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Capítulo 5, 6 e 7

Análise das
Demonstrações Contábeis
DISCIPLINA: Contabilidade Gerencial
CURSO: Administração
TURMA: 5º Período
DOCENTE: Lívia Miranda

Eunápolis (BA)
Fevereiro de 2016
Observação importante

Estes slides foram elaborados com o


objetivo de facilitar a transmissão dos
conteúdos dos Capítulos 5, 6 e 7 do
Programa de Disciplina.
4 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
5 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
6 ÍNDICES DE ATIVIDADES
7 ÍNDICES DE RENTABILIDADE
5 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
5.1 Capacidade de pagamento a curto prazo;
5.1.1 Índice de Liquidez Corrente (ou Liquidez Comum) (LC);
5.1.2 Índice de Liquidez Seca (LS);
5.2 Capacidade de pagamento a longo prazo;
5.2.1 Índice de Liquidez Geral (LG);
5.3 Capacidade de pagamento em prazo imediato;
5.3.1 Liquidez Imediata (LI);

6 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
6.1 Quantidade da dívida (alta, razoável, baixa);
6.2 Qualidade da dívida (boa, razoável, ruim);
6.3 Alguns Indicadores;
6.4 Quantidade X Qualidade da dívida;
6.5 Endividamento e tripé da análise;

7 ÍNDICES DE ATIVIDADES
7.1 Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV);
7.2 Prazo médio de renovação de estoques (PRE);
7.3 Prazo médio de pagamentos de compras (PMPC);
7.4 Posicionamento de atividade;
7.5 Necessidade de capital de giro (NCG)

8 ÍNDICES DE RENTABILIDADE
8.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI);
8.2 Taxa de retorno sobre o patrimônio líquido (TRPL);
8.3 Rentabilidade da Empresa X Rentabilidade do Empresário;
8.4 Análise da Insolvência;
8.4.1 Fator de Insolvência
8.4.2 Termômetro de Insolvência;
Índices de Liquidez
O objetivo do estudo da liquidez é avaliar o grau de
solvência da empresa, ou seja, capacidade financeira
para saldar dívidas.
(SILVA, 2012, p. 138)

Constituem uma apreciação sobre se a empresa tem


capacidade para saudar seus compromissos. Essa
capacidade pode ser avaliada considerando: longo
prazo, curto prazo e prazo imediato.
(MARION, 2012)
Índices de Liquidez - Continuação

Imprescindível que a análise deste índice seja


realizada de forma comparativa com vários períodos e
também com os de seus principais concorrentes,
assim será possível identificar o nível de
comprometimetno do capital de giro, possibilitando
determinar a capacidade de contrair novas obrigações.
(SILVA, 2012)
Liquidez Corrente (CP)
Ativo Circulante
1) L. Corrente = Passivo Circulante

4.815.626
 Cálculo => = 1,,23
3.931.096

 Interpretação => Para cada $ 1,00 de dívida a Curto Prazo (Passivo


Circulante) há $ 1,23 de Dinheiro e Valores que se
transformarão em Dinheiro no CP (Ativo Circulante)

 Conceituação => Quanto maior ,melhor


Liquidez Corrente - CUIDADOS
De maneira geral e isoladamente os índices de LC
superiores a 1,0 são positivos.

Embora 1,23 seja maior que 1, importante observar que


o AC é constituído basicamente de Estoque, o que é mais
lenta a conversão em $. Outro item que compõe o AC que
é importante levar em consideração são os
títulos/duplicatas a receber, são totalmente recebíveis.

Sincronização entre recebimentos e pagamentos.

Critérios de Avaliação de Estoques podem distorcer os


índices.

(MARION, 2012)
Liquidez Seca (CP)

2) Liquidez Seca = Ativo Circulante (-) Estoques


Passivo Circulante

 Se a empresa parasse de vender, coseguiria pagar suas dívidas ?


 Estoque é o item mais manipulável no Balanço.
 O estoque pode se tornar obsoleto (sem mercado).
 O Estoque pode ser perecível, estando sujeito a enchente, incêndio...
Daí ser o índice preferido dos banqueiros. Uma prova para a L.C.

