo sexo: livro existencialista publicado em 1949
Análise das experiências, das escolhas de vida das mulheres e das
condições em que essas escolhas são feitas
Experiência, escolha, liberdade e autenticidade
Transformador escândalo
Jean-Paul Sartre
A liberdade está no cerne de toda experiência humana
A liberdade é a própria condição humana
Sou minha liberdade: nem mais nem menos
“Você é livre, portanto escolha. Isto é, invente!”
Liberdade: aleatoriedade, impulsividade, inconsequência?
Pode tudo?
Liberdade responsabilidade
Liberdade: difícil, desgastante, angustiante
Caminhos da liberdade
“Não existe um caminho traçado que leve a
pessoa à sua salvação;
a pessoa precisa inventar incessantemente
seu próprio caminho.
Mas, para inventá-lo, a pessoa é livre,
responsável, autêntica,
e todas as esperanças residem dentro de si”.
O que é o existencialismo?
Interesse pela existência humana, concreta e individual
Definição do ser humano como liberdade
Por sermos livres para escolhermos a cada momento, somos
responsáveis pelas nossas escolhas, a responsabilidade é
indissociável da existência humana
A liberdade e a responsabilidade tornam a angústia também
indissociável da existência humana
Somos livres para escolher sempre em determinadas situações
Sermos livres para escolher implica que há um projeto
O que é o existencialismo?
A relação entre o existencialismo e a fenomenologia está na busca
por descrever a experiência vivida, tal como ela se apresenta
Em contato com a experiência, vivendo-a tal como ela se apresenta,
podemos ter uma compreensão mais apropriada para vivermos
modos de vida mais autênticos
Voltar às coisas mesmas
O que é a fenomenologia?
Um novo modo de olhar as coisas
Um método
Descrever fenômenos
Despir-se de distrações, hábitos, ideias feitas, pressupostos e
clichês
Dedicar a atenção “às coisas mesmas”
Olhar de olhos bem abertos
Capturar as coisas exatamente como aparecem
Não como pensamos que supostamente seriam
O sabor de uma fruta
“O sabor de uma fruta está no contato da fruta com o paladar,
e não na fruta mesmo”
Clarice Lispector
O que são os fenômenos?
Qualquer coisa, objeto ou ocorrência comum
Qualquer coisa, objeto ou ocorrência comum tal como se apresenta
à minha experiência
Não como poderia ser, como deveria ser, como seria se...
Exemplo: xícara de café
Xícara de café
“O que é, então uma xícara de café? Posso definir a bebida em termos
da química e da botânica da planta, acrescentar resumidamente como
os grãos são cultivados e exportados, como são moídos, como a água
quente passa pelo pó e então esse líquido é vertido num recipiente de
determinado formato, para ser apresentado a um integrante da
espécie humana que o ingere oralmente.
Posso analisar o efeito da cafeína no corpo ou abordar o comércio
internacional do café.
Posso encher uma enciclopédia com esses fatos e ainda assim estarei
longe de dizer o que é esta xícara de café em particular, à minha
frente” (Bakewell, 2017, p. 39).
Xícara de café
“Por outro lado, se procedo ao inverso e invoco um leque de associações
puramente pessoais e sentimentais, isso tampouco me permite entender
essa xícara de café como um fenômeno imediatamente dado.
Em vez disso, essa xícara de café é um aroma rico, ao mesmo tempo
agreste e perfumado; é o movimento indolente de uma voluta de vapor
erguendo-se de sua superfície.
Quando o levo à boca, é um líquido que se move placidamente e um peso
dentro da xícara de bordas grossas em minha mão.
É um calor que se aproxima, então um intenso sabor carregado em minha
língua, começando com um impacto levemente austero e então se
distendendo num calor reconfortante, que se espalha da xícara para meu
corpo, trazendo a promessa de um estado duradouro de alerta e
revigoramento” (Bakewell, 2017, p. 40).
Xícara de café
“A promessa, as sensações antecipadas, o cheiro, a cor e
o sabor fazem, todos eles, parte do café como fenômeno.
Todos emergem ao serem experimentados”
(Bakewell, 2017, p. 40).
Redução fenomenológica
Entre parênteses
Deixar de lado as suposições abstratas
Deixar de lado as associações emocionais invasivas
Concentrar-se no fenômeno
Concentrar-se nas coisas tal como elas se apresentam
É real? – deixar de lado essa pergunta
Modo de acesso à experiência humana
Voltar sempre às coisas mesmas
Redução fenomenológica
“(...) é uma tarefa libertadora: devolve-nos o mundo em que vivemos.
