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IMUNOLOGIA

Ciências Biológicas
2018-1

CÉLULAS E ÓRGÃOS DO
SISTEMA IMUNE
Células
 Neutrófilos
 Eosinófilos Granulócitos
 Basófilos
 Mastócitos (mediadores químicos)
 Monócitos e Macrófagos
 Linfócitos (B e T)
 NK (Natural Killer)
 Células Dendríticas (células apresentadoras de
antígenos).
Células
 Medula óssea- Fonte das células precursoras que
posteriormente originam os constituintes
celulares do sistema imune;

 Produçao de células imunes- componente da


hematopoiese, processo de surgimento e
maturação das células sanguíneas a partir de uma
única célula precursora (célula-tronco
hematopoiética pluripotente).
Células
Hematopoese
Células
 Neutrófilos
 Eosinófilos Granulócitos (65% das células brancas)
 Basófilos

Granulócitos/monócitos - surgem dos precursores


que maturam na medula óssea, circulam no sangue
e migram para os tecidos (resposta inflamatória),
exceto mastócitos, fixos nos tecidos.
Células
Leucócitos Polimorfonucleares ou
granulócitos
 Possuem inúmeros grânulos no citoplasma
 Neutrófilos
 Menor que o macrófago, não presente em
tecidos saudáveis
 Fagocitose

 Eosinófilos -Defesa contra parasitas e vermes

 Mastócitos/Basófilos – Alergias e processos


inflamatórios.
CÉLULAS

EOSINÓFILOS NEUTRÓFILOS I
BASÓFILOS

LINFÓCITOS MONÓCITOS
Macrófagos fagocitando.
Neutrófilos – vista do microscópio ótico.
Eosinófilo ao microscópio ótico.
Células
 Monócitos e Macrófagos – 5 a 10% das células
brancas do sangue (meia-vida de 24h). Chamam-
se macrófagos quando residentes nos tecidos,
após processo extravascular.

 Células dendríticas – derivadas da medula,


atuam na ativaçao e estimulação primária dos
linfócitos. Presentes no sangue, linfonodos,
tecidos e medula.
Monócito sangue  macrófagos no tecido:
• Fígado  células de Kupffer
• Pulmão  macrófagos alveolares
• Peritônio  macrófagos •Cérebro  células de micróglia
peritoneais • Osteoclastos - ossos

Linfócitos
 São as únicas células com receptores específicos para
antígenos
 Chaves da imunidade adaptável.

 Morfologicamente semelhantes
 São heterogêneos em:

 Linhagem

 Funcionamento

 Fenótipo

 Capacidade de respostas e atividades biológicas


complexas e atividades.
Linfócitos

 Linfócitos – 25 a 35% das células brancas,


nome relacionado ao sistema linfático;

 Divididos em Linfocitos B e Linfoticos T –


diferenças nas glicoproteínas de membrana,
encontrados no sangue, orgaos linfoides, tecidos
e locais de inflamação.
Linfócitos

 Linfócitos B – diferenciam-se dentro da


medula, papel de reconhecimento de antígenos,
podem evoluir para células plasmáticas
(secretoras de anticorpos nos tecidos);

 Assim chamados devido ao órgão linfático bursa


de Fabricius de aves.
Linfócitos
Células

 Linfócitos T – derivados do Timo,

 Células chave na resposta imune distingue o


próprio do não próprio, tecidos estranhos
(rejeição) e agentes infecciosos.
As células NK são assassinos
naturais de células.

Elas não possuem


receptores antígenos
específicos.

Para reconhecer se uma


célula está infectada ela
verifica se a mesma possui
receptores MHC-I.

Caso exista a ausência


destes receptores a NK é
ativada e induz a célula
infectada ou tumoral a
Células
Linfócito entre as hemácias.
Mecanismos de defesa do
hospedeiro
Imunidade Inata ou Natural
 Imunidade Inata: Primeira linha de defesa
composta por diversos componentes celulares e
subcelulares que o indivíduo possui já ao nascer.

◦ Reconhecimento de estruturas compartilhadas por


vários microrganismos (Ex. LPS – Bactérias gram-
negativas)

◦ Presente antes da exposição  NASCER


◦ Resposta  rápida e constante
 Afeta diretamente os patógenos invasores
 Potencializa a eficácia das reações do hospedeiro
Reconhecimento na imunidade inata

Receptores de reconhecimento de padrões


(PRR)

 Reconhecem padrões estruturais que se repetem nos


patógenos;
 Chamadas de Padrões Moleculares Associados a Patógenos
(PAMPS);
 Ex: LPS, RNA de dupla fita, Ácido lipoteicóico, etc.
Imunidade Inata ou Natural
 Componentes

 Barreira físico-química
 Pele, Membranas mucosas, secreções(lágrimas e saliva)- enzima
lisozima, cílios, pH ácido do estômago,

 Células
 Fagócitos (Neutrófilos, monócitos, macrófagos) células NK.

 Moléculas – Fatores imunologicamente ativos - humorais


 Sistema complemento, opsoninas (proteina C reativa), enzimas
proteoliticas (lisozima).
Primeira linha de defesa
(epitélios)

Lágrima e saliva  Fosfolipases A, Lisozima, estatinas (saliva)


Trato instestinal  Criptidinas ou -defensinas (Cels de Paneth)
Trato respiratório, geniturinário, pele e língua  -defensinas
Imunidade Inata ou Natural
Ação das
células NK
II. Mecanismos de defesa não específicos:

. 1ª Linha – Pele
Mucosas: . vias respiratórias – muco
. gástrica – HCl
. vaginal – meio ácido
. 2ª Linha – Células:
. Neutrófilos
. Macrófagos fagócitos
. Eosinófilos: ataque a vermes.