Indicado quando necessitamos saber a capacidade de pagamento da


empresa em situações em que a empresa tem uma rotação de estoques
baixa, o que pode refletir uma má gestão sobre o volume de compras de
material para revenda ou industrialização.
(SILVA, 2012)
Liquidez Geral (LP)
3) Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

LG = 8.600 + 1.400 = 1,25 (Bom Índice)


7.000 + 1.000
Admira que a empresa adquira um novo financiamento de $ 4.000 para
Investimento Imobiliário:

Nova LG = 8.600 + 1.400 = 0,83 (Ruim)


7.000 + 5.000

Por causa do Financiamento houve uma redução de 1,25 para 0,83


Liquidez Geral (LP) Cuidados
 Divergência entre datas de pagamentos e recebimentos,
no LP pode haver distorções. A recomendação é obter a
composição e a finalidade dos créditos a receber e dos
financiamentos de LP para determinar os prazos de
realização dos mesmos.

 Operações com coligadas e controladas e


financiamentos de LP para investimento no Imobilizado,
Investimento e Intangível, podem diminuir a LG e aumentar
o ELP, entretanto não aumentará o AC e o RLP, e
futuramente seu Imobilizado/Investimento/Intangível,
deverá gerar receita (e consequentemente Lucro),
aumentando o AC e melhorando a liquidez no CP e LP.
(MARION, 2012)
Liquidez Imediata (Prazo Imediato)
Disponível
4) Liquidez Imediata Prazo Imediato = Passivo Circulante

Mostra o quanto a empresa possui de recursos imediatamente disponíveis


para liquidar compromissos de curto prazo.
Enquanto as disponibilidades são recursos imediatamente disponíveis,
em contrapartida as obrigações podem ter vencimentos de 15 dias, 30
dias, ou até 365 dias.
(HOJI, 2012.)

De acordo com SILVA (2012, p. 139):


”(...) este índice tem maior significado quando o analisamos
de forma conjunta com o fluxo mensal da empresa, ou
utilizamos a média dos saldos mensais das contas, fugindo
assim, de situações anormais que porventura tenham
ocorrido à véspera do levantamento do balanço.”
Índices de Liquidez
• CORRENTE (CP)
Ativo Circulante
Passivo Circulante
• SECA (CP)
Ativo Circ.(-)Estoques
Passivo Circulante
• IMEDIATA
Disponível
Passivo Circulante
• MEDIATA/Geral (LP)
Ativo Circulante(+)Realizável a Longo a Prazo
Passivo Circulante(+)Exigível a Longo Prazo
• SOLVÊNCIA GERAL
Ativo Total (MARION, 2012)
Passivo Exigível
Índices de Endividamento (Estrutura)
Os Índices de Estrutura demonstra para o analista o quanto à empresa
possui de capitais próprios e de terceiros sendo de grande importância
para avaliar o grau de endividamento que a empresa está e sua
tendência.
Segundo Marion (2012, p.104), "nos informam se a empresa se utiliza
mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários“.

Silva (1999, p.254) concorda, afirmando que "Os índices de estrutura e


endividamento decorrem das decisões estratégicas da empresa,
relacionadas às decisões financeiras de investimento, financiamento e
distribuição de dividendos".

Esses índices de endividamento não só informam para empresa o


quanto se utiliza de capitais de terceiros mas também auxilia na tomada
de decisão para seus investimentos.
Participação de CT sobre Recursos Totais
INDICE FÓRMULA INDICA
• Participação do Capital de Terceiros
Para cada R$ 1,00 de recursos totais , o capital de
s/ Recursos Totais
CT x 100 terceiros participa com R$ X,XX . (% ) dos recursos de
• (Grau de Endividamento)
PL terceiros no finaciamento dos ativos
• (Quantidade da Dívida)

 Retrata a dependência da empresa em relação aos recursos externos.

 Este índice quando é alto, torna a empresa vulnerável a qualquer


intempérie.

