Entre os séculos XI e XII verificou-se na Europa um
desenvolvimento geral da economia. As primeiras transformações vieram do mundo rural em que a agricultura beneficiou de um conjunto de progressos que, ajudaram a aumentar a produção, como por exemplo: . Maior utilização de Aplicação do sistema de instrumentos agrícolas afolhamento trienal em ferro Introdução do moinho Utilização de técnicas de de vento e maior rega como a nora utilização do moinho de água Aumento do gado Conquista de novas (permitiu uma melhor terras para cultivo adubação dos solos) A estes progressos juntou-se uma melhoria geral do clima. Estas mudanças permitiram o aumento da produtividade agrícola e, em consequência, melhoria das condições de vida do mundo rural. Progressos técnicos nos transportes:
Nestes mesmos séculos, também se verificaram alguns progressos nos
transporte (terrestres, marítimos e fluviais): Generalização do uso de Desenvolvimento de ferraduras nos cavalos barcos mais rápidos e seguros Aperfeiçoaram-se instrumentos e técnicas de navegação
Vela triangular Bússola
Aperfeiçoaram-se instrumentos e técnicas de navegação
Astrolábio Cartas de navegação
O aumento da produção e o clima de paz que se viveu na Europa ajudaram para a diminuição de mortalidade. A população aumentou, havia excedentes e era mais seguro viajar. Tudo isto contribuiu para a reanimação da atividade comercial. Quais foram as consequências do aumento da produção agrícola? Consequências do aumento da produção agrícola Crescimento ou aumento Reanimação da atividade demográfico comercial devido aos excedentes Crescimento demográfico e ocupação de novos espaços:
Entre os séculos XII e XIII verificou-se em toda a Europa, um
grande aumento da população. Este aumento explica-se por um conjuntos de situações, como: Aumento da Clima de paz e a maior produtividade agrícola segurança que se viveu (contribuiu para a na Europa após as diminuição de invasões epidemias) Estas situações de melhoria de qualidade de vida levaram à diminuição da mortalidade, o aumento da esperança média de vida e o aumento da natalidade, refletindo-se num crescimento demográfico. Como havia muita gente, era necessário produzir mais alimento. Essa necessidade levou à procura de novas terras para cultivo e a um melhor aproveitamento dos terrenos através do arroteamento (secagem de pântanos ou abate de floresta para transformar em terras de cultivo). O aumento da produção agrícola permitiu o abastecimento de alimentos a população das cidades, que cresceram; muitos jovens partiram do campo para a cidade (êxodo rural). Viver no campo ou na cidade ?
Campo: Em 1300, o mundo rural estava a produzir e a ganhar muito dinheiro. A
agricultura desenvolveu-se e orientou-se para a venda de parte dos produtos. As pessoas não estavam a passar fome, de facto, até tinham uma dieta mais saudável do que a nossa atual. O mundo rural era mais saudável do que do que o das cidades e era onde a maior parte da população vivia. Cidade: Os costumes da cidade eram difíceis para quem não vivia lá desde a infância, muitos agricultores tinham dificuldade em adaptar-se. Por isso, ao contrário de hoje, havia pouca população nas cidades e essa não aumentava muito. A reanimação do comercio e a importância das feiras : A partir do seculo XI, a Europa viveu um período de reanimação do comércio e desenvolvimento das cidades devido à junção de fatores, como:
O aumento da produção agrícola permitindo a existência de excedentes;
O desenvolvimento dos transportes terrestres, fluviais e marítimos; O clima de paz e segurança que tornou as viagens mais seguras.
Deu-se o renascimento do comércio na Europa. Intensificaram-se as trocas comerciais e
aumentou o uso da moeda, nos portos, feiras e mercados.