Macrófago lançando pseudópode para fagocitar uma bactéria.


Imunidade Adaptativa ou
Adquirida
 Exclusiva dos Vertebrados

 Resposta lenta:
 Nascer  capacidade de desenvolver resposta
 Estimulação  ativação  desenvolvimento
 Capacidade de adaptação

 Imunidade Específica
 Distingue diferentes micróbios e moléculas
 Resposta antígeno-específica  Próprio X Não Próprio
 Antígeno  composto que induz a resposta
imunológica adquirida
Diapedese
Processo Inflamatório
Imunidade Humoral e Celular
 A imunidade adquirida foi dividida em dois ramos de defesa
denominados:
 Imunidade Humoral: Mediada por células B;
 Imunidade Celular: Mediada por células T.

 Apesar de separadas, os dois mecanismos imunológicos estão


interconectados, e a inativação de uma das vias pode influenciar
no funcionamento da outra via.
Tipos de Resposta Imune Adaptativa
• Componentes:
– Linfócitos T  Resposta celular ou mediada
por células
– Linfócitos B  Resposta humoral

• Imunidade Humoral e Imunidade Celular


– Humoral  mediada por anticorpos (Ab): LB
• Defesa contra micróbios extracelulares e toxinas

– Celular  mediada por células: LT


• Defesa contra micróbios intracelulares
III. Mecanismos de defesa específicos – resposta imune:

Imunidade humoral:
. Anticorpos (imunoglobulinas) no plasma.

macrófagos linfócitos T (T4) linfócitos B plasmócitos anticorpos


Produção de
interleucinas e formação produção
estimula interferon

linfócitos B de memória anticorpos

Anticorpos ligados a células tumorais.


Anticorpos
 Imunoglobulinas  produzidas pelo LB

 Reage especificamente com um único Ag

 Classes: IgM, IgG, IgA, IgE, IgD


Anticorpos
Anticorpos
SÍTIO DE LIGAÇÃO DO ANTÍGENO
Cadeia Pesada

Cadeia Leve

SÍTIO DE FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO

SÍTIO PARA O RECEPTOR Fc DO MACRÓFAGO

FRAGMENTO Fc
Exposição
(Imunidade humoral) (Imunidade celular)
Macrófago
transforma-se em

Célula apresentadora do antígeno (estimula)

estimula estimula
Linfócito B Linfócito T Linfócito T
Exposição citotóxico
transforma-se em estimula transforma-se em

Plamócito Linfócito B Linfócito T Linfócito T


produz de memória de memória citotóxico ativo

anticorpos

Defesa contra patógenos extracelulares


pela ação direta dos anticorpos ou pela facilidade Defesa contra patógenos
a fagocitose intracelulares e células cancerosas
Imunidade celular:
. Destruição de células com vírus ou tumorais.
. Linfócitos T (T8).
Destruição das células.
. Linfócitos citotóxicos – natural killer.

Natural killer atacando célula tumoral.


MEV aumentada 20.000 x
Órgãos do Sistema Imune
 Linfócitos – recirculação entre sangue, tecidos e
órgãos linfóides;

 Órgão primários (medula óssea e timo) e


órgãos secundários (linfonodos e baço), estes
últimos não essenciais para a geração dos
linfócitos;

 Primários- mecanismos desconhecidos de


transformação celular na medula, remoção do
timo não compromete o sistema imune.
Tecido Linfóide
 Tipo especial de tecido conjuntivo rico em células de
defesa, como os macrófagos, as células dendríticas
apresentadoras de antígenos, os linfócitos B e T e os
plasmócitos.
 Tecido linfoide frouxo, predominam as células fixas, ou
seja, células reticulares e macrófagos fixos, e, no tecido
linfoide denso, as células livres, como os linfócitos,
plasmócitos e macrófagos livres. O tecido linfoide nodular
também apresenta uma presença maior de células livres.
Órgãos Linfóides
 Células  tecidos e órgãos: Sistema Linfóide

 Órgãos linfóides primários (centrais)


 Produção e maturação dos linfócitos

 Órgãos linfóides secundários (periféricos)


 Ativação  proliferação e diferenciação LB e LT
Órgãos Linfóides Primários
 Sítios de desenvolvimento dos linfócitos
 LT  medula óssea e timo
 LB  fígado fetal e medula óssea

 Repertório de receptores Ag-específicos

 Eliminação de células com receptores para


moléculas do próprio organismo
Timo
 Estrutura bilobada
 Desenvolvimento:
 Aumenta durante fase fetal
 Paralisado durante adolescência

 Atrofia lentamente durante vida adulta

 Divisão:
 Córtex  linfócitos e macrófagos
 Medula
Timo
 Pesa 10-15g ao nascimento e 30-40g na
puberdade, quando atinge seu peso máximo. Os
hormônios do córtex da adrenal e os hormônios
sexuais produzem atrofia do timo, e grande
parte do tecido linfoide é substituída por tecido
adiposo com o passar da idade.
Timo
 A timectomia compromete a produção dos
linfócitos T, reduz a capacidade do sistema
imune responder a novos antígenos e, se for
feita em recém-nascidos, leva à atrofia dos
órgãos linfáticos.
Órgãos Linfóides Secundários
 Baço, linfonodos e tecidos linfóides associados
às mucosas (MALT)
 Baço  Principal local de produção de anticorpos
 Linfonodos  Órgãos nos quais as respostas
imunológicas adquiridas são iniciadas
 Sistema de mucosa  penetração via mucosa
 Mucosa gastrointestinal
 Respiratória

