You are on page 1of 54

- Decomposição de Reynolds -

Equações Básicas dos Termos Médios e Flutuações

Fluido com Propriedades Constantes


Processos de Média
Média Temporal - apropriada para turbulência estacionária,
isto é as propriedades médias não variam com o tempo
(escoamento numa tubulação impulsionado por uma bomba
de rotação constante)
1 t T
FT x   lim
l  f x, t dt
T T t

• Média Espacial - pode ser utilizada para turbulência


homogênea que possui propriedades médias uniformes
para todas as direções.

FV x   lim  f x, t dV


1

V V V
Processos de Média

• Média
de Conjunto (ensemble) - aplica-se para
escoamentos que variam com o tempo.
• Exemplo: N experimentos idênticos com condições de
contorno que diferem por pertubações aleatórias. fn(x,t) é a
medida de f do nth experimento, e sua média de conjunto é:

1 N
FE x   lim
  fn x, t 
N N n1

Para um escoamento estacionário e homogêneo as três


médias são coincidentes. Esta é conhecida como hipótese
ergótica.
Decomposição de Reynolds

Média temporal p/ turbulência estacionária


u(x,t)

U(x,t)
Tu
T

•Avelocidade instantânea é dada pela soma da velocidade


média e flutuações:

ui x, t   Ui x   ui' x, t 


Decomposição de Reynolds

•A velocidade média é estimada considerando-se que o


período da flutuação, Tu é muito menor que o tempo T
de aquisição:
1 t T
Ui x    ui x, t dt , Tu  T
T t

•A média da média é a própria média; a barra superior


indica média temporal
1 t T
Ui x    Ui x dt  Ui x 
T t

1 t T
ui' x    ui x, t   Ui x dt 
• A média da flutuação é nula: T t
 Ui x   Ui x   0
Propriedades da Média de Reynolds

f f
O processo de média de
Reynolds sobre f'  0
operações envolvendo as
variáveis instantâneas é
 
f  g  f  f'  g  f  g
decorrente das definições f'g  0
da média:
 
f  g  f  f '  g  g'  f  g
f  f  f ' f
 
f  f  f' x x x
valo r
instantâne o
valor
medio
valor
flutuante  
 fdx   f  f ' dx   fdx
Correlações (I)

A média do produto de duas variáveis, f e y tem a forma:

fy    f'    y'    
y'  
f'  f' y'    f' y'
0 0

• A média do produto entre uma quantidade média e outra


flutuante é zero porque a média da flutuante é nula!

• A média do produto de duas flutuações não é


necessariamente nula. As quantidades f e y estão
correlacionadas se f' y'  0 . Elas não apresentam
correlação se f' y'  0 .
Correlações (I)

• Para produtos triplos encontra-se, de forma similar:

fy    f'    y'    '    f' y'  y' '  f' '  f' y' '

• Os termos lineares em f’, y’ e ’ tem média zero.


Termos de flutuação quadráticos e cúbicos não
apresentam razões a priori para serem nulos.
Correlações (II)

Considere um escoamento 2D no plano (x,y):


se f’ = y’ = ui’ tem-se o valor médio quadrádico da
flutuação,
u' u'  v' v'  0

se f’ = u’ e y’ = v’ tem-se a correlação de
velocidades, ela expressa o grau de associação
entre as variáveis.
Correlações (II)

Representação instantânea das ocorrências de u’ e


v’ num gráfico (x,y)
(a) v’ (b) v’ (c) v’
u'v'  0 u'v'  0 u'v'  0

u’ u’ u’

(a) u’ e v’ não estão correlacionados


(b) u’ e v’ correlacionados; se u’ aumenta, v’ diminui e vice versa;
(c) u’ e v’ correlacionados; se u’ aumenta, v’ aumenta e vice versa;
2 2
Desigualdade de Schawrz: u' v'  u'  v'

Coeficiente de correlação: Ruv  u' v '