Funciona extremamente bem com as coisas que, de modo geral, não
consideramos como matéria filosófica: uma bebidas, uma música
triste, um passeio de carro, um pôr do sol, uma sensação de
desconforto, uma caixa de fotografias, um momento de tédio.
Restaura o mundo pessoal em sua riqueza, que dispomos de acordo
com nossa própria perspectiva, mas que geralmente passa tão
despercebido quanto o ar”.
(Bakewell, 2017, p. 41)
Intencionalidade
* Nós somos aquilo sobre o que pensamos
* Toda consciência é consciência de alguma coisa
* Todo pensamento é pensamento sobre algo
* Todo sentimento é sentimento sobre algo
* Somos seres no mundo
Ser e tempo
O que é ser?
Entre todas as coisas desconcertantes
sobre o “ser”, a que gera mais perplexidade é
que as pessoas não se sentem muito
perplexas com ele
Digo “o céu é azul” ou “eu sou feliz” como
se a palavrinha no meio fosse algo evidente
O que pode significar dizer que alguma
coisa é?
Sein (ser)
O Ser não é em si um ser
Não é nenhuma entidade definida ou delineada
É difícil se concentrar no Ser
É fácil se esquecer de pensar nele
Sou o ser cujo Ser indago
Eu mesma, então, sou o caminho
Dasein (ser aí)
“á-frente-de-si-mesmo-já-sendo-em-(o-mundo) como ser-junto-com
(entes encontrados dentro do mundo).
Heidegger nos oferece o Desein em sua cotidianidade
Ser-no-mundo
Geralmente o ser-no-mundo está ocupado fazendo alguma coisa
Não costumamos contemplar as coisas: pegamos e agimos sobre
elas
Por que pego um martelo?
Cuidado
Todo ser-no-mundo é também um ser-com
Cuidado
A preocupação e o cuidado práticos são mais primordiais do que a
reflexão
A utilidade vem antes da contemplação
O acessível-à-mão vem antes do presente-à-mão
O Ser-no-mundo e o Ser-com-os-outros vem antes do Ser-só
Não pairamos sobre o mundo, contemplando-o do alto
Somos no mundo, envolvidos no mundo, lançados no mundo
Condição de lançados
Cuidado
A preocupação e o cuidado práticos são mais primordiais do que a
reflexão
A utilidade vem antes da contemplação
O acessível-à-mão vem antes do presente-à-mão
O Ser-no-mundo e o Ser-com-os-outros vem antes do Ser-só
Não pairamos sobre o mundo, contemplando-o do alto
Somos no mundo, envolvidos no mundo, lançados no mundo
Condição de lançados
Cuidado
“Então cá estou eu martelando a estante; praticamente nem noto o
martelo, só percebo o prego entrando e meu projeto geral. Se estou
digitando no computador um parágrafo sobre Heidegger, não preso
atenção nos dedos, no teclado ou na tela; meu cuidado passa por eles e
se dirige ao que estou tentando fazer. Mas aí alguma coisa sai errado. O
prego entorta ou, talvez, a cabeça do martelo se desprende do cabo e
sai voando. Ou o computador trava”
* Ser livre não é ser livre para realizar tudo aquilo que se
quer, mas ser livre para escolher agir de acordo com o
que se quer, de acordo com as próprias escolhas.
Exercício
* Assim como na música “Capitão Gancho”, escreva frases
relacionando experiências e aspectos importantes em
sua vida que você acredita que contribuem para te
motivarem a ser como você é hoje.
Sou meu passado, e, se não o fosse,
meu passado não existiria nem para
mim nem para ninguém.
Já não teria qualquer relação com o
presente.
Sou aquele por quem meu passado
vem a esse mundo (p. 167).
Passado
* Eu não tenho o meu passado
* Eu sou o meu passado
* Não me desassocio do meu passado
* Nem mesmo quando digo:
“não sou mais o que era”
Existência humana
* Determinada maneira de situar-se frente a seu
passado e seu futuro
* Frente ao passado e ao futuro somos e, ao mesmo
tempo, não somos
Liberdade
* Ser é escolher-se
* Cada detalhe que somos, somos nós que
escolhemos e, escolhendo, criamos
* Não é o passado, mas o futuro, que anuncia o
que somos
* Escolher-se é nadificar-se
Todo processo psíquico de nadificação implica, portanto,
uma ruptura entre o passado psíquico imediato e o
presente.
Ruptura que é precisamente o nada.
