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CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

DEPARTAMENTO DE AGROECOLOGIA E AGROPECUÁRIA


PROFESSORA: JANIELLY S. COSTA MOSCÔSO

Cultura da soja (Glycine max L.):


plantio à colheita

Lagoa seca-PB
Dezembro de 2018
Introdução
 Nativa da Ásia

 Introduzida no Brasil no século XIX (Hoje 2º


maior produtor)

 Estados Unidos, Brasil, Argentina, China, Índia,


Paraguai e Canadá maiores produtores

 Principal oleaginosa cultivada no mundo


Introdução
 Estados do Mato Grosso, Paraná e Rio Grande
do Sul são os líderes de produção nacional. No
Nordeste se destaca a Bahia
Introdução
Introdução
 Proteína da soja: ingredientes de padaria,
massas, produtos de carne, cereais, misturas
preparadas, bebidas, alimentação para bebês,
confecções e alimentos dietéticos

 Soja integral: Soja esponjada, sementes, brotos


de soja, alimentação para o gado, soja
vaporizada, manteiga de soja, cereal de soja

 Óleo cru: Óleo refinado e Lecitina


Introdução
 Óleo refinado:

Fonte: https://www.agroads.com.br

 Lecitina

Fonte: https://www.saborama.com.br
Descrição botânica e morfológica
 Família: Leguminosae; Nome cientifico: Glycine max L.
 Anual, herbácea. Sistema radicular formado pela raiz
primária e um grande número de raízes secundárias
distribuídas ao longo da raiz primária alojam bactérias
simbióticas, nitrificantes e formadores de nódulos

Fonte: https://www.portalsyngenta.com.br Fonte: https://www.portalsyngenta.com.br


Descrição botânica e morfológica
 Caule chamado de haste com entrenós e nós onde se
inserem folhas, vagens, ramos e pêlos unicelulares
 As folhas variam de tamanho e forma conforme o seu
posicionamento, coloração verde escura

Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br Fonte: https://www.portalsyngenta.com.br


Descrição botânica e morfológica
 Flores: Cálice tubular com cinco sépalas e pétalas (uma
estandarte) com autofecundação, branca ou púrpura
inflorescências (duas a mais de 30 flores) localizadas nas
axilas das folhas
 Frutos: Vagem (legume), levemente curvada ou reta,
ovalada a achatada ou quase cilíndrica, cor amarelo palha,
tons de marrom e preto, com uma a cinco sementes (três)

Fonte: https://www.portalsyngenta.com.br

Fonte: http://www.dirceugassen.com
Fenologia
 Vegetativo e Reprodutivo

Fonte: http://phytusgroup.com
Condições de clima e solo
 Clima
 Origem clima temperado, adapta-se bem em clima tropical
e subtropical (20 a 35 °C)
 Precipitação de 700 a 1.200 milímetros
 Temperaturas abaixo de 20 °C (germinação e emergência
das plantas comprometidas)
 Temperaturas acima de 35 °C (efeito adverso na taxa de
crescimento, danos à floração, diminuição na capacidade
de retenção das vagens e aceleramento da maturação
com diminuição da qualidade da semente)
Condições de clima e solo
 Solos
 Boa estrutura, drenagem adequada, boa capacidade de
retenção de água
 Faixa de pH 5,5 a 6,0 (necessidade de calagem no
Cerrado)
 Teores de argila de 15 a 35%, solos com argila expansiva
(tipo montmorilonita) devem evitar
 Topografia plana e suave, declives até 12%
 Profundidades superiores a 50 cm, percentuais de argila
acima de 35%

Fonte: http://www.cesbrasil.org.br
Preparo do solo
 No Brasil predomina (Plantio direto): manutenção da
cobertura do solo, ausência de revolvimento e a rotação de
culturas
 Preparo mínimo com implementos de escarificação
 Preparo convencional
 Importante análise de solo e calagem

Fonte: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br

Fonte: https://www.comprerural.com
Semeadura
 Profundidade de semeadura de 2,5 a 5,0 cm

 Espaçamentos de 20 a 50 cm entre as fileiras

 População de 300.000 plantas por hectare ou 30


plantas por metro quadrado

 Inoculação das sementes com bactérias do


gênero Bradyrhizobium (grupo rizóbio) para a
FBN
Época de plantio
 Depende da região produtora

Fonte: CONAB, 2018


Rotação e consorciação
 Imprescindível para o SPD: Inverno (trigo, cevada e aveia
branca), Verão (milho, sorgo, algodão e girassol). Algumas
áreas do sul (Soja em várzea Arroz-Soja)

 Consorciação com espécies forrageiras (Braquiária) ou


com milho. Ou consorcio das espécies forrageiras com as
espécies utilizadas na rotação.

