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GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES

PROF. ALEXANDRE SABINO


Bases teóricas e conceituais da
Geografia das Populações e da
Demografia: malthusianismo, marxismo,
neomalthusianismo e neomarxismo.
DEMOGRAFIA

 A Demografia é a ciência que estuda as características das populações humanas e exprime-


se geralmente através de valores estatísticos. As características da população estudadas
pela demografia são inúmeras e incluem o número de pessoas, a sua distribuição por sexo
e escalões etários, a distribuição espacial, a mobilidade, entre muitas outras.

 A demografia é o estudo das populações humanas, que incide sobretudo na avaliação do


respetivo volume, composição, distribuição e mudanças. Está relacionada com a geografia
humana, ciência que estuda a relação entre as variações geográficas e o volume,
composição, movimento e aumento das populações. As informações básicas para os
estudos demográficos provêm, sobretudo, dos recenseamentos periódicos da população e
de outros censos, levantamentos e registos de migrações. Estes estudos têm como base
fundamental para o seu trabalho os dados estatísticos que são recolhidos, à escala de cada
país, pelos respetivos serviços de estatística. Os serviços de estatística procedem a
contagens regulares e periódicas da população e, através da análise do comportamento
dessa mesma população, fazem previsões e extrapolações que permitem a atualização dos
dados recolhido.
PARA REFLETIR....

 "O controle da natalidade é uma questão de grande importância,


particularmente em relação à possibilidade de um governo mundial..." [Bertrand
Russell, 1].

 "A fertilidade humana é agora a maior ameaça de longo prazo para os padrões
humanos, tanto espirituais quanto materiais." [Julian Huxley, 2].

 "O objetivo seria metade da população mundial atual, ou menos." [The


Environmental Handbook, 1970, 3].

 "Como podemos ajudar um país estrangeiro a se livrar da superpopulação?


Claramente, a pior coisa que podemos fazer é enviar comida... Bombas atômicas
seriam mais gentis..." [Garrett Hardin, 4].
1. Bertrand Russell, The Future of Science (Nova York, NY: Philosophical Library, 1959), pág. 35.
2. Julian Huxley, Evolution in Action (London, Grã-Bretanha: Chatto and Windus, 1953), pág. 139.
3. The Environmental Handbook: Prepared for the First National Environmental Teach-In, April 22, 1970 (Nova York, NY: Ballantine/Friends of the Earth, 1970,
editado por Garrett de Bell), pág. 323.
4. Garrett Hardin, "The Immorality of Being Soft-hearted", Stanford Alumni Almanac, janeiro de 1969. Conforme citado no livro de Barry Commoner, Making
Peace with the Planet (Nova York: The New Press, edição de 1992), pág. 167.
 Thomas Malthus (1766-1834) assegurava que, se a população não fosse
de algum modo contida, dobraria de 25 em 25 anos, crescendo em
progressão geométrica, ao passo que, dadas as condições médias da
terra disponíveis em seu tempo, os meios de subsistência só poderiam
aumentar, no máximo, em progressão aritmética.

“A ideia de um mundo famélico assombra a humanidade desde que Thomas


Malthus previu que no futuro não haveria comida em quantidade suficiente
para todos. Organismos internacionais – Organização das Nações Unidas,
Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional – chamaram a atenção para
a gravidade dos problemas decorrentes da alta dos alimentos. O Banco
Mundial prevê que 100 milhões de pessoas poderão submergir na linha que
separa a pobreza da miséria absoluta devido ao encarecimento da comida.”
Adaptado: FRANÇA, R. “O fantasma de Malthus”.
• THOMAS MALTHUS (1766 – 1834) – “Ensaio sobre a
população”

– Teórico da “miséria inevitável”.


