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INTRODUÇÃO
CONCEITOS FÍSICOS
PRINCÍPIOS HIDRÁULICOS
ADERÊNCIA E DESACELERAÇÃO
O SISTEMA DE FREIOS
SERVO FREIO
RESERVATÓRIO E CILINDRO MESTRE
FLUIDO DE FREIO
FREIO DIANTEIRO
DISCO PINÇA FIXA
DISCO PINÇA DESLIZANTE
FREIO TRASEIRO
TAMBOR
DISCO
PASTILHAS
CILINDRO DE RODA
LONAS DE FREIO
VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO
SISTEMA ANTI BLOQUEIO - ABS
MANUTENÇÃO
SANGRIA
DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS
GARANTIA
CONCEITOS FÍSICOS
Pressão: O conceito de pressão pode ser aplicado sempre que a força que atu
sobre um corpo estiver distribuída numa certa área. Defini-se pressão como
sendo o valor da força dividido pelo valor da área.
A área do êmbolo de
uma seringa é 2 Cm2.
Sobre o êmbolo é aplicada
uma força de 10 Kgf. No Pressão = Força
interior da seringa há um Área
líquido
ou um gás.
O conceito de pressão pode Pressão = 10 Kgf = 5 Kgf/cm2
ser aplicado a qualquer caso. 2 cm2
2 cm2 x 3 cm = 6 cm2
OBSERVAÇÃO:
NUM SISTEMA COM DOIS ÊMBOLOS INTERLIGADOS E CHEIOS DE UM LÍQUIDO QUALQUER,
O DE MAIOR ÁREA (MAIOR DIÂMETRO) RECEBERÁ A MAIOR FORÇA, MAS SOFRERÁ O MENOR
DESLOCAMENTO. SE O SISTEMA ESTIVER CHEIO DE GÁS, O ÊMBOLO DE MAIOR ÁREA
CONTÍNUA A RECEBER A MAIOR FORÇA, PORÉM, NADA SE PODE AFIRMAR SOBRE
O DESLOCAMENTO.
COEFICIENTE DE ADERÊNCIA
DEVEMOS ESCLARECER QUE EXISTE UM LIMITE À POSSIBILIDADE DE TRANSMITIR
AO SOLO O ESFORÇO DE FRENAGEM ESSE LIMITE É EXPRESSO PELA RELAÇÃO:
Fmax = µ x P, ONDE Fmax É A MÁXIMA FORÇA DE FRENAGEM POSSÍVEL, P É
A FORÇA APLICADA SOBRE A RODA E
µ É O COEFICIENTE DE ADERÊNCIA ENTRE A RODA E A ESTRADA.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A RELAÇÃO DE ADERÊNCIA:
1) DOBRANDO A FORÇA P, DOBRA TAMBÉM A FORÇA Fmax E PODEMOS
ATUAR COM SUCESSO NA FRENAGEM SIMPLESMENTE DOBRANDO O ESFORÇO
SOBRE O PEDAL. NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE QUANDO AUMENTAMOS O
ESFORÇO DE FRENAGEM PODEMOS SOLICITAR O FREIO ATÉ UM PONTO FORA
DE SUA CONDIÇÃO DE PROJETO, ONDE O FUNCIONAMENTO CORRETO DO
SISTEMA NÃO É MAIS GARANTIDO.
2) SE NÃO SE REQUER DO SISTEMA DE FREIO SERVIÇOS EXAGERADOS,
A FRENAGEM DEPENDE DO COEFICIENTE DE ADERÊNCIA µ ENTRE O
PNEU E O SOLO.
Coeficiente de aderência
Fatores que dependem Bom reflexo condicionado Necessidade instintiva de raciocinar para decidir
do motorista qual tipo de intervenção realizar
Motorista descansado, bem disposto Motorista cansado
Boa atitude ao dirigir Inexperiência ou pouca atitude ao dirigir
Idade jovem Idade avançada
Atenção contínua Desconcentração
Boa saúde física e mental Mau saúde física ou mental, excesso de comida
e ou álcool
O tempo de resposta do sistema de frenagem é aquele intervalo que serve para acionar todo o sistema
mecânico e hidráulico no fim do qual nosso esforço sobre o
pedal não será efetivamente transmitido ao freio.
