Teoria Politica Contemporânea Professor: Rafael Mesquita Alunos: Adenauer Araujo Joana Caroline Kleber Nunes Histórico do Autor
• Amartya Sem, nasceu em 03 de novembro de 1933, na Índia; é
professor de economia e filosofia em Harvard, até 2004 foi o Master of Trinity College em Cambridge; • Alguns Prêmios : • Premio internacional Catalunha (1997) • Nobel em Economia (1998) • Bharat Ratna (India – 1999) • Medalha Nacional de Humanidades (2011) • Premio Johan Skytte ( 2017)
Campo principal de atuação : Economia;
Escreveu mais de 400 artigos sobre temas, como a teoria da escolha social, economia de bem estar social, desenvolvimento econômico, escassez e fome, filosofia ética, moral, legal e social, entre outros . Ideias Principais do Autor
• Pesquisou profundamente a grande fome que atingiu a cidade
de “Bengala” em 1943. Desenvolveu as suas próprias ideias sobre esse tema, “a Fome”. Suas pesquisas decorrem do seu interesse em questões de distribuição e, em particular de membros mais pobres da sociedade. Através de seus estudos sobre a fome criou-se uma compreensão mais profunda das razões econômicas por traz da fome e da pobreza, a justiça, a desigualdade social, a ética e o desenvolvimento. Dedicou-se também ao tema da “liberdade humana”. Para ele, a liberdade não tem apenas a ver com os direitos teóricos, mas significa ter acesso e oportunidades às coisas a que damos importância, como um simples ato de “escolha” . Formas de Privação de Liberdades
• Fomes coletivas
• Pouco acesso a serviços de Saúde
• Falta de saneamento Básico e/ou Agua tratada
• Liberdade Politica e os direitos civis básicos
• Insegurança econômica (ausência de direitos e
liberdades democráticas) Processos e Oportunidades
A privação de liberdade pode surgir em razão de processos
inadequados (como a violação do direito ao voto ou de outros direitos políticos ou civis), ou de oportunidades inadequadas que algumas pessoas têm para realizar o mínimo do que gostariam (Incluindo a ausência de oportunidades elementares, como escapar da morte prematura, morbidez instável ou fome involuntária)
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Dois papeis da Liberdade
• Ter mais liberdade para fazer as coisas que são
justamente valorizadas
• Ter mais liberdade, melhora o potencial das pessoas
para cuidar de si mesma e para influenciar o mundo em questões centrais para o processo de desenvolvimento Sistemas avaliatórios: Rendas e Capacidades
• O papel da renda e da riqueza, ainda que seja
importantíssimo, juntamente com outras influencias, tem de ser integrado a um quadro mais amplo e completo de êxito e privação. Pobreza e desigualdade
• É importante observar a pobreza como uma privação de
capacidades básicas, e não apenas como baixa renda
• Morte prematura
• Subnutrição significativa (Especialmente em crianças)
• Morbidez persistente
• Analfabetismo Renda e Mortalidade
• Neste tópico o autor apresenta exemplos, onde nem sempre a
renda é sinônimo de qualidade de vida e/ou longevidade, ele toma como exemplo os afrodescendente norte-americanos, que apesar de ter uma renda menor que os brancos daquele país, a renda deles é bem superior de moradores de países do chamado terceiro mundo, no caso em questão a Índia e China. Nesses países as pessoas de baixa renda, tendem a ter uma vida mais longa do que os afrodescendentes norte-americanos, mesmo com um padrão rende bem maior, no entanto no que diz respeito a faixa etária de menor valor, os afrodescendentes norte-americanos tem mais chance de chegar a maioridade, ou seja a mortalidade infantil nesses países é maior do que nos Estados unidos, por razoes obvias. • A mortalidade infantil menor nos estados unidos, é fácil explicar, mais a longevidade menor, é danado.
• O autor apresenta outro dado interessante, “Portanto, o fato
não é apenas que os negros norte – americanos sofrem uma privação relativa em termos de renda per-capita, em relação aos brancos norte-americanos, mas também que eles apresentam uma privação absoluta maior do que os indianos que tem baixa renda” Liberdade, Capacidade e a qualidade de vida • De acordo com o texto anterior, a capacidade de sobreviver em vez de sucumbir à morte prematura, é obviamente uma liberdade significativa, no entanto neste contexto, existe muitas outras liberdades que também são importantes. Para o autor a liberdade substantiva é tão importante quanto a liberdade formal. Pois podemos ter a liberdade como possibilidade/permissibilidade, autorização, que é a liberdade, ou seja a liberdade formal, perante a lei, de não ser proibido. Ocorre que não adianta ter a permissão para fazê-lo/pratica-lo, se o indivíduo não está capacitado para tal, não lhe é oferecido condições para exercer a liberdade substantiva. • A autorização, não capacita necessariamente o indivíduo a realizar. A capacidade de fazer, não no sentido de autorização jurídica, mas de ter possibilidades substanciais, de realizar usufruir, a liberdade real, de fato, substantiva. O autor, indica ouro olhar, na relação liberdade substantiva e qualidade de vida, o qual se concentra no modo como as pessoas vivem, as escolhas que têm e não apenas nos recursos, ou renda que dispõem. Nesta parte do texto o autor cita pensadores como Adam Smith, entre outros, e para mim ficou entendido que a liberdade substantiva, não está diretamente relacionada a poder aquisitivo, pois depende também das escolhas que os indivíduos faze sobre a sua qualidade de vida. Mercado e liberdade
• Nesta parte do texto o autor elabora a tese de que, o mercado