– Alimentos crescem em proporção aritmética e população
em proporção geométrica.
– Contenção da natalidade.
– Limitação de assistencialismo.
– Lei dos pobres (1834) – Workhouses (Confinamento de
miseráveis).
 Festa para o número 7 bilhões

 Países de todo o mundo comemoram ontem (31.10.11), com cerimônias, a marca simbólica do bebê
número 7 bilhões na população mundial, como confirmado pela Organização das Nações Unidas
(ONU). Em pelo menos quatro países do mundo, Filipinas, Índia, Turquia e Rússia, foram escolhidos
recém-nascidos “simbólicos” para lembrar essa marca da humanidade. Nas Filipinas, nasceu Danica
May Camacho em meio a festas e fotografia.
 O médico Eric Tayag, médico do Departamento de Saúde das Filipinas, disse que o nascimento
deveria servir como um alerta. “Nós deveríamos nos preocupar de verdade com questões como se
existirão alimentos, água limpa, moradia digna, educação e uma vida decente para cada criança”,
alertou. “Se a resposta for não, seria melhor que as pessoas buscassem uma maneira de reduzir
essa explosão populacional”, acrescentou.

 Jornal do Commercio. Pernambuco, 1º nov. 2011. Internacional – p -12.


Desenvolvimento Econômico-Social e Comportamento
Demográfico na história....
Desenvolvimento Econômico-Social e Comportamento
Demográfico na história....
Teorias Demográficas
Thomas Malthus – Séc. XVIII e XIX – Revolução Industrial;

Teórico da “miséria inevitável”;

Thomas Malthus Economista e demógrafo inglês nascido em 1766 e falecido em 1834, o


mesmo também era sacerdote anglicano. Tornou-se conhecido graças à elaboração de uma
teoria segundo a qual o aumento da população devia ser controlado. Esta ideia assentava em
duas premissas: por um lado, Malthus advogava que o crescimento da população punha em
risco o progresso da Humanidade; por outro, entendia que nunca seria possível produzir
elementos em quantidade suficiente para sustentar toda a população;

Este pensamento deu origem a uma corrente doutrinária conhecida por malthusianismo. A
obra central de Malthus é An Essay on the Principle of Population as it Affects the Future
Improvement of Society (1798).
Malthus afirmava que população cresceria em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32,
64...) enquanto a produção de os alimentos em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...).

Para Malthus a pobreza era gerada a partir do crescimento demográfico;

Considerado o “Pai” da Demografia;

Nos países que se industrializaram, a produção de alimentos aumentou e a população


que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária
muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e o índice de crescimento populacional
tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria
segundo uma progressão aritmética. Assim, a população tenderia a crescer além dos
limites de sua sobrevivência, e disso resultaria a fome e a miséria.
 Diante dessa constatação e para evitar uma catástrofe, Malthus propôs
uma “restrição moral” aos nascimentos, o que significaria: proibir o
casamento entre pessoas muitos jovens; limitar o número de filhos
entre as populações mais pobres; elevar o preço das mercadorias e
reduzir os salários, a fim de pressionar os mais humildes a não ter
uma prole numerosa;

 Lei dos pobres (1834) – Workhouses - Confinamento de miseráveis;

 Ao lançar suas ideias, Malthus desconsiderou as possibilidades de


aumento da produção agrícola como o avanço tecnológico. Aos
poucos esta teoria foi caindo em descrédito de desmentida pela
própria realidade.
Bases da Teoria de Malthus:

 O individuo só deveria casar se para isso não tivesse que diminuir


seu padrão de vida;

 O individuo só deveria ter o número de filhos que pudesse sustentar


sem o auxilio do Estado;

 Após conceber os filhos sustentáveis deveria praticar abstinência;

 Malthus era pastor protestante e defendia o princípio bíblico da não


utilização de anticonceptivos.
Falhas da Teoria de Malthus

 Com a urbanização a população reduz suas taxas de natalidade;

 Não previu a entrada da mulher no mercado de trabalho e as consequências


disso para a dinâmica populacional;

 Casamentos com idades mais avançadas reduziram o tempo natural de


fertilidade da mulher, e assim sua fecundidade;

 Evolução e disseminação de métodos contraceptivos;

 Maior “progresso” e inovação na agricultura que aumenta sua produtividade.


Neomalthusianos (ALARMISTA)

 A partir de 1950 após a Segunda Guerra Mundial - Explosão demográfica - planejamento


familiar.

