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UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA INDUSTRIA DE PAPEL E CELULOSE PARA OBTENÇÃO

DE MATERIAIS CIMENTÍCIOS
Joana Gomes Meller1, Dachamir Hotza1, Letícia Torres Maia2, Oscar Rubem Klegues Montedo2, Hiany Mehl
Zanlorenzi3, Silvana Meister Sommer3
1 Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC - Brasil
2 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC - Brasil
3 Klabin SA. Brasil

Os resíduos industriais produzidos em larga escala todos os dias a partir • Caracterização dos materiais:
das diversas atividades industriais são fortes agressores ao meio
ambiente, quando não tratados ou reaproveitados de maneira adequada. Tabela 3 – Composição química (%) dos resíduos e matérias-primas
Um dos setores que se destaca por gerar uma quantia significativa de comercias e classificação dos resíduos conforme NBR 1004:004
resíduos, é o setor de papel e celulose. Desta forma, este trabalho tem por
objetivo a valorização de três resíduos oriundos da produção da celulose:
os grits, as cinzas volantes e o lodo da estação de tratamento de efluente
(mistura do lodo do tratamento primário e do tratamento secundário), como
substitutos por completo das matérias-primas comumente utilizadas na
indústria cimenteira para obtenção de clínquer.

Os materiais utilizados para o desenvolvimento do presente trabalho foram


resíduos gerados pelo processo Kraft de uma empresa de papel e celulose,
a Klabin. Os resíduos são: os grits, as cinzas volantes e o lodo da estação
de tratamento de efluente (ETE). Para a mistura com o clínquer e obtenção
do cimento, foi utilizado sulfato de Cálcio (CaSO4). A metodologia proposta
para a realização do estudo esta demonstrada na Figura 1.
Figura 1 – Fluxograma da metodologia experimental.

• Caracterização das cerâmicas porosas:


Tabela 3 - Resultados composição com melhor desempenho para filtros
cerâmicos.

Figura 2 -Imagem do MEV dos corpos de prova com 28% de fibras e


sinterizado a 1100 ºC.

Baseado nos parâmetros de LSF, nas equações de Bogue e também


levando em consideração a umidade dos resíduos, duas formulações
distintas de farinhas cruas foram propostas para o desenvolvimento do
trabalho e estão descritas na Tabela 1.
Tabela 1 – Composição das farinhas cruas estudadas (% em massa).

Análises químicas e físicas realizadas nos resíduos confirmaram a


potencialidade de substituição das matérias-primas. O incremento de fibras
nas formulações proporcionou um aumento gradativo na porosidade aberta
e consequentemente na permeabilidade. A formulação que melhor
apresentou essa relação foi a composição com 28% de fibras e sinterizada
1100 ºC.

Os autores agradecem a Klabin e UFSC pelo suporte dado ao


desenvolvimento desse trabalho.

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