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A SOCIEDADE

CONTEPORÂNEA E O
DESAFIO DA EDUCAÇÃO
Mudanças da sociedade contemporânea e
seus reflexos na educação
 O desenvolvimento das Tecnologias da Informação e
Comunicação se apresenta como fator determinante para a
ocorrência das transformações sociais nos aspectos da vida em
sociedade, quer seja: política, econômica, social e cultural.
 A criação do ciberespaço configura uma realidade sem
retrocesso, que permite aos sujeitos através da comunicação
online, relações em redes sociais, a busca de informações,
produção de conhecimentos coletivos e compartilhamento de
saberes, entre outros. Nesse contexto, o cenário da educação
mundial e nacional requer e perpassa por mudanças, pois, os
sujeitos estão aprendendo além dos limites da escola.
A TECNOLOGIA E O FUTURO

 O futuro da educação deve ser ancorado na autoeducação, uma


nova maneira de aprender. Quais os desafios da escola para
formar sujeitos criativos, críticos e humanos?
 Parece ser prudente, centrar o foco no utilizador usuário, pois, a
autodidaxia está correndo nos alunos há muito tempo, devido à
relação dos jovens com as mídias.
 A escola tem sido, pressionada a integrar de modo certeiro
educação e tecnologias eletrônicas. Todavia nem todos os
espaços físicos estão adaptados para receber os equipamentos e
muitos docentes ainda não dispõe de conhecimentos teóricos e
práticos para o uso dos novos recursos didáticos.
AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS

 Temos o privilégio de viver num período histórico marcado por


intenso desenvolvimento tecnológico, econômico e cultural. A
criação e desenvolvimento das tecnologias da Informação e
comunicação e da internet, inegavelmente, estabeleceram
significativas mudanças e transformações na sociedade.
 Segundo Preto (2008) o software se tornou matéria-prima essencial
para o desenvolvimento da economia no século XXI, tão
importante quanto foi o aço para o século XX e a agricultura para
a industrialização. ZYGMUND BAUMAN
DESAFIOS E POSSIBILIDADES

 Preto (2008, p. 95) afirma que “a informática mudou a organização


da sociedade” e certamente continuará contribuindo para as
transformações sociais e econômicas em países desenvolvidos e
em desenvolvimento, mesmo, constatando-se que uma grande
parcela da população mundial continue sendo excluída das
condições de acesso às tecnologias.
 Como exemplo de inovações tecnológicas no âmbito do ensino, a
partir de 1994, com a expansão da Internet nas Instituições de
Ensino Superior (IES), as universidades brasileiras começaram a
ofertar cursos superiores à distância e a utilizar as novas tecnologias
de informação e comunicação (TIC) com maior frequência. Desde
então, a Educação a Distância criou um mercado amplo e sem
precedentes.
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
 A tecnologia está mudando a educação, não apenas na
organização, escolha e disponibilidade dos conteúdos, mas
também na distribuição. Isso obriga instituições de ensino a se
adaptarem ou irão fracassar nos novos conceitos da sociedade
digital.
 Evidentemente que no processo ensino-aprendizagem a
penetração das tecnologias eletrônicas dá-se não sem obstáculos.
Boa parte das escolas, embora trabalhe com diversos
equipamentos “modernos” segue, na prática do ensino,
paradigmas tradicionais e de simplicidade. Isso porque há
professores que não se sentem preparados para o uso das
tecnologias eletrônicas em sala.
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO FRENTE
ÀS NOVAS TECNOLOGIAS

 Inserir novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem é


um desafio para os professores em sala de aula, ao mesmo tempo
em que suas potencialidades devem ser objeto de pesquisa e
discussão nos cursos de formação. (...) Sendo assim, é
extremamente relevante uma formação eficiente do professor, que
deve estar aberto às mudanças, aos novos paradigmas, os quais os
obrigarão a aceitar as diversidades, as exigências impostas pela
sociedade que se comunica através de outro formato de
linguagem; de um universo cultural cada vez mais amplo e
tecnológico.
 Vale ressaltar que diversos fatores levam a escola a resistir às
inovações no âmbito da tecnologia. A falta de recursos, de
infraestrutura, o despreparo dos professores e da equipe
pedagógica, os materiais que chegam à escola por imposição e
não por escolha dos professores a quantidade de material
inadequada ao porte do colégio estão entre os principais.
PLANEJAMENTO PROEJTO POLITÍCO
PEDAGÓGICO E ORGANIZAÇÃO DO ENSINO
SUPERIOR

 Em geral, nós professores universitários consumimos grande parte


do tempo de nossas atividades em sala de aula, e, ao menos,
teoricamente estamos sempre a nos interrogar como poderiam ser
melhor aproveitadas estas aulas pelos nossos alunos.
 Ao nos preocuparmos com melhorar a docência , não podemos
nos esquecer que por detrás do modo de lecionar existe um
paradigma que precisa ser explicitado , analisado, discutido afim
de que a partir dele possamos pensar em fazer alterações
significativas em nossas aulas.
QUE PARADIGMA É ESTE? COMO
ELE SE MANIFESTA?