Se considerarmos que estamos viajando a 100 Km/hora, sobre uma estrada molhada (µ de
20 a 30%), e entrarmos numa área nublada, do momento em que percebemos uma situação
de perigo ao ponto em que iniciamos a frenagem avançamos 28 metros. Se tivermos a sorte
de não encontrar nada de firme e sólido nesses 28 metros, ainda teremos que percorrer mais
de 190 metros antes que possamos parar ou diminuir a velocidade imposta pela condição de
visibilidade, ou seja, teremos percorrido aproximadamente 220 metros no escuro.
Portanto para que possamos adequar a chamada “distância de segurança” e determinar uma
velocidade de cruzeiro segura, utilizamos uma regra prática:
DS = 0,5 x Vº, onde
DS = distância de segurança em metros
Vº = Velocidade de cruzeiro em Km/hora
ISOVAC
Departamento de Marketing de Serviços e Comunicação 32
FREIOS AUTOMOTIVOS
SERVO FREIO
COMPOSIÇÃO E ATUAÇÃO
- Aglomerante orgânico
COMPOSIÇÃO E ATUAÇÃO
- Estabilizadores no atrito
COMPOSIÇÃO E ATUAÇÃO
- Abrasivos
- Cargas minerais
- Pressão (P): É a relação entre a força aplicada e a área de uma superfície (P=F/A)
- Fade ou Fadiga: É o efeito da perda de atrito de uma lona e/ou pastilha, provocada
pelo calor gerado durante as frenagens.
0,6
Coeficiente de Atrito
0
20 30 40 60 80 100
Pressão (bar)
Características:
A compactação e o composto do material de atrito é uma característica fundamental
para contribuir na estabilidade do atrito em função da pressão.
Efeitos no material “A” - Significa que há estabilidade no atrito. Nas pressões aplicadas
progressivamente o pedal permanece o mesmo - condição segura
Efeitos no material “B” - Significa que há perda na estabilidade do atrito. Nas pressões
aplicadas progressivamente, o pedal abaixa sensivelmente = perigoso em qualquer condição
Efeitos no material “C” - Significa que há aumento do atrito nas pressões aplicadas
progressivamente, com bloqueio prematuro = perigoso em qualquer condição, geralmente
é aplicado em freios de competição, onde as condições de uso são mais severas.
0,6
Coeficiente de
0,5
A
(A) - Pastilha com performance estável
0,4
atrito
0,3 B
(B) - Pastilha com performance instável
0,2 C
(C) - Pastilha com alta performance
0,1
0
20 40 60 80 100 120 140 160 180
Velocidade (Km/h)
Características:
A formação do composto contribui para uma melhor estabilidade em função da velocidade
aplicada no veículo
Efeitos no material “A” - Significa que há uma estabilidade no atrito em função da velocidade
aplicada no veículo = condição ideal e segura em qualquer condição
Efeitos no material “B” - Significa que há perda de atrito em função da velocidade aplicada no
veículo = condução insegura e perigosa, principalmente em auto-estrada (perda de atrito =
+ esforço no pedal)
Efeitos no material “C” - Significa que há ganho no atrito em função da velocidade aplicada
no veículo = condição segura, percebe-se no pedal um menor esforço de pressão.
0,6
(B) - Pastilha com performance instável
Atrito
0,4
A
0,2 (C) - Pastilha com alta performance
B
0
30 100 200 300 400 500 600 650 C
Temperatura ºC
Características:
A formação do composto e o tratamento térmico contribui para uma melhor estabilidade do atrito
em função do aumento da temperatura. A temperatura atinge valores maiores em condições mais severas, Ex.: Uso contínuo
do freio em descida de serra e circuitos urbanos onde o usuário aplica
frenagens consecutivas.
Efeitos no material “A” - Significa que há uma estabilidade no atrito em função das
temperaturas atingidas = condição ideal e segura
Efeitos no material “B” - Significa que há perda de atrito em função das temperaturas
atingidas = condição insegura e perigosa (pedal baixo)
Efeitos no material “C” - significa que há um ganho no atrito em função da temperatura.
Composto muito usado em competições, onde o regime de temperatura é superior a
500º C = condição segura, percebe-se no pedal um menor esforço de pressão
Coeficiente de
(B) - Pastilha com performance instável 0,6
A
Atrito
(C) - Pastilha com alta performance 0,4
B
0,2
C
0
650 600 500 400 300 200 100 30
A formação do composto é fundamental para que o produto tenha uma rápida recuperação
do nível de atrito. Esse efeito pode-se notar após a descida de serra. À medida que a temperatura
volta ao normal de trabalho.
