You are on page 1of 17

DISCIPLINA ASSISTÊNCIA À URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA

Prof. Enf. Victor Henrique Fischer

Parada. Cardiorrespiratória – PCR e RCP


Parada Cardíaca
 Ocorre quando o coração cessa de produzir pulso efetivo e
circular o sangue

 Bibliografia (Disponível na pasta compartilhada):


 Apostila Urgência e Emergência – SENAC– Capítulos 4 e 5
 Brunner e Suddarth - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica –
Unidade 6 Capítulo 30 – Parada Cardíaca
 Manual de Suporte Avançado de Vida – Ministério da Saúde –
SAMU – AC4
 Manual de Primeiros Socorros – FIOCURZ– Capítulo I
Principais causas da ParadaCardíaca
Eventos elétricos
 Arritimia
 Bradicardia profunda progressiva

 Fibrilação ventricular

 Assistolia (ausência total de condução elétrica)


Principais causas da ParadaCardíaca
Parada Respiratória
Oclusão das vias aéreas Pneumo ou hemotórax Falência muscular acessória

Perfuração
da caixa
toráxica
Principais causas da ParadaCardíaca
 Atividade Elétrica Sem Pulso – Há condução cardíaca, porém a contração muscular ou o volume
de sangue impulsionado são insuficientes para manter acirculação
 Hipovolemia  Embolia Pulmonar maciça
 Hipoxia  Infarto Agudo doMiocárdio
 Hipotermia  Superdosagem de medicamentos (ex.
 Hiperpotassemia betabloqueadores, bloqueadores dos canais de
calcio, etc)
Sobrevida x ParadaCardiorrespiratória
A identificação e os primeiros atendimentos
devem ser iniciados dentro de um período máximo
de 4 minutos a partir da ocorrência, pois os centros
vitais do sistema nervoso ainda continuam em
atividade.
 Quanto maior a demora, maior a afetação do
organismo, particularmente do cérebro a nível
celular, devido à hipóxia
Identificação da PCR – Sinais e sintomas
Ausência de pulso em grande artéria (carótida, femoral,
etc)
Apneia ou respiração arquejante. Em geral a apneia ocorre
cerca de 30 segundos após a para cardíaca
Espasmo (contração súbita e violenta) da laringe
Cianose (coloração arroxeada da pele e lábios)
Inconsciência
Dilatação das pupilas. Começam a dilatar após 45 segundos
de interrupção de fluxo para océrebro
Tratamento – ReanimaçãoCardiopulmonar
O tratamento foca-se em restabelecer o fluxo sanguíneo aos órgãos vitais até que a circulação
efetiva possa ser restabelecida.
Imediatamente após o reconhecimento da falta de responsividade, falta de pulso e respiração, deve-
se iniciar o protocolo para suporte básico de vida
A RCPbaseia-se no protocolo básico “ABC +D”:

 A – ABERTURADASVIASAÉREAS
 B – VENTILAÇÃOARTIFICIAL
 C– SUPORTECIRCULATÓRIO
 D – DESFIBRILAÇÃOCOM DESFIBRILADORPADRÃOOUDEA

 Nota: A American Heart Association, em 2010, propôs uma alteração na ordem do atendimento, iniciando-se pelo C, Suporte
Circulatório
Sequência de suporte básico de vida em adulto
Avaliar a cena

Determinar nível de consciência

Pedir auxílio se inconsciente

Abrir vias aéreas

Verificar Respiração (se ausente)

Ventilar duasvezes

Palpar pulso (se


ausente)
Iniciar
compressão
torácica
Diferenças no atendimento à parada intra-hospitalar
Além de todos os cuidados ABC (Abertura de Via Aérea, Ventilação artificial e Circulação),
inclui-se a Desfibrilação e monitorização do paciente
Quando o paciente já esta monitorizado ou quando é monitorizado utilizando-se as pás
externas, e o ECG revela fibrilação ventricular o tratamento de escolha consiste em desfibrilação
imediata, em lugar da RCP.
O uso do Desfibrilador é sempre a primeira opção. A RCP só deverá ser iniciada após
monitorização ou senão houver desfibrilador disponível.
A taxa de sobrevida diminui para cada minuto de atraso na desfibrilação. Se o paciente não for
desfibrilado dentro de 10 minutos, há pouca probabilidade desobrevida.
Além disso, em ambiente hospitalar e unidade móvel, há a possibilidade de uso de
medicamentos, conforme veremos a seguir.
A e B - Suporte Respiratório
A primeira etapa da RCP consiste em restabelecer uma via respiratória
aberta
Deve-se retirar qualquer material evidente da boca, inclusive dentaduras e
aparelhos corretivos dentais móveis, realizando-se varredura digital
Com uma manobra de inclinação da cabeça e levantamento do queixo
garante-se a abertura da via e a avaliação de circulação do ar. Se necessário e
disponível, insere-se uma cânula de guedel. Para verificar se há
permeabilidade, aplica-se duas ventilações iniciais.
Se houver obstrução ou resistência a esta tentativa inicial, aplica-se a
manobra de Heimlinch (ver apostila) ou golpes abdominais apara aliviar a
obstrução
Não havendo resistência, iniciam-se as ventilações de 1s, com intervalos de
5 segundos. Seem ambiente hospitalar, realiza-se a entubação orotraqueal.
C e D – Restauração da Circulação
Após a ventilação inicial, avalia-se o pulso de grande artéria (carótida ou femoral).
Senão for detectado nenhum pulso, iniciam-se ascompressõescardíacas.
 Estas devem ser feitas sempre sobre uma superfície firme, como o chão ou uma
prancha de massagem cardíaca.
O reanimador coloca a palma da mão esquerda na parte central do tórax, sobre a
porção média do externo, e coloca a mão direita espalmada sobre a esquerda com
dedos entrelaçados, sem que toquem a parede toráxica.
Usando a força do peso corporal, sem dobrar os cotovelos, o reanimador
pressiona rapidamente para baixo a partir da área do ombro, liberando uma
compressão vigorosa na parte inferior do externo da vítima, a cerca de 5 cm em
direção à coluna vertebral. A frequência deve ser de 30 compressões para duas
ventilações.
Recomenda-se trocar o ressuscitador a cada 5 ciclos de 30 compressões/2
ventilações. A equipe deve ter, minimamente, um ressuscitador massageando, um
ventilando, um responsável pela monitorização e desfibrilador e um para
medicação.
C e D – Restauração da Circulação
A cada ciclo, verifica-se se houve restabelecimento da circulação.
 Após a restauração da circulação, inicia-se a monitorização imediata e a
investigação das causas da parada.
Se for detectada nova fibrilação, executa-se a desfibrilação e reinicia-se a RCP
para estabilização.
Se for detectada assistolia no monitor, administra-se epinefrina e continua-se
a RCP,buscando identificar causa subjacente como hipovolemia, hipotermia ou
hipóxia.
Interrompe-se a RCP com a retomada da respiração autônoma ou por
ventilação mecânica, e da circulação autônoma, ou por decisão do médico
assistente quanto a impossibilidade de reverter o quadro.
Cuidados após aRCP
 Restabelecida a respiração e a circulação, os cuidados pós reanimação concentram-se em
monitorar o paciente quanto a estabilidade dos sinais vitais, com principal atençãoa:
 Vias aéreas e ventilação
 Monitorização cardíaca
 Oximetria
 Acesso venoso pérvio
 Controle de infusão de volume
 Drogas vasoativas e antiarrítmicas
 Glicemia
 SNGe SVD
 Controle dos SSVV
 Registro de padrões hemodinâmicos

You might also like