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Sistemas de ancoragem de cordões de aço de alta

resistência por aderência

Mestrado Integrado em Engenharia Civil


Perfil de Estruturas
Hugo Fernandes

14 de Fevereiro de 2011
ÍNDICE

1 - Introdução do problema

2 - Âmbito da dissertação

3 - Objectivos da dissertação

4 - Programa experimental

5 - Análise de resultados

6 - Conclusões finais

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1 - INTRODUÇÃO DO PROBLEMA

Lajes fungiformes
• Cargas não previstas no
Consequências
horizonte de projecto
• Deformações elevadas
• Incorrecto dimensionamento
• Fendilhação excessiva

Solução – Reforço da estrutura

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2 - ÂMBITO DA DISSERTAÇÃO

Patente PT 103785 A
• “Sistema de pós-tensão com ancoragens por
aderência para estruturas de betão”
• Autoria de Dr. Válter José da Guia Lúcio e da
Universidade Nova de Lisboa

Duarte Faria
• Iniciou o trabalho de pesquisa e desenvolvimento
do sistema de reforço
• Caracterizou a capacidade resistente e os tipos
de rotura característicos destas ancoragens

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3 - OBJECTIVOS DA DISSERTAÇÃO

Com base no estudo do mecanismo resistente pretende-se avaliar os


principais parâmetros do comprimento de transferência
Confinamento
• Atestado na literatura como potenciador da
capacidade resistente
• A transmissão de tensões entre os dois materiais
depende sobremaneira do confinamento

Alteração das propriedades da interface


• Afecta directamente a performance da ancoragem

𝐹 = 𝜏𝑏 . 𝜋. ∅𝑝 . 𝑙𝑎

150mm
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4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL Modelos de Ensaio

Solução Nomenclatura Esquema

Padrão STD

Aumento de espessura
ESP
(agente de aderência)

Tubo metálico TUB

Mola helicoidal SPR

Adição de resina RES

Aumento de diâmetro
PHI
(cordão de aço)
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4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL Caracterização do Material
• Características dos cordões de aço de alta resistência:
Ø (mm) p (mm) Ap (mm2) fpuk (MPa) fp0,1k (MPa) Ep (GPa)

15,2 220 138,9 1955 1760 195

• Ensaios de tracção por flexão segundo a RILEM PCM-8:

Prisma fpct (MPa) εpct (%)


1 34,2 5,6
2 36,6 35,8 6,0 5,7
3 36,4 5,6

• Ensaios de compressão segundo a RILEM PC-5:


Ensaio fpc (MPa) εpc (%) E (GPa)
1-1 118,6 10,2 3,3
1-2 120,9 9,3 3,4
2-1 101,7 5,0 2,8
118,4 9,2 3,4
2-2 125,3 10,2 3,5
3-1 120,9 9,6 3,2
3-2 123,1 11,0 3,9

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4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL Preparação dos Ensaios

Furação dos blocos de betão

Alargamento e limpeza dos furos

Tratamento dos cordões e isolamento do


troço não aderente

Colocação dos tubos de injecção e


aplicação do betume de pedra

Injecção do agente de aderência

Tempo de cura: 24 Horas


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4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL
Ensaios tipo PULL-OUT

Sistema de ensaio
• Baseado no modelo padrão de ensaios
tipo PULL-OUT
• Carregamento monotónico a 0,2kN/s
até atingir a rotura
• Alterações introduzidas com vista a
permitir a caracterização e análise do
comportamento da ancoragem até à
rotura

Alterações permitiram aumentar a rapidez de execução dos


ensaios e precisão dos resultados!
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4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL
Alterações ao sistema de ensaio

Alteração do sistema de medição do


deslizamento no topo dos blocos

Limite angular de medição infinito e maior simplicidade do


sistema de ensaio!
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4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL
Alterações ao sistema de ensaio

Introdução de um deflectómetro para medição


do deslizamento no fundo dos blocos

Permitiu identificar o início do deslizamento da ancoragem!

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4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL

Realização de ensaios de arrancamento


Ensaios de Pull-out Arrancamento total

Identificar
Caracterizar e analisar a superfície
comportamento de rotura!
e capacidade resistente!

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5 - ANÁLISE DE RESULTADOS

Ilações preliminares decorrentes da rotura observada


• Ensaio padrão e confinamento da resina: Nervuras
quebradas

• Ensaio de adição de resina na interface:


Camada protectora
destacada

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5 - ANÁLISE DE RESULTADOS

Ilações preliminares decorrentes da rotura observada


• Ensaio de aumento localizado do diâmetro:
Demolição 10cm

Nervuras íntegras

Posição final da
Houve
Inicialmente,
deslizamento
extremidade
para o extremidade dos
dosinterior
cordõesdos50mm
blocos!
fora
cordões
dos blocos
A rotura manteve-se adesiva!

