Embora certos progressos logrados, a figura feminina ainda é demasiada restrita no que diz respeito a comando de aeronaves. É indispensável realçar que, quando o lugar da cabine de pilotagem, que é em sua maioria dominada por homens, permite a ocupação feminina, nasce uma importante construção de identidade social que caminha para a igualdade de gêneros. Diversas circunstâncias motivam a carência de atuação das mulheres no setor, entre os quais, os custos financeiros para o curso de piloto, a maternidade, e outras barreiras para prosperar na profissão. Ainda hoje se pode observar que ocorrem maneiras de desencorajamento para adentrarem ou seguirem no mercado de trabalho. NASCIDA EM SÃO PAULO (SP), EM 6 1903, DE AGOSTO DE FOI A PRIMEIRA BRASILEIRA A RECEBER O DIPLOMA DE PILOTO- AVIADOR INTERNACIONAL. ANTES DE VOAR, NO ENTANTO, SUPEROU DIFICULDADES EM TERRA. DETERMINADA, PERCORREU A PÉ A CIDADE DE SÃO PAULO ATÉ O AERÓDROMO BRASIL,ONDE OS PILOTOS ITALIANOS - JOÃO E ENRICO ROBBA - MINISTRAVAM AULAS DE VOO. SEM O APOIO FAMILIAR, CONSEGUIU MATRICULAR-SE NO CURSO RIFANDO UMA VITROLA. AS MULHERES TAMBÉM INGRESSARAM NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA (FAB) A PARTIR 1982 E, DESDE DE ENTÃO, OCUPAM CARGOS E POSTOS EM ÁREAS DIVERSAS. A PRIMEIRA TURMA DE OFICIAIS-VOADORAS FOI FORMADA EM 2006, AJUDANDO A INCREMENTAR O NÚMERO DE MAIS DE ONZE MIL MULHERES NO EFETIVO DA FAB NOS DIAS DE HOJE. Ao conduzirem suas carreiras para a aviação, particularmente para a cabine de comando, se defrontam com um universo majoritariamente masculino, o que, por si só, corresponde a uma quebra de paradigmas. É notável que, nas últimas duas décadas, têm ocorrido avanços, como a mulher exercendo papel de piloto na aviação comercial. Dentre 13.928 pilotos de avião, no Brasil apenas 197 são mulheres. De acordo com Fry e Macrae (1991, p. 11): “Desde o berço, meninos e meninas são submetidos a um tratamento diferenciado que os ensina os comportamentos e emoções considerados adequados”. Devido à opressão história, pode-se observar a desigualdade e, por vezes, a falta de liberdade. Para que as mulheres alcancem o anseio de voar, há condições estruturais que necessitam ser levadas em conta, como o meio doméstico, a escola, o meio social, dentre outros contratempos a serem ultrapassados; construídos no dia a dia da criança ou nas crenças das culturas, que formam estereótipos: “trabalho de homem” e “trabalho de mulher”. Observa-se que é escasso o número de mulheres ocupando funções que estipulem tomadas de decisão e de chefia. No contexto da aviação, podem-se citar chefes de equipamento, direção de operações e a presidência de empresas aéreas. Constata-se que tem crescido de forma expressiva a introdução de mulheres na aviação. As transformações, apesar de vagarosas, estão se desenrolando e, conforme informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a procura de mulheres no mercado aéreo está expandindo OBRIGADA.