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Dor

ELIANA BARRETO FIXINA


CEN/CAMEAM/UERN
Dor
DOR

Fenômeno freqüente e universal


Subjetivo em sua percepção, variável quanto a
intensidade, duração e significação fisiopatológica e
pessoal.
Ocorrente em “quase” todas as idades, níveis
socioeconômicos, em todos os ambientes e situações
Constitui-se no maior desafio para os profissionais
de saúde.
Principal motivo de busca aos serviços de saúde em
todo o mundo
Formas de descrição

Desconfortável
Agonia/angustia
Tração
Ardor
Queimação
Ferroadas
Lancinante
Perfurante
Indefinido – associada a cultura
Causas

Associados a diversos sistemas orgânicos e a diversas causas,


indicativa de “quebra” da homeostase
Principais:
 Estresse
 Inflamação
 Traumatismo
 Alterações hormonais
 Cirurgias
 Enfermidades já instaladas, do conhecimento do ou não do doente
 Isquemias
 Outros processos não biológicos
Tipo e Padrão

Aguda: atribuída a um fator precipitante, recente


( menos que 6 meses);
Crônica: imprevisível e auto limitada. A relação do
cliente com a dor aguda. A dor pode ser
acompanhada de alterações mais gerais inclusive
depressão
Seis pontos fundamentais de avaliação

Tipo
Gravidade
Localização
Início
Duração
História prévia

Precedida de rigorosa identificação de sinais e sintomas,


sinais vitais, historia clínica, fatores psicossociais e
culturais adicionais
Dificuldades na avaliação

Idade
Cultura
Linguagem
Confusão mental
Entrevistador
Entrevistado
Ansiedade
Desconforto
Acompanhantes
Registro
Questões éticas
Variáveis que interferem na sensação dolorosa

Humor
Ansiedade
Medo
Estresse
Raiva
Vergonha
Fadiga
Impotência
Concepções culturais
Resistência e discussão dos sintomas
Doenças pré existentes
Carências
Fisiologia da dor

Envolvimento do sistema nervoso central e periférico


Pode ser um “toque” para evitar o dano e/ou a
expressão do dano
Células nervosas especializadas – NOCIOCEPTORES
– receptores sensoriais periféricos localizados na
pele, nos músculos, vísceras e tecidos conjuntivo
Capacidade térmica, mecânica e química
Transportam o impulso doloroso até a medula
espinhal e dela, no curso das fibras nervosas
aferentes ( mielinizadas ou não )
Fisiologia da dor

A condução se dá através de mediadores químicos,


neurotransmissores – substancia P e Somatostatina.
( substancia P – neupeptídio/ neuromodulador,
processos inflamatórios// somatostatina – peptídio
vasoativo intestinal, hormônio pancreático )
Os mediadores químicos estimulam os
nocioceptores transportando o impulso doloroso
ao longo das fibras nervosas aferentes – fibras A-
delta mielinizadas, ou fibras C desmielinizadas até a
Medula Espinhal e interpretada no cérebro.
Teoria do gânglio dorsal ( cornos dorsais)
Sistema de condução da dor
Tipos de dor
Principais tipos de dor

Dor superficial – mediada por nocioceptores


superficiais do tecido cutâneo, pele ou membranas
mucosas. Resultante de lesão mecânica, térmica e/ou
pérfuro-cortante
Dor visceral – mediada por nocioceptores mais
profundos: viscerais ou musculares. A origem pode
ser torácica, abdominal, pélvica ou craniana. Pode
ser associada frequentemente a palidez, hipotensão,
diarréia, constipação e sudorese. Distancia-se de sua
origem. As causas podem ser pressão ou inflamação.
Principais tipos de dor

Dor somática ou estrutural – localizada com facilidade pelo


informante. Associa-se ao esforço, atividade física e
traumatismo. A origem pode ser músculos, articulações,
ligamentos ósseos, tendões e fáscias. Pode ser aguda,
intermitente ou apenas dolorida. Causas: traumáticas, invasivas
ou inflamatórias
Dor carencial ou por excesso de metabólitos
( resultante). Mediada por nocioceptores profundos.
Vasculopatias ou comprometimento vascular profunda ou
periférico. Causas: insuficiência de oxigênio e outros nutrientes
( isquêmica) ou por depósitos ( ateromas) ou por aneurismas
( má formação) que impedem o cumprimento da função orgânica
Principais tipos de dor

Dor neuropática – resulta de dano progressivo ou não


ao sistema nervoso central ou periférico. Os nocioceptores
são localizados no próprio sistema afetado e são
desnecessários estímulos. Diferença significante da dor
mediada ou dor nocioceptora. Sempre contínua e
dificilmente intermitente e associada a parestesias,
dormências, paralisia e transmissora de sensação de
queimação ou cauterização
Dor fantasma – é uma dor neuropática pós amputação
de membros. Não é psicossomática pois tem origem em
fibras que localizam-se nas terminações do coto e
acompanha-se geralmente de sensações nervosas.
• KASANOWSKI K. Mary; LACCETTI S. Margareth. Dor –
fundamentos e abordagem clínica. Rio de Janeiro RJ. Editora
Guanabara Koogan, 2005
• SMELTZEI S.C.; BARE B.G. BRUNNER E SUDDART. Tratado de
Enfermagem Médico Cirúrgico. 10ª edição. 02 volumes. Rio de
Janeiro RJ. Guanabara Koogan, 2006

• MARQUEZ, JAIME OLAVO. A dor e os seus aspectos


multidimensionais. Cienc. Cult. vol.63 no.2 São Paulo Abr. 2011

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