 Em média as empresas que vão a falência, indicam endividamento


elevado em relação ao PL.
(MARION 2012)
Participação de CT sobre Recursos Totais - Continuação

Na análise do endividamento, há necessidade de detectar as


características do seguinte indicador:

a) empresas que recorrem a dívidas como um complemento dos capitais


próprios para realizar aplicações produtivas no seu ativo (ampliação,
expansão, modernização, etc.). Este endividamento é sadio, mesmo
sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar
recursos para saldar o compromisso assumido;

a) empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão
vencendo. Por não gerarem recursos para saldar os seus
compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos.
Permanecendo este círculo vicioso, a empresa será uma séria
candidata à insolvência; conseqüentemente, à falência.

MARION, 2012, p. 105-106


Composição do Endividamento
INDICE FÓRMULA INDICA
• Composição do Endividamento • Qual o percentual de obrigações a curto prazo em
• (Qualidade da Dívida) PC relação as obrigações totais; Ou seja
x 100
• Quanto (% ) dos capitais de terceiros vencem no curto
CT
prazo;

Esse índice mostra a participação de dívidas a curto prazo em relação à


exigibilidade total.

As dívidas a curto prazo são aquelas cujos vencimentos ocorrem dentro do


exercício seguinte; já as dívidas a longo prazo (exigível a longo prazo) têm
vencimentos após o término do exercício seguinte, dando uma maior folga
para a empresa.
Composição do Endividamento - Continuação

A proporção favorável seria de maior participação de dívidas a longo prazo,


propiciando à empresa tempo maior para gerar recursos que saldarão os
compromissos. Expansão e modernização devem ser financiadas com
recursos a longo prazo, e não pelo passivo circulante, pois os recursos a
serem gerados pela expansão e modernização virão a longo prazo.

Se a composição do endividamento apresentar uma significativa


concentração no Passivo Circulante (curto prazo), a empresa poderá ter
reais dificuldades num momento de reversão de mercado (o que não
aconteceria se as dívidas estivessem concentradas no longo prazo). Na
crise, ela terá poucas alternativas:
• vender seus estoques na base de uma liquidação forçada a
qualquer preço;
• assumir novas dívidas a curto prazo, que certamente terão juros
altos, o que aumentará as despesas financeiras.
(MARION 2012)
Imobilização do PL
INDICE FÓRMULA INDICA

• Imobilização do Capital Próprio


Ivest + Imob
• (Imobilização do PL) + Intangivel x 100 • Qual a parcela de recursos próprios foi investido em
ativos de natureza permanente (Invest + Imob +
PL
Intang);

Demonstra quanto do Patrimônio Líquido foi investido no grupo do Ativo


Permanente e nos subgrupos Imobilizado, e Investimentos.
Os recursos do Patrimônio Líquido são chamados de recursos próprios,
são recursos dos próprios sócios juntamente com os lucros acumulados da
empresa (se houver), não têm custo nenhum para empresa, já os capitais
de terceiros gera despesas para empresa.

Sendo assim, quanto maior for a utilização do patrimônio líquido no ativo


permanente, pior para ela, pois os recursos aplicados somente no ativo
permanente não irão gerar riqueza para empresa.
Imobilização dos recursos não correntes
INDICE FÓRMULA INDICA
• Imobilização dos Recursos não Ivest + Imob • Quanto de recursos permanentes e de LP está
Correntes + Intangivel x 100 investido em ativos de natureza permanente; ou
• Que percentual de recursos não correntes (PL e
PL + PÑC
ELP) foi destinado aos ativos de natureza permanente.

Silva (2012, p. 146), salienta que:


Quando este indicador for superior a 100%, teremos a evidenciação de que
o PL + ELP não apresenta valor suficiente para cobrir os investimentos no
Imobilizado/Investimentos/Intangível, o que logicamente nos leva a concluir
que estes foram adquiridos com recursos do disponível ou, ainda,
financiados com recursos de terceiros com vencimento no curto prazo,
trazendo reflexo para o nível de liquidez da empresa.

Por outro lado, quando o índice se apresentar igual ou inferior a 100%,


teremos a evidência de que a empresa vem financiando seu Capital de Giro
com recursos de longo prazo.
Garantia do Capital próprio ao de terceiros

INDICE FÓRMULA INDICA


• Garantia do Capital Próprio em • Quanto de capital prório a empresa tem para garantir
Capital de Terceiros PL o capital de terceiros; ou
• Para cada R$ 1,00 de capital de terceiros, a empresa
CT
dispões de XX como garantia.

