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AUDITORIA

CONCEITOS
INICIAIS
Auditoria pode ser definida como o
levantamento, estudo e avaliação sistemática
das transações, procedimentos, operações,
rotinas ou demonstrações financeiras de uma
entidade.

A auditoria pode se dar com vários objetivos e


ter como escopo diversas informações. Por
exemplo:
a) Auditoria Fiscal: tem como objetivo verificar
a exatidão do cálculo e pagamento dos
tributos.

b) Auditoria Contábil: objetiva verificar a


correção dos registros contábeis e
demonstrações financeiras.

c) Auditoria de Procedimentos: visa verificar a


correção dos procedimentos adotados pelos
agentes e sua aderência às normas internas
da entidade e às normas externas.
A auditoria pode ser também interna ou externa:
a) Auditoria Interna.
O auditor pertence aos quadros da entidade.
Constitui o conjunto de procedimentos que objetivam
examinar a integridade, adequação e eficácia dos
controles internos e das informações físicas,
contábeis, financeiras e operacionais da entidade.

b) Auditoria Externa ou Independente.


O auditor não pertence aos quadros da entidade.
É o conjunto de procedimentos que objetivam a
emissão do parecer sobre a adequação com que
estes representam a posição e o resultado as
operações da empresa.
A atividade de auditoria independente de demonstrações contábeis é
realizada por contadores, motivo pelo qual quem regulamenta a profissão é
o CFC (Conselho Federal de Contabilidade).
Deste Órgão, são emanados diversos diplomas legais abordando
aspectos diversos, tais como: princípios contábeis, perícia e auditoria.
Em relação a este último, a regulamentação é feita por meio das NBC
T11 (Normas Brasileiras de Contabilidade), aprovadas por meio de
resolução.
As duas principais normas foram aprovadas por meio das resoluções nº
820 e 821 de 1997, que são de leitura obrigatória. Elas abordam o
trabalho do auditor e o perfil desse profissional, respectivamente.
CPC – Comitê de Pronunciamento Contábeis

Além do CFC, outro órgão importante na regulamentação da


auditoria no Brasil é o CPC – Comitê de Pronunciamento
Contábeis, que é formado por:
- CFC;
- IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil;
- BACEN – Banco Central do Brasil;
- CVM – Comissão de Valores Mobiliários;
- SUSEP – Superintendência de Seguros Privados.

No âmbito internacional, a Federação Internacional de


Contadores (IFAC) também emite pronunciamentos através
da Comissão de Normas Internacionais de Auditoria, as quais
contém orientações aos países-membros daquele órgão.
Auditoria de demonstrações contábeis
O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança
nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião
pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
No caso da maioria das estruturas conceituais para fins
gerais, essa opinião expressa se as demonstrações
contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos
os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida
em conformidade com as normas de auditoria e
exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar
essa opinião.
As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as
da entidade, elaboradas pela sua administração, com
supervisão geral dos responsáveis pela governança.
As NBC TAs não impõem responsabilidades à
administração ou aos responsáveis pela governança e
não se sobrepõe às leis e regulamentos que governam
as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria em
conformidade com as normas de auditoria
é conduzida com base na premissa de que a
administração e, quando apropriado, os
responsáveis pela governança têm conhecimento de
certas responsabilidades que são fundamentais para a
condução da auditoria. A auditoria das demonstrações
contábeis não exime dessas responsabilidades a
administração ou os responsáveis pela governança.
Asseguração razoável

Asseguração razoável é um nível elevado de


segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor
obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente
para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco
de auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse
uma opinião inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante).
Contudo, asseguração razoável não é um nível
absoluto de segurança porque há limitações
inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato
de que a maioria das evidências de auditoria em que
o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é
persuasiva e não conclusiva
Materialidade

O conceito de materialidade é aplicado pelo


auditor no planejamento e na execução da
auditoria, e na avaliação do efeito de
distorções identificadas sobre a auditoria e de
distorções não corrigidas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis (NBC TA 320
- Materialidade no Planejamento e na
Execução da Auditoria, e NBC TA 450 -
Avaliação das Distorções Identificadas durante
a Auditoria).
Em geral, as distorções, inclusive as omissões, são
consideradas relevantes se for razoável esperar que,
individual ou conjuntamente, elas influenciem as
decisões econômicas dos usuários tomadas com
base nas demonstrações contábeis. Julgamentos
sobre a materialidade são estabelecidos levando-se
em consideração as circunstâncias envolvidas e são
afetadas pela percepção que o auditor tem das
necessidades dos usuários das demonstrações e pelo
tamanho ou natureza de uma distorção, ou por uma
combinação de ambos. A opinião do auditor considera
as demonstrações contábeis como um todo e,
portanto, ele não é responsável pela detecção de
distorções que não sejam relevantes para as
demonstrações contábeis como um todo.
Objetivos gerais do auditor
Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os
objetivos gerais do auditor são:
(a) obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis como um todo estão livres de distorção
relevante, independentemente se causadas por fraude
ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável; e
(b) apresentar relatório sobre as demonstrações
contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs,
em conformidade com as constatações do auditor.
Risco de auditoria é o risco de que o auditor
expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem
distorção relevante. É a soma dos riscos: inerente, de
controle e de detecção.

Risco inerente é aquele que se origina da própria


conta ou tipo de operação analisada (de execução).

Risco de controle é aquele que consiste na


incapacidade do sistema de controle interno de evitar
ou detectar oportunamente um erro importante.

