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ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Prof. Ms. Alexandro Alves Ribeiro


Aula 1 – Saúde e Doença ao Longo da Historia – Otawa e Reforma Sanitária

Objetivos desta aula:

•Descrever o Movimento da Reforma Sanitária Brasileira;


•Perceber que a VIII Conferência Nacional de Saúde foi um grande marco
histórico do movimento da Reforma Sanitária Brasileira;
•Discutir os 05 princípios da Carta de Ottawa;
Aula 1 – Saúde e Doença ao Longo da Historia – Otawa e Reforma Sanitária

Introdução
Nesta aula o conteúdo a ser compreendido é importante para o atual
cenário da Política Nacional de Atenção Primária e de Promoção da Saúde.
Discutir e compreender as mudanças sofridas no setor saúde após a instituição
do SUS faz parte da estratégia de formação de um profissional de saúde
pautado no modelo de atenção a qual o país vem se debruçando.
Importante que se faça uma reflexão sobre a Constituição Federal
Brasileira - capítulo 196 a 200 (da Saúde). Que se possa conhecer os 03
princípios doutrinários do SUS (universalidade, equidade e integralidade). De
maneira dinâmica compreender os princípios organizativos do SUS
(regionalização, descentralização, participação social, hierarquização,
resolutividade). Apontaremos as diferenças entre o modelo de saúde adotado
até a instituição do SUS e do atual modelo.
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O conceito de Saúde
Antigamente, a definição mais utilizada era "ausência de doenças".
Porém, hoje não é bem assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
define saúde “não apenas como a ausência de doença, mas como uma
situação de perfeito bem-estar físico, mental e social”. Essa definição era
avançada para a época em que foi realizada, mas analisando melhor agora
podemos perceber que é irreal e subjetiva.
Irreal por que a perfeição é utópica – quem será capaz de alcançá-la? E
subjetiva porque bem-estar é uma avaliação indefinível.
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Condições de saúde e doença não acontecem ao acaso nem por acaso

É determinado por um processo permanente e dinâmico com interação


de diversos fatores relacionados com a qualidade de vida.

Tem distribuição diferenciada dos eventos relacionados com saúde e


doença em grupos populacionais.

O que é doença? O que é processo? O que é processo saúde-doença?

O que leva uma doença a ocorrer?


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Histórico sobre a busca das causas das doenças


Pode ser esquematizada em quatro fases:

1ª fase: Fase da magia

Fatores etiológicos atribuídos à ação de deuses,


demônios ou de forças do mal;

“São os espíritos que causam a maioria das doenças, ao


aparecerem para os humanos na floresta, e são eles que
ajudam os xamãs a curá-las. Os espíritos são invisíveis,
só aparecendo para os doentes e os xamãs em transe.“

Viveiros de Castro (2002:81)


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►Dominante entre os povos da Antigüidade, o pensamento mágico-religioso


(Scliar, 2007) será responsável pela manutenção da coesão social e pelo
desenvolvimento inicial da prática médica.

►Nas diferentes culturas, o papel da cura estava entregue a indivíduos iniciados:


os SACERDOTES INCAS; os XAMÃS e PAJÉS entre os índios brasileiros; as
BENZEDEIRAS e os CURANDEIROS na África.

►Considerados líderes espirituais com funções e poderes de natureza


ritualística, mágica e religiosa, mantinham contato com o universo sobrenatural
e com as forças da natureza.
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2ª fase: Fase dos miasmas

Emanações do solo, supostamente


nocivas, como as produzidas pela decomposição
do lixo e de sujeiras, responsabilizadas pelos
danos à saúde.
A origem das doenças situava-se na má
qualidade do ar, proveniente das emanações
oriundas da decomposição de animais e plantas.
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As Primeiras Explicações Racionais: a medicina hipocrática


►Ao lado das concepções mágico-religiosas, pouco a pouco
foi-se desenvolvendo uma outra explicação para a saúde e
a doença. O apogeu da civilização grega vai representar o
rompimento com a superstição e as práticas mágicas e o
surgimento de explicações racionais para os fenômenos de
saúde e doença.