deve ser livre para que as pessoas possam realizar as transações que desejarem, sem impedimentos, que os mercados “expandem a renda, a riqueza e as oportunidades econômicas das pessoas” segundo ele as restrições arbitrarias ao mercado pode podem resultar em privações. O autor é enfático que as restrições do mercado, restringem diretamente a expansão das liberdades substantivas, que teriam sido geradas pelo próprio sistema de mercado. Fala também que, segundo, Adam Smith, o mercado financeiro merece ser controlado, pois torna-se improdutivo, nos dias de hoje percebemos isso, por razoes obvias, o mercado financeiro, principalmente o especulativo, aquele que anda de pais em pais, contribui, além de ganhos monetários ao dono do capital, mais miséria nos países onde eles atuam. • Ocorre que entendemos que numa economia como a brasileira, esta liberdade geral no mercado, não proporciona mais liberdade substantiva ao contrário, promove mais desigualdade social e mais miséria as pessoas de baixa renda, considerando a enorme desigualdade social que impera no nosso pais, entendemos que em nações, onde as diferenças sociais não sejam tão vergonhosa, como a nossa, entendo que poderemos considerar que um mercado livre de amarras, poderá sim promover mais liberdades substantivas, na sociedade. Tem uma passagem no texto que diz: “Negar às pessoas as oportunidades econômicas e as consequências favoráveis que os mercados oferecem e sustentam pode resultar em privações”. • Mais adiante o autor retoma a tese, de que a liberdade de mercado, leva a uma eficiência, que num sistema centralizado não ocorreria. Neste contexto ele é categórico a afirmar que as pessoas, trabalhando/produzindo, em regimes de mercados diferentes, ou seja, um livre das amarras do Estado e outro obediente as regras do Estado, mas com rendas produzidas pelo trabalho sendo iguais, essas pessoas prefeririam trabalhar/produzir num regime de liberdade de mercado, a um regime onde o mercado é controlado. No entanto, quando fala em resultados que o mercado pode oferecer, ele aponta duas características de resultado, quais sejam: Resultado de culminância – onde os resultados não levam em conta o processo de obtenção desses resultados e o resultado abrangente – que leva em conta os processos como os resultados de culminância ocorreram • . O autor afirma que “o mérito do sistema de mercado não reside apenas em sua capacidade de gerar resultados de culminância mais eficientes”. Trazemos de novo para o Brasil, onde entendemos que o pais não possui liberdade de escolha, seja para trabalhar, seja para produzir, seja para escolher alguma coisa para comprar, pois entendemos que vivemos numa sociedade tomada pela selvageria mercadológica, considerando que, somos desiguais, temos uma educação formal, propositalmente deficiente, e temos um mercado completamente selvagem, sendo assim numa economia com as características como a nossa um regime de liberdade total de mercado só serve para agravar e aumentar o abismos social existente em nosso pais. • O autor finaliza sua análise, afirmando que a presença simultânea de mão-de-obra adscriticia e endividamento acarreta uma forma particular de privação de liberdade, em muitas agriculturas pré- capitalistas. Valores e Processo de Valoração
• Neste ponto do texto o autor explora o tema sobre as valorações
das diversas liberdades que possuímos, para ele, como vivenciamos vários tipos de liberdade, neste caso é sim possível avaliar o peso de cada liberdade na vida do indivíduo, qual a liberdade mais importante? Este tipo de valoração decorre que a liberdade pode oferecer ao indivíduo, como vantagens, individuais e progresso social. O autor ressalta ainda que “todas as abordagens estão envolvidas valorações, embora com frequência elas sejam feitas implicitamente”. A quem defenda utilizar índices mecânicos para medir a valoração da liberdade. • Cita ainda, um exemplo, de como um tipo de liberdade pode permitir que os indivíduos participem mais nas escolhas e prioridades que influenciarão no habitual de uma sociedade, a liberdade política, este tipo de liberdade permite sim que os cidadãos escolham o que querem para o seu cotidiano. Mas, e essa liberdade tem um maior valor que outros tipos de liberdade? O texto não deixa claro isso, mas entendemos que a valoração das liberdades tem de ser medida por quem as usa, cada um tem que valorar e defender qual liberdade é mais importante para si. Tradição, cultura e Democracia
• Nesta parte do texto, o autor faz uma critica aquelas sociedades
onde a tradição é colocada sempre em primeiro lugar, em detrimento de desenvolvimento econômico, social e até diminuição na expectativa devida dos cidadãos, e esta decisão sendo tomada monocraticamente, para o autor este tipo de escolha, deve ser decidido pelas pessoas envolvidas e não por um líder religioso, ou um ditador, por exemplo. Ocorre que em muitas situações o atual modelo de desenvolvimento econômico, pode na realidade, ser danoso a um país, considerando que pode conduzir a eliminação de suas tradições e herança cultural. No contexto de liberdade, tirar da sociedade envolvida nessa situação a oportunidade de ela escolher qual o caminho a seguir, configura uma privação de liberdade. • . Na disputa entre manter a tradição e/ou atingi-la em prol da modernidade, entendemos que poderíamos sociedade e Estado, para se abrir um meio termo, é fato que alguns grupos fundamentalistas radicais, levam seus ritos e tradições, até a ultima consequências, vide os Talibãs, quando proíbem meninas de estudarem, no entanto só observamos que essas restrições de liberdade, em prol de uma possível tradição está mais encrustada nos grupos religiosos fundamentalistas. • Liberdade, seja ela real ou abstrata,