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BAMBU

BAMBU
• Torna-se evidente que cada vez mais
materiais ecológicos são necessários para a
população mundial, satisfazendo algumas
exigências fundamentais. Como minimização
do consumo de energia, conservação dos
recursos naturais, redução da poluição e
manutenção de um ambiente saudável. O
bambu sem dúvidas se enquadra nestas
exigências. É considerado um material do
futuro e sua versatilidade é indiscutível.
1. COMPOSIÇÃO
1.1 Morfologia
O Bambu é formado por:
• Rizomas e raízes;
• Colmos (são eles que são usados na construção);
• Galhos;
• Folhas;
• Flores e frutos.
COLMOS
• Formam a principal parte aérea da planta. São
constituídos de:
 nó (local de onde saem os galhos) e
 internó (parte do colmo entre dois nós
consecutivos).
• Seu comprimento varia de espécie para espécie.
Há espécies com colmos de alguns centímetros
de altura, e outras nas quais podem chegar a 30
metros. Seu comprimento aumenta de alguns
centímetros por dia (de 15 à 20 cm), podendo
chegar até o recorde de 1metro por dia.
• 1.2 Micro-estrutura

• Pode ser considerado microscopicamente


composto por:
Feixes de fibras(celulose), fortemente
aderidas;
Substância aglutinante, lignina.
OBTENÇÃO DOS COLMOS
• A obtenção doa colmos para o uso na engenharia passa pelas
seguintes etapas:

 Seleção:
Escolha dos colmos adequados é fundamental para se
conseguir construções duráveis;

 Corte;

 Cura:
Processo para minimizar a seiva em seu interior, pois esta
atrai os insetos;

 Secagem;