 Geniturinária
Baço
 Captação e concentração de
substâncias estranhas
 Combinaçao de órgão
linfóide, leito filtrante e local
de reciclagem.
 Divisão
 Polpa branca  células linfóides
 Periferia  LT
 Centro  LB

 Polpa vermelha  local de


renovação de células defeituosas.
BAÇO
 Polpa Vermelha
Macrófagos e Eritrócitos

 Polpa Branca
Circunda Artéria Esplênica
Bainha Linfóide Periarteriolar - Linfócitos T
Folículos Linfóides Primários-Cels B

 Zona Marginal
Linfócitos e Macrófagos - Periferia da Bainha
BAÇO

 Consequências da esplenectomia - aumento


das plaquetas e dos eritrócitos deformados, e
septicemias bacterianas, principalmente pelo
Streptococcus pneumoniae, podem ocorrer, sendo
importante a imunização contra esse agente
TONSILAS
 Aglomerados de tecido linfoide sob o epitélio da
boca (tonsilas linguais) e da faringe (tonsila
faríngea e tonsilas palatinas), que protege o
organismo contra a entrada de moléculas
estranhas junto com o ar ou com os alimentos.

 A tonsila faríngea inflamada e hipertrofiada é


chamada adenoides
Linfonodos
 Antigamente chamados gânglios linfáticos são
numerosos no pescoço, nas axilas, nas virilhas, ao
longo dos grandes vasos e nas cavidades do corpo e
estão sempre interpostos no trajeto dos vasos
linfáticos.

 Quando ocorre a resposta imunitária, há um


aumento na quantidade de plasmócitos pela
diferenciação dos linfócitos B, e o linfonodo
aumenta de tamanho, resultando na íngua..
Linfonodos
 Pequenas estruturas ovóides  junções canais
linfáticos
 Divisão:
 Medula  plasmócitos  Ac
 Córtex
 Folículos linfóides primários
 Folículos linfóides secundários  centro germinativo
linfócitos  LB
 Paracortical  LT e células dendríticas
Introdução
SISTEMA COMPLEMENTO
 Complementa a ação lítica de anticorpos por meio da ação de
um fator sérico termolábil;

 Funções de lise celular, produção de mediadores pró-


inflamatórios e solubilização de complexos antígeno-
anticorpo;

 Constituído por mais de 40 proteínas entre circulantes e


expressas na membrana.
Introdução
SISTEMA COMPLEMENTO
 Conjunto de proteínas séricas (aprox. 40) que agem como enzimas
através de uma reação em cascata
 Principal função:
 Fornecer um meio alternativo para remover ou destruir um agente
infeccioso
 Nomenclatura:
 Moléculas precursorasC1, C2, C3, C4, C5, C6,
C7, C8 e C9
 Fragmentos são gerados
 Fragmentos maiores  b

 Fragmentos menores  a
Introdução
SISTEMA COMPLEMENTO
 Componentes sintetizados no fígado e por células envolvidas
na resposta inflamatória, por exemplo macrófagos;

 Envolvido na resposta imune, processo inflamatório (geração


de fragmentos que promovem quimiotaxia celular), aumento da
fagocitose por neutrófilos e macrófagos, participação na
ativação de células B e T e remoção de imunocomplexos (IC)
circulantes e de células apoptóticas.
Sistema Complemento
 Há 3 maneiras para ocorrer a ativação:
 Via Clássica - depende de Ac
 Via Alternativa – ocorre na superfície de
bactérias;
 Via Lectina

 Etapas da ativação
 Ativação do C3 e C5;
 Ativação do complexo de ataque a membrana
(MAC);
 Lise da célula alvo.
ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO
Via clássica Via da MB-Lectina Via alternativa

Ligação da lectina a
antígeno:anticorpo superfície de superfície de
patógenos patógenos

Ativação do
complemento

Recrutamento das Opsonização dos


Morte dos patógenos
células inflamatórias patógenos
Etapas comuns em todas as
vias de ativação
 A ativação de C3 em C3b é o primeiro passo para
a ativação do complemento, independentemente
da via utilizada;

 O segundo passo, também comum em todas as


vias, é a ativação da C5 (convertase);

 Estas duas etapas possibilitarão a formação do


MAC (molécula Killer) e posterior destruição do
M.O
VIA ALTERNATIVA
• A ativação dessa via ocorre quando uma pequena quantidade de C3
plasmático é hidrolisado espontaneamente, originando o fragmento C3b;

• Após alteração estrutural, C3b liga-se a uma serina protease, denominada


fator B (C3bB);

• A clivagem do fator B pelo fator D origina o fragmento Bb, que


juntamente com o C3b origina a C3 convertase da via alternativa C3bBb, a
qual é estabilizada pela properdina (C3bBbP);

• Esse complexo promove mais uma clivagem de C3, resultando em


deposição de grandes quantidades de C3b no alvo;

• Parte do C3b formado irá agrupar-se ao complexo C3bBb,originando a C5


convertase (C3bBb3b).
Legenda:

Convertases (enzimas),
Bactéria formadas mediante a
C4b2b3b reação dos componentes.

C2a Componentes solúveis


Anticorpo formados durante a reação.

C5b,6,7
Primeiro componente do Componentes solúveis que
Sistema, chamado C1q vão aderindo à membrana
bacteriana.