 A grande preocupação no Ensino Superior é com o próprio ensino ,


no seu sentido mais comum: o professor entra em aula para
transmitir aos alunos informações e experiências consolidadas para
ele através de seus estudos e atividades profissionais , esperando
que o aprendiz as retenha, absorva e reproduza por ocasião dos
exames e provas avaliativas.
ESTA PREOCUPAÇÃO SE APÓIA EM
TRÊS PILARES:

 PAG. 8-9
CONCEITO DE SALA DE AULA
UNIVERSITÁRIA

 Compreender a aula como espaço e tempo de aprendizagem por


parte do aluno modifica completamente este quadro. Com efeito,
sala de aula é espaço e tempo durante o qual os sujeitos de um
processo de aprendizagem (professor e alunos) se encontram para
juntos realizarem uma série de ações (na verdade inter-ações)
como estudar, ler, discutir e debater, ouvir o professor, consultar e
trabalhar na biblioteca, redigir trabalhos, participar de conferências
de especialistas, entrevistá-los, fazer perguntas, solucionar dúvidas,
orientar trabalhos de investigação e pesquisa, desenvolver
diferentes formas de expressão e comunicação, realizar oficinas e
trabalhos de campo.
A AULA UNIVERSITÁRIA NO DIA-A-
DIA

 Como se transpõe essa teoria para a prática pedagógica na aula


universitária?
 1. Um primeiro exemplo: como iniciar um curso apresentando o
plano de trabalho e procurando envolver o aluno na discussão do
próprio plano e motivá-lo para a aprendizagem que é necessária?
 No primeiro encontro com os alunos, iniciar o contato deixando
claro que o sucesso daquela disciplina vai depender de um
trabalho em equipe entre professor e alunos, um trabalho de
parceria e co-responsabilidade e que irá começar naquele mesmo
instante, quando, o grupo classe vai procurar se conhecer melhor e
se manifestar sobre quais são suas expectativas sobre a disciplina.
 Quais nossos objetivos com esta atividade? Criar oportunidade
para um início de integração entre os membros da turma visando
formação de um grupo de trabalho e envolver os alunos com a
disciplina, criarmos espaços para podermos explicar nossa
disciplina e procurar que eles se interessem por ela.
2. Outro exemplo: como organizar a seqüência de uma aula
que coloque o aluno e o professor trabalhando juntos durante
o tempo da aula e em tempo extra classe, de forma a
envolver aluno e professor?

 Apresentação pelo professor de uma situação problemática


relacionada com um tema, destacando aspectos importantes e
para a qual se procura uma solução científica.
 Indicação de fontes de informação
 Busca da informação
 Resposta para uma situação complicada
 Generalização das conclusões e sínteses
 3. Em geral , costumamos pedir aos nossos alunos que façam
leituras em casa para a próxima aula, e, conforme depoimentos
dos próprios professores, de um modo geral também, os alunos não
o fazem. Teríamos algumas estratégias que mostrassem ao aluno
quão importante é a leitura individual,ou preparação par o
encontro com o professor e os colegas na próxima aula?
 Ao fazermos indicações de leituras para próxima aula, poderemos
cuidar de que o tamanho do texto seja possível de ser lido de uma
semana para outra, ou de uma aula para outra; e que o texto seja
pertinente e atualizado com relação ao tema estudado
 Este é um ponto importante a se pensar quando se propõe uma
leitura fora de classe: que atividade será realizada com a leitura
feita e o material produzido e o que se fará com os alunos que não
tiverem realizado a leitura e se preparado para a aula. A resposta
me parece clara : ter planejado atividades pedagógicas coletivas
que deem continuidade em aula ao estudo individual, mas que só
serão realizadas pelos alunos que tiverem realizado a atividade
individual como preparação para elas.
 Os alunos que não tiverem feito a leitura deverão fazê-lo no
primeiro momento de aula, individualmente, e separadamente dos
demais , preparando-se para a sequencia das demais atividades.
 4. A aula expositiva é uma das técnicas mais usadas por nós
professores. Será que num paradigma que valoriza a aprendizagem
essa técnica ainda tem lugar? Alguns pensam que não, que ela
estaria abolida. No meu entender, não se trata disso; mas, sim de se
usar a aula expositiva como uma técnica, isto é quando ela for
adequada aos objetivos que temos. Isto quer dizer que ela cabe,
por exemplo, no início de um assunto para motivar os alunos a
estudá-lo ou para apresentar um panorama geral do tema que
será estudado posteriormente; ou como síntese de um estudo feito
individual ou coletivamente, ao final dos trabalhos. Sempre usando
de 20 a 30 minutos (não mais do que isso), pois é um tempo no qual
conseguimos manter a atenção dos alunos.
 Dentro do paradigma que privilegia a aprendizagem, transmitir
informações através da técnica da aula expositiva não é
aconselhável, uma vez que buscar informação e trabalhar com ela
é muito mais importante que ouvir as informações já organizadas,
absorvê-las e depois , reproduzi-las.
5. Técnicas de dinâmica de grupo

