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Transformadores

Alunos: Paloma Cordeiro


Luiz Felipe Teles
Nilton Nei
Introdução
Transformador é um dispositivo que transfere potência através de bobinas
acopladas indutivamente. Indução magnética descoberta em 1830 em trabalhos
independentes por:
• Transformadores são essenciais num sistema de transmissão em CA ou CC
• Fazem a adequação dos valores de corrente e de isolamento
• São parte integrante de retificadores e inversores
• São utilizados na proteção: medição de corrente em alta tensão (TC´s)
Transformado Óleo 110/150 MVA
Os transformadores de grande potência são projetados para garantir
alta performance nas mais diversas aplicações e segmentos de
mercado, atendendo as necessidades específicas das empresas de
energia e do segmento industrial em geral.
Resumo das Características Técnicas

Figura 1 : transformadores Óleo 110/150 MVA


Detalhes Técnicos
Atmosfera Não agressiva
Potência 110000/150000 kVA
Temperatura ambiente máxima 40.0 ºC
Tensão nominal AT 230 k
Fator K K1
Tensão nominal BT 13.8 kV
Taps +/- 8x1,25%
Forma construtiva Conservador com bolsa
Classe temperatura material isolante E (120 ºC)
NBI (AT) 950.0 kV
Refrigeração Onaf
Norma NBR 5356
Material dos condutores AT/BT Cu/Cu
Frequência 60.0 Hz
Elevação temperatura dos enrolamentos média 65.0ºC
Grupo ligação WT Ynd1
Elevação de temperatura dos enrolamentos no ponto mais quente 80.0ºC
Fase Trifásico
Impedância 13.64 %
Instalação Ao tempo
Perdas em vazio 78.0kW
Altitude máxima de instalação 1000.0 m
Perdas totais 600.00kW
Corrente de excitação 0.24 %
Nível de ruído 85.0 dB
Descargas parciais 300.0 pC
Rendimento e Regulação
Rendimento

Regulação
Característica do Transformador a Óleo
• Os líquidos isolantes utilizados em transformadores normalmente apresentam
baixa viscosidade e alta rigidez dielétrica.
Transformadores isolados a óleo podem ainda ser divididos em três tipos:
1. Transformadores selados – são aqueles que não possuem conservador de
óleo. Normalmente fabricados até a potência de 2000 kVA.
2. Transformadores pressurizados – são transformadores similares aos selados,
contudo com pressão interna positiva com relação à pressão externa. São
normalmente dotados de acessórios como relé de pressão súbita e mano
vacuômetro para indicação de pressão interna.
3. Transformadores com conservador de óleo – são transformadores dotados do
dispositivo de expansão conhecido com tanque de expansão ou conservador
de óleo. Um exemplo de transformador com conservador de óleo é o
mostrado na foto 2.
Desenho
Dispositivos de Supervisão e seus Acessórios

Indicador de nível de óleo:


Deve-se verificar a atuação
dos contatos de nível
mínimo e máximo;

Relé Buchholz: Verificar os dispositivos


de supervisão e acessórios devem ter Termômetro do óleo: Deve-se verificar o fechamento
resistência de isolamento medida de dos contatos de alarme e desligamento.
500MΩVCC, com resultado Termômetro do enrolamento: Verificar o
preferencialmente superior a 10 MΩ a fechamento dos contatos de 1° e 2° estágios de
25°C. 5.3 ventilação forçada, alarme e desligamento devido a
temperatura dos enrolamentos;
Óleo isolante
Suas principais funções são garantir o isolamento elétrico, extinguir descargas
elétricas parciais e arcos elétricos e servir como meio de troca térmica para a
refrigeração do equipamento.
Comissionamento