Pelo menos, dir-se-á, resta a possibilidade de implicação
sucessiva entre os processos nadificadores
Assim, a condição para a realidade humana negar o mundo,
no todo ou em parte, é que carregue em si o nada como o
que separa seu presente de todo seu passado
A liberdade é o ser humano colocando seu passado fora de
circuito e segregando seu próprio nada (p. 70-71).
Liberdade e passado
* Liberdade é escolha
* As escolhas se dão em função do passado
* Não é o passado que determina o presente e o futuro, é o
futuro que determina o presente e o passado
* O passado só é vivido como passado em relação ao que é
escolhido
* Há no passado elementos imutáveis: o passado é um fato
* A liberdade está na possibilidade de separar-se do fato
que é o passado
Motivos e liberdade
* Ser livre não é não ter a influência dos motivos
* Os motivos influenciam
* Influenciam, mas são insuficientes para determinar
* É a insuficiência para determinação dos motivos, ao
mesmo tempo sua inevitável influência, que delimitam
o campo da liberdade
Determinado rochedo, que demonstra
profunda resistência se pretendo removê-
lo, será, ao contrário, preciosa ajuda se
quero escalá-lo para contemplar a
paisagem.
Em si mesmo – se for sequer possível
imaginar o que ele é em si mesmo - , o
rochedo é neutro, ou seja, espera ser
iluminado por um fim de modo a se
manifestar como adversário ou auxiliar
(p. 593).
Consciência e motivos
* A consciência não pode ser seu próprio motivo
* Consciência é sempre consciência de algo
* A consciência, como vazia de conteúdo próprio, é um nada
* Frente ao passado, a consciência é e não é ao mesmo
tempo
* Frente ao futuro, a consciência é e não é ao mesmo tempo
* Há na consciência, assim, uma estrutura nadificadora
* É por haver a possibilidade de nadificação entre passado,
presente e futuro, que somos livres
“A consciência é um ser
para o qual,
em seu próprio ser,
acha-se a consciência do
nada de seu ser” (p. 92).
Consciência irrefletida
* O sapateiro perde a consciência
de si mesmo; está absorto em seu
trabalho, transforma-se no sapato
que está costurando
* A escritora transforma-se em seu
romance
* A criança que agarra a areia aos
punhados está na areia
* Cada um de nós vive numa casa que tem
aspectos jamais observados por nós, embora
estímulos vindos desses aspectos atinjam
nossos olhos talvez milhares de vezes.
* Nem tudo o que acontece é uma
experiência.
* Assim é a nossa relação com o nosso
próprio passado.
* Aquilo que não tem função, não tem
realidade.
Passado
* O que relatamos nunca é
completamente correto
* Às vezes, somos nós mesmos(as)
os(as) críticos(as) de nossa memória
* A primeira coisa a dizer sobre o
passado é que ele nos fala no
presente
Passado
* O passado não é significativo por
ter sido significativo no tempo que
se deu
* Naquele tempo, talvez, podia não
ter significado algum
* O passado é significativo porque é
significativo agora
* O passado significativo é o passado
presente
Futuro
* Todos nós sabemos que os outros
são capazes de dar um rumo
diferente para nossas vidas.
* O futuro nunca se origina de uma
subjetividade puramente
individual.
* O futuro é o que está por vir, o
que está vindo ao nosso encontro
agora.
Uma maçã no escuro
Por que teria uma pessoa que
decidir cada dia e cada noite?
Que liberdade era essa que
aquela mulher não pedira
sequer?
E como se já não tivesse com
tanto esforço escolhido, de novo
e de novo tinha que escolher;
como se já não tivesse escolhido.
Uma maçã no escuro
Silenciou, um pouco tonta.
Um cobiçoso amor pela sua
própria história a tomara.
Ali estava ela naquele momento
de pé – rica, tonta, pesada,
ganhando ali mesmo, enquanto
falara, um passado de que
jamais suspeitara.
Uma maçã no escuro
“Mas eu tenho ainda todo um
passado para trás!”, gritou-se
subitamente em arrebatamento
de surpresa.
Pois só ao contar é que ela se
lembrara...
Como se somente agora
soubesse que também isso era
vida sua, ah.
Uma maçã no escuro
A mulher então se perguntou
absorta se não haveria mil
outras coisas que lhe tinham
acontecido...
E das quais ela simplesmente
ainda não sabia.
Uma maçã no escuro
Perguntou-se, com a gravidade
de uma descoberta, se ela na
verdade não tinha escolhido
viver de alguns fatos passados,
quando poderia viver de outros
que tinham igualmente
acontecido – e tinha direito a
eles – assim como neste instante
ela estava vivendo do rapaz da
fogueira.