Consiste no quociente obtido com a divisão do Patrimônio Líquido por


todo o passivo exigível (passivo circulante + passivo exigível a longo
prazo). Isto é, o capital próprio da empresa dividido pelo capital de
terceiros.
Este índice indica, em termos percentuais, o volume de recursos próprios
da empresa em relação a sua dívida total. Quanto maior, melhor.

É o contrário do Grau de Endividamento


Índices de Endividamento (Estrutura)
INDICE FÓRMULA INDICA
• Participação do Capital de Terceiros
Para cada R$ 1,00 de recursos totais , o capital de
s/ Recursos Totais
CT x 100 terceiros participa com R$ X,XX . (% ) dos recursos de
• (Grau de Endividamento)
PL terceiros no finaciamento dos ativos
• (Quantidade da Dívida)
• Composição do Endividamento • Qual o percentual de obrigações a curto prazo em
• (Qualidade da Dívida) relação as obrigações totais; Ou seja
PC x 100 • Quanto (% ) dos capitais de terceiros vencem no curto
CT prazo;

• Imobilização do Capital Próprio Ivest + Imob • Qual a parcela de recursos próprios foi investido em
• (Imobilização do PL) + Intangivel x 100 ativos de natureza permanente (Invest + Imob +
PL Intang);
• Imobilização dos Recursos não Ivest + Imob • Quanto de recursos permanentes e de LP está
Correntes
+ Intangivel x 100 investido em ativos de natureza permanente; ou
• Que percentual de recursos não correntes (PL e
PL + PÑC ELP) foi destinado aos ativos de natureza permanente.
• Garantia do Capital Próprio em • Quanto de capital prório a empresa tem para garantir
Capital de Terceiros o capital de terceiros; ou
PL
• Para cada R$ 1,00 de capital de terceiros, a empresa
CT dispões de XX como garantia.
Índices de Atividade
Através dos Índices de Atividade, conforme Marion (2012, p.120), estuda-
se "quantos dias a empresa demora, em média, para receber suas vendas,
para pagar suas compras e para renovar seu estoque".

Marion (2012, p.120) também afirma que "Para fins de análise, quanto
maior for a velocidade de recebimento de vendas e renovação de estoque,
melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras,
desde que não corresponda a atrasos, melhor".

Os Índices de Atividade faz com que o analista visualize o ciclo operacional


e financeiro da empresa. Esses ciclos consistem no prazo em que a
empresa demora para receber suas vendas, pagar suas compras e
renovar seu estoque, sendo que quanto mais rápido for o recebimento das
vendas e a renovação do estoque e quanto mais tempo tiver para pagar
suas compras, melhor para a empresa.
Índices de Atividade

5.3.1 Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV);

5.3.2 Prazo médio de renovação de estoques (PRE);

5.3.3 Prazo médio de pagamentos de compras (PMPC);

5.3.4 Posicionamento de atividade;

5.3.5 Necessidade de capital de giro (NCG)


Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV);
PMRV = 360 dias X Duplicatas a Receber
Vendas Brutas

O objetivo deste índice é indicar quantos dias, em média, a empresa


demora para receber os valores dos produtos vendidos.

Para calcular o Prazo Médio de Recebimento de Vendas, deve-se


considerar o total das vendas realizadas, não somente as vendas a
prazo.

Com relação à interpretação deste índice, concluímos que quanto maior


for seu resultado, pior para a empresa, pois ela terá que esperar mais
tempo para receber suas vendas, tendo o risco de precisar pagar suas
compras antes de ter recebido.
(MARION, 2012)
Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV) – Continuação

PMRV = 360 dias X Duplicatas a Receber


Vendas Brutas

PMRV = 360 dias X 220.000 = 99 dias


800.000

A empresa espera, em média, 99 dias para receber suas vendas


Prazo médio de renovação de estoques (PRE);

PMRE = 360 dias X Estoques


Custo das Vendas

Através deste índice é avaliado quanto tempo a empresa demora para


renovar seus estoques, ou seja, a quantidade de dias em que os
produtos ficam estocados na empresa antes deles serem
comercializados.