►A relação com o ambiente é um traço característico da


compreensão hipocrática do fenômeno saúde-doença.
Partindo da observação das funções do organismo e suas
relações com o meio natural (periodicidade das chuvas,
ventos, calor ou frio) e social (trabalho, moradia, posição Pai da Medicina,
social etc.). Hipócrates fundou a
ciência baseada na
observação clínica.
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Esta escultura do arquiteto Bernini no


século XVI é paradigma na arte desde
que concebida.

O detalhe da coxa de Proserpina,


apalpada, é algo que beira a perfeição
absoluta e total domínio da técnica da
escultura em mármore.
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3ª fase: Fase microbiológica, dos germes ou do contágio

►Até meados do século XIX, a saúde pública dispunha de


poucos instrumentos para o controle de doenças. Os mais
utilizados eram o isolamento e a quarentena. Inicia-se então os
estudos enfatizando a ação de agentes microbiológicos para
explicar a ocorrência da doença a partir de investigações no
campo das doenças infecciosas e da microbiologia;
►A comprovação de um microorganismo específico como causa
de uma determinada doença só foi cientificamente aceita em
1876, quando Robert Koch, um médico alemão, demonstrou a
transmissão do antraz por um bacilo, usando camundongos
como animais experimentais.
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4ª fase: Fase da causalidade


múltipla

Incorporação do social
ou do psicossocial para
explicar o aparecimento e
manutenção das doenças na
coletividade, em interação com
os fatores físicos e biológicos,
é uma das características
dessa etapa.

- Abordagem unicausal
Pintura de Claude Lorrain que representa um porto francês, um
- Abordagem multicausal marco para o desenvolvimento do mercantilismo, das relações de
trocas e formação de uma nova ordem econômica que dará as
bases para o capitalismo.
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Abordagem unicausal: processo de relacionar uma causa a um efeito, a


especificidade “uma causa um efeito” representa o isolamento de parte de um
todo.

Ex: ações decorrentes de abordagem unicausal (imunização para controle de


doenças, saneamento básico, diminuição do hábito de fumar).

Abordagem multicausal: os danos à saúde podem ter múltiplas causas.

Ex: asma está associada a numerosos agentes ou fatores (infecções,


estresse, exposição a poluentes)
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Abordagem unicausal: processo de relacionar uma causa a um efeito, a


especificidade “uma causa um efeito” representa o isolamento de parte de um
todo.

Ex: ações decorrentes de abordagem unicausal (imunização para controle de


doenças, saneamento básico, diminuição do hábito de fumar).

Abordagem multicausal: os danos à saúde podem ter múltiplas causas.

Ex: asma está associada a numerosos agentes ou fatores (infecções,


estresse, exposição a poluentes)
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1974 - Marc Lalonde (titular do Ministério da Saúde e do Bem-estar do


Canadá) define o CONCEITO DE SAÚDE como sendo “o estado do mais
completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de
enfermidade”.

"primeiro relatório governamental moderno no mundo ocidental a reconhecer


que a ênfase em assistência médica sob um ponto de vista biomédico é
errado, e que é necessário olhar além do sistema tradicional de saúde
(tratamento dos doentes) se o objetivo é melhorar a saúde do público.“

(SCLIAR, 2007)
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Principais conferências, plataformas e declarações internacionais de


saúde
•As Plataformas de Saúde tem por objetivo firmar-se como parceiro social ativo
na definição das Políticas de Saúde através da elaboração de documentos que
orientem as ações a serem implementadas junto aos órgãos de decisão no
mundo inteiro;
•As Plataformas de Saúde assumem como objetivo essencial a construção de um
Sistema de Saúde verdadeiramente centrado nas necessidades da população;
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1978 – Conferência Internacional sobre cuidados primários de saúde –


Alma Ata, URSS, 6-12 de setembro - Declaração de Alma Ata
a) Saúde para todos até o ano 2000 - contribuir para a melhor qualidade de
vida e, para a paz mundial – levar a uma vida social e economicamente
produtiva;
Necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que
trabalham nos campos da saúde e, do desenvolvimento e da comunidade
mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo
b) Postulados: CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE
I. Saúde - estado de completo bem- estar físico, mental e social - é um direito
humano fundamental, a consecução do mais alto nível possível de saúde é a
mais importante meta social mundial, cuja realização requer a ação de muitos
outros setores sociais e econômicos, além do setor saúde;
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1986 - 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde - Carta de