Risco de detecção é o risco de que distorções


relevantes não sejam detectadas pelo auditor
independente.
Demonstrações contábeis são a
representação estruturada de informações
contábeis históricas, incluindo notas
explicativas relacionadas, com a finalidade de
informar os recursos econômicos ou
obrigações da entidade em determinada data
no tempo ou as mutações de tais recursos ou
obrigações durante um período de tempo, em
conformidade com a estrutura de relatório
financeiro. As notas explicativas
relacionadas geralmente compreendem um
resumo das políticas contábeis significativas e
outras informações.
Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a
apresentação ou a divulgação de uma demonstração
contábil relatada e o valor, a classificação, a
apresentação ou a divulgação que é exigida para que o
item esteja de acordo com a estrutura de relatório
financeiro aplicável. As distorções podem originar-se de
erro ou fraude. Quando o auditor expressa uma opinião
sobre se as demonstrações contábeis foram
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, as distorções também incluem os ajustes de
valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no
julgamento do auditor, são necessários para que as
demonstrações contábeis estejam apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes.
Julgamento profissional é a aplicação do treinamento,
conhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto
fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na
tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação
apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.
O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de
toda a auditoria. Ele também precisa ser adequadamente
documentado. Neste aspecto, exige-se que o auditor elabore
documentação de auditoria suficiente para possibilitar que
outro auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com a
auditoria, entenda os julgamentos profissionais significativos
exercidos para se atingir as conclusões sobre assuntos
significativos surgidos durante a auditoria. O julgamento
profissional não deve ser usado como justificativa para
decisões que, de outra forma, não são sustentados pelos fatos
e circunstâncias do trabalho nem por evidência de auditoria
apropriada e suficiente.
Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente
questionadora e alerta para condições que possam indicar
possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação
crítica das evidências de auditoria. O auditor deve planejar e
executar a auditoria com ceticismo profissional,
reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam
distorção relevante nas demonstrações contábeis.
Não se pode esperar que o auditor desconsidere a
experiência passada de honestidade e integridade da
administração da entidade e dos responsáveis pela
governança.
Pelo exposto, a crença de que a administração e os
responsáveis pela governança são honestos e têm
integridade não livra o auditor da necessidade de manter o
ceticismo profissional ou permitir que ele se satisfaça com
evidências de auditoria menos que persuasivas na obtenção
de segurança razoável.
Requisitos éticos relacionados à auditoria de
demonstrações contábeis

O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes,


inclusive as pertinentes à independência, no que se
refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações
contábeis.

O auditor está sujeito a exigências éticas relevantes,


inclusive as relativas à independência, no que diz
respeito a trabalhos de auditoria de demonstrações
contábeis. As exigências éticas relevantes abrangem o
Código de Ética Profissional do Contabilista,
relacionados à auditoria de demonstrações contábeis
bem como as NBC PAs aplicáveis.
Os princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor quando da condução de
auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos
no Código de Ética Profissional do Contabilista e na
NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses
princípios estão em linha com os princípios do Código
de Ética do IFAC, cujo cumprimento é exigido dos
auditores. Esses princípios são:

(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
(e) Comportamento (ou conduta) profissional.
PROCEDIMENTOS
DE AUDITORIA
Procedimentos de Auditoria.

São as técnicas que permitem ao auditor obter


evidências ou provas suficientes e adequadas
para fundamentar sua opinião a cerca das
demonstrações contábeis auditadas.

Dividem-se em duas grandes categorias:

a) Testes de observância ou de aderência.


b) Testes substantivos.
a) Testes de observância (ou de aderência).
Avaliam a existência e o cumprimento de
normas internas e procedimentos de controles
estabelecidos pela entidade auditada.
- Entrevista com funcionários e análise das
normas internas.
- Verificação do cumprimento das normas
internas.
- Familiarização do auditor com as práticas
administrativas.
b) Testes substantivos.

- Buscam coletar evidências da fidedignidade das


informações publicadas.

- São testes comprobatórios de transações e saldos


e de coerência entre indicadores.
-Verificam a existência dos componentes
patrimoniais, a ocorrência das transações, se todas
as transações estão registradas e se os valores
correspondem ao apresentado.
O número e a profundidade dos testes
substantivos dependerá do resultado dos
testes de aderência.

Os testes substantivos subdividem-se em:

b.1) Procedimentos de revisão Analítica.

b.2) Testes de transações e saldo.


b.1) Procedimentos de Revisão Analítica.

Análise e comparação do relacionamento entre


elementos econômicos financeiros apresentados nas
transações.
O auditor procura verificar a regularidade, a
normalidade ou a atipicidade de situações,
comparando quantidades, valores, indicadores ou
outros parâmetros.
Busca de valores “fora do padrão”, indícios.
Os testes de revisão analítica podem indicar a
necessidade de procedimentos adicionais ou a
redução de outros procedimentos.
Exemplos de comparações que podem ser
utilizadas na revisão analítica:
- comparação da rentabilidade média da
empresa, comparada com outras do mesmo
setor econômico.
- seleção de “despesas gerais” que
representem mais de 30% do total de
despesas.
- ocorrência de saldo credor de caixa.
b.2) Testes de Transações e Saldo.

Como o próprio nome indica, esses testes visam


confirmar a veracidade das transações alegadas e
checar se os saldos das contas utilizadas nas
demonstrações contábeis correspondem à realidade.

Nos testes de transações e saldos, o auditor verifica


se os fatos contábeis foram adequadamente
registrados, de forma que as contas apresentem uma
avaliação correta dos elementos patrimoniais e de
suas variações no período considerado.
Nos testes de transações e saldos utilizam-se
as seguintes técnicas básicas:

- Inspeção: consiste no exame dos registros


contábeis, analise de documentações suporte
e verificação da existência de ativos tangíveis.

- Observação: acompanhamento de processos


ou procedimentos durante a sua execução.

- Entrevistas (inquéritos): formulação de


perguntas.
- Investigação e Confirmação: A investigação
consiste na checagem das informações
obtidas. Já a confirmação é a obtenção de
informações junto a pessoas ou entidades
conhecedoras da transação, dentro e fora da
entidade. Quando feita externamente, é
chamada de circularização.

- Conferências de Cálculos: consiste na


conferencia da exatidão aritmética de
documentos comprobatórios, registros,
demonstrações contábeis, resultados de
transações e outras circunstâncias.
DOCUMENTAÇÃO