Efeitos no material “A” - Significa que há uma rápida recuperação da estabilidade no nível de
atrito após a descida da serra.
Efeitos no material “B” - Significa que houve uma perda de atrito e, após a descida da serra, o
composto retarda a estabilização do nível de atrito.
Efeitos no material “C” - Significa que houve um aumento de atrito = composto indicado
para competição.
Rebitadas
Coladas
Moldadas
Benefícios
•Alta rigidez;
•Alta resistência mecânica e ao desgaste;
•Boa condutividade térmica;
•Adaptabilidade ao material de atrito
Danos decorrentes se não houver manutenção
•Trepidação no pedal de freio e
na direção
•Superaquecimento do freio
•Trincas ou quebra total do disco
•Empenamento, desbalanceamento;
•Acidente ocasionado pela não
frenagem do veículo.
As superfícies de atrito dos discos de freio atuam diretamente sobre a vida útil das pas
Trincas, fissuras térmicas e sulcos devem ser removidos por usinagem dessas superfíc
vez que forem sensíveis ao tato. Por outro lado, os discos de freio só devem ser usina
o limite de segurança recomendado pelos fabricantes. Recomenda-se a substituição d
mesmos toda vez que a espessura real da peça for igual ou inferior às indicações grav
nos próprios discos.
Empenamento:
Automóveis: 0,10 mm
Pick-Ups médias: 0,13 mm
•Aplicação ou montagem
incorreta dos rolamentos
Observação: Logo após ter sido feita a troca dos discos e pastilhas de freio; te
pouca eficiência do sistema, isto é considerado normal pois, apesar das peça
novas, não se tem o contato total entre as faces de frenagem (assentamento)
É recomendado que nos primeiros 500 KM rodados, os freios não sejam utiliza
de forma brusca.
Podemos encontrar modelos de freio a disco com pinça fixa equipados com 3 ou 4 êmb
no caso de 3 êmbolos, para que não exista diferença de aplicação de força nos dois lad
do disco, a soma das áreas dos êmbolos menores deve ser igual à área do êmbolo mai
Com pinça deslizante: Neste caso a pinça é fixa através de pinos deslizantes em um
fixo ao veículo.
Quando o freio é acionado, o fluido injetado sob pressão atua tanto no êmbolo quant
na pinça, estando ela livre para se movimentar quando pela pressão hidráulica o êm
se move para um lado e a pinça se move para o outro lado.
• Peça do sistema de freio que irá fazer atrito com as lonas no momento da
frenagem
• Os tambores de freio são os responsáveis pela dissipação do calor gerado
durante a frenagem
• O coeficiente de atrito de uma lona é limitado, portanto todo o aumento da
força de frenagem será obtido pelo aumento da pressão, que é limitada pela
resistência do tambor de freio.
Para a primeira sobremedida dos tambores, devem ser usadas lonas de primeira
sobremedida (X) e para a segunda sobremedida, quando recomendado pelos fabricantes,
devem ser utilizadas lonas de segunda sobremedida (XX). Nunca utilizar lonas standard
em tambores reusinados (primeira e segunda supermedida), pois não ocorrerá contato total
entre lonas e tambores de freio, ocasionando falta de eficiência, espelhamento e/ou ruído,
devido ao superaquecimento das superfícies das lonas em contato com o tambor.
TIPO SIMPLEX
São utilizados principalmente nas rodas traseiras de veículos leves.
Sua característica principal é permitir o movimento das sapatas em várias direções e s
Isto porque, além do movimento contra o tambor, as sapatas têm liberdade de deslizar
apoio.
Posição de repouso
Na posição de repouso, as gaxetas e os êmbolos estão comprimindo a mola d
pressão exercida pelas sapatas de freio através das molas de retorno das sap
mantém as lonas afastadas do tambor de freio.
Posição de acionamento
A pressão exercida pelo cilindro mestre
força os êmbolos para fora, empurrando
as sapatas contra o tambor de freio,
exercendo a ação de frenagem.
A força aplicada às sapatas é
proporcional à exercida pelo
cilindro mestre.
Posição de retorno
Ao eliminarmos a pressão no cilindro mestre
as molas de retorno das sapatas retornam,
comprimindo os êmbolos, forçando
o fluido a retornar ao reservatório.
