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A concepção Cristão Medieval do homem

(Século VI – XV)

Prof. Suderlan Tozo Binda


• Concepção Teológica:
– Mas com instrumentos conceptuais da filosofia
grega.

• Duas fontes:
– A TRADIÇÃO BÍBLICA – vetero e neotestamentária
(última referência);
– A TRADIÇÃO FILOSÓFICA GREGA (instrumento
conceptual)
1- concepção bíblica do homem:
Temas comuns entre a concepção
– Conteúdos fundamentais: Bíblica e a concepção Clássica

• O homem e o divino
• O homem e o universo
• O homem e a comunidade humana
• O homem e o destino
• A unidade do homem
– Questões formuladas na linguagem religiosa da revelação
(fonte transcendental).

Antropologia Clássica: filosofia – autoridade o logos racional ;


Antropologia Cristã: teológica – autoridade o transcendente.
Traços fundamentais da antropologia bíblica:
• Unidade radical do ‘SER DO HOMEM”:
– Homem (ouvinte da Palavra) é imagem de Deus
– Unidade não “ontológica”, mas soteriológica
» Três momentos – história da salvação (criação, queda,
promessa)
• Deus – dom oferecido
• Homem – resposta e aceitação
• Positiva – unidade
• Negativa – perda da unidade.
• Lima Vaz explica tal diferença assim: (...) “o
que separa radicalmente a concepção bíblica da
unidade do homem de qualquer forma de dualismo
ontológico é o fato de que a linguagem bíblica sobre
o homem não se refere a naturezas que nele se
oponham, mas a situações existenciais que traduzem
as vicissitudes de seu itinerário em confronto
permanente com a iniciativa salvífica de Deus e com
a sua Palavra”.
• Diferenças entre as concepções:
Bíblica:
 Não há no homem Filosofia:
naturezas que se opõem,  Há no homem ‘naturezas’
mas ‘situações existenciais’ que se opõem (a oposição
que se opõem à iniciativa é ontológica)
salvífica e com a palavra. (a
oposição é soteriológica)

Homem é:
 Carne (basar) – fragilidade e transitoriedade de sua existência;
 Alma (nefesh) – na medida em que a fragilidade é compensada pelo vigor de sua
vitalidade;
 Espírito (ruah) – manifestação superior da vida e do conhecimento (relação com
Deus)
 Coração (leb) – interior profundo do homem.
• Grande Problema:
– “A todos esses termos a tradução dos setenta
deu uma ressonância grega (sarx, psyché,
pneûma, kardía) que incorporou significações
provindas da tradição filosófica, (...) surgindo
assim o risco do entrecruzamento da perspectiva
ontológica grega com a perspectiva existencial e
soteriológica Bíblica”. (L. Vaz, p. 51)
 Concepção Bíblica:
 Concepção Filosófica:
 Método – narração (mito)
 Método : discurso articulado (teoria);
 Verdade – mensagem
 Verdade : o discurso lógico;
 Autoridade – revelação (quem conta)
 Autoridade : o rigor racional
 Último recurso – sobrenatural
 Último recurso : razão
 Lugar – história
 Lugar : a linguagem

Cristo como a realidade do verdadeiro homem

Contradições do homem

 BÍBLICA: (exprimem situações existenciais)  FILOSOFIA: (exprimem naturezas contraditórias)


 Carne (basar)  Sarx
 Alma (nefesh) Exprimem  Psyché Exprimem
 Espírito (ruah) situações  Pneûma naturezas
 Coração (leb) existenciais  Kardía contraditórias
• Texto para nos ajudar:
– 1tS 5,23: “O Deus da paz vos santifique completamente,
vos conserve íntegros em espírito, alma e corpo, e
irrepreensíveis para quando vier o Senhor nosso Jesus
Cristo”.
• Oposições existenciais:
– Paulo:
• Carne x espírito;
• Animal x espiritual
• Homem velho x Homem novo Referem-se a situações
– João: existenciais e não oposição
de naturezas ontológicas
• Travas x Luz
• Morte x vida
• Mentira x verdade

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