,  1  Ruv  1
2 2
u'  v '
Definição das Variáveis Instantâneas, Médias e
FlutuantesPara as Equações de Transporte

Instantânea Média Flutuante

Velocidade ui Ui u’i
Pressão p P p’
Temperatura t T t’
Energia Cinética q K k’
Deformação s S s’
Tensor Tensões t T t’
Equações Médias de Reynolds - Massa

Equação da conservação da massa para um fluido


incompressível :
'
ui Ui u i
  0
xi xi xi

Ui u'i
pode-se concluir então que:  0
xi xi

isto é, a vazão do campo médio assim como a do campo


flutuante se conservam instante a instante. Em outras palavras,
o divergente do campo médio assim como o das flutuações são
nulos!
Equação de N.S. média

Tomando-se a média temporal da Equação da quantidade de


movimento instantânea:

ui   u jui  p   2 ui 


  
t x j x i x j x j

  
 
Ui   U jUi  
 u 'j u 'i 
  P   2
Ui 
   
t x j x j x i x j x j
Equação de N.S. média

A equação do momento em termos das variáveis médias é


idêntica aquela com variáveis instantâneas a exceção do termo
de correlação u' ui' . Ele representa a média temporal do
j

fluxo de momento devido as flutuações.

Esta correlação constitui o problema fundamental em


turbulência! Para calcular todas as propriedades médias do
escoamento é necessário prover equações constitutivas
(modelos) para o termo de correlação das flutuações. Aqui
começa a ciência e a arte da modelagem.
Tensor de Reynolds (I)

•O fluxo de momento devido às flutuações é conhecido como o


tensor de Reynolds;
• Ele é também reconhecido como a tensão exercida no fluido
pelas flutuações turbulentas;
• Ele é simétrico e possui seis componentes independentes
entre si;

 u' u' v ' u' w ' u' 


 
TiT, j  ui'u 'j    u' v ' v ' v ' w ' v ' 
 
w ' u' w ' v ' w ' w '
 
Tensor de Reynolds (I)

•A soma dos elementos da diagonal principal é a


energia cinética turbulenta específica, (energia por
unidade massa), freqüentemente denominada por
energia cinética somente;

1 ' ' 1 2

k  u i u i  u '  v'2  w '2
2 2
  J 
 
 kg 

• Por conveniência, a correlação de velocidades


passará a ser expressa por:

TiT, j
 iT, j  u i' u 'j 

Tensor de Reynolds (III)
 O tensor das tensões no fluido é decomposto na sua
componente média e outra devido à turbulência (flutuações
das velocidades).

Ti, j   Pi, j  2Si, j  ui'u'j


   
Tensões Tensões
Campo Médio Campo Flut uações

 A forma mais popular da equação média do momento é


transportando o termo de fluxo de momento das
flutuações para o lado direito da equação e
reconhecendo-o como a contribuição do movimento
turbulento ao campo das tensões:

Ui   U jUi  P   ' ' 


    2S i, j  u u
j i 
t x j x i x j 
Tensor de Reynolds (III)

 O tensor de Reynolds introduz mais 6 variáveis além de


(U,V,W e P). Portanto existem mais incógnitas que equações
para o problema! Se for tentado obter eq. para as tensões
turbulentas aparecerão incógnitas do tipo u i' u 'ju 'j que serão
geradas pelos termos não lineares da inércia. Tornando o
processo de fechamento recursivamente não solucionável.
Equação das Flutuações de Velocidade

 Ela pode ser obtida a partir da equação do momento da


flutuação que é obtida subtraindo-se a equação N.S da
velocidade instantânea da eq. N.S em termos da média
temporal:


  Ui  ui'   U j  u'j Ui  ui'   
P  p'


 2 Ui  ui' 
t x j x i x j x j

  
  U jUi  u 'j u 'i 
 Ui      P   2 Ui 
    
t x j x i x j x j

 
 ui' 
 

  i j

U u '
     
