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CRISES E REVOLUÇÃO NO SÉCULO XIV

• Situa no tempo…

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CRISES E REVOLUÇÃO NO SÉCULO XIV

Crise económica e conflitos sociais

Depois de um período de prosperidade nos


séculos XII e XIII no século XIV, o continente
europeu foi assolado por fomes, pestes e guerras.

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CRISES E REVOLUÇÃO NO SÉCULO XIV

No século XIV a crise imperou,


Com a fome, a peste e a guerra
A mortalidade aumentou,
O desespero espalhou-se sobre a terra.

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Crise económica e conflitos sociais

Séculos XII e XIII a população europeia cresceu

aumento da produção agrícola


Século XIV a produção começou a não acompanhar
o ritmo de crescimento da população

alimentos a escassear

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Crise económica e conflitos sociais
• FOME
Século XIV a produção começou a não
acompanhar o ritmo de crescimento da população

alimentos a escassear

maus anos agrícolas, provocados por


mudanças climáticas (arrefecimento das temperaturas e fortes
chuvas)

Fome aumento da taxa de mortalidade

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Crise económica e conflitos sociais
• PESTE
. Fome as doenças facilmente se propagam
. Falta de higiene

Peste Negra a epidemia que mais se destacou


causou a morte a 1/3 da população europeia

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Crise económica e conflitos sociais
• GUERRA
Século XIV – Guerras em vários pontos da Europa

 Guerra dos Cem Anos (opôs a França a Inglaterra) 1337-1453

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Crise económica e conflitos sociais
 Península Ibérica – conflitos que opunham o
monarca português, D. Fernando, ao rei castelhano.

Três guerras que opuseram Portugal e


Castela Guerras Fernandinas
“Desastrosas” para o reino português

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Crise económica e conflitos sociais
FOMES PESTES GUERRAS

• Quebra demográfica
• Êxodo rural – fuga para as cidades
• Carência de mão-de-obra
* Dificuldades económicas quebra da produção agrícola
aumento dos salários
subida do custo de vida

* Descontentamento dos assalariados pressão dos grandes senhores


estagnação dos salários dos
trabalhadores urbanos

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Crise económica e conflitos sociais
Agitação social nos meios rurais e urbanos
Camponeses o número reduzido que permaneceu
nos campos exigiu melhores condições de vida e um
aumento de salários .

Reis (Europeus) medidas tabelamento de salários


(evitar o abandono dos campos)…

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Crise económica e conflitos sociais
Portugal

D. Afonso IV – 1349 – Leis do Trabalho:

• os trabalhadores deviam de retomar a actividade que


exerciam antes da Peste Negra;
• os salários a pagar deviam ser fixados pelo respectivo
concelho;
• Proibia a mendicidade.

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Crise económica e conflitos sociais
Portugal

D. Fernando – 1375 – Leis das Sesmarias:

• quem possuísse propriedades ficava obrigado a


cultivá-las ou a arrendá-las para que outros as
cultivassem;
• os que haviam sido lavradores antes da Peste Negra,
bem como os seus descendentes retomassem a sua
actividade.

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Crise económica e conflitos sociais
Os senhores feudais tentaram impor as leis régias aos
camponeses

Aumento de impostos
Descontentamento geral
revoltas rurais

exércitos de senhores combatiam


estas revoltas populares, que
acabavam de forma sangrenta

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Crise económica e conflitos sociais
Descontentamento geral revoltas urbanas

Cidades clima de agitação;


sobrelotadas devido ao número crescente
de pessoas que chegavam do campo aí se
instalavam

Povo - vivia pobre revoltava-se contra a nobreza e a


grande burguesia

Confrontos violentos

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Revolução de 1383 e a formação da identidade nacional
• 1383 – D. Fernando morre crise dinástica

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Crise económica e conflitos sociais
Revolução de 1383 e a formação da identidade nacional

 D. Beatriz (filha de D. Fernando) casou com o rei de Castela (D. João I)

Tratado de Salvaterra de Magos :


• Se D. Fernando falecesse sem ter filho varão, o trono
português seria herdado por D. Beatriz (Portugal não perderia
a sua independência face a Castela);
• Se D. Fernando morresse sem a sua filha ter um filho varão
ou este não tivesse 14 anos, seria D. Leonor Teles, esposa
do rei português e mãe de D. Beatriz, que devia de assumir
a regência do nosso país até o seu neto completar 14 anos,
altura em que se tornaria rei de Portugal.
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Crise económica e conflitos sociais
Revolução de 1383 e a formação da identidade nacional
Em 1383, D. Beatriz ainda não tinha qualquer filho, foi
D. Leonor que assumiu a regência do reino português, tendo
de imediato ordenado a aclamação da sua filha .

Conde Andeiro (conselheiro e amante) defensor dos interesses


castelhanos

Povo, burguesia e alguns elementos da nobreza não


aceitaram esta decisão, pois receavam que Portugal
perdesse a sua independência.

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Crise económica e conflitos sociais
Revolução de 1383 e a formação da identidade nacional
• 6 de Dezembro de 1383 - Conde Andeiro

• Assassinado por alguns nobres e por D. João,


Mestre de Avis (irmão ilegítimo de D. Fernando)

• D. Leonor fugiu para Santarém e pediu ajuda ao seu


genro, o rei de Castela.
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Crise económica e conflitos sociais
Revolução de 1383 e a formação da identidade nacional
Temendo que o rei de Castela invadisse

Regedor e Defensor dos Reinos

Apesar desta nomeação, Portugal encontrava-se


dividido:
• Apoiantes de D. Beatriz (grande nobreza e clero);
• apoiantes do Mestre de Avis (povo, burguesia e pequena
nobreza)

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Crise económica e conflitos sociais
Revolução de 1383 e a formação da identidade nacional
A afirmação da independência

• Portugal estava em plena revolução

• D. João, rei de Castela invade Portugal em 1384

Longo período de conflito entre Portugal e Castela

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Crise económica e conflitos sociais
Revolução de 1383 e a formação da identidade nacional
PORTUGAL EM BUSCA DA INDEPEDÊNCIA

Abril de 1384 Os castelhanos enfrentaram os portugueses, comandados por D. Nuno


Álvares Pereira, na Batalha de Atoleiros, saindo derrotados.

Maio de 1384 Os exércitos castelhanos cercaram Lisboa, mas acabaram por levantar
o cerco quatro meses depois, pois foram atingidos pela peste.

Abril de 1385 Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal pelas Cortes de Coimbra.
Estas haviam-se reunido para escolher o sucessor do trono português;
a escolha recai sobre o Mestre de Avis, que foi aclamado como
D. João I. Deu-se, assim, início à 2º dinastia (dinastia de Avis)

Agosto de 1385 Em resposta à aclamação de D. João I como rei de Portugal, os


castelhanos invadiram novamente o nosso país. Os exércitos
enfrentaram-se na Batalha de Aljubarrota, que acabou com a vitória
portuguesa.

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Crise económica e conflitos sociais
Revolução de 1383 e a formação da identidade nacional
A afirmação da independência
• Tratado de Paz em 1411;

• No entanto, a Batalha de Aljubarrota


garantiu e reafirmou a independência nacional;

• D. João I e os seus apoiantes tinham alcançado a vitória.

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…Vamos assistir à Revolução
Francesa, conhecer o Mundo
industrializado do século XIX…

Até breve!

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