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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

PSICOLÓGICA II
AULA 5 E 6

PSICOMETRIA E FUNDAMENTOS
CIENTÍFICOS DOS TESTES
PSICOLÓGICOS
PSICOMETRIA (PASQUALI, 2001)

•O modelo da psicometria
• Traço latente
• Sistema
• Propriedade
• Magnitude
• Problemas da representação
comportamental
INTELIGÊNCIA E SUA MENSURAÇÃO

O que é
inteligência?
O QUE É INTELIGÊNCIA?

• Adquirir e aplicar
conhecimento
• Racionar com lógica
• Planejar de maneira eficaz
• Deduzir perceptivamente
• Fazer julgamentos sólidos e
solucionar problemas
O QUE É INTELIGÊNCIA?

• Entender e visualizar conceitos


• Prestar atenção
• Ser intuitivo
• Encontrar as palavras e os
pensamentos certos com facilidade
• Enfrentar situações novas, ajustar-se
a elas e tirar delas o melhor proveito
PROPOSIÇÃO 2

1.Qual a pessoa mais e menos


inteligente que você
conhece/conheceu?
2.Descreva quais são os
comportamentos delas que
caracterizem-nas como uma
pessoa inteligente/não-
inteligente.
INTELIGÊNCIA A PARTIR DA ANÁLISE
DE LEIGOS E JUÍZES (STERNBERG, 1981)
• Inteligente: raciocina com lógica e
bem, lê muito, demonstra bom
senso, mantém a mente aberta e lê
com alta compreensão, escuta
todos os lados de uma discussão,
exibe um bom vocabulário, chega
pontualmente ao compromissos.
• Não-inteligente: não tolera
diversidade de opiniões, não
demonstra curiosidade, comporta-
se com insuficiente consideração
pelos outros.
PROPOSIÇÃO 2

1.Agora, liste comportamentos


associados a inteligência na
infância, adolescência e na
fase adulta? OBS: Podem
repetir critérios apresentados
anteriormente.
INTELIGÊNCIA EM FASES DIFERENTES
DA VIDA (SIEGLER E RICHARD, 1980)

Infância: coordenação física, consciência


das pessoas, produção verbal e apego.

Adolescência: facilidade verbal,


compreensão e características de
aprendizagem.

Adultez: facilidade verbal, uso de lógica e


resolução de problemas.
VISÃO DE TEÓRICOS RENOMADOS

Francis Galton

Alfred Binet

Jean Piaget

Charles Sperman

David Wechsler
FRANCIS GALTON

• Hereditariedade da inteligência.
• Pessoas inteligente são as que
possuem as melhores capacidades
sensoriais, ou seja, capacidade de
detectar diferenças.
• Teste de capacidade auditiva (ex:
caixinha de som).
• Inteligência associada a velocidade
de processamento de informação.
ALFRED BINET

• Componentes da inteligência:
raciocínio, julgamento, memória e
abstração.
• Incapacidade de separação dos
componentes em exemplos práticos.
• Ex: dirigir, paquerar, lavar louça,
escrever, fazer abdominal, preparar um
suco de laranja, escuta clínica.
JEAN PIAGET

• Desenvolvimento da cognição em
crianças.
• Inteligência como um tipo de adaptação
biológica em desenvolvimento ao mundo
exterior.
• Processo de amadurecimento, pela
interação e pela aprendizagem.
• Construção e desenvolvimento de
esquemas, como forma de entender a
inteligência.
• Foco no interacionismo (assim como Binet e
Wechsler)
CHARLES SPEARMAN

• Teoria da inteligência geral


• Existe alguma energia mental eletroquímica geral
disponível ao cérebro para resolução de problemas.
• Capacidade de inteligência geral (g)
• Capacidade de inteligência específica (s)
• Capacidade de correlação com outras
medidas
• Se muito correlacionada: fator g
• Se pouco correlacionada: fatores s
• A decisão de como se deve estudar um fator
(propriedade) deve estar totalmente articulado
com a realidade.
DAVID WECHSLER

• Inteligência é a capacidade
agregada ou global de o
indivíduo agir de modo
intencional, pensar com
racionalidade e lidar de maneiras
efetivas com o seu ambiente.
• Inteligência como uma
capacidade “global” ou
“agregada”.
DAVID WECHSLER

•Deve-se mensurar
capacidades a partir das
subescalas.
•Quantos fatores existem no
WISC III?
•Dicotomia entre a escala
verbal e desempenho.
WISC III (SUBTESTES)

QI Verbal QI Execução
2. Informação 1. Completar figuras
4. Semelhanças 3. Código
6. Aritmética 5. Arranjo de Figuras
8. Vocabulário 7. Cubos
10. Compreensão 9. Armar objetos
12. Dígitos* 11. Procurar Símbolos*
13. Labirintos*
GRUPOS

1 2 3 4

Completar Semelhanç
Informação Labirinto
figuras as
Vocabulári Procurar
Aritmética Código
o Simbolos
Arranjo de Armar Compreens
Cubos
figuras objetos ão

Dígitos
PROPOSIÇÕES

•Destacar termos-chave do
caso do Danilo.
•Construir perguntas e
hipóteses, a partir do que
vem sendo estudado na
disciplina.
PARÂMETROS PSICOMÉTRICOS DA
MEDIDA
• Como representar a inteligência?
• Isomorfismo: Demonstrar que a
operacionalização do atributo
latente em comportamentos (itens,
fases) de fato corresponde a esse
atributo.
• Fidedignidade.
• Perspectiva de análise com o viés
mais estatístico que psicológico.
Análise •Análise teórica
dos itens
dos •Análise empírica
itens dos itens
ANÁLISE TEÓRICA