Componentes solúveis Poro transmembrânico que


C4 que vão reagindo na lisa o agente infeccioso.
Universidade Católica de
sequência da reação.
Goiás - Prof. Ms Wilson de
Melo Cruvinel
C3 convertase Via Alternativa

C3
C3b C3b

C3b C3b

H 2O
C3 C3(H2O)

PROPERDINA

Ba C3a

D C3
C3b
C3b C3b Bb C3b
Universidade Católica de
Bb
C3b B
Goiás - Prof. Ms Wilson de
C3 convertase de C5 convertase de
Melo Cruvinel
Via Alternativa Via Alternativa
VIA CLASSICA
• A ativação dessa via se dá pela interação antígeno/anticorpo formando o
chamado complexo imune;

• Após formação do complexo, alterações conformacionais no anticorpo


permitem a ligação do componente C1q;

• O anticorpo se liga a uma ou duas cabeças (tulipas) de C1q que cliva C1r
e, em seguida cliva C1s;

• C1s ativa C4 clivando-o e gerando C4b que, por sua vez, se liga a C2;

• C1s cliva C2 gerando C2a que se liga ao C4b formando C4b2a (C3
convertase da via clássica);

• Clivagem de C3 gera C4b2a3b (C5 convertase da via clássica).


Legenda:

Convertases (enzimas),
Bactéria formadas mediante a
C4b2b3b reação dos componentes.

C2a Componentes solúveis


Anticorpo formados durante a reação.

C5b,6,7
Primeiro componente do Componentes solúveis que
Sistema, chamado C1q vão aderindo à membrana
bacteriana.

Componentes solúveis Poro transmembrânico que


C4 que vão reagindo na lisa o agente infeccioso.
Universidade Católica de
sequência da reação.
Goiás - Prof. Ms Wilson de
Melo Cruvinel
Via Clássica

C4a
C2a

C2
C4 C3a

C3b

C4b
C2b
C3 C3b
C3 convertase

Universidade Católica de
Goiás - Prof. Ms Wilson de C5 convertase
C4b2b3b
Melo Cruvinel de via Clássica
Via Comum

C5a
C6 C7

C5

C5b C6
C7

C5 convertase C5b,6,7

Universidade Católica de
Goiás - Prof. Ms Wilson de
Melo Cruvinel
Formação do Complexo de
Ataque à Membrana
 C5b liga-se na membrana celular e ativa a
formação do MAC

 C5b6789 = complexo de ataque a


membrana

 MAC  lise da superfície do


microorganismo
Via Comum

C5b,6,7

C8

Universidade Católica de
Goiás - Prof. Ms Wilson de
Melo Cruvinel
Via Comum

C9

C5b,6,7,8

Universidade Católica de MAC


Goiás - Prof. Ms Wilson de
Melo Cruvinel
VIA DA LECTINA
 Iniciada por proteínas plasmáticas denominadas lectinas ligadoras de
manose (LLM), que são membros da família das lectinas dependentes de
cálcio,as colectinas, com similaridades estrutural e funcional com C1q;

 Reconhecem porções específicas de carboidrato (manose) presentes na


superfície de alguns patógenos;

 A LLM pertence à mesma família de proteínas do C1q, entretanto,


enquanto o C1q tem um domínio que se liga ao Fc das imunoglobulinas,
a lectina reconhece carboidratos;

 Essa ligação leva à ativação de serinas proteases associadas à manose,


que correspondem a C1r e C1s, com subseqüente clivagem de C4 e C2. O
restante do processo de ativação é similar ao da via clássica.
VIA DA LECTINA
• MBL  lectina ligadora à manose
• Semelhante à C1q

• MBL liga-se à resíduos de carboidratos na


superfície de bactérias

• MBL ligada aos resíduos de manose


interage com MASP (serina protease ativa
por MBL)
• MASP 1  C1qrs
• MASP 2  C3 convertase
Ações do Sistema Complemento
• Opsonização:
• C3b reveste o microrganismo e se liga aos
macrófagos e neutrófilos

• Recrutamento celular
• C4a, C3a, C5a  anafilotoxinas
• Atração de outras células para o local

• Lise Celular

• Remoção dos complexos Ag-Ac


• C3b-Ac-Ag liga-se aos eritrócitos e no baço são
capturados pelos macrófagos e destruídos
Ações do Sistema Complemento
• Opsonização:
• É a função mais importante do complemento;
• As principais opsoninas geradas são C3b, C4b e
iC3b.
• Estas opsoninas interagem com receptores CR1,
CR3 e CR4, presentes em células fagocitárias o que
potencializa a captura do patógeno.
Ações do Sistema Complemento
• Produção de anafilotoxinas
• Segunda principal função do complemento;
• As moléculas C5a, C3a e C4a são as mais potentes
anafilotoxinas liberadas à partir da ativação do
complemento;
• As anafilotoxinas interagem com diversos tipos
celulares, aumentando a permeabilidade dos vasos
sanguíneos causando edema nos tecidos;
• Esta maior permeabilidade dos vasos facilita a
passagem de células de defesa aumentando a
resposta contra o patógeno;

• Risco de choque anafilático.


Ações do Sistema Complemento
Ações do Sistema Complemento
• Lise de Patógenos
• Terceira principal função do complemento.
• É a etapa terminal das 3 vias de ativação do
complemento.
• Formação do MAC.
Outras Funções:
• Potencialização da resposta da célula B
Outras Funções
• Controle da formação e remoção de
imunocomplexos
Outras Funções
• Remoção de células mortas ou em fase de morte
Sistema Complemento e
Doença
QUESTOES TEXTO IDPs
 1- Conceitue e discorra sobre a classificação
das IDPs;

 2- Quais os principais sinais clínicos de IDPs?