 Atividades pedagógicas coletivas são profundamente diferentes


de atividades individuais, porque envolvem um grupo de pessoas
trabalhando de forma diferente que o indivíduo, com objetivos e
regras diferentes , e com resultados esperados também diferentes .
Mas porque tanta diferença?
 O mínimo que se espera é que um grupo, além de tomar
conhecimento das colaborações dos seus participantes possa
discuti-las, analisá-las, e com este debate avance os estudos afim
de que se transcenda aqueles já apresentados pelos participantes.
 São exemplos de atividades pedagógicas coletivas: seminário,
excursões, atividades em grupos as mais diversas como G.O G.V,
painel integrado, grupos de oposição, pequenos grupos de
formular questões ou solucionar casos , projetos.
 7. Por último, não poderíamos deixar de comentar as possibilidades
de dinamizar nossas aulas, lançando mão do uso de situações reais
de atuação profissional como condições extremamente favoráveis
à aprendizagem dos alunos.
 Em contato com a realidade profissional, os alunos sentem-se
profundamente interessados em estudar e resolver problemas, em
pesquisar e buscar saídas para as questões que se põem em seu
trabalho. Sentem-se adultos, responsáveis, curiosos, satisfeitos com
os resultados obtidos. Quase arriscaria dizer que, em contato com a
realidade, os alunos aprendem por eles mesmos; mais do que em
outras circunstâncias talvez, se comportam como sujeitos de suas
aprendizagens.
PLANEJAMENTO E AÇÃO PEDAGÓGICA: DIMENSÕES
TÉCNICAS E POLÍTICAS DO PLANEJAMENTO
 Todo planejamento deve retratar a prática pedagógica da escola
e do professor. No entanto, a história da educação brasileira tem
demonstrado que o planejamento educacional tem sido uma
prática desvinculada da realidade social, marcada por uma ação
mecânica, repetitiva e burocrática, contribuindo pouco para
mudanças na qualidade da educação escolar.
 Dimensão política – toda ação humana é eminentemente uma
ação política.
 Dimensão técnica – o saber técnico é aquele que permite viabilizar
a execução do ensino, é o saber fazer a atividade profissional.
MOMENTOS OU ETAPAS DO
PLANEJAMENTO

 1. Diagnóstico sincero da realidade concreta dos alunos.


 2. Experiência social e cultural
 3. Organização do trabalho pedagógico, didática, objetivos a
serem alcançados, escolha de conteúdos, atividades e técnicas
de ensino.
 4. Sistematização do processo de avaliação da aprendizagem,
Avaliação entendida como um meio, não um fim em si mesma
REQUISITOS PARA O
PLANEJAMENTO DO ENSINO

 Conhecer em profundidade os conceitos centrais e leis gerais da


disciplina
 Saber avançar das leis gerais para a realidade concreta
 Escolher exemplos concretos e atividades práticas
 Iniciar o ensino do assunto pela realidade concreta
 Saber criar problemas e saber orienta-los
 Para articularmos os valores gerais da educação (concepção de
educação) com as aprendizagens dos conteúdos programáticos e
as atividades que o professor pretende desenvolver na sua aula,
devemos elaborar os objetivos gerais e os específicos.
 O objetivo geral expressa propósitos mais amplos acerca da
função da educação, da escola, do ensino, considerando as
exigências sociais, do desenvolvimento da personalidade ou do
desenvolvimento profissional dos alunos.
 O objetivo específico expressa as expectativas do professor sobre o
que deseja obter dos alunos no processo de ensino.
SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DOS
CONTEÚDOS

