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Introdução às Técnicas

Verticais
Introdução às Técnicas
Verticais
Técnicas Verticais
 Definição de técnicas verticais:

 É o conjunto de técnicas de subidas, descidas e


movimentação em desníveis verticais usando
equipamentos de segurança, como cordas, fitas,
mosquetões, cadeirinha e outros acessórios
específicos.
Segurança:
 Acidentes:

 Acontecem sim, mas na maior parte dos casos por


somatória de erros; erro no aprendizado das
técnicas, erro na aquisição e manutenção dos
equipamentos, erro na execução dos
procedimentos.
Infelizmente presenciamos muitos erros na utilização das
técnicas verticais, que aumentam os riscos e podem gerar
situações de emergência, sem o devido cuidado com a
segurança pessoal e de terceiros, desconhecimento total
das técnicas, falta de equipamento adequado e excesso de
improvisações. É importante saber improvisar, mas antes
devemos ter todos os procedimentos padronizados, as
regras claras e definidas, e uma padronização inclusive de
como e quando improvisar.
Grande parte dos acidentes ocorre em itinerários fáceis,
durante excursões, ascensões de vias clássicas e durante
os rapeis, quando o cansaço e a falta de atenção estão
presentes, ou quando o tempo piora ou escurece.

Uma analise de acidentes ocorridos é de grande valia, pois


se pode aprender com o erro dos outros.
As principais causas de acidente são:
- Ignorância;
- Inconsciência e subestimação;

Saber dos perigos a que estamos expostos, é a melhor forma de poder


evitá-los, assim como o conhecimento de nossas próprias limitações e de
nossos companheiros. Devemos sempre ter em conta que um grupo é tão
forte quanto o seu elemento mais fraco.
Como evitar acidentes:
- Profundo conhecimento do meio e das técnicas;
- Treinamento constante;
- Equipamento adequado
- Bom estado psicológico;
- Sensatez: Prudência e covardia, valor e temeridade, são
atitudes que devemos saber distinguir;
- Dificuldade e perigo não têm porque estar associadas,
isto é muito importante na hora de eleger
uma rota.
Atuação frente a um acidente:
Além de adotarmos as medidas de prevenção mencionadas,
devemos estar preparados. As informações de primeiros
socorros, meios de fortuna e auto-resgate devem fazer parte
da formação de todo montanhista ou técnico de cordas.
Princípios básicos:

- Proteger;
- Buscar ajuda (comunicar);
- Socorrer;
Buscar ajuda:
Quando temos pessoas disponíveis e a situação permitir,
estas devem partir com equipamento suficiente para garantir
a sua segurança. Devem conhecer o terreno e as técnicas
para sua transposição. Devem deixar o caminho marcado
caso seja necessário. Mais importante que a rapidez é
chegar ao local de socorro com segurança, e garantir que o
socorro chegue ao local correto.
Choque Ortoestático;
A permanência de qualquer pessoa inerte em qualquer tipo de
cinto de segurança pode causar sérios danos fisiológicos.
Caso a vitima esteja consciente estes problemas não ocorrem
pois a pessoa se movimenta mudando os pontos da
compressão causada pelo cinto, o que não ocorre com a
vitima inconsciente. Sérios danos circulatórios em
consequência da compressão dos vasos sanguíneos podem
acarretar comprometimento cerebral a até morte.
O tempo entre a perda da consciência e o surgimento dos
agravos fisiológicos é muito curto, portanto é necessário
atendimento rápido e eficaz. Após 04 (quatro) minutos inicia
um processo de deficiência de oxigênio na circulação,
chamado de epóxia; mais 04 (quatro) minutos, inicia o
processo de deficiência de oxigênio no cérebro, chamado de
ipóxia, após estes 08 (oito) minutos a pessoa pode entrar em
choque ortoestático, já podendo ter seqüelas irreversíveis.
Ao retirar a vitima da suspensão inerte, devemos
fazer retornar a circulação gradativamente, pois
esta parada cria toxinas que se forem liberadas de
imediato, podem causar um colapso na circulação.
Fibras:
Equipamentos
Cordas:

Seja em uma escalada, içamento de carga, rapel ou em uma operação de


resgate a corda é, sem dúvida, o equipamento mais importante. É nela que, de
maneira direta ou indireta, nós depositamos toda a nossa confiança. Muitas
vezes é o único equipamento que não possibilita backup.