 A segunda aceleração do crescimento populacional ocorreu a partir de 1950,


particularmente nos países subdesenvolvidos.

 Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, foi marcado pelo
surgimento de novos países independentes africanos e asiáticos e por grandes
conquistas na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma
série de doenças.
 Os remédios se tornaram mais acessíveis e baratos. Esse processo denominado
revolução médico sanitária, inclui também a ampliação dos serviços médicos, as
campanhas de vacinação, a implantação de postos de saúde publica em zonas urbanas
e rurais e a ampliação das condições de higiene social. Estes fatores resultariam num
grande crescimento demográfico, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou
conhecido como explosão demográfica.
 “Para quem tem uma boa posição social, / falar de comida é coisa
baixa. / É compreensível: eles já comeram”. (Bertolt Brecht).

 “Primeiro vem o estômago, depois a moral”. (Bertolt Brecht).

 Alimento mata a fome, não o problema. A fome não se resume aos


determinantes previstos numa espécie de ocorrência natural dos
fatos. A fome não é do mundo, ela está entranhada aqui por
questões que fogem ao campo da fatalidade. Fome não se dissocia
de conjuntura socioeconômica, de decisão política, de debate
ideológico. (Josué de Castro).
 Para os Neomalthusianos, uma população numerosa seria um
obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos
naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim ao caos social.

 A desordem social poderia levar os países subdesenvolvidos a se


alinhar com os países socialistas, que se expandiam naquele
momento. Para evitar o risco propunham a adoção de políticas de
controle de natalidade, que se popularizavam com a denominação de
planejamento familiar.

 Neomalthusianista – Adiciona o uso de métodos anticoncepcionais. E


o planejamento familiar.
A análise do gráfico abaixo e o que foi visto até agora sobre a população
mundial permitem afirmar que os atuais índices de aumento da produção mundial
de alimentos e do atual incremento da população podem gerar?? ....
Como assim não era para maior produção de
alimentos reduzir a fome?

Pois é, isso não elimina a fome das áreas


pobres uma vez que os maiores aumentos na
produção ocorreram nas áreas desenvolvidas,
beneficiando uma pequena parcela da
população mundial.

Sem contar que existem trocas comerciais


desfavoráveis para os países periféricos!
Marxistas
 Sobrevivência do capitalismo exige um excesso relativo de população;

 Para K. Marx (1818-1883), a Teoria Malthusiana do crescimento populacional


reforçava valores da burguesia ascendente que, posteriormente a 1848,
assumia posições cada vez mais conservadoras;
 Seguidores do filosofo socialista Karl Marx, os teóricos desse pensamento
afirmam que a causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e
que a sobrevivência do capitalismo, como sistema, exige um excesso
relativo da população;
 Em outras palavras, ao contrario dos neomalthusianos, os reformistas
consideram a miséria como a principal causa do acelerado crescimento
populacional. Assim defendem a necessidade de reformas sócio-
econômicas que permitam a melhoria do padrão de vida da população mais
pobre.
 Marxistas ou reformistas – A questão está na má distribuição de renda.
 A verdade é que se já nas primeiras ações de disciplinamento legal, policiamento
e medicalização do espaço urbano e da habitação proletária observa-se uma
grande suscetibilidade do discurso sanitarista para com preocupações com a
moral, a família, os costumes, a sensibilidade, a sexualidade e a reprodução.
 No Brasil os eugenistas começam neste momento a afirmar a necessidade de
proteger a sociedade das raças nocivas – os africanos e asiáticos em particular –
e da ameaça da degeneração. As práticas norte-americanas e sul-africanas de
seleção de imigrantes são enaltecidas como exemplo de condução do processo
de formação racial em países novos. Em 1921, um artigo publicado em revista
ligada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Brazil Médico, pelo doutor
Renato Kehl, apóia o modelo de esterilização adotado em diversos estados norte-
americanos. Até porque o diagnóstico da população brasileira era dos mais
alarmantes: “Se fosse possível dar um balanço entre a nossa população, entre os
que produzem, que impulsionam a grande roda do progresso de um lado e do
bem estar e de outro lado os parasitas, os indigentes, criminosos e doentes que
nada fazem, que estão nas prisões, nos hospitais e nos asilos; os mendigos que
perambulam pelas ruas … os amorais, os loucos; a prole de gente inútil que vive
do jogo, do vício, da libertinagem, da trapaça … a porcentagem desses últimos é
verdadeiramente apavorante...
Defendida em países periféricos ou subdesenvolvidos,
contrapõe-se as teorias (neo)malthusianas;