Corresponde às tarefas a serem realizadas para se colocar o


equipamento em operação, estando o transformador em campo, são
elas:
• Verificação do equipamento;
• Acessórios;
• Instalações;
• Sistemas de proteção/supervisão;
• Testes elétricos de rotina e de funcionamento dos acessórios.
Verificação de Instalações e Proteção
Todo o sistema de proteção do transformador deve ser verificado:
1. O funcionamento de relés, CLP’s,
2. A comunicação entre esses dispositivos e a caixa de controle do
transformador;
3. A perfeita identificação e comunicação das falhas e alarmes do
transformador em relés, ou sistemas supervisórios.
Teste

O Transformador na fase de comissionamento, deve ser submetido aos testes


finais antes de sua energização, são os principais:

1. Estanqueidade: Mantendo o transformador pressurizado por 24 horas a fim de se verificar


presença de vazamentos;
2. Resistência Elétrica dos Enrolamentos: medida como no ensaio de fábrica, não devendo
diferir em grande escala dos valores do ensaio de fábrica;
3. Relação de Transformação: medição deve ser realizada preferencialmente com
transformador de relação variável (TTR). Os resultados não podem diferir em mais de 0,5%
dos valores de placa, teóricos de projeto. Faz-se importante a medição em todas as posições
do comutador de taps e confirmação do correto posicionamento do comutador para
energização, sob o risco de se causar danos ao equipamento caso o comutador não esteja
devidamente encaixado na posição de projeto do transformador;
4. Resistência de Isolamento: realizar o teste com megaohmímetro compatível com
equipamento a ser avaliado, efetuando o teste e critérios para aprovação conforme norma
NBR 5356 (1993).
Concluindo o Comissionamento
Terminado o comissionamento do transformador é recomendado que se faça
a análise do óleo (cromatográfica e físico-química) do transformador
conforme a seguinte periodicidade:
a) antes da energização;
b) 24h a 72h após a energização;
c) 15 dias após a energização;
d) um mês após a energização;
e) três meses após energização;
f) seis meses após a energização;
Após seis meses da energização, conforme a criticidade e a potência do
transformador, deve-se realizar coletas a cada seis meses ou uma vez a cada
ano.
Energização
Para se efetivar a tarefa de energização é importante que se verifique e realize
os itens a seguir:

1. Relatórios de testes elétricos em conformidade.


2. Relatórios de testes físico-químicos e cromatográficos do óleo isolante em
conformidade.
3. Testes de todos os acessórios do transformador.
4. Testes de todas as proteções do transformador.
5. Verificação das conexões (buchas, aterramento, controle) e comutador de
tapes.
6. Condição adequada das instalações do transformador (conexão com
retenção de óleo, proteção contra descargas atmosféricas, ventilação do
local de instalação, paredes ante chama).
Acessórios
TP
São equipamentos que permitem aos
instrumentos de medição e proteção
funcionarem adequadamente sem que
seja necessário possuir tensão de
isolamento de acordo com a da rede à
qual estão ligados.
Também utilizados para suprir aparelhos
que apresentam elevada impedância,
tais como voltímetros, relés de tensão,
bobinas de tensão de medidores de
energia, etc.

Figura: Instalação de um TP
TP indutivo
Os transformadores de potencial indutivos são construídos segundo três
grupos de ligação previstos pela NBR 6855:
• Grupo 1 - são aqueles projetados para ligação entre fases. São basicamente
os do tipo utilizado nos sistemas de até 34,5 kV. Os transformadores
enquadrados nesse grupo devem suportar continuamente 10% de
sobrecarga.
• Grupo 2 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de
sistemas diretamente aterrados, isto é: Rz/Xp<=1 , sendo Rz o valor
resistência de sequência zero do sistema e Xp o valor reatância de
sequência positiva do sistema.
• Grupo 3 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de
sistemas onde não se garante a eficácia do aterramento.
Exemplo de TP Indutivo
• TP da Pfiffner – EOF (24-245)kV (operação externa e com isolação papel a óleo)

Descrição Geral
Transformadores de potencial do tipo EOF são utilizados em sistemas
de alta tensão desde 24 até 245 kV. Eles transformam alta tensão em
valores padronizados para medição e proteção de dispositivos.

