sobre: (...) III – renda e proventos de qualquer natureza; IMPOSTO DE RENDA - IR • Legislação do imposto de Renda: NORMAS GERAIS: CTN: Arts. 43 a 45 LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA: IRPF: Lei 7.713/88 e Lei 9.250/95 IRPJ: Lei 8.981/95 e Lei 9.430/96 REGULAMENTO DO IR: Decreto 3.000/99 IMPOSTO DE RENDA - IR • Função do imposto de renda:
1. Fiscal (predominante) 2. Extrafiscal – Servindo como instrumento de distribuição de riquezas, não apenas em razão das pessoas, como também lugares e regiões.
EXEMPLO: Legislação de incentivos fiscais administrados pela SUDENE,
SUDAM E SUDEPE votados para o desenvolvimento regionais e setoriais. IMPOSTO DE RENDA - IR
• Princípios constitucionais aplicáveis ao imposto de
Renda: O IR sujeita-se aos seguintes princípios: a) Legalidade estrita (CF, art. 150, I); b) Anterioridade de exercício (CF, 150, III, b).
Entretanto, o IR não se sujeita à noventena (CF, art. 150, § 1º)
IMPOSTO DE RENDA - IR
• Critérios constitucionais para sua instituição:
CF, Art. 153 (...)
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; IMPOSTO DE RENDA - IR
• O Critério da generalidade corresponde à sujeição
passiva:
Todos indistintamente são contribuintes, potenciais, ou de fato.
Visa assegurar que aqueles que aufiram renda e proventos serão tributados igualmente. Decorre do princípio da isonomia. Esse critério impede a criação de classes privilegiadas IMPOSTO DE RENDA - IR • Historicamente existiram classes privilegiadas:
a) Idade Média - o Clero e a Nobreza não
pagavam tributos; b) No Brasil - antes da CF/88 - militares, magistrados e parlamentares eram excluídos do IR. IMPOSTO DE RENDA - IR • O critério da universalidade corresponde à extensão da base de cálculo: A universalidade é que diz respeito à base de cálculo, que deve abranger quaisquer rendimentos e proventos auferidos pelo contribuinte (sujeito passivo). Esse critério impede a exclusão de certas categorias de rendimentos e proventos. IMPOSTO DE RENDA - IR Previsão da universalidade no CTN: CTN, Art. 43 (...) § 1º. A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Parágrafo incluído pela LC nº 104, de 10.1.2001) IMPOSTO DE RENDA - IR • O critério da progressividade corresponde à fixação das alíquotas:
Consiste na fixação de alíquotas maiores em
relação a renda mais elevada. FATO GERADOR DO IMPOSTO DE RENDA - IR • Aspecto Material do Fato Gerador do IR: • CTN, Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: • I – de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; • II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. IMPOSTO DE RENDA - IR • Distinção entre renda e proventos de qualquer natureza: RENDA – São acréscimos patrimoniais resultantes do produto do capital, trabalho ou da combinação de ambos.
PROVENTOS – São acréscimos patrimoniais não
compreendidos no conceito de renda; IMPOSTO DE RENDA - IR • Definição de acréscimos patrimoniais: É o elemento comum e nuclear dos conceitos de renda e de proventos. Assim entendido o acréscimo de riqueza, o ganho ou o aumento advindo do trabalho e do capital (ou patrimônio) em certo período de tempo. IMPOSTO DE RENDA - IR • Acréscimos patrimoniais: No caso de renda: decorrentes do produto do capital: aluguel, “royalties”, recebimentos decorrentes de aplicações financeiras, lucros, participação nos lucros, bonificações, rendimentos de partes Beneficiárias. decorrentes da renda do trabalho: salário, honorários, comissões. decorrentes da combinação do capital e do trabalho: pró-labore, lucro. No caso de proventos: decorrentes dos proventos de qualquer natureza: aposentadorias, pensões por morte ou alimentícias, prêmios em loterias, doações, herança etc. IMPOSTO DE RENDA - IR • Indenizações e a tributação do IR:
JURISPRUDÊNCIA:
a) NÃO INCIDÊNCIA DO IR – Se for para recomposição de
perdas (danos materiais ou morais) > Por não caracterizar acréscimo patrimonial; b) INCIDÊNCIA DO IR - Se caracterizar acréscimo patrimonial. ASPECTO TEMPORAL: CONSUMAÇÃO DO FATO GERADOR
O Imposto de Renda tem fato gerador periódico ou
complexivo
DEFINIÇÃO PELA LEI
A. NO CASO DO IRPF - ANUAL – Até 31/12.
- Declaração de ajuste de 1º de março até 30 de abril do ano subsequente – apurando-se o IRPF devido ou a ser restituído.