 Tratamentos imunizantes.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
• Segundo uma investigação sobre as
propriedades físicas do bambu, foi medido o
diâmetro externo, o comprimento internodal
e a espessura da parede. Os internós foram
numerados desde a base até o topo,
definindo um sistema de coordenadas. A
partir dos valores obtidos do diâmetro
externo(D), espessura da parede(t) e o
comprimento internodal(l) para os respectivos
números de internós(n), pode-se obter a lei
que indica sua variação ao longo da altura do
colmo.
ABSORÇÃO DE ÁGUA
• O bambu absorve água com facilidade se em
contato com ela. Pode-se reduzir a absorção
através de tratamentos superficiais. Para
reduzir tal absorção foram testados produtos
a base de petróleo ( asfalto, piche,
impermeabilizantes industriais.) Pode-se
observar, que a absorção diminuiu, porém não
foi eliminada.
MASSA ESPECÍFICA
• A massa específica das paredes do colmo de
bambu é inferior à da água, variando entre 0,8
kg/dm³ e 0,95 kg/dm³ nas espécies mais
apropriadas para construção.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Baseado nos resultados obtidos nas pesquisas sobre bambu,
durante as duas últimas décadas em várias partes do mundo,
incluindo o Brasil, foi possível criar as primeiras normas para tal
utilização. Sabendo que o conhecimento das normas é importante
não apenas para o uso seguro, mas também para a divulgação de
um material, o International Network for Bamboo and Rattan
INBAR (1999) usou os resultados dessas pesquisas mundiais e
propôs normas para a determinação das propriedades físicas e
mecânicas dos bambus. As normas propostas foram analisadas
pelo ICBO- International Conference of Building Officials e
publicadas no relatório AC 162: Acceptance Criteria for Structural
Bamboo, em março de 2000 (ICBO, 2000), as quais permitem a
aplicação do bambu na construção, nos Estados Unidos da
América ( GAVAMI, 2003 ).
• Não existe no Brasil uma norma técnica da ABNT para o uso do
bambu em construções.
• As propriedades mecânicas do bambu de maior
interesse para a engenharia são:
Resistência à tração paralelas às fibras (podendo
chegar ao redor de 300 MPa) e a resistência à
compressão paralelas às fibras (é cerca de 30%
menor que a resistência à tração, estando entre
20MPa a 120MPa);
Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras
(pose-se dizer que está entre 2MPa e 8MPa);
Resistência à flexão, e às deformações.
USO DO BAMBU
• Para ter maior via útil, precisa-se levar em
conta fatores como idade do bambu, tempo
de corte, período de cura e secagem, além de
tratamento contra fungos e insetos. Depois de
realizado todos esses processos o bambu
pode ser usado em várias coisas, como:
Reforço de painéis;
Reforço no concreto em vigas de pequeno
porte;
 Armadura longitudinal, feita de varetas extraídas do
colmo, que têm uma enorme capacidade de
deformação;
 Uso em treliças espaciais, pois o baixo peso dos
colmos e sua elava resistência são um bom indicativo
para tal aplicação.
 Varas de bambu também podem ser usadas em
pilares de concreto, funcionando como armadura
longitudinal, pois consegue dar ductilidade ao
conjunto, melhorando o comportamento estrutural
do pilar.
 Pode ser usado em lajes em forma permanente. O
estrado de bambu serve de reforço de tração e, ao
mesmo tempo, de fôrma. Desta forma, o
escoramento pode ser reduzido significativamente.
DESVANTAGENS
Como o consumo de colmos na construção de
uma moradia é elevado, há necessidade de
plantações comerciais de espécies adequadas
para sua aplicação;
 Devido sua facilidade de absorver água,
mesmo passando por vários tratamentos ele
continua sua absorção. Uma das consequêcias
disso, é que suas dimensões aumentam ao
absorver tal água, e ao perdê-la suas
dimensões diminuem;
 Baixa durabilidade natural do colmo,
principalmente as espécies que possuem altos
teores de amido e não são cortados em épocas
corretas;
 Não são todos os bambus que podem ser usados
na construção civil a maioria é utilizado para a
produção de papel;
 Não existe no Brasil uma norma técnica da ABNT
para o uso do bambu em construções e tão
pouco mão-de-obra ou equipamento
especializado para o seu processamento.
VANTAGENS
 Baixa energia de produção se comparada a outros
matérias como aço, concreto e madeira, o que
pode resultar em baixo custo da construção;
 Curto ciclo de crescimento com grande e
constante produtividade por bambuzal;
 Baixo peso específico, o que reduz o custo de seu
manuseio e transporte;
 Forma tubular acabada, estruturalmente estável
para as mais diversas aplicações construtivas,
inclusive como tubos hidráulicos;
 Resistência mecânica compatível cm os esforços
solicitantes a que estaria submetido o bambu em
estruturas adequadamente dimensionadas;
Aproveitamento quase total, e os poucos resíduos
gerados com seu emprego são biodegradáveis,
reincorporando-se facilmente a natureza;
Possibilidade de se curvar o colmo (caule);
Superfície lisa e coloração atrativa;
Durabilidade dentro das expectativas normais de
vida dos materiais convencionais, relativamente as
condições ambientais onde é utilizado, seja ao ar
livre ou envolvido por outros materiais;
É muito resistente, pode-se produzir telhados,
bicicletas e até carros;
A obra fica mais barata;
A resistência maior que a do aço;
Pode fazer todas as funções que o aço e o
concreto e ainda substituir eles;
Matéria prima é mais barata, e pode ser
plantada próximo dos locais de construção o
que facilitaria o transporte;
Tem vantagens ecológicas, visto que o bambu
absorve CO₂ e gera O₂.
Custo
• Uma casa popular feita de bambu, no
Equador, onde esta tecnologia já é
amplamente utilizada, custa, em média, US$
400. Já uma casa de alvenaria não sai por
menos de US$ 10 mil.
• O produto chega a baratear uma obra em
50%, além de se enquadrar no contexto de
desenvolvimento sustentável, por resultar em
uma habitação ecologicamente correta.
• Apesar do baixo custo, e de nosso país possuir
uma das maiores reservas de bambu, a técnica
construtiva que utiliza essa espécie de vegetal
ainda é muito pouco explorada no Brasil,
embora comecem a surgir empresas que estão
utilizando este material como matéria-prima
para construção de residências. Sendo ainda
possível encontrar o bambu empregado em
construções temáticas ou de luxo.
Alguns exemplos de construções luxuosas
com bambu:
Tempo de execução
• O tempo de construção de uma casa seja 50%
menor que a convencional, possuindo
longitudinalmente a resistência do aço.
• Muito se tem estudado para mudar a
característica "provisória" de uma construção
com bambu. Desse modo, se forem tomados
certos cuidados no corte de uma touceira, feito o
tratamento preservativo e construído da maneira
correta, uma construção de bambu pode
apresentar durabilidade superior a 25 anos,
equivalente a do eucalipto, por exemplo.

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