 3- Como se dá o diagnóstico diferencial, tendo
em vista demais infecções recorrentes durante
a infância e que não caracterizam IDP?

 4- Discorra sobre Imunodeficiencias


combinadas, deficiência de anticorpos e
deficiências de complemento.
Imunizações
2017 - 3 Bimestre
Introdução
 Proteção contra doenças infecciosas
 Erradicação  varíola
 Diminuição na incidência

 Imunização coletiva
 Determinado nº de pessoas deve ser vacinado para interromper a
transmissão;
 Aumento do nº de pessoas vacinadas  diminuição da chance do
agente infeccioso encontrar um indivíduo não-protegido.
 Tipos de imunização:
 Ativa
 Passiva
Tipos de imunização:

1. Ativa: Duradoura e lenta.


. Produção de anticorpos – células de memória.
. Natural: doença.
. Artificial: vacina – antígenos atenuados.

2. Passiva: Rápida e passageira.


. Inoculação dos anticorpos prontos.
. Natural: pela placenta e amamentação.
. Artificial: soro – anticorpos.
Edward Jenner (1798) utilizou vírus da varíola bovina para imunizar o homem contra a
varíola humana – vacina (do gado).
Vacina:

. Jenner (1798) observou que havia 2 tipos de varíola:


- varíola bovina: tipo brando (poucas pústulas).
- varíola humana: tipo maligno (muitas pústulas).

material de pústulas de material de pústulas de


injetou injetou
vaca com varíola bovina Pessoas pessoas com varíola
malígna

Não adquiriram a varíola maligna

Vacinação (vaccinia = de vaca)


Varíola – doença infecto-contagiosa erradicada no mundo através da vacinação.
Vírus Orthopoxvírus variolae – formação de pústulas de difícil cicatrização quando não
matava.
Imunização
 Imunização ativa:
 Proteção imunológica duradoura contra a exposição
a agentes infecciosos

 Imunização passiva:
 Proteção temporária contra determinada infecção
Imunização Ativa - histórico
 Egípcios e Chineses:
 Expunham indivíduos a extratos produzidos de crostas e escaras de
feridas de pacientes com varíola.

 Edward Jener (1796):


 Inoculção de material de indivíduos com varíola bovina  proteção
contra varíola humana;
 Vaccínia  vírus da varíola bovina.

 Robert Koch e Louis Pasteur:


 Microrganismos específicos causam doenças específicas
Imunização Ativa
 Mecanismos de proteção:
 Respostas Imunológicas 1ªs e 2ªs:
 1º contato: Proteção em potencial contra novas
exposições
 Proteção de anticorpos: alto nível de Ac persistentes
 Série de imunizações (mais de uma dose)
Imunização Ativa
 Mecanismos de proteção:
 Idade e Períodos de
Imunizações:
 Feto e neonato possuem
órgãos linfoides pouco
desenvolvidos  exceção o
timo
 Imunidade da mãe, Ac
transplancentários (IgG) e da
glândula mamária
 Sarampo  1 ano de idade
 Polissacarídeos capsulares
bacterianos  2 anos de idade
Imunização Passiva
 Transferência de Ac ou células imunológicas de um
indivíduo que já respondeu a um Ag para outro indivíduo;
 Não depende do desenvolvimento de uma R.I.
apropriada;

 SORO:
 Preparação de fração do plasma que contém anticorpos de
animais. Conferem imunização passiva, com efeito imediato,
mas duração transitória

 Importante quando a toxina está circulante no organismo ou


quando se deseja alta concentração de Ac específicos
Terapia Passiva
 Anticorpos e Terapia Sérica:
 Administração de preparações de Ac foi uma das primeiras
terapias antimicrobianas  soroterapia
Imunização Passiva Natural
 Transferência Via Placentária:
 IgG;
 Proteção nos primeiros meses de vidas;

 Vacinação com toxoides pode não ser eficiente pela


presença de IgGs maternos contra as toxinas

 Via Colostro:
 Interferon, leucócitos, anticorpos (IgA, IgM, IgG)
Terapia Passiva
 Indicações para o uso de Ig:
 Ig para raiva  administrada junto com a imunização
ativa para indivíduos mordidos por animais
potencialmente rábicos;

 Ig para hepatite B  a recém nascidos com mães


infectadas por hepatite B, acidentes com materiais
contaminados

 Ig antitoxinas (TIG)  após certas feridas e na ausência


de imunização ativa adequada como toxóide tetânico
Imunização Ativa
 Mecanismos de proteção:
 Idade e Períodos de Imunizações:
 Acima de 60 anos de idade:
 Capacidade reduzida de desencadear uma resposta
primária a Ag  vírus influenza;

 Capacidade de gerar uma resposta secundária;

 Idosos saudáveis respondem bem aos polissacarídeos


bacterianos.
Vacina
 Substância derivada, ou quimicamente semelhante,
a um agente infeccioso causador de doença
 Não patogênicas mas imunogênicas;
 Substância é reconhecida pelo sistema imune e
desencadeia uma resposta que protege de uma doença
associada ao agente;
 Co-administração de adjuvantes pode aumentar a
eficácia de muitas vacinas.
Vacinas Ideais
 Vacinas contêm antígenos que são alvos do sistema imunológico;

 A vacinação deve gerar uma imunidade efetiva (anticorpos e


células T).

 Vacinas devem produzir imunidade protetora.

 Bom nível de proteção sem a necessidade de uma dose de


reforço.

 Seguras: uma vacina não pode causar doença ou morte.