Todos os procedimentos de auditoria


devem estar devidamente documentados
nos papéis de trabalho do auditor,
embora nem todos devam ser
apresentados à entidade auditada,
mesmo quando solicitados.
(AFRF/ESAF) Os testes substantivos de
auditoria dividem-se nas seguintes categorias:
a) testes de eventos subsequentes e testes de
transações e saldos
b) testes de observância e testes de
circularização de saldos
c) testes de amostragem estatística e
procedimentos de revisão analítica
d) testes de observância e testes de
amostragem estatística
e) testes de transações e saldos e
procedimentos de revisão analítica
(AFRF/ESAF) Os testes substantivos de
auditoria dividem-se nas seguintes categorias:
a) testes de eventos subsequentes e testes de
transações e saldos
b) testes de observância e testes de
circularização de saldos
c) testes de amostragem estatística e
procedimentos de revisão analítica
d) testes de observância e testes de
amostragem estatística
e) testes de transações e saldos e
procedimentos de revisão analítica
(AFRF/ESAF) A conclusão quanto à
ocorrência efetiva de uma transação contábil é
um dos objetivos do auditor para a aplicação
dos:
a) testes de cálculos
b) testes de observância
c) testes de abrangência
d) testes substantivos
e) testes de procedimentos
(AFRF/ESAF) A conclusão quanto à
ocorrência efetiva de uma transação contábil é
um dos objetivos do auditor para a aplicação
dos:
a) testes de cálculos
b) testes de observância
c) testes de abrangência
d) testes substantivos
e) testes de procedimentos
(SEFAZ-SP/FCC) A revisão analítica vem a ser a(o)
a) análise de desvios anormais constatados durante
o período de auditoria de acordo com os valores
projetados pelo auditor.
b) obtenção de informação junto à administração
com o objetivo de confrontar a exatidão aritmética
dos valores apresentados.
c) acompanhamento de um determinado processo ou
procedimento quando de sua execução por parte da
empresa auditada.
d) verificação de comportamento de valores
significativos com vistas à identificação de situação
ou tendências atípicas.
e) obtenção de informação junto a pessoas ou
entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora
da entidade auditada.
(SEFAZ-SP/FCC) A revisão analítica vem a ser a(o)
a) análise de desvios anormais constatados durante
o período de auditoria de acordo com os valores
projetados pelo auditor.
b) obtenção de informação junto à administração
com o objetivo de confrontar a exatidão aritmética
dos valores apresentados.
c) acompanhamento de um determinado processo ou
procedimento quando de sua execução por parte da
empresa auditada.
d) verificação de comportamento de valores
significativos com vistas à identificação de situação
ou tendências atípicas.
e) obtenção de informação junto a pessoas ou
entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora
da entidade auditada.
AMOSTRAGEM
A Resolução CFC 1.222/2009, que
aprovou a NBC TA 530, trata da
utilização de amostragens em
auditorias, estabelecendo regras que
devem ser seguidas pelo auditor
independente.
DEFINIÇÕES:

a) Amostragem em auditoria é a aplicação de


procedimentos de auditoria em menos de 100% dos
itens de população relevante para fins de auditoria,
para proporcionar uma base razoável que possibilite
o auditor concluir sobre toda a população.

b) População é o conjunto completo de dados sobre


o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o
auditor deseja concluir.
c) Risco de amostragem é o risco de que a
conclusão do auditor, com base em amostra,
pudesse ser diferente se toda a população fosse
sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

d) Risco não resultante da amostragem é o risco


de que o auditor chegue a uma conclusão errônea
por outra razão não seja relacionada ao risco de
amostragem, como o uso de procedimentos de
auditoria não apropriados ou a interpretação errônea
da evidência de auditoria e o não reconhecimento de
uma distorção ou de um desvio.
e) Anomalia é a distorção ou o desvio
que é comprovadamente não
representativo de distorção ou desvio em
uma população.

f) Unidade de amostragem é cada um


dos itens individuais que constituem uma
população.
g) Amostragem estatística é a abordagem à
amostragem com as seguintes características:
i) seleção aleatória dos itens da amostra; e
ii) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os
resultados das amostras, incluindo a mensuração do
risco de amostragem.
A abordagem de amostragem que não tem as
características (i) e (ii) é considerada uma
amostragem não estatística.

h) Estratificação: processo de dividir uma população


em subpopulações, cada uma sendo um grupo de
unidades de amostragem com características
semelhantes (geralmente valor monetário).
NATUREZA E CAUSA DE DESVIOS/DISTORÇÕES
O auditor deve investigar a natureza e a causa de
quaisquer desvios ou distorções identificados e avaliar
o possível efeito causado por eles na finalidade do
procedimento de auditoria e em outras áreas de
auditoria.
Em circunstâncias extremamente raras, quando o
auditor considera que uma distorção ou um desvio
descobertos na amostra são anomalias, o auditor
deve obter um alto grau de certeza de que essa
distorção ou esse desvio não sejam representativos
da população, mediante a execução de procedimentos
adicionais de auditoria, para obter a evidência
apropriada disso.
PROJEÇÃO DE DISTORÇÕES
Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar,
para a população, as distorções encontradas na
amostra.
Não se deve fazer projeção das anomalias.

AVALIAÇÃO DO RESULTADO DA AMOSTRAGEM


O auditor deve avaliar:
a) os resultados da amostra; e
b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma
base razoável para conclusões sobre a população que
foi testada
DECISÃO SOBRE O USO DE
AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA OU NÃO
ESTATÍSTICA
A decisão quanto ao uso de abordagem
de amostragem estatística ou não
estatística é uma questão de julgamento
do auditor, entretanto, o tamanho da
amostra não é um critério válido para
distinguir entre as abordagens estatísticas
e não estatísticas.
TAMANHO DA AMOSTRA

O nível de risco de amostragem que o auditor está


disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra
exigido. Quanto menor o risco que o auditor está
disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da
amostra.

O tamanho da amostra pode ser determinado


mediante aplicação de fórmula com base em
estatística ou por meio do exercício do julgamento
profissional.
Métodos para selecionar amostras

Existem muitos métodos para selecionar


amostras. Os principais são os seguintes:

a) Seleção aleatória (aplicada por meio de


geradores de números aleatórios como, por
exemplo, tabelas de números aleatórios).
b) Seleção sistemática, em que a quantidade
de unidades de amostragem na população é
dividida pelo tamanho da amostra para dar um
intervalo de amostragem como, por exemplo,
50, e após determinar um ponto de início dentro
das primeiras 50, toda 50ª unidade de
amostragem seguinte é selecionada. Embora o
ponto de início possa ser determinado ao
acaso, é mais provável que a amostra seja
realmente aleatória se for definida pelo uso de
gerador computadorizado de números
aleatórios ou tabelas de números aleatórios.
c) Amostragem de unidade monetária é um tipo de
seleção com base em valores, na qual o tamanho, a
seleção e a avaliação da amostra resultam em uma
conclusão em valores monetários.

d) Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a


amostra sem seguir uma técnica estruturada. O
auditor deve evitar qualquer tendenciosidade ou
previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens
difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os
primeiros ou últimos lançamentos de uma página) e,
desse modo, assegurar-se de que todos os itens da
população têm a mesma chance de seleção. Tal
seleção não é apropriada quando se usa a
amostragem estatística.
e) Seleção de bloco envolve a seleção de um
ou mais blocos de itens contíguos da
população. A seleção de bloco geralmente não
pode ser usada em amostragem de auditoria
porque a maioria das populações está
estruturada de modo que esses itens em
sequência podem ter características
semelhantes entre si, mas características
diferentes de outros itens de outros lugares da
população.
EXTRATIFICAÇÃO E SELEÇÃO COM BASE EM
VALOR

Ao considerar as características da população da qual


a amostra será retirada, o auditor pode determinar que
a estratificação ou a seleção com base em valores é
apropriada.