Até os anos quarenta utilizavam-se fibras naturais, principalmente de cânhamo. A


partir de 1950 começava-se a adotar, para a fabricação das cordas, fibras
sintéticas como a poliamida (Nylon). Graças à utilização destes materiais tem
sido possível desenvolver e aperfeiçoar, com objetivo de ampliar a gama de
utilizações e a segurança, cordas dotadas de uma estrutura diferenciada,
definindo assim, um modelo de fabricação que todas as indústrias respeitam:
cordas compostas de alma e capa trançadas.
Construção:
As cordas modernas são construídas seguindo a metodologia Kermantle que
significa alma protegida por capa.

A alma é a parte interna da corda. Elemento que define a flexibilidade, elasticidade


e capacidade das cordas. Geralmente possui uma única cor (branca ou preta).
A capa é o revestimento externo da corda. É trançada ao redor da
alma e tem a função de protegêla contra a abrasão e outras influências
externas tais como: penetração de objetos (areia, espinhos, arestas
cortantes e raios ultravioleta.) e pode ser impregnada com líquidos
impermeabilizantes. O comprimento "padrão" das cordas dinâmicas é
de 50 metros porque a maioria das vias possui enfiadas de, no
máximo, 50 metros. Cordas mais curtas podem não permitir que o guia
chegue à próxima parada. Há quem goste de cordas de 55 ou 60
metros para ganhar mais alguns metros na hora do rapel e para
poderem, com o tempo, cortar as pontas gastas pelas sucessivas
quedas.
Cordas dinâmicas:
A corda normalmente usada em montanhismo e escalada é do tipo dinâmico,
isto é, dotadas de uma elasticidade bastante elevada: uma pessoa suspensa
no final de 50 metros de uma corda de 11 milímetros causa um alongamento
de cerca de três metros, para 50 metros de uma corda de 9 milímetros o
alongamento é ao redor de quatro metros.

Esta elasticidade serve para atenuar os esforços conseqüentes de uma queda


importante, dissipando o esforço em um trecho maior de corda.

É necessário distinguir entre corda simples com um diâmetro que, de acordo


com os modelos pode ser de 10, 10.5 ou 11 milímetros, e meia corda, 8,5 ou 9,
mm de diâmetro, e cordas gêmeas (sempre em par) de 8,2 mm, com base
para os empregos diferentes.
Cordas estáticas:
As cordas estáticas são dotadas de uma elasticidade muito inferior as dinâmicas:
uma pessoa suspensa em 50 metros de uma corda de 10 milímetros alonga a
corda em um pouco mais de meio metro.
Não são concebidas para assegurar quedas. No começo foram produzidas para
a espeleologia e trabalho em altura, que usam cordas para subir lances verticais.
Em caso de quedas muito grandes os esforços gerados nas cordas podem ser
fatais.

