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Adoção internacional

Professor Francisco Nailson


Definição:
• Aquela em que o adotante ou casal adotante é
residente ou domiciliado fora do Brasil.
Adoção internacional e o brasileiro
• não é aquela efetivada por estrangeiros!
• O brasileiro tem preferência em relação ao
estrangeiro, contudo, nessa situação, a
adoção é internacional.
• estrangeiro que resida no Brasil e que
pretenda adotar estará sujeito às regras da
adoção nacional.
Resumindo:
• o critério que qualifica uma adoção como
internacional é territorial, não importando a
nacionalidade do adotante.
Condições para admissibilidade da
adoção internacional
• No passado:
• Não existia regra mas já se realizava essa
modalidade no Brasil.
• Prof.Alyrio Cavallieri afirmou ser necessária a
observância de três condições para a admissibilidade
desse tipo de adoção:
• a) solicitar a lei do Estado de acolhida para saber se as
crianças não seriam “pessoas de segunda classe”
naquele país;
• b) realizar estudo da família;
• c) somente encaminhar criança que não tenha
nenhuma possibilidade de obter família brasileira.
• a adoção internacional representa a
excepcionalidade da excepcionalidade.
• Caráter subsidiário, é ultima alternativa...
• ”Ela é uma das formas de garantir a
convivência familiar, de cuidar, mas não é uma
política pública”
A Convenção de Haia e
ordenamento nacional
• o legislador incorporou ao texto do Estatuto as
regras e condições da adoção internacional
contidas na Convenção de Haia.
• De fato, o Estatuto, nos termos do art. 227, § 5.o,
da CF e do revogado art. 1.629 do CC/2002, é a
lei especial que deve reger as adoções
internacionais, motivo pelo qual foi importante a
incorporação ao seu texto das regras contidas na
Convenção de Haia, estendendo-se o tratamento
da matéria para além dos quatro dispositivos
esparsos dantes existentes.
Intervenção das autoridades centrais estaduais e
federal em matéria de adoção internacional

• Habilitação
• Pais de origem / pais de acolhida
• A cooperação, em matéria de adoção
internacional, parte do pressuposto de que
cada país tenha a sua autoridade central de
adoção, encarregada de dar cumprimento às
obrigações impostas pela Convenção de Haia.
• No Brasil cada ente federativo tem sua autoridade
central estadual.
• autoridade central federal de adoção, representada pela
Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), bem
como autoridades centrais estaduais, repre- sentadas pelas
Comissões Estaduais de Adoção Internacional (Cejai).
• Nesse sentido, o Dec. n. 3.174/1999 criou o Conselho das
Autoridades Centrais Brasileiras, composto pelos seguintes
membros: I. Autoridade Central Federal, que o presidirá; II.
um representante de cada Autoridade Central dos Estados
federados e do Distrito Federal; III. um representante do
Ministério das Relações Exteriores; e IV. um representante
do Departamento de Polícia Federal.
Procedimento para quem quer
adotar:
• 1. buscar informações soabre a adoção na
autoridade central de seu país.
• 2. posteriormente buscar informações no
país de origem.
• Com esse proceder, forma-se uma verdadeira
teia de proteção, composta pela conexão de
ações protetivas e de cooperação entre um
país de origem (que representa o local em que
se encontra a criança ou o adolescente em
condições de ser adotado) e um país de
acolhida (que representa a residência ou
domicílio da pessoa interessada na adoção).
Que a colocação em família substituta seja a solução adequada
ao caso concreto, sendo a adoção internacional medida
subsidiária ou excepcional

• art. 1.o, § 1.o, da Lei n. 12.010/2009, que “a


intervenção estatal (...), será prioritariamente
voltada à orientação, apoio e promoção social
da família natural, junto à qual a criança e o
adolescente devem permanecer, ressalvada
absoluta impossibilidade, demonstrada por
decisão judicial fundamentada”.
• Princ. Da Prevalência da família – familia
natural
. Observância do estágio de convivência e de parecer
favorável da equipe interprofissional

• art. 46, tem como função verificar a


compatibilidade entre adotante e adotando,
devendo ser acompanhado por estudo
psicossocial. Esse estudo apurará a presença
dos requisitos subjetivos para a adoção
(idoneidade, reais vantagens e motivos
legítimos) e é elaborado pela equipe
interprofissional a serviço da Justiça da
Infância e da Juventude.
• a adoção internacional é aquela que implica
deslocamento da criança ou do adolescente
de um país de origem para um país de
acolhida, de modo que podem estar sujeitos
às suas regras tanto os brasileiros (que
residam no exterior) como estrangeiros (que
não residam no Brasil).
Ordem de preferência:
• os brasileiros residentes no exterior terão
preferência aos estrangeiros. Pretendeu o
legislador promover a preservação dos laços
nacionais, com o intuito de se manter uma
identidade brasileira.
Observadas pelo:
• art. 227, § 5.o, da CF,“a adoção será assistida
pelo Poder Público, na forma da lei, que
estabelecerá casos e condições de sua
efetivação por parte de estrangeiros”.
• As regras são mais rígidas que para adoção
nacional.
A nacionalidade do adotado na adoção
internacional
• ao Estado de acolhida regular se adquirirá a
sua nacionalidade.
• No caso brasileiro, não prevê a Constituição
Federal que a adoção internacional é causa de
perda da nacionalidade brasileira, conforme
dispõe o art. 12, § 4.o.
Procedimentos para a adoção
internacional
Complexo de atos para a adoção internacional em que
o Brasil é o país de origem
Fase preparatória e de habilitação
• interessado em adotar, deverá formular
pedido de habilitação à adoção perante a
autoridade central em matéria de adoção
internacional no país de acolhida, que é
aquele em que situada sua residência habitual
(art. 51, § 3.o, do Estatuto).
• Pedidos de habilitação por meio de
credenciamento Admite-se, se assim permitir
a legislação do país de acolhida, que os
pedidos de habilita- ção à adoção
internacional sejam intermediados por
organismos credenciados. Esse credencia-
mento será feito diretamente perante a
Secretaria Especial dos Direitos Humanos
(autoridade central federal)

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