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CAPÍTULO 6

A estrutura do ato de conhecer


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O conhecimento é
uma relação OBJETO
SUJEITO
Aquele que
entre… Algo que é
conhecido
conhece

50 LIÇÕES DE FILOSOFIA 11.º ANO


Essa relação é cognitiva, pois o sujeito visa 3
formar uma ideia ou crença verdadeira
acerca do objeto (do que se passa na
realidade).

50 LIÇÕES DE FILOSOFIA 11.º ANO


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Nem toda a relação entre nós e o mundo
é cognitiva.

Deitar um papel ao lixo não é uma relação


cognitiva do sujeito com o objeto.

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Três tipos de conhecimento

Conhecimento proposicional
(saber que)
Ex.: Fernando Pessoa morreu em 1935.

Conhecimento prático
(saber como / saber fazer)
Ex.: tocar guitarra.

Conhecimento por contacto


(conhecimento direto)
Ex.: ter visto uma pessoa.

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Definição tradicional de conhecimento 6
(conhecimento proposicional)

CRENÇA

Podemos saber algo e não acreditar nisso?

NÃO

E podemos acreditar em algo que não sabemos?

SIM

Ex.: A Rita acredita que o Daniel está em casa a estudar, mas ele
está no cinema.

CONCLUSÃO
Para sabermos, temos de acreditar (a crença é condição necessária).
Mas não basta acreditarmos (a crença não é suficiente).

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Definição tradicional de conhecimento 7
(conhecimento proposicional)

VERDADE

Podemos saber algo que não é verdade (que não


aconteceu de facto)?

NÃO

E algo pode ser verdadeiro sem ser conhecido?

SIM
Ex.: As pessoas acreditam em coisas diferentes, mas não sabem
mesmo a verdade acerca de Maddie, a menina inglesa
desaparecida no Algarve.
CONCLUSÃO
Para sabermos algo, a nossa crença tem de ser verdadeira (a verdade é
condição necessária).
Mas não basta ser verdadeira (a crença verdadeira não é suficiente).

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Definição tradicional de conhecimento 8

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Definição tradicional de conhecimento 9
o conhecimento é factivo

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Definição tradicional de conhecimento 10
(conhecimento proposicional)

JUSTIFICAÇÃO

Sabemos mesmo algo em que acreditamos sem


qualquer razão e que, por mera sorte, é verdadeiro?
NÃO

E saberemos sempre algo que é verdadeiro e no qual


acreditamos justificadamente?
SIM
Contudo, os casos de Gettier mostram que NÃO.

CONCLUSÃO
Para sabermos algo ,a nossa crença tem de ser justificada (a
justificação é condição necessária).
Mas não basta a crença ser verdadeira e justificada (a crença
verdadeira justificada não é suficiente).

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Definição tradicional de conhecimento 11
(conhecimento proposicional)

Contraexemplo Gettier à definição tradicional

Vários colegas da turma confirmaram à professora o que outros já lhe


tinham dito: que o Paulo namora com a Beatriz.
Mas, sem que mais ninguém o soubesse, na noite anterior a Beatriz acabou
o namoro com o Paulo e começou a namorar em segredo com o Alexei.
Tanto o Paulo como o Alexei foram ao jantar da turma.
Assim, a professora acredita justificadamente que o namorado da Beatriz é
o Paulo. E acredita justificadamente que o Paulo foi ao jantar (ela própria o
viu lá). Portanto, a professora acredita justificadamente que o namorado
da Beatriz foi ao jantar.

Ora, a crença da professora de que o namorado da Beatriz foi ao jantar


é…
‒ verdadeira (pois é verdade que o Alexei foi ao jantar);
‒ e justificada (pois tem boas razões para acreditar que o namorado
dela foi ao jantar).

MAS, INTUITIVAMENTE, PARECE INCORRETO DIZERMOS QUE A PROFESSORA


SABIA TAL COISA.

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Definição tradicional de conhecimento 12

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS,
MAS NÃO SUFICIENTES

Justificação

Crença Verdade

Conhecimento

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Fontes de (justificação do) conhecimento 13

SENTIDOS = EXPERIÊNCIA CONHECIMENTO EMPÍRICO = CONHECIMENTO A


POSTERIORI

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Fontes de (justificação do) conhecimento

PENSAMENTO = RACIOCÍNIO CONHECIMENTO RACIONAL = CONHECIMENTO A PRIORI

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Fontes de (justificação do) conhecimento

• A fonte principal de (justificação


RACIONALISMO do) conhecimento é a razão.
• Descartes

• A fonte principal de (justificação


do) conhecimento é a
EMPIRISMO experiência.
• David Hume

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