O objetivo da estratificação é o de reduzir a


variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto,
permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem
aumentar o risco de amostragem.
Na execução dos testes de detalhes, a população é
geralmente estratificada por valor monetário. Isso
permite que o trabalho maior de auditoria possa ser
direcionado para os itens de valor maior, uma vez que
esses itens podem conter maior potencial de distorção
em termos de superavaliação.

Da mesma forma, a população pode ser estratificada


de acordo com uma característica específica que
indica maior risco de distorção como, por exemplo, no
teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa
na avaliação de contas a receber, os saldos podem
ser estratificados por idade.
Os resultados dos procedimentos de auditoria
aplicados a uma amostra de itens dentro de um
estrato só podem ser projetados para os itens que
compõem esse estrato. Para concluir sobre toda a
população, o auditor precisa considerar o risco de
distorção relevante em relação a quaisquer outros
estratos que componham toda a população.
Exemplo: 20% dos itens em uma população compõem
90% do saldo de uma conta. O auditor examina uma
amostra desses itens. O auditor avalia os resultados
dessa amostra e chega a uma conclusão sobre 90%
do saldo de uma conta separadamente dos 10%
remanescentes (nos quais outra amostra ou outros
meios de reunir evidências serão usados ou que
serão considerados não relevantes).
(CESPE) Em auditoria, quando a população é muito
grande, deve-se realizar a amostragem, que é a
aplicação de procedimentos exclusivamente
estatísticos na totalidade da população para a seleção
de uma amostra representativa do estudo.

(CESPE) O tamanho da amostra é um dos fatores a


serem levados em consideração pelo auditor na
escolha entre uma amostragem estatística ou não
estatística.
(CESPE) Em auditoria, quando a população é muito
grande, deve-se realizar a amostragem, que é a
aplicação de procedimentos exclusivamente
estatísticos na totalidade da população para a seleção
de uma amostra representativa do estudo.
ERRADO

(CESPE) O tamanho da amostra é um dos fatores a


serem levados em consideração pelo auditor na
escolha entre uma amostragem estatística ou não
estatística.
ERRADO
(ESAF) Nos casos em que o auditor
independente desejar reduzir o tamanho da
amostra sem aumentar o risco de amostragem,
dividindo a população em subpopulações
distintas que tenham características similares,
deve proceder a um(a)

a) Estratificação.
b) Seleção com base em valores.
c) Teste de detalhes.
d) Seleção sistemática.
e) Detalhamento populacional.
(ESAF) Nos casos em que o auditor
independente desejar reduzir o tamanho da
amostra sem aumentar o risco de amostragem,
dividindo a população em subpopulações
distintas que tenham características similares,
deve proceder a um(a)

a) Estratificação.
b) Seleção com base em valores.
c) Teste de detalhes.
d) Seleção sistemática.
e) Detalhamento populacional.
(CESPE) No que se refere à relação entre o nível
aceitável de risco de uma amostragem e a amostra,
assinale a opção correta.
a) Quanto maior for o risco aceitável, maior deverá ser
o tamanho da amostra.
b) Não há relação possível entre as características da
amostra e o risco de amostragem.
c) Se os níveis aceitáveis de risco forem muito baixos,
serão exigidas amostragens não estatísticas.
d) Níveis aceitáveis de risco muito baixos implicam a
utilização de amostras não estatísticas.
e) Quanto menor for o risco aceitável, maior deverá
ser o tamanho da amostra.
(CESPE) No que se refere à relação entre o nível
aceitável de risco de uma amostragem e a amostra,
assinale a opção correta.
a) Quanto maior for o risco aceitável, maior deverá ser
o tamanho da amostra.
b) Não há relação possível entre as características da
amostra e o risco de amostragem.
c) Se os níveis aceitáveis de risco forem muito baixos,
serão exigidas amostragens não estatísticas.
d) Níveis aceitáveis de risco muito baixos implicam a
utilização de amostras não estatísticas.
e) Quanto menor for o risco aceitável, maior deverá
ser o tamanho da amostra.
(FCC) A estratificação da amostra pode ser útil
quando

a) houver uma grande heterogeneidade entre os itens


da população.
b) for identificada uma linearidade nos valores dos
itens a serem selecionados.
c) for pequeno o número de itens que compõe a
amostra.
d) superar a 100 unidades a quantidade de itens que
compõe a amostra.
e) existir risco de mais de 10% da amostra conter
erros.
(FCC) A estratificação da amostra pode ser útil
quando

a) houver uma grande heterogeneidade entre os itens


da população.
b) for identificada uma linearidade nos valores dos
itens a serem selecionados.
c) for pequeno o número de itens que compõe a
amostra.
d) superar a 100 unidades a quantidade de itens que
compõe a amostra.
e) existir risco de mais de 10% da amostra conter
erros.
PLANEJAMENTO
E EXECUÇÃO DA
AUTIDORIA
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA

É a definição da estratégia a ser utilizada na


auditoria, bem como do plano de auditoria
(procedimentos que serão utilizados e os dados que
serão auditados).

A auditoria inicia-se com o planejamento, mas este é


um processo dinâmico e contínuo, sendo que muitas
vezes começa logo após a auditoria anterior e
continuando até a conclusão da auditoria atual.

O planejamento deve ser documentado e a entidade


auditada não deve participar de sua elaboração.
Objetivos do Planejamento de Auditoria:
• identificar as áreas que devem dispensar
maior atenção do auditor.
• auxiliar o auditor a identificar e resolver
tempestivamente problemas potenciais.
• permitir a organização do trabalho de
auditoria para que seja feito de forma eficiente.
• auxiliar na seleção dos membros da equipe
de trabalho.
• facilitar a supervisão e a revisão do trabalho
de auditoria.
Fatores sopesados no Planejamento da Auditoria:
a) histórico de auditorias anteriores.
b) identificação, através de procedimentos de revisão
analítica, de dados “fora do padrão”.
c) risco aceitável de distorção.
d) confiabilidade dos controles internos (testes de
aderência).
e) identificação de áreas de maior risco.
f) volume de operações a serem analisadas.
g) necessidade de realização de amostragens.
h) ambiente econômico onde a entidade atual.
i) capacitação da equipe de auditoria.
(CESPE - 2012) Na fase de
planejamento, o auditor deve considerar
os testes de observância que serão
empregados para avaliar os controles
internos estabelecidos pela
administração auditada, a natureza e a
extensão dos procedimentos de auditoria
a serem aplicados.

