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MEMÓRIAS QUE TRAZEM ESPERANÇA

O profeta Jeremias foi testemunha ocular da destruição de Jerusalém. Viu a


cidade cercada pelos inimigos e saqueada de suas riquezas. Viu o templo
queimado e povo passando ao fio da espada. Houve pranto e dor; gemidos
e lamentos. Os velhos eram pisados pelas botas dos saldados Caldeus, e
as crianças eram arrastadas pelas ruas como lama. As jovens eram
forçadas, e as mães choravam por seus filhos. O quadro era de total
desolação. O profeta chorou amargamente essa realidade sofrida. Chegou,
porém, um momento em que ele resolveu estancar no peito sua dor. Deixou
de alimentar sua alma de absinto e buscou nos arquivos da memória aquilo
que lhe poderia dar esperança. Jeremias tomou a decisão de recomeçar.
Aqueles que alimentam a alma apenas com lembranças amargas adoecem.
Aqueles que não se libertam do passado e não colocam o pé na estrada do
recomeço acabam sendo vencidos pela mágoa. Como Jeremias, é
importante tomar uma decisão: trazer a nossa memória aquilo que nos pode
dar esperança. A única esperança que temos é a mesma que consolou
Jeremias: "As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos
consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim; renovam-se cada
manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a
minha alma; portanto esperarei Nele." (Lm 3.22-24).
Hernandes Dias Lopes.

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