Por isso quanto maior for o tempo que o produto permanece em


estoque, pior para a empresa, pois ela estará tendo despesas para
estocar esses produtos se não renová-los com rapidez. Embora, deve-
se analisar este índice juntamente com os índices de pagamento e
recebimento, a fim de conhecer o ciclo financeiro da empresa.
Prazo médio de renovação de estoques (PRE) - Continuação

PMRE = 360 dias X Estoques


Custo das Vendas

PMRE = 360 dias X 420.000


650.000

Em média, a cada 232 dia, a empresa renova/vende seu estoque


Prazo médio de pagamentos de compras (PMPC);

PMPC = 360 dias X Fornecedores


Compras

O prazo médio de pagamento das compras demonstra quanto tempo a


empresa demora para pagar suas compras, ou seja, quantos dias ela terá
de prazo para pagar seus fornecedores. Esse índice é favorável para
empresa quando o prazo de recebimento das vendas for inferior ao prazo
de pagamento das compras.

Portanto este índice faz com que o analista visualize, quanto maior for o
prazo para pagamento das compras, melhor para a empresa, desde que
não esteja englobados neste tempo os atrasos com seus fornecedores.
Prazo médio de pagamentos de compras (PMPC) - Continuação;

PMPC = 360 dias X Fornecedores


Compras

PMPC = 360 dias X 220.000


680.000

Em média, a empresa demora 116 dias para pagar suas compras


Posicionamento de Atividade (Posição Relativa);
PA = PMRE + PMRV
PMPC
Demonstra se a empresa está conseguindo financiar suas compras, ou
se necessita de capital de fornecedores.

PA = 232 dias + 99 dias = 2,85 (totalmente desfavorável)


116 dias

O ideal seria que esse índice se aproximasse de 1, ou de valor menor que


1.
Neste caso, a empresa demora para vender (PMRE) e, para receber suas
vendas (PMRV), o prazo exagerado de 331 dias (232+99). O prazo de
quase 1 ano é seu ciclo operacional. Por outro lado, em 116 dias paga
suas compras.
A empresa, ainda nem vendeu (PMRE=232 dias) e já precisou pagar
salário, aluguel, etc. Isso evidencia problemas de capital de Giro.
Necessidade de Capital de Giro;
A análise de capital de giro é de grande importância e utilidade, pois auxilia
no conhecimento da situação financeira da empresa.

No que se refere a capital de giro, está diretamente ligado o CCL (Capital


Circulante Líquido), que é a diferença entre o ativo circulante e o passivo
circulante.
CCL = AC – PC

A necessidade de capital de giro é resultado da diferença entre o ativo


circulante cíclico (operacional) e o passivo circulante cíclico (operacional),
ou seja, os investimentos que a empresa deve efetuar menos os seus
financiamentos.

NCG = ACO - PCO


Necessidade de Capital de Giro - Continuação

Exemplo:

Ativo Circulante Passivo Circulante


Duplicatas a Receber 220.000,00 Fornecedores 220.000,00
Estoques 420.000,00 Salários a Pagar 40.000,00
640.000,00 260.000,00

NCG = ACO - PCO


NCG = 640.000 – 260.000
NCG = 380.000
Índices de Rentabilidade

A rentabilidade mostra quanto o capital investido rendeu,


indicando assim qual a situação econômica da empresa.
Assim, os índices de rentabilidade e retorno tornam-se
preponderantes para uma análise mais cuidadosa e detalhada
do real desempenho de um empreendimento.

Os índices de rentabilidade são calculados, geralmente, sobre


as Receitas Líquidas , mas em alguns casos, pode ser
interessante calcular sobre as Receitas brutas deduzidas
somente das Vendas.
Os índices de rentabilidade são de interesse dos sócios que,
através deles, verificam a remuneração do capital aplicado.
Índices de Rentabilidade - Continuação
MARGEM DE LUCRO SOBRE AS VENDAS

Também chamada de Margem Operacional por alguns


autores, visa comparar o lucro com as vendas (líquidas,
preferencialmente).

Importante destacar que existe uma distinção entre Margem


Bruta, Margem Operacional e Margem Líquida.