( ) CERTO ( ) ERRADO
(CESPE - 2012) Na fase de
planejamento, o auditor deve considerar
os testes de observância que serão
empregados para avaliar os controles
internos estabelecidos pela
administração auditada, a natureza e a
extensão dos procedimentos de auditoria
a serem aplicados.

( X ) CERTO ( ) ERRADO
(ESAF – AFRFB - 2012) Pode-se afirmar que, para a
aceitação do risco de um trabalho de auditoria
externa, deve o auditor avaliar

I. se os sócios e equipe são, ou podem


razoavelmente tornar-se, suficientemente
competentes para assumir o trabalho.

II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de


colaboradores em relação ao ambiente de controle
interno e seus pontos de vista sobre interpretações
agressivas ou inadequadas de normas contábeis.

III. se terá acesso aos especialistas necessários para


a realização do trabalho.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II e III estão erradas.
d) Somente a III está correta.
e) Todas estão erradas.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II e III estão erradas.
d) Somente a III está correta.
e) Todas estão erradas.
(FGV - 2008) No processo do
planejamento da auditoria deve ser
considerada a participação de auditores
internos e de especialistas na execução
do trabalho na entidade auditada, e a
possibilidade de as controladas e
coligadas serem examinadas por outros
auditores independentes. Ao determinar
a necessidade de utilizar-se do trabalho
de especialistas, o auditor
independente não deve considerar:
a) a relevância do item da demonstração
contábil que está sendo analisada.
b) o risco de distorção ou erro, levando em
conta a natureza e a complexidade do assunto
que está sendo analisado.
c) o conhecimento da equipe de trabalho e a
experiência prévia dos aspectos que estão
sendo considerados.
d) a quantidade e qualidade de outras
evidências de auditoria disponíveis para sua
análise.
e) a medição do estágio de trabalhos
completados ou a completar em contratos em
andamento.
a) a relevância do item da demonstração
contábil que está sendo analisada.
b) o risco de distorção ou erro, levando em
conta a natureza e a complexidade do assunto
que está sendo analisado.
c) o conhecimento da equipe de trabalho e a
experiência prévia dos aspectos que estão
sendo considerados.
d) a quantidade e qualidade de outras
evidências de auditoria disponíveis para sua
análise.
e) a medição do estágio de trabalhos
completados ou a completar em contratos em
andamento.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA

Na execução da auditoria, serão aplicados os


testes substantivos dos quais já falamos
anteriormente.

A execução deve sempre levar em conta a


materialidade (relevância) e a criticidade
(vulnerabilidade, credibilidade) das
informações auditadas.

A execução da auditoria produzirá os


chamados “papéis de trabalho”.
Papéis de Trabalho

Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos


e apontamentos com informações e provas coligidas
pelo auditor e que constituem a evidência do trabalho
executado e o fundamento de sua opinião.

Exemplos:
a) Notas fiscais.
b) Demonstrações Financeiras.
c) Respostas a Intimações.
d) Relatórios.
e) Memórias de cálculos.
e) Correspondências.
Classificação dos Papéis de Trabalho

Os papéis de trabalho dividem-se em permanentes e


pastas correntes:

• Permanentes: são utilizados por mais de um


período. São aqueles que contêm informações
relacionadas com a organização e atividade da
empresa, bem como a sua estrutura jurídica.
São montados e copilados numa primeira etapa e
mantidos sob constantes atualizações nos anos
seguintes.

• Pastas correntes: contém todas as informações


relacionadas com o tipo de auditoria em execução.
Características dos Papéis de Trabalho
Os papéis de trabalho devem:
a) Estar devidamente organizados, de forma a
permitir o entendimento por parte de terceiros.
b) Trazer a identificação do trabalho de auditoria ao
qual se refere.
c) Estar indexados, de forma a permitir que sejam
localizados rapidamente.
d) Ser completos, de forma que tragam conclusões
fundamentadas.
e) Devem ser mantidos em boa ordem e guarda pelo
prazo de 5 anos, após a conclusão do trabalho de
auditoria.
Auditoria sem papel (paperless)
Há uma tendência cada vez maior de substituição de
informações escritas e com suporte em papel por
informações em meio digital.

A auditoria paperless é aquela feita com a menor


utilização possível de papéis físicos.

Importante: isso não quer dizer que a auditoria sem


papel não gera papéis de trabalho, mas sim que
esses, em sua maioria ou totalidade, estão em meio
digital.
(CESGRANRIO – 2011) Segundo a metodologia de
mercado e as boas práticas de auditoria, os papéis
de trabalho podem ser classificados, quanto à sua
natureza, em dois tipos: permanentes e correntes.
São exemplos de papéis de trabalho
permanentes, EXCETO
a) as atas das reuniões de assembleia geral
extraordinária.
b) as cópias do estatuto ou contrato social da
empresa.
c) os manuais de procedimentos internos.
d) a legislação específica aplicável ao negócio da
empresa auditada.
e) a revisão analítica das contas contábeis.
(CESGRANRIO – 2011) Segundo a metodologia de
mercado e as boas práticas de auditoria, os papéis
de trabalho podem ser classificados, quanto à sua
natureza, em dois tipos: permanentes e correntes.
São exemplos de papéis de trabalho
permanentes, EXCETO
a) as atas das reuniões de assembleia geral
extraordinária.
b) as cópias do estatuto ou contrato social da
empresa.
c) os manuais de procedimentos internos.
d) a legislação específica aplicável ao negócio da
empresa auditada.
e) a revisão analítica das contas contábeis.
(ESAF – CVM – Analista) Uma adequada compreensão sobre
o uso da tecnologia da informação na elaboração dos papéis
de trabalho permite concluir, acertadamente, que:
a) a auditoria sem papel (ou paperless) consiste em um novo
conceito de auditoria, rompendo com todos os aspectos
inerentes à auditoria tradicional.
b) todos os objetivos e atributos relativos aos papéis de
trabalho tradicionais permanecem válidos nos registros das
auditorias automatizadas.
c) por não serem considerados fonte primária, os dados
arquivados por meio de scanner não podem ser utilizados
como papéis de trabalho.
d) apenas profissionais com formação específica podem
auditar papéis de trabalho obtidos por meio de transferência
eletrônica de dados.
e) as informações obtidas em meio magnético serão
consideradas válidas apenas depois de impressas e
autenticadas em cartório.
(ESAF – CVM – Analista) Uma adequada compreensão sobre
o uso da tecnologia da informação na elaboração dos papéis
de trabalho permite concluir, acertadamente, que:
a) a auditoria sem papel (ou paperless) consiste em um novo
conceito de auditoria, rompendo com todos os aspectos
inerentes à auditoria tradicional.
b) todos os objetivos e atributos relativos aos papéis de
trabalho tradicionais permanecem válidos nos registros das
auditorias automatizadas.
c) por não serem considerados fonte primária, os dados
arquivados por meio de scanner não podem ser utilizados
como papéis de trabalho.
d) apenas profissionais com formação específica podem
auditar papéis de trabalho obtidos por meio de transferência
eletrônica de dados.
e) as informações obtidas em meio magnético serão
consideradas válidas apenas depois de impressas e
autenticadas em cartório.
CONCLUSÃO DA AUDITORIA
Após a conclusão dos procedimentos de auditoria,
deve ser elaborado o Relatório de Auditoria, que trará
a opinião do auditor sobre as demonstrações
contábeis auditadas.