 U u
j i
'
 u ' '
u
j i 
 ' '  
 u ju i   
    p' 
 2 ui'
      
t x j x i x j x j
O operador Navier-Stokes (N(*))

 Definindo o operador Navier-Stokes das flutuações de


velocidade, N(u’i):

 
 
     
' ' ' '  ' '  
  Uiu j  U jui  u jui   u jui  

   p'
'
'  ui     2 ui'
N ui    - 0
t x j x i x j x j
Equação das Tensões de Reynolds (I)
 Equação de transporte para o tensor de Reynolds, i,j , por
meio da média temporal do produto entre o operador Navier-
Stokes e a com a flutuação de velocidade

 
ui'  N u 'k  uk'  N u 'i  0 
 A operação é detalhada termo a termo a seguir.
Considerando o termo transiente:
'
ui
 u '
k  
 uk
'  u '
i

  
u ' '
iuk

 i ,k    
t t t t
 O termo convectivo:
   
 Uiu 'j  U jui'  u 'jui'  u 'jui'   Uk u 'j  U juk'  u 'juk'  u 'juk' 
uk'    u '
i
 
x j x j
 
 U j ui'uk' 
  Ui Uk ui'uk' u 'j
 u 'juk'  ui'u 'j   
x j x j x j x j



 U j i,k    j,k
Ui
 i, j
Uk
 
ui'uk' u 'j
x j x j x j x j
Equação das Tensões de Reynolds (II)
 O termo de pressão:

   
ui'
p'
 uk' 
   
p'  uip'  uk p'
'

'
u '
u '  ui'p' 
-p' i -p' k   
 uk' p' 
  - p's '
i,k
x k x i x k x i x k x i x k x i

 O termo viscoso:

2 ' 2 '  2 ' '  ' '   2  ' '


'  uk '  ui  u u u u u u
ui  uk   i k   2 i k    i,k   2 i k
x j x j x j x j  x j x j  x j x j  x j x j  x j x j
   

 Lembrando-se que Ti,jT representa o tensor turbulento.


Para expandir e simplificar os termos convectivos foi
utilizado relações da eq. continuidade: (Ui/ xi= u’i/ xi
= 0)
Equação das Tensões de Reynolds (III)

 Coletando-se os termos transiente, convectivo, pressão e


difusivo e considerando  conste, chega-se a:
i,k U j  i,k  
   i,k 
t

x j
  

x j  x j  x j
 
Ci,k , j  k , j
Ui
x j
  k ,i
Uk
x j
  i,k

  i,k


        Dissipação Correlação :
Transporte Difusão ProduçãoTe nsor (destru ição) Pressão
Difusão Tensor Deformação
Tensor pelo Molecular Turbulenta pelo Camp o médio
Campo Médio

onde as definições dos termos:

 i,k  ui'uk' Ci , k , j 
 ' ' ' p' '
  
  u i u k u j  u k  j,k  u i  j,i 

'

 

u i' u 'k
 i,k  2ν  i ,k
p'  u i' u 'k 
      2  p's i' ,k
x j x j   x k x i 
Equação das Tensões de Reynolds (IV)

 A equação do tensor de Reynolds possui (6) componentes,


uma para cada tensor;
 Apesar de se ter criado 6 novas equações, foram também
geradas 22 novas incógnitas:

ui'uk' u'j  10 incógnitas

ui' uk'
 i,k  2  6 incógnitas
x j x j
p' p'
ui'  uk'  6 incógnitas
x k x i
Equação das Tensões de Reynods (V)

 Devido a não-linearidade da Eq. N.S nota-se que a tentativa de


se obter equações de ordem estatística superiores
(correlação uiuk) são gerados novas incógnitas.

 Se fosse produzido novas equações para os termos


incógnitos novas variáveis desconhecidas seriam geradas!

 Isto ocorre pq o processo de média é matemático e não físico.