Elas não são empregadas para a escalada guiada, ou onde você tenha que
resistir a quedas. Em contrapartida elas permitem ações muito precisas nas
fases de manobra.
Fitas tubulares:
São fitas de trama extremamente resistente, e que se assemelham a uma corda
sem a alma, ou seja, só a capa. Por isso são mais flexíveis e menos volumosas.
Além da fita tubular comum, que pode ser adquirida em qualquer tamanho e
amarrada com um “nó de fita”, existem ainda as fitas “anéis”, que são fitas com
as pontas já costuradas e que são usadas para resgates, equalização de
paradas, auto-seguro, etc. E existem as fitas “expressas”, utilizadas juntamente
com dois mosquetões, formando as costuras.
Estribos:
São degraus geralmente feitos de fita tubular ou plana, muito uteis para lances
em artificial e ascensões em corda fixa.
Cadeirinhas:
Cinto de segurança que envolve o quadril e as pernas, fazendo com que o
impacto de uma queda seja absorvido pelo corpo. Fabricados com fitas de
nylon. Com um ou dois pontos de encordoamento, alguns com peitoral
conjugado (para trabalho em altura) e fivelas de metal para regulagens do
tamanho das pernas e cintura.
Atenção: Qualquer sistema de encordoamento com a corda usado para
substituir a cadeirinha, por sua confecção artesanal é incomodo e perigoso
frente a uma queda grave ou ficar suspenso por tempo prolongado, devemos
utilizá-los somente para casos excepcionais e devemos estar seguros de sua
perfeita realização.
Cordeletes:
São cordas de calibre mais fino, utilizadas como meio de fortuna em técnicas de
içamento de carga, progressão em corda fixa e auto-segurança no rappel.
Conservação das fibras:
Um dos maiores responsáveis pelo encurtamento da vida útil de uma corda é o
sol. Como sabemos, o sol agride as fibras sintéticas, enrijecendo-as e tornando-
as quebradiças. O que devemos evitar é deixar a corda exposta ao sol,
principalmente quando queremos secá-la. É melhor deixá-la na sombra, em
lugar seco e arejado.
O segundo inimigo da corda é por incrível que pareça a própria rocha. O negócio
é evitar o atrito desnecessário. Devemos ter uma atenção especial à técnica
conhecida como Top rope ou Cordade cima. Apesar de ser uma excelente técnica
para quem está iniciando no mundo da escalada em rocha, é também um
agressor fenomenal às cordas, pois devido ao atrito com a rocha, a capa acaba
por se desgastar mais que o normal, causando danos irreparáveis e às vezes até
danificando permanentemente a corda. Para resolver isso, verifique bem o ponto
de ancoragem do Top rope, e os pontos em que a corda tem contato com a
rocha. Se puder, use um protetor de corda, evitando o atrito. Evite o pêndulo, no
caso de queda do escalador. Como o fator de queda é praticamente inexiste
neste tipo de escalada, dê preferência a cordas mais velhas (mas que estejam
em condições) e mantenha as novas para escaladas com maior risco de queda.
Caso você venha a sofrer uma grande queda, tipo fator 2, faça uma vistoria
em toda a extensão da corda, verificando se houve ou não rompimento da
capa e/ou rompimento ou enrijecimento da alma. Caso encontre estes
defeitos, inutilize a parte defeituosa. Se notar que ocorreram várias rupturas ao
longo da corda, não mais a utilize para escalar. Também não se deve "marcar"
o meio da corda com tinta. Pode agredir a fibra da corda, enfraquecendo-a. O
mesmo se aplica a colas de fitas adesivas. Muitos fabricantes, inclusive, não
recomendam a utilização de esparadrapos nas cordas, uma vez que o material
do adesivo pode deteriorar as fibras.

O uso de equipamento de freio também agride a estrutura da corda dinâmica.


O freio oito, por exemplo, torce demasiadamente a corda. Quando ocorrer isso,
o melhor a se fazer é deixá-la pendurada, com toda a sua extensão aberta por
algum tempo. Outro cuidado muito importante, diz respeito à velocidade da
descida, quando do uso de equipamentos de freio. O atrito da corda com o
equipamento, se a utilização for muito rápida, pode gerar temperaturas acima
de 300ºC, e acaba por fundir a alma e a capa da corda, enfraquecendo-a, e
impossibilitando seu uso, além de prejudicar o próprio equipamento de freio.
Não pise na corda, pois algumas partículas de cristais e terra ficam presas
na capa da corda, e quando se pisa nela, estes cristais adentram a alma da
mesma, podendo causar pequenas rupturas, que a enfraquecem. Pelo
mesmo motivo devemos evitar arrastá-la na terra ou sujá-la em demasia. Se
isto ocorrer lave-a em uma banheira, tanque ou em uma bacia grande, utilize
apenas sabão neutro, de preferência de coco, e deixe-a secar na sombra por
alguns dias.
Não utilize qualquer tipo de secagem mecânica ou por temperatura, pois
poderá ocorrer enfraquecimento das fibras da corda.
Quando for guardá-la, evite deixar nós apertados. Para a sua estocagem,
prefira lugares secos e ventilados, longe dos raios de sol e do calor.
Vida útil:
Equipamentos Metálicos
Quando descartar um mosquetão:
Aparelhos de freio e segurança:
São aparelhos de frenagem utilizados junto à corda e presos a uma pessoa,
possibilitando a redução significativa do peso da corda ativa. São empregados
nas descidas de corda e na segurança em lances de escalada.

Qualquer que seja o sistema empregado para descida e segurança, a corda


passiva (onde está a mão freio), jamais deve ser largada. Em todas as manobras
de recolhimento, como de soltura, a corda deve deslizar por entre a mão do
segurador; estes movimentos devem ser treinados para serem executados com
rapidez e perfeição.
Nós e Amarrações:
Nomenclatura:
Nós de encordoamento:
Nós de Ancoragem:
Nós de União
Nós Auxiliares:
Nós Autoblocantes
Nós Especiais:
Cadeirinhas improvisadas:
Acabamento:
Ancoragens:
Sistemas de ancoragem:
Técnicas:
Termos:

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