Uma maçã no escuro
Perguntou-se, com a gravidade
de uma descoberta, se ela na
verdade não tinha escolhido
viver de alguns fatos passados,
quando poderia viver de outros
que tinham igualmente
acontecido – e tinha direito a
eles – assim como neste instante
ela estava vivendo do rapaz da
fogueira.
Passado
* O passado não é significativo por
ter sido significativo no tempo que
se deu
* Naquele tempo, talvez, podia não
ter significado algum
* O passado é significativo porque é
significativo agora
* O passado significativo é o passado
presente
Futuro
* Todos nós sabemos que os outros
são capazes de dar um rumo
diferente para nossas vidas.
* O futuro nunca se origina de uma
subjetividade puramente
individual.
* O futuro é o que está por vir, o
que está vindo ao nosso encontro
agora.
Futuro
“Uma vida histórica está cheia de acasos, de
encontros. O futuro é incerto, somos o nosso próprio
risco, o mundo é nosso perigo” (Sartre, 2002, p. 296).
Angústia
* Tomar consciência da própria liberdade é,
necessariamente, angustiante.
* Como a liberdade é uma condição permanente, a
angústia seria, também, um estado permanente para a
afetividade.
* A angústia é um estado permanente?
Consciência refletida e
consciência irrefletida
* Enquanto escrevo, estou no papel e na caneta, estou na frase que
surge palavra após palavra.
* Enquanto monto um armário, estou em cada peça e no encaixe
entre elas, estou na ferramenta que uso e no movimento que faço.
* A consciência em ação é consciência irrefletida
* A consciência de ter consciência da ação e de ser quem escolhe a
ação visando determinadas finalidades é consciência refletida
* A angústia refere-se à consciência refletida
* A consciência refletida me faz pensar sobre a relação entre o que
sou e o que faço, a relação do que faço comigo mesma
Na medida em que apreender o sentido da
campainha do despertador já é ficar de pé a
seu chamado, tal apreensão me protege
contra a angustiante intuição de que sou eu –
e mais ninguém – quem confere ao
despertador seu poder de exigir meu
despertar.
Da mesma forma, o que se poderia chamar de
moralidade cotidiana exclui a angústia ética.
Há angústia ética quando me considero em
minha relação original com os valores (p. 83).
Ser-com
Clínica fenomenológica e existencial
2º semestre – 2018
Imagine
Intersubjetividade
Ser-com
Ser-para-o-outro
Relações concretas
Entre quatro paredes
O amado é o olhar.
Intimidade
Se o outro é por princípio aquele que nos olha,
aquele que nos devolve a nós mesmos, o olhar
do outro acaba por exercer certo magnetismo
sobre nós, uma vez que detém o nosso tão
almejado “lado de fora”.
Somos, ao mesmo tempo, atraídos e repelidos
por essa densidade que o olhar nos fornece.
Atraídos, pois ela é precisamente o que
desejamos.
E, repelidos, posto que, como afirmamos, o olhar
restringe nossa liberdade, nos faz um ser que
desejamos, mas que nunca alcançamos
realmente.
Intimidade
Para nos protegermos dessa avassaladora
condição do olhar do outro acabamos,
muitas vezes, em nossas relações cotidianas,
criando modos de ser engessados e rígidos
acreditando que, dessa forma, podemos “nos
vestir” para dissimular nossa “nudez” e
aparentemente entregarmos ao outro algo
menos arriscado.
Intimidade
Desejar a intimidade é, de certa forma, abrir
ao outro a possibilidade de nos
desnudarmos diante de seus olhos.
É remover o verniz superficial que
recorremos, na maioria das vezes, para nos
protegermos em nossas relações cotidianas
com os outros mais distantes.
É nos despirmos das condutas de fuga que
frequentemente recorrermos, para
buscarmos o contrário, ou seja, para não
fugirmos mais.
Intimidade
Ao mesmo tempo em que nos
disponibilizamos, em que nos desnudamos
na intimidade, também nos tornamos
vulneráveis diante deste outro que nos olha
tão de perto.
O ser da compreensão
* Ser-no-mundo como ser-para-os-outros
* Tenho consciência de ser objeto para o olhar
do outro, de ser objeto para a consciência do
outro, mas não tenho acesso à consciência do
outro
* Quando o outro me olha, o que percebo não é
um objeto que olha, mas uma outra liberdade
O ser da compreensão
* A saúde, para a fenomenologia e para o
existencialismo, corresponde ao processo de
criação constante do mundo e de si
* O que adoece é manter-se preso(a) a uma
mesma estrutura, sem mudança, sem criação
* Existir é coexistir. Adoecer está relacionado à
incomunicabilidade, ao isolamento.