Análise de
Análise
conteúdo
semântica
(juízes)

Verificar se os itens
são inteligíveis; Ajuizar se os itens
estão se referindo
Evitar deselegância ou não ao traço
na formulação dos em questão.
itens
ANÁLISE TEÓRICA

Análise de
Análise
conteúdo
semântica
(juízes)

3. Código
2. Informação
Usar os códigos de
21. Como o
acordo com os
oxigênio volta para
estímulos
o ar?
apresentados.
ANÁLISE EMPÍRICA DOS ITENS

Dificuldade Discriminação
dos itens dos itens

É definida em termos Poder de um item


de percentagem em diferenciar
(proporção) de sujeitos com
participantes que magnitudes
dão respostas diferentes do qual o
corretas ou de item constitui a
preferência. representação
comportamental
ANÁLISE EMPÍRICA DOS ITENS

Dificuldade dos itens


Objetivo: seleção. Itens com 50% de erro
Dificuldade está fornecem mais
relacionada a proporção informações. Devo
de candidatos. sempre utilizá-los?
Ex: Compreensão Observar a curva normal.
ANÁLISE EMPÍRICA DOS ITENS

Mas que
desgraça é Curva
Normal?
DISTRIBUIÇÃO NORMAL

É uma das distribuições de


probabilidade mais utilizadas para
modelar fenômenos naturais.
Elaborada pelos matemáticos, físicos
e astrônomos francês Pierre-Simon
Laplace (1749 – 1827) e alemão Carl
Friedrich Gauss (1777 – 1855).
POSSIBILIDADES DA CURVA NORMAL
DISCRIMINAÇÃO DOS ITENS

• Como determinar os grupos-


critérios?
• Psiquiátricos e não-psiquiátricos.
• Aprovados e Reprovados.
• Crianças-adultos.
• Depressivos e não-depressivos.
• Inteligentes e não-inteligentes.
ÍNDICES DE DISCRIMINAÇÃO

O índice D: diferença de percentagens de acertos


no grupo superior e no inferior.

O teste t: análise da diferença entre as médias dos


grupos-critério.

Coeficientes de correlação: mede o grau da


correlação (e a direção dessa correlação - se
positiva ou negativa) entre duas variáveis de escala
métrica.
O ÍNDICE D
O ÍNDICE D

•Subtestes Completar Figuras


• Item 1: Homem
• Item 2: Gato
• Item 3: Ben 10
• Item 4: Raposa
• Item 5: Folha
TESTE T

Subtestes/ Crianças Adultos


Grupo
Arranjo de 39 53
figuras (64)
Aritmética 18 25
(30)
Cubos (69) 55 63
VAMOS PENSAR NAS SEGUINTES
AFIRMAÇÕES:

• 1. Quanto mais velha a pessoa, de


menos coisas ela se lembra;
• 2. Quanto mais se dá às crianças, mais
elas querem;
• 3. As pessoas mais altas tendem a ter
mais sucesso nas suas carreiras;
• 4. Quanto mais punição física as
crianças recebem, mais agressivas elas
vão ficar quando crescerem;
VAMOS PENSAR NAS SEGUINTES
AFIRMAÇÕES:

• 5. A estimulação cognitiva na infância


aumenta a inteligência da pessoa;
• 6. Bons músicos são, em geral, bons em
matemática;
• 7. Pessoas que são boas em matemática
tendem a ser ruins em literatura;
• 8. Quanto mais se pratica um
instrumento musical, menos erros são
cometidos ao tocá-lo.
TIPOS DE CORRELAÇÕES

Memória

Raciocínio
lógico

Idade

Estudo
ÍNDICE DE CORRELAÇÕES

Subtestes QI Total
Informação 0,70
Semelhanças 0,74
Aritmética 0,74
Vocabulário 0,73
Compreensão 0,65
Completar figuras 0,70
Código 0,36
Arranjo de Figuras 0,68
Cubos 0,75
Armar objetos 0,70
QI Verbal 0,92
QI Execução 0,90
TEORIA DA RESPOSTA AO ITEM (TRI)
OU TEORIA DA CURVA
CARACTERÍSTICA DO ITEM (ICC)
•Teoria criada nos anos 50 a
fim de contribuir para a
análise específica por itens,
a partir de suas
propriedades, formando o
traço latente.
TEORIA DA RESPOSTA AO ITEM (TRI)

•Parâmetros
•Dificuldade (1)
•Discriminação (2)
•Resposta aleatória (3)
• Não analisa unidimensionalidade.
TEORIA DA RESPOSTA AO ITEM (TRI)
VIESES DA RESPOSTA

•Cultura (Brasil x EUA)


•Técnica de Angoff
VIESES DA RESPOSTA

•A resposta ao acaso
(aleatória).
•A resposta estereotipada
•Desejabilidade social
A RESPOSTA ESTEREOTIPADA

• Resposta sistemática
• Efeito Halo: um avaliador tende a
avaliar um indivíduo de modo
semelhante sobre todas as
dimensões.
• Erro de leniência: Dizer apenas
coisas boas sobre todo mundo. E
qual a diferença para a
desejabilidade social?
A RESPOSTA ESTEREOTIPADA

•Resposta sistemática
• Tendência central: marcar
apenas os itens centrais.
• Erro de contraste: tendência
de avaliarem os outros ao
aposto do que avaliam a si
mesmas.
PRÓXIMA AULA (LEITURA PRÉVIA)

• PASQUALI L. Psicometria. Revista da


Escola de Enfermagem da USP, 43,
992-999. VALIDADE E PRECISÃO.
LEITURA PRÉVIA (AULA 8)

•Apresentar testes
psicológicos que façam a
avaliação da inteligência.

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