 A geração de incógnitas revela que o processo de média de


Reynolds é uma brutal simplificação da eq. N.S. Se os termos
incógnitos não são modelados adequadamente significa que a
eq. N.S modelada está perdendo informação.
Equação da Energia Cinética Turbulenta (I)
 A energia cinética turbulenta específica (J/kg) é obtida a
partir da diagonal principal (traço) do tensor turbulento do
fluido: ' '
i ,i  u i ,i u i ,i  2k

 A equação da energia cinética turbulenta é constituída


tomando-se o ‘traço’ da equação do tensor de Reynolds, isto
é, fazendo-se os índices i=k

1,1 U j 1,1  1,1  U 1 U 1


t

x j


x j






C1,1, j   1, j
x j
 1, j
x j
 1,1   1,1
 x j 
 x j

 2, 2 U j  2, 2   2, 2  U 2 U 2
t

x j


x j





 
C 2, 2, j   2, j

  2, j

  2, 2   2, 2
 x j   x j x j x j

 3,3 U j  3,3   3,3  U 3 U 3


t

x j


x j
 

 
C 3, 3 , j   3, j   3, j   3, 3   3, 3
 x j  x j x j x j
Equação da Energia Cinética Turbulenta (II)

 Somando-se e contraindo-se as três equações chega ao


transporte da energia cinética turbulenta:

k  U j k  U i   k 1 ' ' ' 1 ' ' 


   i, j      uiuiu j  p u j 
t x j x j x j  x j 2  
   Dissipação   
Transporte K Produção (1) Difusão:Molecular
campo médi o (2) Transporte Turbulento
(3) Difusão da Pressão
Equação da Energia Cinética Turbulenta (III)

 O tensor i,j é nulo quando i, j. Isto significa que a correlação


entre a flutuação de pressão e o tensor das deformações
flutuantes não produz energia mas redistribui!
 A produção de K, PK, representa a taxa com que a energia está
sendo transferida do campo médio para turbulência. Como Sij
é simétrico, PK pode ser re-escrito como: PK=:S;
 Dissipação  é a taxa com que a energia cinética turbulenta é
convertida em energia intena; escoamentos em equilíbrio a
taxa de produção é igual a de dissipação, PK = ;
 dk/dxj é o transporte por difusão molecular da energia
cinética turbulenta;
 A correlação tripla é o transporte da energia turbulenta (uiui)
no fluido pelas turbulência;
 A difusão da pressão é o transporte turbulento resultante da
correlação entre a flutuação de pressão e velocidade.
Equação da Energia Cinética Turbulenta (IV)
 A mesma equação também se chega a partir da média
temporal no operador:

ui'  N ui'  0
onde N(u’i) é o operador Navier-Stokes para as flutuações de
velocidade.
 ‘q’ é a energia cinética e sua

q  Ui  ui   UiUi  2Uiui'  ui'ui'
' 2 decomposição;

 o valor médio de q é o quadrado da


q  U 2i  u
'i2 velocidade média (K) mais a média
 do quadrado das flutuações, (k);
K k

 Define-se intensidade de turbulência


k como sendo a razão entre energias
I
K cinéticas das flutuações com o as do
campo médio; tipicamente I < 5%
porém pode atingir até 60%.
Expressões para o termo de Dissipação,  I

 A quantidade , expressa a taxa de


dissipação de energia por unidade de
ui' ui'
 massa por unidade de tempo. Ela é
x j x j
denominada por função dissipação deriva
do traço do tensor dissipação,i,j

 Ela difere da definição


da função dissipação,
(Hinze, Townsend), que  u ' u 'j 
 i  
1
é proporcional ao  d  2 si', j : si', j , s i', j 
2  x j x i 
quadrado do tensor  
deformação das
flutuações:
Expressões para o termo de Dissipação,  II
 Reconhecendo-se que ambas expressões são sempre
positivas a dissipação real, d e o termo viscoso acima
estão relacionados por meio de:

 '  A equação acima tem direta relação com Eq.


