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CRISE HIPERTENSIVA:

REVIEW
DR. BRUNO BISMARQUES – EQUIPE 23
Definição

 URGÊNCIA HIPERTENSIVA: são situações clínicas sintomáticas em que


háelevação acentuada da PA (definida arbitrariamente como PAD ≥ 120 mmHg)
sem LOA aguda e progressiva
 EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA: As EH são situações clínicas sintomáticas em que
háelevação acentuada da PA (definida arbitrariamente como PAD ≥ 120 mmHg)
com LOA aguda e progressiva.
UH EH

Nível pressórico elevado acentuado PAD > 120 mmHg Nível pressórico elevado acentuado PAD > 120 mmHg

Sem LOA aguda e progressiva Com LOA aguda e progressiva


Combinação medicamentosa oral Medicamento parenteral
Sem risco iminente de morte Com risco iminente de morte
Acompanhamento ambulatorial precoce (7 dias) Internação em UTI
Quadro 1 – Classificação das emergências hipertensivas
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
Cerebrovasculares
- Encefalopatia hipertensiva
- Hemorragia intracerebral
- Hemorragia subaracnóide
- AVE isquêmico
Cardiocirculatórias
- Dissecção aguda de aorta
- EAP com insuficiência ventricular esquerda
- IAM
- Angina instável
Renais
- LRA rapidamente progressiva
Crises adrenérgicas graves
Crise do FEO
Dose excessiva de drogas ilícitas (cocaína, crack, LSD)
Hipertensão na gestação
Eclâmpsia
Pré-eclâmpsia grave
Síndrome “HELLP”
Hipertensão grave em final de gestação
EAP: edema agudo de pulmão; LRA: lesão renal aguda; FEO: feocromocitoma.

 A CH responde por 0,45-0,59% de todos os atendimentos de emergência


hospitalar e a EH responde por 25% de todos os casos de CH, AVE isquêmico e
EAP, constituindo as mais frequentes EH.
Investigação

 - PA deve ser medida nos dois braços, de preferência em um ambiente calmo.


 - Coletar informações sobre a PA usual do paciente e situações que possam
desencadear o seu aumento (ansiedade, dor, sal), comorbidades
 - Uso de fármacos anti-hipertensivos (dosagem e adesão) ou que possam
aumentar a PA (anti-inflamatórios, corticoides, simpaticomiméticos, álcool).
 - Anotar demais sintomas. Exemplo: tontura, cefaleia, alteração de visão, dor
ou desconforto no tórax, abdome ou dorso; dispneia, fadiga e tosse.
Tratamento

 O tratamento da UH deve ser iniciado após um período de observação clínica


em ambiente calmo, condição que ajuda a afastar casos de pseudocrise.
 Captopril, clonidina e BB são os anti-hipertensivos orais usados para reduzir
gradualmente a PA em 24 a 48 horas. Reduções abruptas da PA pode resultar
em isquemia tecidual. Só é feita redução rápida da PA em caso de Emergencia
Hipertensiva.

 Urgência: reduzir PA para 160x100 em 24-48h


Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)

Normal ≤ 120 ≤ 80

Pré-hipertensão 121-139 81-89

Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99

Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109

Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110

Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA
Tabela 3 – Lesão de órgão-alvo na avaliação do risco adicional no hipertenso

• Hipertrofia ventricular esquerda


○ IECG: índice Sokolow-Lyon (SV1 + RV5 ou RV6) ≥ 35 mm
○ IECG: RaVL > 11 mm
○ IECG: Cornell voltagem > 2440 mm*ms
○ IECO: IMVE > 115 g/m2 nos homens ou > 95 g/m2 nas mulheres

• EMI da carótida > 0,9 mm ou placa carotídea


• VOP carótido-femoral > 10 m/s
• ITB < 0,9
• Doença renal crônica estágio 3 (RFG-e 30-60 mL/min/1,73m2)
• Albuminúria entre 30 e 300 mg/24h ou relação albumina-creatinina
urinária 30 a 300 mg/g
PÓS CRISE

 - Visita domiciliar com orientação e controle.


 - MAPA retorno com agendamento em semana subsequente

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