Fonte: https://www.embrapa.br
Cultivares
 Ciclos: Superprecoce (<100 dias), precoce (101 a 115),
semiprecoce (116 a 125), médio (126 a 135), semitardio
(136 a 145), tardio (146 a 155), supertardio (>155).
 Crescimento determinado ou indeterminado.
 Cultivares convencionais e Melhoradas: transgênica
(RR), transgênica (Intacta RR2 PROTM).
 Zoneamento agrícola da cultura para cada região do país

Fonte: https://www.embrapa.br/soja/cultivares
Tratos culturais
 Adubação:
 Calagem com calcário dolomítico a lanço e incorporado ou
na linha de semeadura
 Fósforo e Potássio: Dependem da análise do solo
 Nitrogênio: não há necessidade de aplicar fertilizante
nitrogenado na soja (inoculação das sementes com
bactérias contendo estirpes das espécies
Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii)

Fonte: https://www.embrapa.br/soja/cultivares
Tratos culturais
 Adubação:
 Adubação orgânica: Não é muito difundida (necessidade
de grandes quantidades desses materiais para haver
ganho na produtividade)
 Alguns trabalhos com: Esterco de gado, dejetos líquidos
de suínos ou cama de aviário
 Adubação verde: A soja pode ser utilizada como adubo
verde por apresentar elevadas quantidades de biomassa
e nutrientes

Fonte: Blanco, 2015


Aplicação de dejeto líquido de suíno
Tratos culturais
 Controle de daninhas
 Medidas preventivas: usar sementes certificadas, limpar
cuidadosamente o equipamento de uso agrícola, como
tratores, arados, semeadoras e colhedoras, tomar
cuidados especiais na movimentação e no manejo de
animais de pastejo.
 Método cultural: usar espaçamentos de 35 a 50 cm
(sombreamento do solo), uso de rotação cultural, cobertura
do solo através de consorcio com plantas forrageiras .
 Método mecânico: capinadoras mecânicas com a
primeira capina 20 d.a.e. e a segunda entre 25 e 35.
 Método químico: Herbicidas de pré-semeadura
incorporados (PSI), pré-emergência (PRÉ), pós-
emergência (PÓS)
 Efeito de restos culturais: muitas espécies de daninhas
não germinam quando cobertas por uma camada uniforme
de palha, mais comuns no sul do Brasil são Aveia preta e
Azevém
Tratos culturais
 Doenças da soja
 Mancha parda - Septoria glycines; Crestamento foliar de
Cercospora - Cercospora kikuchii; Antracnose -
Colletotrichum truncatum; Mancha alvo - Corynespora
cassiicola; Ferrugem - Phakopsora pachyrhizi;
Nematoides - Heterodera glycines, Pratylenchus
brachyurus, Meloidogyne spp, Rotylenchulus reniformis

Fonte: http://phytusgroup.com
Tratos culturais
 Doenças da soja
 uso de cultivares resistentes ou moderadamente
resistentes
 tratamento químico de sementes
 incorporação de restos culturais
 rotação da soja com espécies não suscetíveis, como o
milho ou milheto
 Manter a fertilidade do solo e um bom estado nutricional na
da planta
 Semeadura na época adequada
 Aplicação preventiva de fungicida
Tratos culturais
 Pragas da soja
 Pragas-chave

Fonte: https://www.agrolink.com.br

Tamanduá-da-soja Lagarta-da-soja Lagartas falsas-


(Sternechus subsignatus) (Anticarsia medideiras (Pseudoplusia
gemmatalis) includens e Rachiplusia
nu)

Percevejo-verde Percevejo verde Percevejo marrom


(Nezara viridula) pequeno (Piezodorus (Euschistus heros)
guildinii)
Tratos culturais
 Pragas da soja
 Pragas eventuais

Fonte: https://www.agrolink.com.br

Broca-das-axilas Lagarta-das-vagens Spodoptera eridania


(Crocidosema aporema) (Spodoptera cosmioides)

Helicoverpa (Helicoverpa
armigera)
Tratos culturais
 Pragas da soja
 Não se indica a aplicação preventiva de inseticida e sim
realização do MIP (Manejo Integrado de Pragas)

 Realização de amostragem antes de implantar a área com


soja

 Rotação de culturas com plantas não hospedeiras e uso


de culturas-armadilha para o tamanduá-da-soja e outras
pragas de solo

 Época de semeadura correta

 Alternativas de controle biológico de lagartas (Uso de


Baculovirus anticarsia e Bacillus thuringiensis)
Tratos culturais
 Pragas da soja
 Controle por parasitóides de ovos em percevejos
(microhimenópteros Trissolcus basalis e Telenomus podisi)

 Uso de barreira viva

 Uso de cultivares resistentes

 Aplicação de extratos de plantas e uso de armadilhas e


feromônios

 Uso de entomopatógenos (fungos Nomuraea rileyi,


Pandora gammae e Zoophthora radicans para lagarta-da-
soja e lagartas-falsas-medideiras e Beauveria bassiana e
Metarhizium anisopliae para percevejos)
Colheita
 Momento exato de colher (umidade 13% e estádio
fenológico R8)
 Atrasos na colheita causam deterioração por umidade
 Colheita antecipada pode causar esverdeamento de
grãos (altas temperaturas e ocorrência de chuvas na fase
de enchimento do grão)

Fonte: https://www.embrapa.br/soja Fonte: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br


Colheita
 Quatro etapas: corte, trilha, separação das sementes e
limpeza
 Três tipos de colheita: manual, semi-mecanizada e
mecanizada
 Manual: Arranquio ou corte e enleiramento, trilha realizada
por bateção (Desgastante: elevada população de plantas e
talo grosso e fibroso)

Fonte: Araújo, 2016

Fonte: Araújo, 2016


Colheita
 Semi-mecanizada: Corte e arranque manual e a trilha
mecanizada (trilhadeira)

Fonte: https://www.google.com.br

Fonte: http://www.vencedoramaqtron.com.br
Colheita
 Mecanizada: Alta capacidade operacional, reduz uso de
mão-de-obra, cultivo de grandes áreas, necessidade de
uma topografia plana;
 Maquinário com 7 sistema: corte e alimentação, trilha,
separação, limpeza, transporte, armazenamento e
descarga

Fonte: https://www.embrapa.br/soja/cultivares

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