O relatório classifica-se, segundo a natureza da


opinião que contém, em:
• opinião sem ressalva (opinião não modificada);
• opinião com ressalva;
• opinião adversa; e
• abstenção de opinião.
Objetivos do Auditor

Os objetivos do auditor ao chegar à conclusão da


auditoria são:

a) formar uma opinião sobre as demonstrações


contábeis com base na avaliação das conclusões
atingidas pela evidência de auditoria obtida; e

b) expressar claramente essa opinião por meio de


relatório de auditoria por escrito que também
descreve a base para a referida opinião.
A NBC TA 700, aprovada pela Resol. CFC 1.239/99,
trata da responsabilidade do auditor independente
para formar uma opinião sobre as demonstrações
contábeis e trata da forma e do conteúdo do relatório
emitido como resultado da auditoria de
demonstrações contábeis.

Ela é complementada pelas NBC TA 705 –


Modificações na Opinião do Auditor Independente e
NBC TA 706 – Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de
Outros Assuntos no Relatório do Auditor
Independente.
Forma da opinião do auditor.

O auditor deve expressar uma opinião


não modificada quando concluir que as
demonstrações são elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, de acordo
com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de
auditoria de acordo com a NBC TA 705 se:

a) concluir, com base em evidência de auditoria


obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em
conjunto apresentam distorções relevantes; ou

b) não conseguir obter evidência de auditoria


apropriada e suficiente para concluir se as
demonstrações contábeis tomadas em conjunto não
apresentam distorções relevantes.
Relatório.

O relatório do auditor independente deve atender a


diversos requisitos:

a) O relatório do auditor independente deve ser por


escrito (em papel ou meio eletrônico).
b) O relatório do auditor independente deve ter um
título que indique claramente que é o relatório do
auditor independente.
c) O relatório do auditor independente deve ser
endereçado conforme exigido pelas circunstâncias do
trabalho.
d) O relatório deve ter um parágrafo introdutório do
relatório do auditor independente que deve:
- identificar a entidade cujas demonstrações
contábeis foram auditadas;
- afirmar que as demonstrações contábeis foram
auditadas;
- identificar o título de cada demonstração que
compõe as demonstrações contábeis;
- fazer referência ao resumo das principais práticas
contábeis e demais notas explicativas; e
- especificar a data ou o período de cada
demonstração que compõe as demonstrações
contábeis.
e) O relatório do auditor independente deve
incluir uma seção com o título
“Responsabilidade da administração pelas
demonstrações contábeis”.

Essa seção deve descrever a responsabilidade


dos responsáveis na organização pela
elaboração das demonstrações contábeis. O
relatório do auditor independente não precisa
referir-se especificamente à “administração”,
mas deve usar o termo que é apropriado no
contexto da estrutura legal.
A descrição de responsabilidade da
Administração deve incluir uma explicação de
que a administração é responsável pela
elaboração das demonstrações contábeis de
acordo com a estrutura de relatório financeiro
aplicável e pelos controles internos que a
administração determinar serem necessários
para permitir a elaboração de demonstrações
contábeis que não apresentem distorção
relevante, independentemente se causadas
por fraude ou erro.
f) O relatório do auditor independente
deve incluir uma seção com o título
“Responsabilidade do auditor”.

O relatório do auditor independente deve


especificar que a responsabilidade do
auditor é expressar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis com base na
auditoria.
g) O relatório do auditor independente
deve descrever a auditoria especificando
que:

- a auditoria envolve a execução de


procedimentos para obtenção de
evidência de auditoria a respeito dos
valores e divulgações nas
demonstrações contábeis;
- os procedimentos selecionados dependem
do julgamento do auditor, incluindo a avaliação
dos riscos de distorção relevante nas
demonstrações contábeis, independentemente
se causadas por fraude ou erro. Nessas
avaliações de risco, o auditor considera os
controles internos relevantes para a
elaboração das demonstrações contábeis da
entidade para planejar procedimentos de
auditoria que são apropriados nas
circunstâncias, mas não para fins de expressar
uma opinião sobre a eficácia dos controles
internos da entidade.
- a auditoria inclui, também, a avaliação da
adequação das práticas contábeis utilizadas e
a razoabilidade das estimativas contábeis
feitas pela administração, bem como a
avaliação da apresentação das demonstrações
contábeis, tomadas em conjunto.

h) O relatório do auditor independente deve


especificar se o auditor acredita que a
evidência de auditoria obtida pelo auditor é
suficiente e apropriada para fundamentar a
sua opinião.
i) O relatório do auditor independente deve
deve incluir uma seção com o título “Opinião”.

j) O relatório do auditor independente deve ser


assinado.

k) O relatório deve ser datado.


O relatório não pode ter data anterior à data
em que o auditor obteve evidência de auditoria
apropriada e suficiente para fundamentar a
sua opinião.
(ESAF/AFRFB) O Parecer de Auditoria é o
instrumento por meio do qual o auditor independente
comunica sua conclusão acerca das demonstrações
contábeis de uma entidade, tendo caráter
comparativo às demonstrações contábeis referentes
ao exercício anterior. Sobre o Parecer em comento,
assinale a opção incorreta.

a) A responsabilidade sobre a preparação e o


conteúdo das demonstrações contábeis é do auditor
independente.
b) A opinião expressada pelo auditor independente
deve ser obrigatoriamente clara e objetiva.
c) De maneira geral, o relatório é destinado à
diretoria da entidade, seu conselho de
administração e/ou a seus acionistas.

d) A data do relatório deve corresponder à


data da conclusão dos trabalhos na entidade
auditada.