O acompanhamento da evolução destes quocientes é


fundamental. Mais importante ainda deve ser sua comparação
com o setor no qual a empresa está inserida.
Índices de Rentabilidade - Continuação

INDICADORES ECONÔMICOS

• Demonstração do Resultado do Exercício;

• Taxa de Retorno sobre o Investimento


(ROI – Return on Investiment)

• Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido


(ROE – Return on Equity)
Índices de Rentabilidade - Continuação

TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO


Lucro Líquido
a) Fórmula = 0,20
Ativo Total

Para cada $ 1,00 investido na


b) Interpretação empresa, há um ganho de $ 0,20.
Payback = 1/TRI Haverá uma
demora de 5 anos para que a
empresa obtenha de volta seu
investimento.
Índices de Rentabilidade - Continuação

TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMONIO LÍQUIDO


Lucro Líquido
a) Fórmula = 0,25
Patrimônio Líquido
Para cada $ 1,00 investido pelo
proprietário, há um ganho de $
b) Interpretação 0,25
Payback = 1/TRPL Haverá uma
demora de 4 anos para que o
proprietário obtenha de volta
seu investimento.
Índices de Rentabilidade - Continuação

TRI X TRPL

• Lucro Líquido $ 185.162


A P
Circulante Capital de 3°s50185.000
220.000 CIRCULANTE
Permanente 705.744 PL 740.644
TOTAL 925.744 TOTAL 925.744

A
• Empréstimo de $P700.000
• Aplicação: 620.000
Circulante 400.000Capital
no Circulante
de 3°s e
885.000
CIRCULANTE 50
$ 300.0001.005.744
Permanente no Permanente
PL 740.644
• Acréscimo
TOTAL no lucro
1.625.744 de $ 50.000
TOTAL 1.625.744
Índices de Rentabilidade - Continuação
TRI X TRPL
Administrador Antes Depois
Liquidez 220/185=1,19 620/885=0,70
Endividamento 185/925=0,20 885/1.625=0,55
185/925=0,20 235/1.625=0,14
Rentabilidade Payback 5 Payback 7,14
anos anos
Proprietário Antes Depois
185/740=0,25 235/740
TRPL Payback 4 Payback 3
anos anos
Índices de Rentabilidade - Continuação

TAXA DE RETORNO
OPERACIONAL

LUCRO OPERACIONAL
ATIVO OPERACIONAL
Índices de Rentabilidade - Continuação

ATIVO OPERACIONAL
• No Ativo Operacional não será incluído o
Realizável a Longo Prazo nem o
imobilizado/Investimentos.

• Não serão incluídas as aplicações no mercado


financeiro.

• Os rendimentos decorrentes desses ativos não


integrarão o Lucro Operacional.
Índices de Rentabilidade - Continuação

LUCRO OPERACIONAL
• O Lucro Operacional é obtido a partir da atividade
principal da empresa.

• Mesmo que o Ativo seja financiado por terceiros,


as Despesas Financeiras são Não Operacionais.

• O que interessa é medir o desempenho do uso do


Ativo, não importando se ele se origina de
recursos próprios ou de terceiros.
Índices de Rentabilidade - Continuação

MARGEM DE LUCRO
a) Fórmula Lucro
Vendas

Quantos centavos se ganha


b) Interpretação por real vendido.

É um indicador de
lucratividade.
Índices de Rentabilidade - Continuação

GIRO DO ATIVO
Vendas
a) Fórmula
Ativo
Eficiência com que a
empresa utiliza seus Ativos
b) Interpretação com o objetivo de gerar reais
de vendas.

É um indicador de
produtividade.
Índices de Rentabilidade - Continuação

MARGEM X GIRO......

