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Científico
Ao nascer, o ser humano depara-se também com um conjunto de crenças que lhe
falam acerca de Deus, de uma vida além da morte e também de seus deveres para
com Deus e o próximo. Para muitos, as crenças religiosas constituem fontes
privilegiadas de conhecimento que se sobrepõem a qualquer outra.
O verdadeiro
sábio é
aquele que
se coloca na
posição de
eterno
aprendiz!
Essas formas de conhecimento, entretanto, não satisfazem aos
espíritos mais críticos.
Alegam que a observação casual dos fatos conduz a graves
equívocos, visto serem os homens maus observadores dos
fenômenos mais simples.
As religiões são as mais variadas e fornecem informações
contraditórias.
A poesia é subjetiva, assim como o romance.
Pais, professores e políticos também não podem ser tidos como
guias de toda confiança, posto que o argumento da autoridade na
maioria das vezes acaba por deixar transparecer sua fragilidade.
O conhecimento filosófico, a despeito de seus inegáveis méritos,
não raro avança para o terreno das explicações metafísica e
absolutistas, que não possibilitam sua adequada verificação.
(GIL, 2008)
“Todo conhecimento constitui, ao mesmo tempo,
uma tradução e uma reconstrução, a partir de sinais,
signos, símbolos, sob a forma de representações,
ideias, teorias, discursos. A organização dos
conhecimentos é realizada em função de princípios e
regras que não cabe analisar aqui; comporta
operações de ligação (conjunção, inclusão,
implicação) e de separação (diferenciação,
oposição, seleção, exclusão).
O processo é circular, passando da separação à
ligação, da ligação à separação, e, além disso, da
análise à síntese, da síntese à análise. Ou seja: o
conhecimento comporta, ao mesmo tempo,
separação e ligação, análise e síntese”. (MORIN,
2003).
SENSO COMUM
A aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento progressivo do
senso comum. Só podemos ensinar e aprender partindo do senso comum de que o
aprendiz dispõe.
A aprendizagem consiste na manutenção e modificação de capacidades ou
habilidades já possuídas pelo aprendiz.
Historiadores e antropólogos mostram que o que entendemos por família (pai, mãe, filhos; esposa,
marido, irmãos) é uma instituição social recentíssima – data do século XV – e própria da Europa
ocidental, não existindo na Antiguidade, nem nas sociedades africanas, asiáticas e americanas pré-
colombianas. Mostram também que não é um fato natural, mas uma criação sociocultural, exigida
por condições históricas determinadas.
Sociólogos e antropólogos mostram que a idéia de raça também é recente – data do século XVIII -,
sendo usada por pensadores que procuravam uma explicação para as diferenças físicas e culturais
entre os europeus e os povos conhecidos a partir do século XIV, com as viagens de Marco Pólo, e
do século XV, com as grandes navegações e as descobertas de continentes ultramarinos.
(CHAUÍ, 2000).
Correlação entre Conhecimento Popular e
Conhecimento Científico
O conhecimento vulgar ou popular, às vezes denominado senso comum, não se
distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do
objeto conhecido: o que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os
instrumentos do "conhecer". (LAKATOS & MARCONI, 2003).
Segundo Trujillo Ferrari (1974) citado por Lakatos & Marconi (2003):
Entendemos por ciência uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de
proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos
fenômenos que se deseja estudar: "A ciência é todo um conjunto de atitudes e
atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado,
capaz de ser submetido à verificação" (1974:8).
Mas....
2. Considere como o tema "vida“ é analisado diferentemente por filósofos, cientistas, poetas,
sacerdotes e pessoas comuns.
4. Autocrítica: identificar a fragilidade das opiniões próprias baseadas apenas no "eu acho“.
6. Analise a expressão: "A ciência, ao contrário de outros sistemas elaborados pelo homem,
reconhece sua capacidade de errar."
PENSE....
Pense, por exemplo, nos que seu jornal veicula; ou, ainda melhor, assista um programa de
participação pública por telefone: com um pouco de sorte, você poderá encontrar esses diversos
tipos de saberes em um só programa (sobretudo se o assunto do dia for controvertido).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos
na graduação. São Paulo: Atlas, 2010.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000.
DEMO, P. Pesquisa: princípio cientifico e educativo. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Atlas, 2003.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento 8ª ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2003.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 2010.