Vantagens do TP Indutivo
Proteção contra ferro ressonância através do uso de núcleos operando
com baixa indutância.
Alta segurança na operação, uma vez que a parte ativa está fora da
área do isolador.
Design otimizado, com quantidade reduzida de óleo
TP Capacitivo
São construídos basicamente com a utilização
de dois conjuntos de capacitores que servem
para fornecer um divisor de tensão e permitir a
comunicação através do sistema Carrier.
Também construídos para tensões iguais ou
superiores a 138 kV.
Exemplo de TP capacitivo
• TP da Pfiffner – ECF (72-550)kV (operação externa e com isolação papel a óleo)

Descrição Geral
Transformadores de potencial capacitivos do tipo ECF são utilizados
em sistemas de 72 até 550 kV. Eles transformam tensões
padronizadas para medição e proteção de dispositivos.

Vantagens do TP Capacitivo
Design confiável e ótimo custo-benefício para sistema de alta tensão.
Pode ser utilizado para transmissão de sinais de alta frequência.
Classes configuradas em fábrica, sem necessidade de ajuste em
campo.
Precisão estável durante toda vida-útil do transformador.
Segurança ampliada pelo sistema de amortecimento.
TC

Os transformadores de corrente são


equipamentos que permitem aos
instrumentos de medição e proteção
funcionarem adequadamente sem
que seja necessário possuir correntes
nominais de acordo com a corrente
de carga do circuito ao qual estão
ligados.

Figura: Transformador de Corrente Arteche.


Características
Os TC podem ser construídos de diferentes formas e para diferentes usos, ou seja:

Tipo barra - É aquele Tipo bucha- Semelhantes ao TC do Tipo janela - É aquele que não
cujo enrolamento tipo barra, porém sua instalação é possui um primário fixo no
primário é feita na bucha dos equipamentos transformador e é constituído de
constituído por uma (transformadores, disjuntores, uma abertura através do núcleo,
barra fixada através etc.), que funcionam como por onde passa o condutor que
do núcleo enrolamento primário. forma o circuito primário.
transformador
Tipo enrolado - É aquele cujo
Tipo núcleo dividido - É aquele cujas enrolamento primário é constituído
características são semelhantes às do de uma ou mais espiras envolvendo
TC do tipo janela, em que o núcleo o núcleo transformador
pode ser separado para permitir
envolver o condutor que funciona
como enrolamento primário.
1. Tipo com vários enrolamentos primários - É aquele constituído de vários
enrolamentos primários montados isoladamente e apenas um
enrolamento secundário.
2. Tipo com vários núcleos secundários - É aquele constituído de dois ou
mais enrolamentos secundários montados isoladamente, sendo que cada
um possui individualmente o seu núcleo, formando, juntamente com o
enrolamento primário, um só conjunto.
3. Tipo vários enrolamentos secundários - É aquele constituído de um
único núcleo envolvido pelo enrolamento primário e vários
enrolamentos secundários.
4. Tipo derivação no secundário - É aquele constituído de um único núcleo
envolvido pelos enrolamentos primário e secundário, sendo este provido
de uma ou mais derivações.
Aplicação
• TCs Medição: Destinados à medição são projetados de forma a saturarem com menos de 5 vezes
da corrente nominal (não é normalizado), oferecendo assim proteção aos instrumentos.
• TCs Proteção: Atuam em circuitos que devam ser protegidos contra sobre correntes por meio de
relés.
• TCs Para uso em CCMs: Para uso em CCMs (Motores, Bombas e Máquinas) a saturação deve
ocorrer após 10 vezes a corrente nominal secundária devido a picos de corrente na partida de
motores (secundário 1A).
• TCs Auxiliar: São transformadores utilizados em diversos tipos de medições, sendo elevadores ou
abaixadores de corrente, com as correntes secundárias não normalizadas

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