LUCRO VENDAS
VENDAS X ATIVO
=
LUCRO
ATIVO
Custo Produtos DespesaDespesa
Custo Produtos de de
Vendidos Vendas
Vendidos +Vendas +
A FÓRMULA DU PONT Lucro Vendas
+Despesas
+ Despesas
Líquido
Margem
Operacionais Administrativas

+
Líquida VendasDespesas
÷ - DespesasDespesas
+ Financeiras

- Operacionais Administrativas
Lucro
Líquido
Margem
Líquida ÷
Vendas
Custo
Total
CustoOutras
Total Despesas
+
Vendas Ativo Despesas Não
Despesas Não
Taxa de Operacionais
Vendas
X Despesas +
CirculanteOperacionais
Retorno X
Taxa de
Retorno
÷ +
Disponível
+ Financeiras
Disponível

+ Provisão
+Investimentos
p/IR
Vendas
Ativo
Circulante
+ Duplicatas
Realizável Provisão
a Receber
+
Giro ÷
Ativo + Duplicatas +
L.Prazo Estoquesp/IR
Realizável
+ Outras

Ativo
Total TotalL.Prazo aOutras
Giro
Receber Imobilizado
+ Despesas++Investimentos
+
Ativo
Permanente
Ativo
+
Imobilizado +
Estoques +
Permanente Diferido Intangível
Outras
Outros Índices Relevantes

BASEADO NA OBRA:
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações
contábeis: contabilidade empresarial. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
DO PONTO DE VISTA DO INVESTIDOR

Valor de Mercado da
Índice Preço/Lucro = Ação
Lucro Líquido por
Ação

Dividendos por Ação Dividendos


=
do Capital Social Nº de Ações do
Capital Social
ESTRUTURA DE CAPITAL
ATIVO PASSIVO

INVEST + IMOB +
Imobilização do PL = INTANG
PL

ATIVOS MENOS
IMOB + INV +
LÍQUIDOS OBRIGAÇÕES
INTANG PATRIMÔNIO
MENOS EXIGÍVEIS
LÍQUIDO
ESTRUTURA
ESTRUTURADE CAPITAL
DE CAPITAL

ATIVO PASSIVO
IMOB + IVEST +
Imobilização do PL = INTANG
PL

EXIGÍVEL A LONGO
Imobilização de IMOB + IVEST +
PRAZO
INTANG
Recursos de =
IMOB +
Longo PrazoIVEST + ELP + PL
INTANGIVEL
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
DO PONTO DE VISTA DA ANÁLISE BANCÁRIA

Duplicatas
Índice de Desconto Descontadas
de Duplicatas =
Duplicatas a
Receber

Reciprocidade Bancos C/C


=
Bancária Duplicatas
Descontadas +
Empréstimos
Bancários
DO PONTO DE VISTA DA ANÁLISE BANCÁRIA

Duplicatas
Descontadas +
Participacão dos Empréstimos
Recursos Bancários +
Bancários sobre o = Financiamentos
Capital de Terceiros
Capital de
Terceiros
ÍNDICES COMBINADOS

X1 =( LL / PL ) x 0,05
X2 =( AC + RLP / PC + ELP ) x 1,65
X3 =( AC - Estoques / PC ) x 3,55
X4 =( AC / PC ) x 1,06
X5 =( PC + ELP / PL ) x 0,33

FATOR DE INSOLVÊNCIA =
X1 + X2 + X3 + X4 + X5
TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA

INTERVALO DE
SOLVÊNCIA

0
PENUMBRA
-3
INSOLVÊNCIA

-7
ANÁLISE DE TENDÊNCIA
Ano 1 Ano 2 Ano 3
ANÁLISE DE TENDÊNCIA
Ano 1 Ano 2 Ano 3

A
ANÁLISE DE TENDÊNCIA
Ano 1 Ano 2 Ano 3

B
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C
Relatório de análise das Demonstrações
Contábeis (DC).

Ver capítulo 11 do Livro:


Autor: Eliseu Martins, Gilberto
José Miranda e Josedilton
Alves Diniz
ISBN: 9788597015010
Publicação: 08/02/2018
Edição: 2|2018
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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normas internacionais e do CPC. 1. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: uma abordagem prática: matemática
financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. - 10ª. ed. - São Paulo: Atlas,
2012.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. - 7.
Ed. – São Paulo: Atlas 2010.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Manual de consultoria empresarial: conceitos,
metodologia e práticas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011
PEREZ JÚNIOR, José Hernandez; BEGALLI, Glaucos Antônio. Elaboração das demonstrações
contábeis. - 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2009.
SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis. - 3.
ed. - São Paulo: Atlas, 2012.
MENSAGEM

"Se não puder se destacar


pelo talento, vença pelo
esforço.”
(Dave Weinbaum)

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