  ' j u  2 ui'u 'j ‘Forma
  d   ui   d  
(101) na apostila Diferencial das
x j  x i  x j x i Equações de Transporte’
 

 Nota-se que  não é a expressão completa para a função


dissipação a menos que as 2a derivadas das tensões de Re
são nulas ou desprezíveis em comparação com . Pode-se
afirmar contudo que para escoamentos com Re elevados, 
 d. Na prática, a diferença entre os termos é pequena
(< 2% Bradshaw) a exceção de regiões próximas às
paredes.
Expressões para o termo de Dissipação,  III

 A funções  d são coincidentes para turbulência isotrópica


(G.I.Taylor). O quadrado da média de todas derivadas parciais
pode ser expresso em função de apenas uma derivada.
 Turbulência isotrópica: u' 2  v ' 2  w ' 2 em qualquer região do
espaço mas podem variar com o tempo. Se as flutuações são
aleatórias, não pode haver correlação cruzada: u'v'  0

 2 ui'u 'j
  d      d
x j x i

 
0
Veja Warsi
 u'   u' 
   d  15  
 x   x 
Sumário Equação da Energia Cinética Turbulenta (I)

 Em notação tensorial cartesiana a equação de transporte


da energia cinética turbulenta é dada por:

k k ' '  Ui   k 1 ' ' ' 1 ' '


 Ui  u j u j     u u u  u p 
t  xi  xj  x i   x i 2  i 
i j j
Sumário Equação da Energia Cinética Turbulenta (II)

 Dado que o tensor de Reynolds é simétrico, o termo de


produção também pode ser expresso pelo produto dele
com o tensor médio da deformação :

k k 
' ' 1   Ui
 Uj   k 1 ' ' ' 1 ' '
 Ui  u j u j      
t  xi 2   x j  x i   xi   x  2 u i u ju j   u i p 
 i 

 A função dissipação , coincide com a dissipação real do


fluido somente para escoamentos isotrópicos; e portanto
ela também é batizada por dissipação isotrópica,

ui' ui'

x j x j
Equação da Dissipação, 
 A equação para  é obtida
tomando-se a média 2
ui' 

x j x j
Nu '
i  0  
temporal do operador:
onde N(u’i) é o operador Navier-Stokes para as flutuações de
velocidade.
 Existe uma considerável álgebra para se chegar a forma final
da equação de e. As passagens algébricas para alguns termos
são mostradas:
 ui'    ui'  1   ui' ui'  1 
transiente :        
 x j  x j  t  2 t  x j x j  2 t
     

 ui'   ui'  1  ' '


   u u  1 
convectivo :     Uk    Uk  i  i  U
 x j  x k  x j  2 x k  x j x j  2
k
  x k
 

 u i'  1   p '     p ' u i' 


pressão :        
 x   x  x   x  x x 
 j  j  i  i  j j 
Equação da Dissipação,  (II)
(I) variação temporal; (II) convecção; (III) difusão da dissipação
por efeitos molecular, pelas flutuações de pressão e pelas
flutuações de velocidade; (IV) geração devido a deformação do
campo médio; (V) geração de flutuação de vorticidade devido a
ação de auto-alongamento da turbulência; (VI) decaimento
(destruição) da taxa de dissipação devido a ação viscosa.

  
     '
 '
 ν  '  u' 
 Uj      u' 
u i

u i 

2 p j
 
t  xj  xj   xj  j x x   x x
 

 m m m m

 Ui   u'  u'  u'  u'    '
  2 Ui
 2  i j
 k k 
 2  u '
u i 
 xj  x  x  xi  x j   x  xx
k

 k k
  j  j k

 u 'i  u 'i  u 'k 2 u'  2


u ' 
2 
 2  2 i
 i

 xk  xm  xm   x k x m  x k x m 
 
Equação da Dissipação,  (III)