Ottawa
Promoção da Saúde é o processo de capacitação da população para
aumentar o controle sobre a sua própria saúde e melhorá-la.
A Promoção da Saúde deve ter cinco princípios:
1. Estabelecer políticas saudáveis;
2. Criar ambientes favoráveis à saúde;
3. Desenvolver as competências pessoais;
4. Reforçar a ação comunitária;
5. Reorientar os Serviços de saúde;
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Carta de Ottawa - 1986
Pré-requisitos para a saúde:
1.paz;
2.educação;
3.moradia;
4.alimentação e nutrição;
5.desenvolvimento da criança saudável;
6.renda e posição social/ emprego e condições de trabalho;
7.equidade de gênero;
8.ecossistema estável e urbanização;
9.justiça social;
10.redes de apoio social;
11.hábitos pessoais e aptidões de adaptação;
12.serviços de saúde em quantidade e qualidade;
13. cultura e etnia.
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Principais conferências, plataformas e declarações internacionais de


saúde
1978 – Conferência Internacional sobre cuidados primários de saúde – Alma
Ata, URSS, 6-12 de setembro; Declaração de Alma Ata
1986 – I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Canadá) -
Carta de Ottawa sobre Promoção da Saúde
1988 – II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Austrália) -
Declaração de Adelaide sobre Políticas Públicas Saudáveis
1991 – III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Suécia) -
Declaração de Sundsval sobre Ambientes Favoráveis à Saúde
1997 – IV Conferência Internacional sobre Promoção da saúde (Jakarta) -
Declaração de Jakarta sobre Promoção da Saúde no Século XXI
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Principais conferências, plataformas e declarações internacionais de


saúde
2000 – V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (México) -
Declaração do México sobre a consecução do nível de saúde, como elemento
positivo para o aproveitamento da vida e necessário para o desenvolvimento
social e económico e para a equidade...
2005 – VI Conferência internacional sobre Promoção da Saúde (Bangkok) -
Carta de Bangkok sobre determinantes da Saúde, num mundo globalizado.
2009 – VII Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde (Quenia)
2013 - VIII Conferência Global sobre Promoção de Saúde (Finlandia) -
“Saúde em Todas as Políticas”
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Condições da saúde da população refere-se a Qualidade de vida


determinada por padrões de:

Alimentação e nutrição
Habitação e saneamento
Trabalho e condições
Educação
Ambiente físico
Apoio social
Práticas/Comportamentos
Atenção de saúde
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Portanto a SAÚDE,

Não é um conceito abstrato.


Define-se no contexto histórico de determinada sociedade e num dado
momento de seu desenvolvimento, devendo ser conquistada pela população
em suas lutas cotidianas.
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O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA:

Está diretamente atrelado à forma como o ser humano, no decorrer de


sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando
o atendimento às suas necessidades.

Representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o


estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos
momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
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Fatores
Fatores psicológicos
sociais Fatores
ambientais

Fatores
genéticos
Fatores
educacionais

Fatores
ecológicos
Fatores
culturais
Fatores
Fatores
políticos
econômicos
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Brasil: 1960 à 1978 – estagnação social relevante


 Índices de saúde alarmantes chamam atenção dos sanitaristas da época.
Mortalidade infantil era de 87,9 por 1.000 NV, hoje em 39,7. Expectativa de vida
era de 52,7 anos - hoje 74 anos (IBGE, 2010)
 Momento de descaso do governo (ditadura militar) em investir em políticas
públicas de saúde, onde doenças antes erradicadas do país voltam em forma de
surtos epidêmicos com ausência de investimento no saneamento e habitação
popular.
 1977 criação do INAMPS com objetivo de aglutinar toda assistência médica
prestada por diversos órgãos existentes (INPS, Sinpas, Iapas, LBA, Funabem
etc)
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Brasil: 1960 à 1978 – estagnação social relevante


 até metade dos anos 60, praticou-se como modelo hegemônico de saúde o
sanitarismo campanhista (modelo), de inspiração militar, que visava o combate
às doenças através de estruturas verticalizadas e estilo repressivo de intervenção.
 Na década de 70 o país apresentava um modelo hegemônico: médico
assistencial-privatista (modelo). Mas é também neste período que surgem os
alicerces político-ideológicos para o surgimento do movimento pela Reforma
Sanitária.
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Brasil: – estagnação social relevante