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5 - ANÁLISE DE RESULTADOS

Superfícies de rotura
Padrão Confinamento Resina

Interface aço - resina Interface aço - resina Interface aço - resina

Aumento localizado do diâmetro do cordão (Superfície)

Esperava-se rotura … sucedeu o


pelo exterior do deslizamento de
cordão… cada fio
individualmente.

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5 - ANÁLISE DE RESULTADOS Considerações Gerais
Grandezas consideradas nos cálculos:
FPO
Deslizamento
da ancoragem
Δltopo

FPO Tensão de
aderência

llivre
s

la
x
la
Δlfundo

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5 - ANÁLISE DE RESULTADOS Considerações Gerais

Dois métodos de cálculo do deslizamento:

• Deslizamento do fundo e extensões axiais dos cordões:


1 Peso reduzido no
𝛿= න 𝜎𝑠 𝑑𝑥 + ∆𝑙𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 valor final!
𝐸𝑝

• Deslizamento no topo (contabilizando a deformação elástica do aço):


𝐹𝑃𝑂 × 𝑙𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒
𝛿 = ∆𝑙𝑡𝑜𝑝𝑜 −
𝐴𝑝 × 𝐸𝑝

• Cálculo da tensão de aderência segundo o modelo de tensões uniformes:


𝐹𝑃𝑂
𝜏=
𝜋 × ∅𝑝 × 𝑙𝑎

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5 - ANÁLISE DE RESULTADOS Ensaios de Confinamento
Ancoragem padrão - STD Aumento espessura - ESP Tubo metálico - TUB

Mola helicoidal - SPR • 𝝉𝒆𝒍 reduziu em 32%


• Aumento de 𝝉𝒎á𝒙
em 12% (mola)
• Comportamento
inalterado (rígido
apenas para tubo)

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5 - ANÁLISE DE RESULTADOS Ensaios de Alteração da Superfície
Ancoragem padrão - STD Adição de resina - RES Aumento diâmetro - PHI

Aumento localizado do diâmetro do cordão:


• Aumento de 𝝉𝒆𝒍 em 142%
• Aumento de 𝝉𝒎á𝒙 em 33%
• Aumento de 𝜹𝒎á𝒙 em 151%
(comportamento bastante dúctil)

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5 - ANÁLISE DE RESULTADOS Sintetização de resultados

Solução 𝝉𝒆𝒍 [𝑴𝑷𝒂] 𝝉𝒎á𝒙 [𝑴𝑷𝒂] 𝜹𝒎á𝒙 [𝒎𝒎]


STD 5,3 18,4 24,9
TUB 3,7 ( 30%) 17,7 ( 4,0%) 7,4 ( 70%)
ESP 4,7 ( 10%) 18,3 ( 0,9%) 24,4 ( 1,8%)
SPR 3,6 ( 32%) 20,7 ( 12%) 36,9 ( 49%)
RES 8,9 ( 70%) 19,4 ( 5,3%) 27,7 ( 12%)
PHI 12,7 ( 142%) 24,6 ( 33%) 62,5 ( 151%)

• 𝝉𝒆𝒍 para um deslizamento de • Razão entre 𝝉𝒆𝒍 e 𝝉𝒎á𝒙 aumentou de 25%


0,1mm. para 50% (alteração da superfície).

• Aumento em termos de força de 53,0kN para o limite elástico (38,0kN para


91,0kN) e de 44,0kN para a força máxima (132kN para 176kN) – solução de
aumento localizado do diâmetro do cordão.

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6 - CONCLUSÕES FINAIS
• As alterações introduzidas nos ensaios permitiram maior precisão dos resultados
e maior simplicidade do sistema de ensaio;
• A rotura observada em todos os ensaios confirmou a natureza adesiva da mesma;
• O aumento de espessura do agente de aderência não afectou directamente a
capacidade resistente devido à natureza do tipo de rotura;
• O confinamento da resina resultou em melhoramentos marginais da capacidade
resistente, em detrimento do comportamento das ancoragens;
• A alteração da superfície de contacto revelou o carácter mais promissor tanto em
termos de comportamento como de capacidade resistente;
• Foi possível identificar a sucessão das componentes do mecanismo resistente
(adesão, atrito e acção mecânica) no comportamento das ancoragens;
• A solução com aumento localizado do diâmetro do cordão foi a que apresentou a
maior tensão em regime elástico, maior capacidade resistente e comportamento mais
dúctil.
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Obrigado!

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