 Os estudos da Didática contribuem com o professor, oferecendo


possibilidades de escolher o que ensinar, para que o aluno
aprenda e descubra como aprendeu.
 Quando explico sobre o que ensinar, faço referência aos
conteúdos de ensino. A seleção dos conteúdos que farão parte do
ensino é uma tomada de decisão carregada de intencionalidades.
É da responsabilidade do professor escolher os conteúdos que
desenvolverão aprendizagens nos alunos para que estes expliquem
a realidade conscientemente.
 Podemos considerar três fontes que o professor deve utilizar para
selecionar os conteúdos de ensino e organizar suas aulas:
 A primeira é a programação oficial, na qual são fixados os
conteúdos de cada matéria;
 A segunda são os próprios conhecimentos básicos das ciências
transformados em matéria de ensino;
 A terceira são as exigências teóricas e práticas que emergem da
experiência de vida dos alunos, tendo em vista o mundo do
trabalho e a participação democrática na sociedade.
E O ALUNO? COMO APRENDE?

 Mas como o aluno aprende? Como se pode garantir a


aprendizagem dos conteúdos?
 A busca de soluções para as questões que estão sempre surgindo
num ambiente enriquecido configura a atitude e a conduta de
verdadeiros pesquisadores.
 São levantadas as dúvidas daquele momento, mas quais são as
certezas que ficam?
 Em primeiro lugar, tratam-se de certezas provisórias porque o
processo de construção é um processo continuado e ocorre numa
situação de continuidade alternada com a descontinuidade. Uma
certeza permanece até que um elemento novo apareça para ser
assimilado.
 Como será feita a avaliação do rendimento do aluno, se cada um
faz um projeto diferente? O importante é observar não o resultado,
um desempenho isolado, mas como o aluno está pensando, que
recursos já pode usar, que relações consegue estabelecer, que
operações realiza ou inventa.
 O uso da Informática na avaliação do indivíduo ou do grupo por
meio de projetos partilhados permite a visualização e a análise do
processo e não só do resultado, ou seja, durante o
desenvolvimento dos projetos, trocas ficam registradas por meio de
mensagens, de imagens, de textos.
PREPARAR OS PROFESSORES PARA A
UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR E DA INTERNET

 O primeiro passo é procurar de todas as formas tornar viável o


acesso frequente e personalizado de professores e alunos às novas
tecnologias, notadamente à Internet. É imprescindível que haja
salas de aula conectadas, salas adequadas para pesquisa,
laboratórios bem equipados. Pode parecer utopia falar isso no Brasil
atualmente, mas hoje o ensino de qualidade passa
necessariamente pelo acesso rápido, contínuo e abrangente a
todas as tecnologias.
 No nível mais avançado: dominar as ferramentas da WEB, do e-
mail. Aprender a pesquisar nos search (GOOGLE, BING), a
participar de listas de discussão, a construir páginas (BLOG,
FACEBOOK).
 O nível seguinte é auxiliar os professores na utilização pedagógica
da Internet e dos programas multimídia. Ensiná-los a fazer pesquisa.
EQUILIBRAR O PRESENCIAL E O
VIRTUAL

 Se tivermos dificuldades no ensino presencial, não as resolveremos


com o virtual. Podemos tentar a síntese dos dois modos de
comunicação: o presencial e o virtual, valorizando o melhor de
cada um deles.
 Estar juntos fisicamente é importante em determinados momentos
fortes; conhecer-nos, criar elos, confiança, afeto. Conectados,
podemos realizar trocas mais rápidas, cômodas e práticas.
 Realizar atividades que fazemos melhor no presencial: comunidades,
criar grupos afins (por algum critério específico). Definir objetivos,
conteúdos, formas de pesquisa de temas novos, de cursos novos. Traçar
cenários, passar as informações iniciais necessárias para nos situarmos
diante de um novo assunto ou questão a ser pesquisada.
 A comunicação virtual permite interações espaço-temporais mais livres,
a adaptação a ritmos diferentes dos alunos, novos contatos com
pessoas semelhantes, fisicamente distantes, maior liberdade de
expressão a distância.
 Por dificuldades culturais e educacionais de abrir-nos no presencial,
temos mais sucesso na utilização de certas formas de comunicação a
distância.
 As crianças terão muito mais contato físico, pela necessidade de
socialização, de interação. Mas nos cursos médios e superiores, o
virtual superará o presencial. Haverá uma grande reorganização
das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas-
ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa
- o escritório – será o lugar de aprendizagem.
 Caminhamos rapidamente para processos de ensino-
aprendizagem totalmente audiovisuais e interativos. Nós veremos,
ouviremos, escreveremos simultaneamente, com facilidade, a um
custo baixo, às vezes em grupos grandes, outras vezes em grupos
pequenos ou de dois em dois.

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