 Considerações práticas: Baixo custo por dose. Fácil de


administrar. Estável biologicamente. Poucos ou nenhum efeito
colateral
Tipos de Vacinas
 Vacinas vivas atenuadas
 M.O. vivos com virulência e capacidade de replicação reduzidos por tratamento
com calor, químicos ou outros métodos
 Perdem a capacidade de provocar a doença e ao mesmo tempo tem a
capacidade de ativar o S.I.
 Mutações podem reverter para o tipo selvagem
 Estimulação mais intensa do sistema imunológico
 Vacinas Inativadas Mortas
 M.O. mortos por tratamento com agentes físicos ou químicos
 Toxinas  toxóides (melhores vacinas bacterianas)
 Não ocorre replicação  menos efeitos colaterais
 Menor estimulação imunológica  diversas doses

 Vacinas com subunidades –hepatite B, influenza – Neurotoxina de Clostridium


tetani, polissacarideo da parede celular de Neisseria meningites.
Tipos de Vacinas
 Vacinas de subunidades
 Conjugadas com carreadores: toxóide tetânico ou diftérico
 Vacinas de Extrato
 Frações do M.O.  organismos destruídos e lisados

 Adequadas para organismos altamente virulentos

 Vacinas Recombinantes
 Técnicas de biologia molecular

 Remoção de genes  virulência e replicação

 Não causam doenças

 Vacinas de DNA
 DNA extraído de um patógeno
 Removidos genes críticos para o desenvolvimento da doença
 Células do hospedeiro incorporem o DNA e expressem produtos dos
patógenos  Maior duração
Vacinas
Sabin – vírus atenuados
Células Vero (células de rim de macaco verde africano)
Vacinas
Acelulares toxóide

Difteria, Tétano, Anthrax

 Isolamento das Toxinas (diftérica, tetânica);

 Inativação da toxicidade por formol;

 Adição de estabilizador: mercúrio - Thimerosal;

 Adição do adjuvante Hidróxido de alumínio.


Vacinas
Acelulares subunidades

Hepatite B, pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae , HPV,


Meningite

1. PCR do antígeno de interesse (ex: HBsAg);

2. Clonagem em vetor de expressão para bactéria, levedura, células;

3. Transformação de bactéria, levedura com o plasmídeo;

4. Purificação do antígeno recombinante;

5. Adição de adjuvantes (ex: alum)


Vantagens e Desvantagens das Vacinas
Tipo de Antígeno
VACINAS
ADJUVANTES

Agentes de natureza diversa que podem aumentar a resposta


imunológica. Ex. compostos oleosos que emulsionam as
vacinas (W/O, O/W), hidróxido de alumínio;

Dificultam o processamento do antígeno por células


apresentadoras de antígenos, sobretudo em vacinas
inativadas, favorecem a secreçao de interleucinas (sistema
imune humoral) e possibilitam a otimização dos processos de
produção de antígenos. Ex. Vacinas contra tétano, coqueluche,
difteria e hepatites.
Programa Nacional de Imunizações - PNI

 Programa do Ministério da Saúde que estabeleceu como prioridade a


prevenção na infância das seguintes doenças:
 Tuberculose
 Hepatite B
 Poliomielite
 Tétano
 Difteria
 Coqueluche
 Infecção pelo Haemophilus influenza tipo B
 Sarampo
 Caxumba
 Rubéola
 Febre Amarela
 Rotavírus
Imunização Ativa
Imunização Ativa
Tecnologia do DNA
recombinante
Uso da tecnologia do DNA recombinantes apresenta
uma série de vantagens, dentre as quais:

 Método seguro em termos de virulência viral (Ex. HIV);


 Pode ser aplicada a geração de vacinas constituídas por
subunidades de agentes etiológicos de difícil cultivo (hepatites
virais);
 Evita sistemas de cultivo desvantajosos – Ex. raiva,
necessidade de cultivo em células neurológicas que podem
ocasionar síndrome da polineuropatia auto-imune.
Soros
 Anti-ofídico
 Soro antibotrópico
 Anticrotálico
 Antielapídico
 Soro antibotrópico-laquético
 Antibotrópico-crotálico
 Anti-escorpiônico
 Anti-aracnídico
 aranha marrom (Loxosceles)
 armadeiras (Phoneutria)  75%
 tarântulas (Lycosa)
 Anti-lonômico
 taturana (Lonomia obliqua)

 Anti-diftérico
 Anti-tetânico
 Anti-botulínico
 Anti-rábico
COMPLEXO PRINCIPAL DE
HISTOCOMPATIBILIDADE
MHC
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
• Conjunto de genes - representam cerca de 0,1% do genoma humano – os
mais polimórficos do genoma;

• Muitos exercem funções imunológicas – indução de tolerância, produção de


anticorpos, respostas inflamatórias, imunidade mediada por células T;

• MHC – genes codificam proteínas expressas na superfície de vários tipos


celulares;

• Interesse médico –relacionado a rejeição de órgãos e tecidos transplantados,


variabilidade na susceptibilidade a desordens auto-imunes.
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

 Região gênica
hipervariada, localizada
no braço direito
cromossoma 6 humano

 Classes I, II e III

• Codifica glicoproteínas HLA que na maioria das vezes


estão envolvidos na rejeição de transplantes
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

Função do MHC

As moléculas do MHC atuam como


receptores de antígeno na superfície da
célula e são capazes de apresentá-los
aos linfócitos T que controlam a resposta
imune
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
• HLA- genes do MHC nos humanos - conhecidas como antígenos
leucocitários humanos;

