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Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA


Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA

ANÁLISE DO DISCURSO

Grupo:
Alex Bruno
Maxwell Celestino
Victor Cortez
Análise do Discurso
A ANÁLISE DO DISCURSO foi desenvolvida a partir de diferentes
panos de fundo, sendo um deles a análise de conversação.
Existem agora diferentes versões da análise do discurso.
A psicologia discursiva, tal como foi desenvolvida por Edwards e Potter
(1992), Harré (1998) e Potter e Wetherell (1998), tem por objetivo
demonstrar como, nas conversações, “as versões conversacionais dos
eventos (memórias, descrições, formulações) apresentadas pelos
participantes são construídas para a atividade interativa e comunicativa”
(Edwards e Potter, 1992, p. 16).
Embora a análise de conversação seja designada como ponto de partida, o
foco empírico concentra-se mais no “conteúdo da fala, em seu assunto e
em sua organização mais social do que propriamente linguística” (1992, p.
28), o que permite a análise de fenômenos psicológicos como a memória e
a cognição enquanto fenômenos sociais e, sobretudo, discursivos.
Análise do Discurso
Uma ênfase especial é dada à construção de versões de eventos em relatórios e em
apresentações. Analisam-se os “repertórios interpretativos” utilizados nessas
construções.
Os procedimentos analíticos do discurso referem-se não apenas às conversas
cotidianas, mas também a outros tipos de dados, como entrevistas (ver exemplos em
Potter e Wetherell, 1998, sobre o tema do racismo) ou reportagens nos meios de
comunicação (em Potter e Wetherell, 1998, sobre a construção de versões na cobertura
da Guerra do Golfo).
O processo de pesquisa de Willig (2003), na psicologia discursiva, primeiro descreve
as etapas da utilização do texto ou da fala que ocorrem naturalmente. Deve-se
proceder à leitura cuidadosa das transcrições. Esse processo é seguido pela codificação
do material e sua análise.
Análise do Discurso

Segundo Potter e Wetherell (1987, p. 167), AS QUESTÕES DE ORIENTAÇÃO são:


• Por que estou lendo esse trecho desta forma?
• Quais características do texto originam esta leitura?
A análise concentra-se no contexto, na variabilidade e nas construções presentes no
texto, e, por fim, nos repertórios interpretativos utilizados nos textos.
O último passo é a descrição minuciosa de uma pesquisa analítica do discurso. A
redação deve ser parte integrante da análise e conduzir o pesquisador de volta ao
material empírico.
Nos últimos anos, foi possível perceber uma diferenciação na análise do discurso.
Parker elaborou um modelo de análise crítica do discurso, desenvolvida sobre o pano
de fundo de Michel Foucault, daí o fato de esse modelo ser também referido como
“ANÁLISE FOUCAULTIANA DO DISCURSO”.
Aqui, o foco concentra-se mais nas questões ligadas à crítica, à ideologia e ao poder do
que nas outras versões da análise do discurso.
Análise do Discurso

Parker sugere diversas etapas para o processo da pesquisa.


O Pesquisador deve:
1. Transformar o texto a ser analisado em texto escrito, caso ainda não
seja.
2. A etapa seguinte inclui a livre associação a variedades de significados
como forma de acessar redes culturais, e estas devem ser anotadas.
3. Os pesquisadores devem relacionar sistematicamente os objetos em
itens, normalmente assinalados por substantivos, no texto ou no trecho
selecionado do texto.
4. Devem manter uma distância do texto, tratando-o como o próprio
objeto de estudo, e não como algo a que pareça “referir-se”.
5. Eles devem, então, relacionar, de modo sistemático, “os sujeitos” –
personagens, pessoas, papéis – especificados no texto,
6. Reconstruir os direitos e as responsabilidades pressupostas dos
“sujeitos” especificados no texto, e, por fim,
7. Mapear as redes de relacionamentos de acordo com padrões. Esses
padrões da linguagem são “discursos” e podem, então, ser situados em
relações de ideologia, de poder e de instituições.
Qual a contribuição para a discussão metodológica geral?

Os estudos analíticos do discurso analisam questões que se aproximam mais


dos tópicos das ciências sociais do que daqueles da análise de conversação.
Combinam procedimentos analíticos da linguagem com análises de
processos de conhecimento e construções sem restringirem-se aos aspectos
formais das apresentações e dos processos linguísticos.
Como o método se ajusta no processo de pesquisa?
O pano de fundo teórico da análise do discurso é o construcionismo
social.
As questões de pesquisa concentram-se na definição das formas como a
produção da realidade social pode ser estudada nos discursos sobre
determinados objetos ou processos.
O material empírico varia de artigos da mídia a entrevistas.
As interpretações baseiam-se nas transcrições dessas entrevistas ou nos
textos a serem encontrados.
Quais as limitações do método?

As sugestões metodológicas sobre como realizar as análises do discurso


permanecem ainda bastante imprecisas e implícitas em boa parte da
literatura.
Nos trabalhos publicados até agora, o que predominam são as alegações
teóricas e os resultados empíricos.

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