e) O relatório deve ser assinado por


profissional com registro cadastral no
Conselho Regional de Contabilidade
(ESAF/AFRFB) O Parecer de Auditoria é o
instrumento por meio do qual o auditor independente
comunica sua conclusão acerca das demonstrações
contábeis de uma entidade, tendo caráter
comparativo às demonstrações contábeis referentes
ao exercício anterior. Sobre o Parecer em comento,
assinale a opção incorreta.

a) A responsabilidade sobre a preparação e o


conteúdo das demonstrações contábeis é do auditor
independente.
b) A opinião expressada pelo auditor independente
deve ser obrigatoriamente clara e objetiva.
(FCC) Quando o auditor conclui que as
demonstrações contábeis são elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, de acordo com a
estrutura de relatório financeiro aplicável,
deverá expressar uma opinião

a) conclusiva.
b) favorável.
c) não modificada.
d) modificada.
e) idônea.
(FCC) Quando o auditor conclui que as
demonstrações contábeis são elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, de acordo com a
estrutura de relatório financeiro aplicável,
deverá expressar uma opinião

a) conclusiva.
b) favorável.
c) não modificada.
d) modificada.
e) idônea.
OPINIÃO DO
AUDITOR
O relatório de auditoria traz a opinião do auditor
sobre se as demonstrações contábeis foram
apresentadas adequadamente e se apresentam
distorções relevantes.
Essa opinião pode ser:
a) não modificada: o auditor confirmou que as
demonstrações não apresentavam distorções
relevantes.
b) modificada: compreende opinião com ressalva,
adversa ou abstenção de opinião.
A opinião modificada é regulada pela NBC TA 705,
aprovada pela Resolução CFC 1.232/09.
O auditor deve modificar a opinião no seu relatório
quando:

a) ele conclui, com base na evidência de auditoria


obtida, que as demonstrações contábeis, como um
todo, apresentam distorções relevantes (opinião com
ressalva ou adversa); ou

b) o auditor não consegue obter evidência de


auditoria apropriada e suficiente para concluir que as
demonstrações contábeis como um todo não
apresentam distorções relevantes (abstenção de
opinião).
Opinião com ressalva.
O auditor deve expressar uma opinião com ressalva
quando:
a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada
e suficiente, conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas
não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou
b) ele não consegue obter evidência apropriada e
suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas
ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não
detectadas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis poderiam ser relevantes, mas não
generalizados.
Opinião adversa.

O auditor deve expressar uma opinião


adversa quando, tendo obtido evidência
de auditoria apropriada e suficiente,
conclui que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são
relevantes e generalizadas para as
demonstrações contábeis.
Efeitos generalizados sobre as demonstrações
contábeis são aqueles que, no julgamento do auditor:

a) não estão restritos aos elementos, contas ou itens


específicos das demonstrações contábeis;

b) se estiverem restritos, representam ou poderiam


representar uma parcela substancial das
demonstrações contábeis; ou

c) em relação às divulgações, são fundamentais para


o entendimento das demonstrações contábeis pelos
usuários.
Abstenção de opinião.

O auditor deve abster-se de expressar


uma opinião quando não consegue obter
evidência de auditoria apropriada e
suficiente para suportar sua opinião e ele
conclui que os possíveis efeitos de
distorções não detectadas, se houver,
sobre as demonstrações contábeis
poderiam ser relevantes e
generalizadas.
(ESAF) Quando o Auditor Independente
verificar a existência de efeitos que, isolada ou
conjugadamente, forem de tal relevância que
comprometam o conjunto das demonstrações
contábeis, deve emitir relatório
a) com abstenção de opinião por limitação na
extensão.
b) com opinião adversa.
c) sem ressalva.
d) com ressalva.
e) com abstenção de opinião por incertezas.
(ESAF) Quando o Auditor Independente
verificar a existência de efeitos que, isolada ou
conjugadamente, forem de tal relevância que
comprometam o conjunto das demonstrações
contábeis, deve emitir relatório
a) com abstenção de opinião por limitação na
extensão.
b) com opinião adversa.
c) sem ressalva.
d) com ressalva.
e) com abstenção de opinião por incertezas.
(CESGRANRIO) Quando o auditor obtém
evidência de auditoria apropriada e suficiente e
conclui que as distorções, individualmente ou
em conjunto, são relevantes e generalizadas
para as demonstrações contábeis, deve
manifestar, no relatório de auditoria, conforme
regulamenta a legislação em vigor, a opinião
a) com ressalva
b) sem ressalva
c) verídica
d) adversa
e) diversa
(CESGRANRIO) Quando o auditor obtém
evidência de auditoria apropriada e suficiente e
conclui que as distorções, individualmente ou
em conjunto, são relevantes e generalizadas
para as demonstrações contábeis, deve
manifestar, no relatório de auditoria, conforme
regulamenta a legislação em vigor, a opinião
a) com ressalva
b) sem ressalva
c) verídica
d) adversa
e) diversa
EVENTOS SUBSEQUENTES
São o fatos contábeis de relevância, favoráveis
ou desfavoráveis, que ocorrerem no período
entre a data do término do exercício social e a
de emissão do parecer.

O auditor deve procurar identificá-los e levá-los


em consideração, quando relevantes.

Entre os procedimentos para identificação de


eventos subsequentes, temos:
a) leitura de atas de reunião de acionistas, do
Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da
Diretoria, realizadas após o período das
demonstrações.

b) leitura de eventuais demonstrações contábeis


intermediárias posteriores às auditadas.

c) Indagação ao departamento jurídico sobre ações


judiciais.

d) Indagação à Administração sobre a ocorrência de


evento subsequente relevante (carta de
responsabilidade).
FRAUDES E ERROS
A responsabilidade primária na prevenção e
identificação de fraude e erros é da administração da
entidade, através da implementação e manutenção
de adequado sistema contábil e de controle interno.
Entretanto o auditor deve planejar seu trabalho de
forma a detectar fraudes e erros que impliquem
efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
a) fraude: o ato intencional de omissão ou
manipulação de transações, adulteração de
documentos, registros e demonstrações contábeis;
b) erro: ato não intencional resultante de omissão,
desatenção ou má interpretação de fatos na
elaboração de registros e demonstrações contábeis.
O auditor pode aceitar registros e documentos como
genuínos, a menos que tenha razão para crer no
contrário. Contudo, exige-se que o auditor considere a
confiabilidade das informações a serem usadas como
evidências de auditoria (NBC TA 500 – Evidência de
Auditoria, itens 7 a 9). Em casos de dúvida a respeito da
confiabilidade das informações ou indicações de possível
fraude (por exemplo, se condições identificadas durante a
auditoria fizerem o auditor crer que um documento pode
não ser autêntico ou que termos de documento podem
ter sido falsificados), as normas de auditoria exigem que
o auditor faça investigações adicionais e determine que
modificações ou adições aos procedimentos de auditoria
são necessários para solucionar o assunto (NBC TA 240,
item 13; NBC TA 500, item 11; e NBC TA 505 –
Confirmações Externas, itens 10, 11 e 16).
A fraude pode envolver esquemas sofisticados e
cuidadosamente organizados para sua ocultação.
Portanto, os procedimentos de auditoria aplicados
para coletar evidências de auditoria podem ser
ineficazes para a detecção de distorção relevante
que envolva, por exemplo, conluio para a
falsificação de documentação que possa fazer o
auditor acreditar que a evidência de auditoria é
válida quando ela não é. O auditor não é treinado
nem obrigado a ser especialista na verificação de
autenticidade de documentos.
NBC PA 01 – CFC Resolução 1.201/09 - Controle
de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e
Físicas) de Auditores Independentes:

