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A semana de arte

moderna de 1922
“Nós não sabíamos o que queríamos, mas sabíamos o que
não queríamos”.
(Mário de Andrade)
NASCIMENTO DE UMA ARTE NOVA
Surge inicialmente através da atividade crítica e literária de:

Oswald de Andrade Mário de Andrade Menotti del Picchia


E artistas que vão se conscientizando do tempo em que vivem.
OSWALD DE ANDRADE

1912 chega da Europa e divulga ideias futuristas de


Marinetti;
- Propõe “o compromisso da literatura com a nova
civilização técnica”;
- Alerta para a valorização das raízes nacionais, que deve
ser o ponto de partida para os artistas brasileiros.
- Cria movimentos: Pau-Brasil;
-Escreve jornais expondo suas ideias renovadoras;
-Participa dos grupos dos artistas que começam a se unir
em torno de uma nova proposta artística.
ANTECEDENTES DA SAM

1917 Exposição expressionista -


cubista de Anita Malfatti = recebe
crítica de Monteiro Lobato = artigo =
Paranoia ou mistificação = visão
conservadora = provoca indignação
entre os jovens modernistas = estopim
para a SAM.
ANITA MALFATTI

A onda, 1917
O Homem Amarelo, 1917 A Boba, 1916
ANTECEDENTES DA SAM
1917 Publicações:

“Há uma gota de sangue em cada poema”, de


Mário de Andrade
“A cinza das horas”, de Manuel Bandeira
“Juca Mulato”, de Menotti del Picchia
“Nós”, de Guilherme de Almeida

Herança parnasiana + simbolista + romântica +


inovações modernistas
A SAM
• Período: Noites dos dias 13, 15 e 17 de
fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de
SAMPA.

• OBJETIVO: A destruição das velhas


formas artísticas na literatura, na música
e nas artes plásticas. Paralelamente, os
modernistas procuravam afirmar os
princípios da chamada ARTE Imagem: Capa do catálogo da Semana de Arte
Moderna,1922 / Autor Desconhecido / Domínio Público
MODERNA.
PRINCIPAIS PARTICIPANTES DA SAM

LITERATURA
MÚSICA &
Mário de Andrade
Oswald de Andrade
ARTES PLÁSTICAS
Anita Malfatti
Ronald de Carvalho Di Cavalcanti
Menotti del Picchia Santa Rosa
Guilherme Almeida Villa-Lobos
Sérgio Milliet Guiomar Novaes
A IMPORTÂNCIA DA SAM

• Destruição do imobilismo cultural;


• A desintegração do passado artístico;
• A atualização intelectual com as vanguardas
europeias (o império do experimentalismo);
• O direito permanente de pesquisa e criação
estética;
• A estabilização de uma consciência criadora
nacional, preocupada em expressar o país (o
Brasil).
a arte deve ser uma cópia fiel do real almejar uma tal liberdade
criadora para o artista. Não
se sentir cercado pelos
limites da realidade
A SEMANA
Quarta-feira, 15 de fevereiro – Guiomar Novaes
era para ser a grande atração da noite. Contra a
vontade dos demais artistas modernistas,
aproveitou um intervalo do espetáculo para
tocar alguns clássicos consagrados, iniciativa
aplaudida pelo público. Mas a "atração" dessa
noite foi a palestra de Menotti Del Picchia sobre
a arte estética, em que apresenta os novos
escritores dos novos tempos. Surgem vaias e
barulhos diversos (miados, latidos, grunhidos,
relinchos…) que se alternam e se confundem
com aplausos. Quando Ronald de Carvalho lê o
poema Os Sapos, de Manuel Bandeira (estava
com tuberculose), poema criticando
abertamente o Parnasianismo e seus adeptos, o
público faz coro atrapalhando a leitura do texto. Imagem: Capa do catálogo da Semana de Arte
Moderna,1922 / Autor Desconhecido / Domínio Público
A noite acaba em algazarra.
A SEMANA
Sexta-feira, 17 de fevereiro - O dia mais tranquilo
da semana, apresentações musicais de Villa-
Lobos, com participação de vários músicos. O
público, em número reduzido, portava-se com
mais respeito, até que o maestro entra de
casaca, mas com um pé calçado com um sapato e
outro com chinelo; o público interpreta a atitude
como futurista e desrespeitosa e vaia o artista
impiedosamente. Mais tarde, o maestro
explicaria que não se tratava de modismo, e sim,
de um calo inflamado…
Imagem: Fac simile da partitura original de Villa-
Lobos da música Escravos de Job,
disponibilizada pelo Museu Villa-Lobos, 1938 /
Amatnecks / Domínio Público

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