• Moléculas de HLA – envolvidas no reconhecimento do antígeno por linfócitos


T;

• HLA – cria fenda física onde o receptor do linfócito T reconhece apenas o


antígeno (peptídeo curto) nela presente, moléculas apresentadoras de
antígenos;

• Diferenças entre moléculas de HLA entre os indivíduos – responde pela


rejeição de órgãos transplantados.
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

 Zinkernagel e Doherty (1974) - camundongos de


linhagem A infectados por vírus da meningite leucócita
LCMV - apresentavam linfócitos T capazes de matar as
células infectadas;

 Células infectadas pelo mesmo vírus (LCMV) obtidas de


outra linhagem B não eram susceptíveis aos linfócitos T
citotóxicos da linhagem A;

 Células-alvo infectadas por LCMV de outras linhagens


eram susceptíveis a morte por células T de A desde que
compartilhassem genes idênticos situados no loci 2 do
MHC.
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
Descoberta do MHC humano
Definir genes que
• Transfusão Sanguínea controlam o
• Transplantes de órgãos como tratamento processo de
rejeição
 Identificação de diversos genes ligados entre si
Cromossomo 6
HLA (Antígeno Leucocitário Humano)
Genes responsáveis pela rejeição distinção próprio
e não-próprio
Genes de
Histocompatibilidade

 MHC-I e MHC-II  Resposta aos transplantes, tumores e


apresentação de antígenos
MHC-III  Moléculas do Sistema Complemento e citocinas
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

 Função: apresentar peptídeos antigênicos para células T


→ restrição ao MHC;

 Locus MHC → coleção de genes encontrados em todos


os mamíferos;

 Proteínas humanas do MHC → antígenos leucocitários


humanos (HLA) → descobertas como antígenos de
leucócitos que podiam ser identificados com Acs
específicos.
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

 Lei de restrição do MHC: as respostas da célula T


citotóxica antígeno-específica são restritas a matar apenas
as células-alvo que contenham a molécula MHC correta;

 Linfócito T reconhece um antígeno (ex. vírus) e


simultaneamente moléculas do MHC presentes nas células;

MHC humano – HLA (originalmente representava o


leucócito humano A – local de primeira descrição desta
molécula). Estabeleceu-se que as moléculas envolvidas na
estranheza de tecidos transplantados eram proteínas de
superfície celular das células brancas do sangue (HLA).
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

• MHC Classe I
– Os genes das moléculas MHC I codificam para glicoproteinas
expressa à superfície de quase todas as células nucleadas; a sua
maior função é a apresentação de peptidos antigénicos a
linfócitos TCD8

• MHC Classe II
– Os genes das moléculas MHC II codificam para glicoproteinas
expressas em APCs; a sua maior função é a apresentação de
peptideos antigénicos a linfócitos TCD4

• MHC Classe III


– Estes genes codificam para várias proteinas com funções
diferentes no SI, incluindo componentes do sistema de
complemento e moléculas envolvidas na inflamação
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
• Linfócitos TCD4 - Linfócitos T-helper que possuem
receptor CD4 na superfície.
Funções
 Estimulação do crescimento e proliferação de linfócito T-citotóxicos;

 Estimulação do crescimento e diferenciação dos Linfócitos B em


plasmócitos para produzir anticorpos contra o antígeno;

 Ativação de macrófagos;

 Auto estimulação (um linfócito T-helper pode estimular o


crescimento da população de linfócito T- helpers.).
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
• Linfócitos TCD8

O linfócito T-citotóxico apresenta receptores TCR, atuam no


reconhecimento de antígenos associados ao complexo MHC-
I na superfície de outras células. Produz perforinas e outras
proteínas que matam células estranhas, células infectadas
por vírus e algumas células cancerosas.
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
 Glicoproteínas de classe I

 Codificadas nos locus HLA A, B e C;


 Estruturas químicas semelhantes;
 Diferem nas seqüências de aminoácidos da molécula, o que
lhes confere especificidade;
 Encontram-se em praticamente todas as superfícies celulares;
 Reconhece antígenos protéicos externos, incluindo tecidos
transplantados;
 São reconhecidos por linfócitos T citotóxicos (CD8+) com
especificidade antigênica.
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
 Glicoproteínas de classe II
 Codificadas nos locus HLA DR,DP,DQ;
 Diferem entre indivíduos e estão mais envolvidos na resposta imunológica;
 Apenas se encontram em células que apresentam antígenos como LB,
macrófagos e células dendríticas;
 Papel predominante na resposta imunitária inicial a antigénios de tecidos
transplantados;
 Ao entrarem em contacto com um antígeno non-self, ativam linfócitos T
helper (CD4+) que, por sua vez, sofrem expansão clonal através da
produção de citocinas reguladoras.
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
Estrutura do MHC Classe I
• Apresenta 3 domínios externos- a
1, 2 e 3
• A cadeia alfa é polimórfica, com
cerca de 45 KDa.
• Associada á cadeia  polimórfica
está a 2 microglobulina com cerca
de 12 KDa
• A 2 microglobulina é similar á
região externa 3, mas não contem
domínio transmembranar e não está
covalentemente ligada
• O sitio de ligação-”binding” - do
peptido está localizado no topo da
superfície da molécula e “encaixa”
um peptido com 8-10 aminoácidos
Estrutura do MHC Classe II
• 2 domínios alfa: 1 e 2 e 2
dominios beta: 1 e 2
• Todos os domínios alfa e
beta são externos com uma
âncora citoplasmática
• a porção distal da molécula
classe II, formada por  1 e
 1 forma o sítio de “binding”
do peptido
Moléculas do MHC de classe I