Esta Norma trata das responsabilidades do auditor


(pessoa jurídica ou pessoa física, doravante
referido como firma) por seu sistema de controle de
qualidade para auditorias e revisões de
demonstrações contábeis, assim como outros
trabalhos de asseguração e serviços correlatos.
Esta Norma deve ser lida juntamente com as
exigências éticas relevantes.
Esta Norma se aplica a todas as firmas (pessoas
jurídicas e pessoas físicas) com relação a
auditorias e revisões de demonstrações contábeis,
outros trabalhos de asseguração e serviços
correlatos. A natureza e extensão das políticas e
procedimentos desenvolvidos por firma
individual para cumprir com esta Norma dependem
de diversos fatores, como o porte e as
características operacionais da firma, e se ela faz
parte de uma rede.
O objetivo da firma é estabelecer e manter um
sistema de controle de qualidade para obter
segurança razoável que:
(a) a firma e seu pessoal cumprem as normas
técnicas e as exigências regulatórias e legais
aplicáveis; e
(b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e
demais relatórios emitidos pela firma e pelos sócios
encarregados do trabalho são apropriados nas
circunstâncias.
A firma deve estabelecer e manter um sistema de controle de
qualidade que inclua políticas e procedimentos que tratam dos
seguintes elementos:
(a)responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;
A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para
promover uma cultura interna que reconheça que a qualidade é
essencial na execução dos trabalhos. Essas políticas e
procedimentos devem requerer que o presidente da firma
(sócio-gerente ou equivalente) ou, se apropriado, a diretoria
executiva da firma (ou equivalente), assuma a
responsabilidade final pelo sistema de controle de qualidade da
firma A firma deve estabelecer políticas e procedimentos de
modo que qualquer pessoa a quem o presidente ou a diretoria
executiva atribui a responsabilidade operacional pelo sistema
de controle de qualidade tenha experiência e capacidade
suficiente e apropriada e autoridade necessária, para assumir
essa responsabilidade
(b) exigências éticas relevantes;

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para


fornecer segurança razoável de que a firma e seu
pessoal cumprem as exigências éticas relevantes.
A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para
fornecer segurança razoável de que a firma, seu
pessoal e, quando aplicável, outras pessoas sujeitas a
requisitos de independência (incluindo pessoal de firma
da mesma rede) mantêm a independência requerida por
exigências éticas relevantes. Essas políticas e
procedimentos devem permitir à firma:
I- comunicar seus requisitos de independência a
seu pessoal e, quando aplicável, às outras
pessoas sujeitas a elas; e

II - identificar e avaliar circunstâncias e relações


que criam ameaças à independência, e tomar as
medidas apropriadas para eliminá-las ou reduzi-
las a um nível aceitável, mediante a aplicação de
salvaguardas ou, se considerado apropriado,
retirar-se do trabalho, quando esta retirada é
permitida por lei ou regulamentação
(c) aceitação e continuidade do relacionamento com
clientes e de trabalhos específicos;
A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para a
aceitação e continuidade do
relacionamento com clientes e de trabalhos específicos,
projetados para fornecer à firma
segurança razoável de que aceitará ou continuará esses
relacionamentos e trabalhos, apenas nos casos em que a
firma:
(I) é competente para executar o trabalho e possui
habilidades, incluindo tempo e recursos, para isso (ver
itens A18, A23);
(II) consegue cumprir as exigências éticas relevantes; e
(III) considerou a integridade do cliente, e não tem
informações que a levariam a concluir que o cliente não é
íntegro (ver itens A19, A20, A23).
(d) recursos humanos;
A firma deve estabelecer políticas e procedimentos
para fornecer segurança razoável de que ela
possui pessoal suficiente com competência,
habilidade e compromisso com os princípios éticos
necessários para:
(a) executar trabalhos de acordo com normas
técnicas e exigências regulatórias e legais
aplicáveis; e
(b) permitir à firma ou aos sócios encarregados do
trabalho emitir relatório de auditoria ou outros tipos
de relatórios apropriados nas circunstâncias (ver
itens A24 a A29).
(e) execução do trabalho;
A firma deve estabelecer políticas e procedimentos
para fornecer segurança razoável de que os trabalhos
são executados de acordo com normas técnicas e
exigências regulatórias e legais aplicáveis, e que a
firma e o sócio encarregado do trabalho emite
relatórios de auditoria ou outros relatórios apropriados
nas circunstâncias. Essas políticas e procedimentos
devem incluir:
(I) assuntos relevantes para promover consistência na
qualidade da execução dos trabalhos (ver itens A32 e
A33);
(II) responsabilidades pela supervisão (ver item A34);
e
(III) responsabilidades pela revisão (ver item A35).
(f) monitoramento.

Monitoramento das políticas e procedimentos de


controle de qualidade da firma.
A firma deve estabelecer um processo de
monitoramento para fornecer segurança razoável de
que as políticas e os procedimentos relacionados com
o sistema de controle de qualidade são relevantes,
adequados e estão operando de maneira efetiva. Esse
processo deve:
(I) incluir a contínua consideração e avaliação do
sistema de controle de qualidade da firma, incluindo,
de modo cíclico, a inspeção de, pelo menos, um
trabalho concluído para cada sócio encarregado de
trabalho;
(II) requerer que a responsabilidade pelo processo
de monitoramento seja atribuída a um ou mais
sócios, ou a outras pessoas com experiência e
autoridade suficientes e apropriadas na firma para
assumir essa responsabilidade; e

(III) requerer que as pessoas que executam o


trabalho ou a revisão do controle de qualidade do
trabalho não estejam envolvidas na inspeção
desses trabalhos

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