 A equação da dissipação é muito mais complexa que a


equação da energia cinética turbulenta;
 Ela envolve diversas novas e desconhecidas correlações
duplas e triplas das flutuações de velocidade, pressão e
gradiente de velocidade!
 As correlações duplas e triplas existentes são praticamente
impossíveis de se medir experimentalmente;
 Do ponto de vista experimental não se tem esperança de se
conseguir relações para fechamento das correlações que
envolvem a eq. ;
 Recentes simulações com DNS vem ajudando a se ganhar um
maior conhecimento sobre as correlações duplas e triplas
mas a base de conhecimento ainda é muito esparsa.
Equação da Dissipação,  (IV)

 A forma exata da equação da dissipação não é útil para ser o


ponto inicial de desenvolvimento de um modelo.
 Da teoria de Kolmogorov,  é visto como o fluxo de energia na
cascata dos turbilhões;
 O fluxo de energia é determinado pelos grandes turbilhões
num processo que não depende da viscosidade!
 Porém, a energia é dissipada nas pequenas escalas;
 A equação de  deveria se ater as pequenas escalas, porém o
processo de média introduz diversos produtos de correlações
que, de forma indireta, expressam a taxa de dissipação
 É praticamente impossível modelar fisicamente os termos da
equação de  uma vez que eles referem-se a produtos e
correlações das grandes escalas.
 Portanto, a forma modelada da eq. para  é vista como
empírica.
Equação da Energia Média em termos da Temperatura

A equação da energia aplica-se para escoamentos sem


dissipação, sem trabalho de compressão e propriedades
constantes.
A difusividade térmica é definida por a = k/Cp

 T  t '

 
 U j  u 'j  T  t '  a
  T  t '
t x j x j x j


T 


 U jT  
 u 
'
j
t'
 a
 2 T 
t x j x j x jx j
Fluxo de Calor Turbulento, q’

A média temporal do produto entre a flutuação de velocidade


e de temperatura pode ser interpretado como um fluxo de
calor transportado pelo campo médio.

q T   ρCp t' u'; ρCp t' v'; ρCp t' w'

De forma que ele pode ser transposto para os termos


difusivos da equação da energia!

 U jT 
 T 
t

x j

1   T
k
C p x j  x j
  
 C p u j t ' 
'


Equação das Flutuações de Temperatura

 Ela pode ser obtida a partir da equação do momento da


flutuação que é obtida subtraindo-se a equação N.S da
velocidade instantânea da eq. N.S em termos da média
temporal:

T  t '

 
 U j  u 'j T  t '   a
 2 T  t '
t x j x j x j

 T 


 U j T  u 'j t '   a
 2 T 
t x j x j x j


   U t   Tu   u t   u t
 t' j
' '
j
' '
j
' '
j   a
 
2 t'
t x j x j x j
O operador da Equação da Energia E(*)

 Definindo o operador da equação da energia para as


flutuações de temperatura, E(t’):

Et ' 
   U t   Tu   u t   u t
 t' j
' '
j
' '
j
' '
j   a
  0
2 t'
t x j x j x j

 Relembrando o operador Navier-Stokes das flutuações de


velocidade, N(u’i):

  
N u i' 
u

 '
i
        1 p' -   u   0
 U i u 'j  U j u i'  u 'j u i'  u 'j u i' 2 '
i

t x j  x i x j x j
Equação de Transporte do Fluxo de Calor Turbulento

O fluxo de calor turbulento q, é transportado pelo campo médio. A


equação de transporte para q é obtida tomando-se a média
temporal dos operadores N e E com t’ e u’ :

 
t ' N u i'  u i' Et '  0

 
 u i' t '


  
U j u i' t ' 
t x j

  ' t ' u '


1 ' ' 
 a u i  t ' i
 au i u j t  p t  i, j 
' ' '

x j  x j x j  

  U j
  u  
' '
T '
t t
 a   
1
 u 'j t '  u 'j u i' i
 p'
x j x j x j x j  x i
Equação de Transporte do Fluxo de Calor Turbulento (II)

A equação de transporte do fluxo de calor turbulento é vetorial!