Causas da miséria: histórica (processo de colonização por


exploração) e econômicas (dependência financeira e
tecnológica) - capitalismo;

As elevadas taxas de crescimento vegetativo são as


consequências e não as causas do subdesenvolvimento;

A partir da melhora no padrão e qualidade de vida a redução


e o controle de natalidade se darão espontaneamente.
 SOLUÇÃO?

 Países pobres superarem-se da relação de dependência


dos países desenvolvidos; amplas Reformas
socioeconômicas que permitiriam melhores condições de
vida as suas populações; Melhorias no sistema
educacional; qualidade de vida.
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Em oposição às teorias descritas anteriormente, para as


quais o mundo vive um processo de explosão
demográfica, tem sido cada vez mais aceita a teoria da
transição demográfica. Formulada em 1929, defende que
o crescimento populacional tende a se equilibrar no
mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e
mortalidade.
 Esse processo se daria em três distintas fases:

 Primeira Fase ou Pré-Industrial: Caracterizada pelo equilíbrio demográfico e por baixos índices
de crescimento vegetativo, apoiados em elevadas taxas de natalidade e mortalidade. Nascem
muitos, mas morrem muitos. A elevada mortalidade era decorrente principalmente das precárias
condições higiênico-sanitárias, das epidemias, das guerras, fome, etc.

 Segunda Fase ou transicional: Num primeiro momento a redução da mortalidade com o fim das
epidemias e os avanços médicos (decorrentes da Revolução Industrial), porém a natalidade
ainda sem mantém elevada, ocasionando um grande crescimento populacional; num segundo
momento, a natalidade começa a cair, reduzindo-se então o crescimento populacional.

 Terceira Fase ou Evoluída: A transição demográfica se completa, com a retomada do equilíbrio


demográfico, agora apoiado em baixas taxas de natalidade e mortalidade. Atualmente estão
nessa fase os paises desenvolvidos, a maior parte dos quais apresenta taxas de crescimento
inferiores a 1% e até negativa. Paises cujo crescimento vegetativo se encontra estagnado.
REFLEXÃO: TEORIAS DEMOGRÁFICAS

Todas as teorias possuem uma verdade e um valor para sua época;

Formas simplistas de analisar o crescimento populacional;

Fome é resultado da má distribuição de alimentos e não carência de sua


produção;

Mesmo em países subdesenvolvidos verificamos redução da taxa de natalidade


devido a horizontalização industrial, melhorias na saúde e urbanização;

Atualmente o Teoria Marxista nos parece mais justa e necessária (Brasil);

Percebe-se que não é possível generalizar os diferentes contrastes dos países do


mundo (levando em consideração o nível econômico, social, cultural, histórico,
assim como características naturais e religiosas);

Cada governante deve assumir a realidade de seu país, planejar o crescimento da


população e respeitar a liberdade individual.
Pesquise no texto e responda:
 01. Sobre a teoria malthusiana explique o contexto histórico em que foi formulada.

 02. Comente as bases da teoria de Malthus e suas principais falhas ou lacunas.

 03. Como pode ser caracterizado o contexto histórico e geográfico da Teoria Neomalthusiana?

 04. Explique porque planejamento familiar esta relacionado com a teoria Neomalthusiana.

 05. Explique as características da Teoria Marxista.

 06. O que você entendeu por “ótimo de população” e “superpopulação relativa”?

 07. Explique as três fases da teoria da transição demográfica;

 08. Como você percebe essas teorias na sua realidade? Nos discursos que escuta?
A Formação da
População Brasileira
A Formação da População
Brasileira
A população brasileira é bastante
miscigenada. Isso ocorreu em razão da
mistura de diversos grupos humanos que
aconteceu no país. São inúmeras as raças
que favorecem a formação do povo
brasileiro.
Os principais grupos foram:

Índios Povos Nativos


Africanos Escravos
Imigrantes europeus e asiáticos
Sobretudo Portugueses
A Mistura do Brasil

Mulato:
(Europeu/Branco + Africano/Negro)
Caboclo ou Mameluco:
(Europeu/Branco + Índio)
Cafuzo:
(Africano/Negro + Índio)
Principais Imigrantes Europeus
no Brasil
Com a proibição da entrada de escravos
(1808) no Brasil e posteriormente com a
abolição da escravidão(1888) os europeus
vieram suprir a mão de obra em cafezais,
plantações de cana de açúcar entre outros.
Os principais Povos foram:

Italianos
Alemães
Poloneses
Ucranianos
Japoneses
Asiáticos
Operários – Tarsila do Amaral
(Este quadro mostra a miscigenação do POVO
BRASILEIRO)
Histórico das Imigrações no
Brasil
Primeiro Período (1500 – 1808)
Imigração predominantemente de
portugueses, mas também haviam holandeses,
franceses, ingleses e os africanos na condição
de escravos.
Segundo Período (1808 – 1888)
Com a Lei Eusébio de Queiroz foi proibida a
entrada de escravos no Brasil, então houve
uma grande entrada de imigrantes europeus
para substituir o trabalho escravo nas lavouras
de café.

Terceiro Período (1888 – 1930)


Maior entrada de imigrantes, graças a
medidas governamentais, que abolia a
Quarto Período (1930 – Atualidade)
Queda no fluxo migratório, período marcado
pelo deslocamento expressivo de brasileiros
para outros países.
Movimentos Migratórios

Migrações são deslocamentos de


pessoas de um lugar para o outro com
a fixação de residência
Entre os tipos mais comuns de migração estão:

Migração Inter-Regional:
É o deslocamento populacional dentro de regiões
deferente.
EX: Uma Pessoa que mora em Petrolina –
Pernambuco (Nordeste) e muda-se para São Paulo –
SP (Sudeste), localidades que se encontram em
regiões diferentes do país.
Migrações Intra – Regional:
É o deslocamento populacional dentro de uma
mesma região.
Ex: Uma pessoa que mora em Petrolina – Pe
(Nordeste) e muda-se para Salvador – Ba
(Nordeste), localidades que se encontram na
mesma região do país.
Imigração e Emigração

Como diferenciar ?
MIGRAÇÃO = MOVIMENTO
IMIGRAÇÃO = ENTRADA/CHEGADA
EMIGRAÇÃO = SAÍDA
MIGRAÇÃO:
Conceito mais utilizado pra
movimentos internos
PORQUE ESTUDÁ-LAS ??

As migrações quer sejam internas ou externas,


provocam uma série de alterações
demográficas, sociais e econômicas, nas
áreas de partida e nas de chegada.
Movimento Pendular

Deslocamento populacional diário que ocorre


dentro de uma mesma região sem a intenção
de uma mudança definitiva de residência.
Exemplos:

Corumbas:
Deslocamento do sertão nordestino para o
litoral durante as grandes estiagens.

Bóias – Frias:
Deslocam-se diariamente para o campo e no
final do dia retornam para a sua cidade.
Em Petrolina temos o Movimento Pendular
realizado por pessoas que residem nas cidades
vizinhas como, Juazeiro, Casa Nova, Curaçá,
porém vem para Petrolina diariamente, pois é
em Petrolina que exercem suas atividades
como trabalho e estudo.
A População Brasileira
Crescimento Populacional no
Brasil
1808 – 1850:
O fluxo imigratório desse período foi
estimulado pelo decreto de D. João, que
permita o estrangeiro de ser proprietário
de terras no Brasil.
1850 – 1930:
Período de maior entrada de imigrantes no
Brasil, que foi favorecida pela abolição da
escravidão e desenvolvimento da
cafeicultura.