B. NO CASO DO IRPJ – Trimestral, podendo a PJ que pagar
com base no lucro real, optar pelo período anual, com antecipações mensais. IMPOSTO DE RENDA - IR • Aspecto temporal: consumação do fato gerador O Imposto de Renda tem fato gerador periódico ou complexivo • DEFINIÇÃO PELA LEI a) NO CASO DO IRPF - ANUAL – Até 31/12 - Declaração de ajuste de 1º de março até 30 de abril do ano subsequente – apurando-se o IRPF devido ou a ser restituído. b) NO CASO DO IRPJ – Trimestral, podendo a PJ que pagar com base no lucro real, optar pelo período anual, com antecipações mensais. IMPOSTO DE RENDA - IR • Aspecto espacial: extraterritorialidade
O IR caracteriza-se pela extraterritorialidade, ou
seja, pode alcançar fatos geradores ocorridos no território nacional como fora dele. IMPOSTO DE RENDA - IR • Extraterritorialidade do IR: CTN, Art. 43 (...) § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela LC nº 104, de 10.1.2001)
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior,
a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela LC nº 104, de 10.1.2001) IMPOSTO DE RENDA - IR • Extraterritorialidade do IR:
TRIBUTAÇÃO POR BASE GLOBAL
A tributação em bases universais também é designada por tributação por base global, contrapondo-se ao critério da territorialidade. Tributa-se rendimentos e ganhos auferidos (nos mercados domésticos ou exterior) por pessoas residentes ou domiciliadas no País. IMPOSTO DE RENDA - IR • Extraterritorialidade do IR das Pessoas Físicas:
LEI 7.713/88, Art. 3º (...)
§ 4º A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou direitos, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda, e da forma de percepção das rendas ou proventos, bastando, para a incidência do imposto, o benefício do contribuinte por qualquer forma e a qualquer título. IMPOSTO DE RENDA - IR • Extraterritorialidade do IR das Pessoas Jurídicas:
• Lei nº 9.249/95, Art. 25. Os lucros, rendimentos e
ganhos de capital auferidos no exterior serão computados na determinação do lucro real das pessoas jurídicas correspondente ao balanço levantado em 31 de dezembro de cada ano. (Vide Medida Provisória nº 2158-35, de 2001) IMPOSTO DE RENDA - IR • Aspecto pessoal do fato gerador: SUJEITO ATIVO – UNIÃO - ADMINISTRAÇÃO: Receita Federal do Brasil - MANDADO DE SEGURANÇA EM QUE SE DISCUTE O IR: Autoridade coatora é o Delegado da Receita Federal - DEMAIS AÇÕES: Serão ajuizadas tendo como ré a união - IR RETIDO PELOS ESTADOS-MEMBROS: Pertence ao próprio estado- membro, por força do art. 157, I, da CF. Neste caso o STJ tem entendido que as respectivas ações devem ser ajuizadas contra tais estados IMPOSTO DE RENDA - IR • Aspecto pessoal do fato gerador: SUJEITO PASSIVO - CONTRIBUINTES
PESSOAS FÍSICAS DOMICILIADAS OU RESIDENTES NO BRASIL
• São contribuintes do IRPF as pessoas físicas residentes e domiciliadas no Brasil,
nos termos do art. 1º da Lei 7.713/88 e art. 2º do Decreto 3.000/99 (RIR/99).
PESSOAS FÍSICAS DOMICILIADAS OU RESIDENTES NO EXTERIOR
• São também contribuintes as pessoas físicas, embora domiciliadas ou residentes
no exterior, que percebam no País renda ou proventos de qualquer natureza (art. 3º, Decreto 3.000/99). IMPOSTO DE RENDA - IR • Aspecto pessoal do fato gerador: SUJEITO PASSIVO - CONTRIBUINTES
PESSOAS JURÍDICAS - Consideradas as pessoas jurídicas de direito
privado domiciliadas no País, as filiais, sucursais, agências ou representações no País de pessoas jurídicas com sede no exterior (art. 147 do Decreto 3.000/99 – RIR)
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL -Os empresários individuais são
equiparados, para o efeito da tributação do IR, às pessoas jurídicas (art. 150 do Decreto 3.000/99 - RIR) IMPOSTO DE RENDA - IR • Responsável pelo recolhimento do IR: • Os principais casos de responsabilidade são: 1. Pessoas físicas: No caso de menores ou incapazes (art. 4º, RIR/99). 1. Pessoas jurídicas: Responsabilidade por sucessão, nos casos de incorporação, fusão, cisão ou transformação. Responsabilidade dos administradores por ato praticado com ofensa aos estatutos, contrato social ou a lei.