Uma interpretação física dos termos segue:
os termos do lado esquerdo representam o transporte de q;
o primeiro termo do lado direito (L.D.) é a difusão molecular ( e a)
, a difusão turbulenta e a difusão de pressão;
o segundo e terceiro termos do L.D. representam a produção pelo
gradiente do campo médio de velocidades e temperatura
O quarto termo do L.D. é a dissipação devido aos efeitos de
difusividade hidrodinâmica e térmica
O último termo do L.D. é uma correlação entre as flutuações de
pressão e o gradiente da flutuação de temperatura
Equações Reynolds & En. Cinética Turbulenta
Escoamentos 2-D

• Considera-se o fluido incompressível de propriedades constantes.


• O campo de escoamento é bi-dimensional em regime
permanente; sendo U e V as velocidades médias ao longo das
direções x e y

U U 1 P 1   U  1   U 
U V      uu  
 y   uv 
x y  x  x 

 x
 

  y  
  
 xx  yx

V V 1 P 1   V  1   V 
U V      vu  
 y   vv 
x y  y  x 

 x
 

  y  
  
 xy  yy
Equações Reynolds & En. Cinética Turbulenta
Escoamentos 2-D
A energia cinética 1 1

k  u '2  v'2  w '2 ; k '  u '2  v'2  w '2  
turbulenta, k 2 2 
valor medio da en. cinética turbulenta valor instantâneode k

k k   k ' pu    k 1 ' pv ' 


'

U  V    u k '      v k '  
x y x  x   y  y 2  
 
 
difusao turbulenta

 U U V V 
 u ' u '  u ' v'  v' u '  v' v'    
 x y x y  dissipaçao
 
produçao pelo grad. vel. media (P)

 
2
  
2

2 
   u  u  u  
    
  x   y   z  
Onde a dissipação das  
flutuações é dada pela     u i  u i       v    v    v  
2 2 2

expressão:  x j x j   x   y   z 
 
 2 2 2
   w    w    w  
    
Para campo 2-D, as flutuações w são   x   y   z  
 
isotrópicas, dw/dx=dw/dy=dw/dz
Equações para um Canal/Tubo

y 1 P 1   U 
0    
 x  y  y 
uv

x 1 P  vv
0 
 y y

• Nota-se que estas equações só podem ser resolvidas se for provido


equações constitutivas para o tensor de Reynolds
• Este problema é referido como problema de ´fechamento´em
turbulência. Só pode ser resolvido propondo modelos para os termos
do tensor de Reynolds
• Equação da Energia Cinética Turbulenta
2
d  dk pv   dU   u i 
0    kv     uv    
dy  dy    dy  
 j 
x
       
difusao turbulenta produçao (P) dissipaçao (  )
Energia Cinética próximo a uma parede
2
d  dk pv   dU   u i 
0    kv     uv dy     x 
   
dy  dy  j 
      
difusao turbulenta produçao (P) dissipaçao (  )
Equações da Camada Limite

U U dU 0 1   U 
U V  U0     uv
x y  y  y 

dx
 
 yx

1 P  vv
0 
 y y

2
k k   k pv   U   u i 
U  V      kv     uv     
x y y  y   y   x j 
     
difusao turbulenta produçao (P) dissipaçao (  )
Dados Experimentais em Tubos - Laufer
(1954) Flutuação de Velocidade Próximo
da Parede
Dados Experimentais em Tubos - Laufer
(1954)Energia Cinética & Tensão Turbulenta
Dados Experimentais em Tubos - Laufer (1954)
Energia Cinética & Tensão Turbulenta
Dados Experimentais em Tubos - Laufer (1954)
Balanço de Energia Próximo da Parede
Dados Experimentais em Tubos - Laufer (1954)
Balanço de Energia na Camada Externa

You might also like