* Diagnóstico: Quais são os pontos de
restrição? Quais são as possibilidades de
expansão, de criação?
Clínica existencial
Projeto de ser
Contexto de construção
Raízes das dificuldades
Localização das contradições de seu ser
Movimento no conjunto de relações
Movimento no mundo
Clínica existencial
Elaboração de uma biografia
Esclarecimento do ser da pessoa
Esclarecimento das condições de possibilidade de
um fenômeno ocorrer
Elaboração da compreensão psicológica
Superação de impasses
Mudanças na dinâmica das relações
RELATAR A SI MESMA
A unicidade do outro é exposta para mim,
mas a minha também é exposta para o
outro.
A noção de singularidade costuma estar
ligada ao romantismo existencial e com
uma pretensão de autenticidade.
RELATAR A SI MESMA
Liberdade Ser-em-si
Método fenomenológico Ser-para-si
Intencionalidade Ser-para-o-outro
Facticidade Olhar
Má-fé Alteridade
Escolhas Projeto
Passado Saúde
Nadificação Palavras
Essência Relações
O que é a liberdade?
Qual é a importância da
liberdade para a clínica
fenomenológica e existencial?
O que é a liberdade?
A liberdade está no cerne de toda experiência
humana
A liberdade é a própria condição humana
Sou minha liberdade: nem mais nem menos
Liberdade: aleatoriedade, impulsividade,
inconsequência?
Pode tudo?
Liberdade responsabilidade
Liberdade: difícil, desgastante, angustiante
Liberdade
“Não existe um caminho traçado que leve a
pessoa à sua salvação;
a pessoa precisa inventar incessantemente
seu próprio caminho.
Mas, para inventá-lo, a pessoa é livre,
responsável, autêntica,
e todas as esperanças residem dentro de si”.
O que é o método
fenomenológico?
Qual é a importância do
método fenomenológico para a
clínica fenomenológica e
existencial?
O que é o método fenomenológico?
Fatos x fenômenos
Descrever fenômenos
Despir-se de distrações, hábitos, ideias feitas,
pressupostos e clichês
Dedicar a atenção “às coisas mesmas”
Capturar as coisas exatamente como aparecem no
momento em que aparecem
Não como pensamos que supostamente seriam
O que é a intencionalidade?
Qual é a importância da
intencionalidade para a
clínica fenomenológica e
existencial?
Intencionalidade
Nós somos aquilo sobre o que pensamos
Toda consciência é consciência de alguma coisa
Todo pensamento é pensamento sobre algo
Todo sentimento é sentimento sobre algo
Somos seres no mundo
O que é a facticidade? Qual é
a importância da facticidade
para a clínica fenomenológica
e existencial?
Facticidade
Temos a liberdade de escolhemos, sempre em
determinadas situações. É preciso assumir a
responsabilidade.
Ninguém faz escolhas num campo totalmente aberto ou
no vazio
Facticidade
Sem a significativa facticidade, minha liberdade seria
uma liberdade flutuante
Ser livre não significa agir de forma desimpedida ou
aleatória
A situação não é um impedimento para minha
liberdade, é condição para ela
Obstáculos
* Os obstáculos não são os impedimentos de nossas
escolhas, não indicam que a liberdade seria ilusória, mas
sim, tornam-se obstáculos justamente pelas escolhas que
fizemos, porque somos livres.
O que é a má-fé? Qual é a
importância de perceber a
má-fé para a clínica
fenomenológica e existencial?
Má-fé
A má-fé não é uma mentira cínica ou uma enganação
oportunista
A má-fé é a tentativa de fugir do que não se pode fugir
Para Sartre, mostramos má-fé sempre que nos
representamos como resultados passivos dos fatos
ocorridos ou mesmo de motivações ocultas que
escapam ao nosso controle
Vivemos em má-fé a maior parte do tempo, porque é
assim que a vida é vivível
Em grande parte, a má-fé é inofensiva, mas pode ter
consequências mais impactantes
O que é são as escolhas? Qual
é a importâncias das escolhas
para a clínica fenomenológica
e existencial?
Escolhas
Ser é escolher-se, é escolher ser.
quem somos.
Ser livre não é ser livre para realizar tudo aquilo que se