 Para a Saúde, todo esse contexto possibilitou o fortalecimento de um
"movimento sanitário" apoiado pelas instituições acadêmicas e com forte respaldo
teórico - USP, UNICAMP, IMS/UERJ, ENSP/FIOCRUZ dentre outras...
 A proposta de reforma sanitária brasileira surgiu e foi vitoriosa num momento
em que o regime militar entrou em crise e começou a transição para a democracia
que foi de 1979 a 1988, envolvendo moradores, estudantes, médicos, professores
universitários e funcionários do INAMPS.
 Aliado a isso tudo tivemos os movimentos populares pela saúde:
 1978 - I Encontro sobre as Condições de Saúde de São Paulo;
 1979 - Encontro de Experiências de Medicina Comunitária (18 estados e o distrito federal);
 1980 - Manifestação dos moradores da baixada fluminense no Palácio da Guanabara por
melhores condições de saúde e saneamento com 3 mil participantes entre outros;
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Brasil: Reforma Sanitária


O movimento sanitário buscou reverter a lógica da assistência à saúde no país
apresentando quatro princípios básicos:
1. A saúde é um direito de todo cidadão, independente de contribuição ou de
qualquer outro critério de discriminação;
2. As ações de saúde devem estar integradas em um único sistema,
garantindo o acesso de toda população a todos os serviços de saúde, seja de
cunho preventivo ou curativo;
3. A gestão administrativa e financeira das ações de saúde deve ser
descentralizada para estados e municípios;
4. O Estado deve promover a participação e o controle social das ações de
saúde.
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Brasil: Reforma Sanitária

A Reforma sanitária Brasileira surgiu originalmente


enquanto um ideário de um grupo de intelectuais que
somados a segmentos de representação da
8ª Conferência nacional
sociedade elaboraram o texto o qual foi aprovado
de saúde em 1986.
como marco de luta na 8ª Conferência nacional de
saúde em 1986. Estas entidades representativas
dos gestores, profissionais da saúde e movimentos
sociais se articularam conseguindo influenciar o
processo da reforma constitucional que legalizou na
Constituição Brasileira de 1988 o texto aprovado
na 8ª Conferência Nacional de Saúde que garante Constituição Brasileira
que “Saúde é um Direito de Todos e um Dever do de 1988
Estado”.

MODELO – ATENÇÃO À SAÚDE


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Brasil: Reforma Sanitária


O Brasil vivia um clima de redemocratização com uma crise política, social e
institucional do Estado Nacional.
No âmbito da saúde, o movimento da Reforma Sanitária indicava propostas
de expansão da área de assistência médica da previdência, intensificando os
conflitos de interesse.
1986: VIII Conferência Nacional de Saúde
O governo convoca técnicos, gestores de saúde e usuários para uma
discussão aberta sobre a reforma dos sistema de saúde. Foi um marco histórico
da política de saúde brasileira, pois, pela primeira vez, contava-se com a
participação da comunidade e dos técnicos na discussão de uma política setorial.
A Conferência reunião 4.000 pessoas nos debates, e aprovou, por
unanimidade, a diretriz da universalidade da saúde e o controle social efetivo
com relação às práticas de saúde.
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Brasil: Reforma Sanitária

 Organizado solidamente desde meados dos anos 70


 Participação de intelectuais, profissionais dos
sistemas de saúde, parcela da burocracia e
organizações populares e sindicais
 Luta pela garantia do direito universal à saúde e
construção de um sistema único e estatal de serviços
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Brasil: Redemocratização

Em março de 1986, acontece em Brasília a VIII Conferência Nacional de


Saúde, um dos eventos político-sanitários mais importantes:

Como resultado central da VIII CNS, tivemos o estabelecimento de um


consenso político que permitiu a conformação do projeto da Reforma
Sanitária, caracterizado por quatro aspectos principais:

 Marco do Movimento Sanitário Brasileiro


 Reuniu mais de 4.000 pessoas na maior participação popular da
história dos movimentos sociais
 Definiu as estratégias a serem defendidas na Constituinte de 1988
e consolidou a opção pela via institucional dos 04 princípios
básicos inicialmente pautados na Reforma Sanitária
Prof. Ms. Alexandro Alves Ribeiro

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9535176834383009

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