Duas cadeias polipeptídicas: Ligação


não-covalente
• Cadeia α (1, 2 e 3) 
Fenda: 1 e 2
• β2 – Microglobulina
• Genes: HLA-A, HLA-B, HLA-C

Função do MHC-I: Apresentação de antígenos ao


LT CD8.
Moléculas do MHC de classe II

Duas cadeias polipeptídicas: Ligação


não-covalente
• Cadeia α (α1 e α2)
• Cadeia β (β1 e β2)
•β2  Sítio de ligação da
molécula CD4
• Genes: HLA-DP, HLA-DQ, HLA-DR

Função do MHC-II:
Apresentação de antígenos exógenos
ao LT CD4
Estrutura do MHC classe I
Estrutura do MHC classe II
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

VIDEO
Principais características dos
genes do MHC

 São muito
polimórficos →
existem muitas
alelos (formas
alternativas) do gene,
em cada locus
Principais características dos
genes do MHC
 População exogâmica: não há dois indivíduos
que tenham o mesmo grupo de genes e
moléculas do MHC
 Garante que pelo menos um indivíduo terá
resposta imunológica para qualquer peptídeo

 Maior variabilidade genética


 MHC Classe I: regiões α1 e α2
 MHC Classe II: regiões α1 e β1
Tipos de Transplante
Autoenxerto
 Transplante de órgãos ou tecidos procedentes do próprio
indivíduo;
 Não se desenvolve resposta imune;
 Exemplos:
 Ponte de Safena/Mamária
 Enxerto de pele
 Transplante de MO
Tipos de Transplante
Isoenxerto
 Transplante de órgãos ou tecidos entre indivíduos
geneticamente idênticos;

 Não há desenvolvimento de resposta.


Tipos de Transplante
Aloenxerto
 Transplantes entre indivíduos da mesma espécie, geneticamente
diferentes;

 Enxerto é rejeitado;

 Grande maioria dos enxertos.


Tipos de Transplante
Xenoenxerto

 Transplantes entre indivíduos de espécies diferentes;

 Enxerto fortemente rejeitado.


Tipagem HLA
 Antígenos HLA estão presentes nas membranas
de todas as células do organismo e como
antígenos solúveis nos líquidos do corpo;
 São mais bem expressos nos linfócitos;
 Tifipicações HLA
 Biologia Molecular (DNA genômico-PCR)
Mecanismo para prever Rejeições
Tipagem de Tecidos – Compatibilidade de HLA

Metodologia da Tipagem – Reação em Cadeia da Polimerase para detectar


resíduos altamente polimórficos em HLA-A, HLA-B, HLA-DR, HLA-DP e HLA-
DQ no doador e no receptor
PROCESSAMENTO DE Ag VIA MHC
DE CLASSE II

 Antígenos protéicos capturados por APCs 


internalizados em endossomos
 Vesículas com pH ácido com enzimas proteolíticas

 Microrganismos  internalizados em fagossomos que


se fundem com lisossomos
VIA DE APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENO DO MHC DA
CLASSE II
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS
PROTÉICOS A LINFÓCITOS T CD8+

 Células nucleadas podem apresentar Ag protéicos


presentes no citoplasma associados aos MHC-I  LT
CD8

 Ag protéicos produzidos no citolplasma  proteínas


virais e proteínas mutantes
PROCESSAMENTO DE ANTÍGENOS
CITOSÓLICOS VIA MHC DE CLASSE I
 Os peptídios apresentados ligados ao MHC-I 
proteínas citosólicas

 Antígenos estranhos no citoplasma:


 Produtos de vírus
 Outros microrganismos intracelulares
 Proteínas mutadas
VIA DE APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENO DO MHC DE CLASSE I
Expressão de moléculas do MHC
 Relacionada ás funções das células T
• MHC-I  expresso constitutivamente em células
nucleadas
 Classe I  infecções por microorganismos intracelulares

• MHC-II  células apresentadoras de Ag,


macrófagos e LB
 Classe II  Ag extracelulares
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)
•Complexo Leucocitário Humano (HLA)
•Apresentação de antígenos à células T
•Rejeição a transplantes

 Principais produtos gênicos do MHC

Moléculas MHC de classe I Linfócitos TCD8+


Antígenos Intracelulares

Moléculas MHC de classe II Linfócitos TCD4+


Antígenos Extracelulares
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS
PROTÉICOS A LINFÓCITOS T CD4

 LT respondem a Ag  APCs

 Funções APCs  ativação de células T CD4


 Processamento de antígenos

 Tipos APC  LT Helper CD4


 Células dendríticas
 Fagócitos mononucleares
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

Degradado no

Peptídeos ligam-se a

Apresentado a

Efeito sobre a célula


apresentadora
Reconhecimento de Antígeno pelo linfócito T
 Linfócito T

• T CD4+  helper
 Reconhece antígenos extracelulares fagocitados
 Ajudam B a produzir anticorpos
 Fagócitos a destruir micróbios fagocitados

• T CD8+  citotóxicos ou citolíticos


 Reconhece antígenos intracelulares
 Destroem células que abrigam micróbios
intracelulares
 Células tumorais
Complexo Principal de Histocompatibilidade
(MHC)

Associação entre MHC e Doenças

DISTÚRBIO ALELO DO MHC

Diabetes Mellitus(insulino dependente) DR3, DR4; Ausênc de DR2


Doença de Graves DR3
Lupus eritematoso sistêmico DR2
Espondilite anquilosante B27

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