1930 – 1934:
Com a adoção da “Lei de Cotas” que
estabelece limites à entrada de
1930 – 1945:
O crescimento tornou-se acelerado, devido à
diminuição das taxas de mortalidade. Isso é
explicado por fatores como a expansão da
rede de esgoto, acesso à água encanada,
campanhas de vacinação em massa, acesso a
medicamentos básicos, entre outros.
1940 – 1960:
Foi registrada a maior evolução das taxas de
crescimento populacional, atingindo em 1960 a
taxa de 2,99% a.a.
A partir da década de 1960, começou a
ocorrer uma desaceleração demográfica
contínua: a diminuição das taxas de
natalidade passou a ser maior que a das
taxas de mortalidade, registrando em 2000
um crescimento demográfico de
1,64%a.a., com tendência à queda.
Após o final da Segunda Guerra Mundial em
diante o Brasil assiste a uma desaceleração do
.
seu crescimento populacional com a queda na
taxa de natalidade, bem uma diminuição na
taxa de mortalidade aumentando a
expectativa de vida da população.
São responsáveis por estas
quedas:
NATALIDADE MORTALIDADE

Planejamento Familiar Avanço da Medicina

Aumento de custo de Saneamento Básico


criação dos filhos
Participação da Mulher no Distribuição de
Mercado de Trabalho Medicamentos
Métodos Contraceptivos Construção de Postos de
como o Uso de Saúde e Hospitais
Anticoncepcionais e
Preservativo
BRASIL POPULOSO MAS POUCO
POVOADO

População Absoluta – Refere-se ao número total de


habitantes de uma cidade, região ou país.

População Relativa – Pode ser chamada também de


Densidade Demográfica e é obtida dividindo-se o
número de habitantes pela área em que eles vivem
(Nºhab/Km).
Distribuição Da População Brasileira

- A população brasileira
encontra-se mal distribuída
pelo território, concentra-se,
por motivos históricos, em
áreas próximas ao litoral.
- Avançando para o interior
do país encontramos
densidades cada vez
menores, com grandes vazios
demográficos na Amazônia.
A Geografia da População pode ser definida com
precisão como a ciência que trata dos modos pelos quais o
caráter geográfico dos lugares é formado por um conjunto
de fenômenos de população que varia no interior deles
através do tempo e do espaço, na medida em que seguem
os outros e relacionando-se com numerosos fenômenos
não demográficos (ZELINSKY, 1969, p.2).
Aspectos da Geografia da
população:
 A Geografia da população como uma disciplina, a partir dos anos 1950;

 A Geografia populacional no contexto da sociedade como explicação dos estudos


demográficos;

 O olhar da Geografia sobre o conceito da população.


DARCY RIBEIRO

Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei


alfabetizar as crianças brasileiras, não conseguir.
Tentei salvar os índios, não conseguir. Tentei fazer
uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o
Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassados são minhas vitórias eu
detestaria estar no lugar de quem me venceu. (
DARCY RIBEIRO)
BONS ESTUDOS!!!!!!

“ SE A OPORTUNIDADE NÃO BATER,


CONSTRUA UMA PORTA.”
REFERENCIAS
 ANDRADE, Manoel Correia de. Geografia Econômica. São Paulo: Atlas, 1998.
 ANDRADE, Manuel C. de. A Terra e o Homem – contribuição ao estudo da questão agrária no
Nordeste. 8 ed. Recife: Ed. Universitária, 2005.
 BEAJEU-GARNIER, Jacqueline. Geografia da População. São Paulo: Nacional, 1980.
 CASTRO, Iná E. de; GOMES, Paulo C. da C.; CORRÊA, Roberto L. (Orgs.). Explorações
Geográficas. 2 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2006. e Terra, 1984 Edufal, 2003.
 DAMIIANI, Amélia. População e Geografia. São Paulo: Contexto, 1996.
GARNIER, J. B. Geografia de população. São Paulo: Nacional, 1980.
NADALIN, S. História e Demografia: elemen-tos para um diálogo. Campinas: ABEP, 2004.
 ZELINSKY, W. Introdução à Geografia da População. Rio de Janeiro, Zahar, 1969.

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