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Fenômenos de Transporte

HISTÓRICO DA MECÂNICA DOS FLUIDOS


Surge com a necessidade de utilizar a água disponível na natureza.

Romanos e Incas  sistemas de canais


Asia Central  sistemas de irrigação

Princípio de Arquimedes

Canal inca Um aqueduto romano que ia das


Lagoas de Salomão
para Jerusalém
Leonardo da Vinci (1452 - 1519)  projetou e construiu o primeiro canal com
comportas (Milano), estudou o vôo dos pássaros e desenvolveu algumas idéias sobre
as forças que os sustentam.

Logo, houve um rápido desenvolvimento na Engenharia Hidráulica, baseado na experimentação.

Como exemplos temos:


 Newton (1687): deu as bases para o estudo teórico da resistência ao
movimento dos corpos. Tentou dividir as forças em componentes, funçaõ das
propriedades dos fluidos: viscosidade (), massa específica () e coesão de
partículas.
V
Para a viscosidade:   
n

 Bernoulli (1738): estabeleceu a relação entre velocidade, pressão e cota,


para distintos pontos de um escoamento:
V2 p
  z  cte.
2g 

 Euler (1749, +): Teoria do movimento do fluido, considerando-o um meio


contínuo e deformável. Equações do movimento de um fluido ideal.

 D’Alembert (1744): estudou a resistência ao movimento dos corpos, usando a


teoria de funções de variável complexa.
Devido ao conflito entre a teoria e a prática, surgem duas escolas:

HIDRODINÂMICA HIDRÁULICA

UNIFICAÇÃO

NAVIER, STOKES e POISSON (1822 a 1845)

Equações gerais para o movimento de um fluido real


(Explicou as diferenças entre as duas escolas)
 Prandtl (1904)
 Conceito de CAMADA LIMITE
Prandtl estabeleceu um elo essencial
entre o movimento de um fluido ideal
e de um fluido real para fluidos com
baixa viscosidade.
Algumas aplicações:
• geração de energia,
• contaminação de corpos de água,
• análise de previsão do tempo,
• bio-engenharia (coração artificial, respiração artificial, fluxo
sangüíneo),
• transporte de partículas (sedimentos, minério, carvão,
fumaça...)

Coração artificial:
totalmente interno e
controlado por baterias
Previsão do tempo
Furacão Catarina
Março 2004

Temperatura crítica
~ 27ºC
Março 2004
Itaipu
Ressalto hidráulico
Simulação em túnel de vento
Escoamento Viscoso - Não-viscoso
Um fluido cuja viscosidade é considerada nula, é chamado de não-viscoso ou
perfeito.
Um escoamento de fluido não-viscoso ou perfeito é chamado de escoamento ideal.
Escoamento Viscoso - Não-viscoso
Fatores a serem levados em consideração:
- distância à parede,
- condição de não-deslizamento (velocidade relativa nula à parede)
CAMADA LIMITE
Transporte de partículas (sedimentos, minério, carvão, fumaça...)

Escoamento ao redor de corpos


Escoamento ao redor de obstáculos: esteiras
Usando a análise dimensional, chegamos à relação :
F  VD 
2 2
 f1
   f1 Re 
V D   
f1 pode ser determinada experimentalmente e Re é um parâmetro
do escoamento (número de Reynolds).
Simulações numéricas de escoamentos

Vôo planado - libélula


Ponte sobre o Rio Takoma – Washington - USA
Estados Físicos da Matéria
Teoria Cinética Molecular

“Qualquer substância pode


apresentar-se sob qualquer dos
três estados físicos
fundamentais, dependendo das
condições ambientais em que se
encontrarem”
Quais as diferenças
fundamentais entre
fluido e sólido?

• Fluido é mole
e deformável

• Sólido é duro
e muito pouco
deformável
Passando para uma
linguagem científica:
• A diferença fundamental entre sólido e fluido
está relacionada com a estrutura molecular:

– Sólido: as moléculas sofrem forte força de atração


(estão muito próximas umas das outras) e é isto
que garante que o sólido tem um formato próprio;

– Fluido: apresenta as moléculas com um certo grau


de liberdade de movimento (força de atração
pequena) e não apresentam um formato próprio.
Fluidos:Líquidos e Gases
Líquidos:
- Assumem a forma dos
recipientes que os
contém;
- Apresentam um volume
próprio (constante);
- Podem apresentar uma
superfície livre;
Fluidos:Líquidos e Gases
Gases e vapores:
-apresentam forças de
atração intermoleculares
desprezíveis;
-não apresentam nem um
formato próprio e nem um
volume próprio;
-ocupam todo o volume do
recipiente que os contém.
Fluidos

De uma maneira geral, o fluido é caracterizado


pela relativa mobilidade de suas moléculas que,
além de apresentarem os movimentos de rotação
e vibração, possuem movimento de translação e
portanto não apresentam uma posição média fixa
no corpo do fluido.
Fluidos x Sólidos
A principal distinção entre sólido e fluido, é pelo
comportamento que apresentam em face às
forças externas.
Por exemplo, se uma força
de compressão fosse usada
para distinguir um sólido de
um fluido,
este último seria inicialmente
comprimido, e a partir de um
certo ponto ele se
comportaria
exatamente como se fosse
um sólido, isto é, seria
incompressível.
Fatores importantes na
diferenciação entre sólido e
fluido
O fluido não resiste a
esforços tangenciais por
menores que estes
sejam, o que implica que
se deformam
continuamente.
F
Fatores importantes na
diferenciação entre
sólido e fluido

Já os sólidos, ao
serem solicitados
por esforços,
podem resistir,
deformar-se e ou
até mesmo
cisalhar.
Fluidos: outra
definição

Um fluido pode ser definido como uma


substância que muda continuamente de
forma enquanto existir uma tensão de
cisalhamento, ainda que seja pequena.
Revisão: unidades e sistemas

Grandezas fundamentais:
• Comprimento L
• Massa M
• Tempo t
• Intensidade da corrente elétrica I
• Temperatura T ()
• Quantidade de matéria h
• Intensidade luminosa I

Sistemas de Unidades:
• Sistema Internacional
• Sistema Técnico
• Sistema Inglês

Grandezas básicas e derivadas


Revisão: homogeneidade dimensional

Princípio de homogeneidade dimensional

Uma equação é dimensionalmente homogênea quando


seus diferentes termos têm todos a mesma dimensão.

Exemplo:
Soma de Bernoulli:
p V2
  z  Cte.
 2g
Nesta equação, todos os termos tem dimensões de comprimento

Eq. De Manning:
1 2 / 3 1/ 2
V  Rh I
n
Revisão: Cálculo vetorial
  
Soma de vetores: ab  c  ai + bi = ci  
c b
   a
Subtração de vetores: ab  d  ai - bi = di 
 b
 
a b d

 
Produto escalar de vetores: b a
      
a b     a ib i   ou a  b  a b cos  
proj a b
i1,3
   
Produto vetorial de vetores: a b  v v 
  
b  a  v b
 
    a
a  b  a b sin 
v
Revisão: Derivadas de funções de várias variáveis

Seja f = f(x,y,z,t) (função escalar ou vetorial)


f
• derivada parcial:  f x
x y,z,t cons tan tes
y,z,t cons tan tes

• derivada total: se x = x(t), y = y(t), z = z(t),


df f dx f dy f dz f
   
dt x dt y dt z dt t

•derivada substancial ou material:

se dx/dt = u, dy/dt = v, dz/dt = w (componentes da velocidade):

Df f f f f
 u v w
Dt t x y z

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