O refluxo do fluido é retardado
pela válvula de pressão residual
ou pelos furos calibrados,
evitando assim um retorno
brusco à posição de repouso,
isto para não provocar danos
às gaxetas e entrada de ar
no sistema hidráulico.
Qualquer serviço no sistema de freios do automóvel que envolva trabalho no cilindro mestre
cilindros de roda, tanto em freios a disco como nos freios a tambor, exige que seja feita a san
dos circuitos hidráulicos. Sangrar o freio consiste em deixar uma pequena parte do fluido do
sair e com ele qualquer quantidade de ar que esteja presente no circuito. Sem essa operação
pode não funcionar como previsto, pois a força exercida pelo motorista no pedal de freio não
ou chega com deficiência, ao material de atrito do freio de cada roda (pastilhas e lonas), pode
provocar falhas perigosas. Isto ocorre porque como já vimos o ar é compressível, ao contrári
líquidos. O sintoma de ar no sistema é o pedal de freio com sensação esponjosa ao ser acion
justamente o efeito do ar sendo comprimido.
Para iniciar a sangria deve-se iniciar sempre pelo sangrador mais distante do cilindro
mestre, seguindo a ordem indicada nas transparências a seguir.
Abrir um sangrador até o fluído sair limpo e sem bolhas e fechar passando para
sangrador seguinte conforme figuras a seguir:
3 1
Câmara
secundária____________
Câmara
primária______________
4 2
3 1
Câmara
secundária____________
Câmara
primária______________
4 2
O eixo dianteiro se sobrecarrega de cerca de 180 Kg e o eixo traseiro se alivia deste valor.
Considerando uma perua com motor dianteiro e tração traseira com divisão de pesos de 55%
dianteiro e 45% traseiro, o peso útil sobre as rodas traseiras diminui em mais de 30% em relação
ao peso estático, limitando assim a possibilidade de frear as rodas traseiras sem chegar
a bloqueá-las. Para equilibrar esta distribuição de esforços existem as válvulas sensíveis
à pressão e as válvulas sensíveis à carga.
Departamento de Marketing de Serviços e Comunicação 81
FREIOS AUTOMOTIVOS
VÁLVULA SENSÍVEL
À PRESSÃO
O efeito de deslocamento de massas pode fazer com que as rodas traseiras tendam a
bloquear-se durante a frenagem, provocando uma perigosa derrapagem.
Quando a pressão do circuito principal de freio supera o valor (V°), a válvula limitadora de
frenagem diminui a pressão hidráulica para o circuito traseiro do freio e a pressão sobe
mais lentamente que a pressão do eixo dianteiro.
São fluídos hidráulicos usados para transmitir a energia do pedal de freio para os freios localizado
rodas.
Quando as pastilhas de freio ou as lonas de freio estão em atrito contra o disco ou tambor, a tempe
aumenta consideravelmente e o fluido também sofre grande elevação da temperatura.
A qualidade de um fluido de freio é determinada através de suas propriedades:
Ponto de Ebulição:
Viscosidade:
É a capacidade de escoamento do fluido.
Quanto mais frio, mais grosso fica o fluido, podendo
retardar ou mesmo interromper a transmissão de
pressão dentro do circuito hidráulico. Em
conseqüência, pode ocorrer um atraso na resposta ou
até mesmo a inoperância total do sistema de freio
quando for solicitado. O fluido muito quente, por sua
vez, pode provocar uma grande diminuição da
viscosidade, fazendo com que o fluido vaze pelo
sistema de vedação, causando a perda de pressão no
circuito hidráulico.
O veículo equipado com ABS (Anti Blocking System), possui praticamente dois sistemas de freios, onde um
intervém sobre o outro em circunstâncias especiais, que são as de impedir bloqueios totais ou parciais das
rodas durante qualquer tipo de frenagem.
A unidade de comando eletrônico é conectada aos sensores instalados nos cubos dianteiros e
traseiros possibilitando a leitura da rotação das rodas, monitorando-as continuamente.
A intervenção do ABS ocorrerá quando
o acionamento do pedal de freio produzir
rotações diferenciadas entre as rodas de
um mesmo eixo.
A unidade de comando eletrônico atuará
sobre o conector múltiplo, que modulará
as pressões na unidade hidráulica,
fazendo com que as rotações igualem-se
e as rodas do referido eixo cheguem
juntas a parada total, possibilitando
assim uma frenagem sem as costumeiras
derrapagens conseqüentes dos
bloqueios das rodas.