• Os mercados eram pontos de comercio locais ou regionais e realizavam-se quinzenal ou
mensalmente. • As feiras eram anuais, quase sempre ligadas a festividades religiosas. As mais importantes na Europa durante a idade média eram as de champagne, em França. O aumento da produção O desenvolvimento dos agrícola que permitiu a transportes terrestres, existência de excedentes fluviais e marítimos O aumento da produção O clima de paz e agrícola que permitiu a segurança que tornou as existência de excedentes viagens mais seguras Deu-se o renascimento do comércio na Europa. Intensificaram-se as trocas comerciais e aumentou o uso da moeda, nos portos, feiras e mercados. Mercados Feiras
Eram anuais, quase sempre
Eram pontos de comércio ligadas a festividades locais ou regionais e religiosas. As mais realizavam-se quinzenal ou importantes da Europa eram mensalmente as de Champagne, em França O ressurgimento do comércio contribui para o crescimento das cidades em toda Europa no século XIII. Com a situação estratégica, junto ao mar ou no cruzamento das rotas comerciais, desenvolveram-se cidades: no norte de Itália (Milão, Génova, Pisa, Veneza); da Flandres (Bruges e Gand); alemãs da Liga Hanseática (Lubeque e Hamburgo); francesas na região de Champagne. A Burguesia
Artífices, comerciantes e camponeses fixaram-se
nos burgos (cidades), alargando os centros urbanos para fora das muralhas. Levando a que, em muitos casos, tivessem de ser contruídas segundas muralhas. Nascia assim um novo grupo social, a Burguesia/os burgueses Novas técnicas comerciais O comércio desenvolveu novas técnicas comerciais e novas formas de pagamento (cheques e letras de câmbio). Cambistas e Banqueiros Como os vários países da Europa tinham moedas diferentes surgiu a atividade dos cambistas (pesavam e avaliavam as diversas moedas e, mais tarde, recebiam depósitos, transferiam dinheiro e concediam créditos tornando- se, banqueiros. A cidade medieval: um mundo de liberdades e de contrastes: • Numa época em que a maioria das pessoas vivia em domínios senhoriais, e em situação de servidão relativamente aos senhores, as cidades (burgos), surgiram como “berços da liberdade”. Os habitantes da cidade obedeciam a um alcaide e outras autoridades eleitas; pagavam impostos ao rei e juntavam entre si o dinheiro para a defesa e para as obras na cidade • A maior parte dos habitantes das cidades dedicavam-se ao comércio ou ao artesanato. • Nas cidades também viviam alguns nobres e muitos membros do clero. Estes juntavam às suas funções religiosas, ao apoio aos doentes e ao ensino. • A cidade albergava também os “marginais”, que viviam à margem da sociedade, não tinham direitos, eram pobres, doentes (como os leprosos), mendigos, mas também os que, por professarem outra religião , eram obrigados a viver separados como os judeus e dos mouros ex.: ( viviam nas judiarias e nas mourarias, respetivamente). • As cidades eram formadas por ruas estreitas e tortuosas onde as construções serviam para cortar os ventos. As casas eram pequenas e apertadas, com lojas e local de habitação e muitas delas ainda eram cobertas por colmo. • O dia à dia dos habitantes da cidade era passado na rua, no mercado, na praça e nas oficinas. Os burgueses eram ricos, gostavam-se de vestir bem, usavam longos vestidos de veludo, seda e brocado, bordados a ouro e com rendas. Quando havia cerimónias religiosas iam à catedral usando as suas melhores joias. • A cidade medieval, assim como muitas das nossas cidades, era um mundo de contrastes! Senhorio, concelhos e o aumento do poder régio: Em Portugal, o clero e a nobreza receberam doações régias, formando, assim, senhorios laicos ou honras (nobreza) e os senhorios eclesiásticos ou coutos (clero). Estes senhorios podiam, na sua maioria aplicar a justiça e cobrar impostos dentro dos seus territórios. Ocupavam uma parte considerável do território, mas o rei tinha pouco poder sobre eles. À medida que a Reconquista avançava para sul, os reis criaram concelhos, com o objetivo de povoar os territórios e aumentar os seus rendimentos. Os concelhos eram feitos através de um documento régio chamado Carta de Foral, onde estava definido os direitos e os deveres dos vizinhos Os mais importantes do concelho eram os homens-bons ou cavalheiros-vilãos, proprietários e mercadores ricos e influentes. Os restantes eram os peões, camponeses, artesões e pequenos comerciantes e os jornaleiros assalariados que trabalhavam ao dia. No norte de Europa, aos homens livres chamavam se comunas. • A partir do século XII, os reis europeus tomaram medidas para recuperar os seus poderes: • Reafirmaram a sua qualidade de soberanos, reconhecidos pela igreja, e a sua posição de soseranos máximos • Passaram a exigir o direito do concelho aos seus vassalos dando origem a um órgão politico e judicial chamada Cúria Régia • Publicaram as primeiras ordenações ,leis gerais que definiam aspetos da administração politica,social e territorial Assim os monarcas europeus impuseram se como os grandes juízes e legisladores , apesar da resistência dos senhores feudais. Trabalho realizado por: Joana Costa N.º18 Margarida Barros N.º20 Maria Beatriz Macedo N.º22 Matilde Monteiro N.º25 Rui Faria N.º30