O ARTIGO XXV DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS DIZ
QUE TODA PESSOA TEM DIREITO A UM PADRÃO DE VIDA CAPAZ DE ASSEGURAR A SI E A SUA FAMÍLIA SAÚDE E BEM-ESTAR, INCLUSIVE ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, HABITAÇÃO, CUIDADOS MÉDICOS, ENTRE OUTROS SERVIÇOS INDISPENSÁVEIS No final do século XVIII, o pastor e economista inglês Robert Malthus desenvolveu a teoria afirmando que a Terra, com seus recursos limitados, só seria capaz de alimentar um número limitado de pessoas. Caso a população humana ultrapassasse esse limite, ela sofreria redução, através de ondas de fome, pestes ou guerra. Apresentação do tema
É possível que no ano de 2050 tenhamos uma população de
aproximadamente 9 bilhões de habitantes e teme-se que a geração de alimentos não acompanhe esse ritmo de crescimento populacional, o que poderá gerar uma série de conflitos. Nesse sentido e com o objetivo de esclarecimento e conscientização sobre os impactos da fome no mundo e suas implicações, como o desperdício ou a influência econômica no acesso à alimentação, os estudantes deverão pesquisar sobre os números da fome no Brasil, no estado de São Paulo e nas comunidades onde estão inseridos para, assim, entender sobre esse assunto e pensar em soluções que possam minimizar os problemas a esse respeito nos locais onde vivem. Contextualização
Um estudo do Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas
Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) mostra que pelo menos 1 bilhão de pessoas sofrem de desnutrição no planeta. A situação é considerada grave na América Latina, especialmente na Bolívia, na Guatemala e no Haiti. As informações são da BBC Brasil. (CRAIDE, 2011). Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), 795 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo. Na última década, mais de 167 milhões saíram desta situação e, se considerarmos os últimos 25 anos, o número foi reduzido em 216 milhões. A América Latina e a Ásia registraram progressos particularmente positivos. Já o continente africano continua em alerta vermelho. A subnutrição fragiliza a saúde, tornando a pessoa suscetível a doenças. Houve uma diminuição relativa no mapa da fome, mas a realidade ainda é alarmante. um ser humano passa fome quando consome menos de 1.800 quilocalorias por dia, o mínimo para levar uma vida saudável e produtiva. a fome se revela principalmente por meio da desnutrição infantil – quase a metade dos afetados são crianças. Os níveis mais altos se encontram na África subsaariana e no sul da Ásia. A crise econômica e o aumento nos preços globais dos alimentos fizeram com que o número de desnutridos voltasse a crescer, após cair entre 1990 e 2006 o Brasil é considerado pelos pesquisadores como um caso de sucesso na questão do combate à fome. Segundo o estudo, entre 1974 e 1975, 37% das crianças brasileiras eram subnutridas. O índice caiu para 7% entre 2006 e 2007, melhora atribuída aos aumentos nos investimentos em programas de nutrição, saúde e educação ocorridos desde o fim da década de 1970. Entre 1996 e 2007, muito da melhora na nutrição infantil se deveu a mais creches, rendas familiares maiores, melhoras no atendimento de mães e crianças e maior cobertura de suprimento de água e serviços sanitários, diz o estudo, que também cita o Bolsa Família, avaliado como “um bem- sucedido programa de redução da pobreza que integra nutrição, saúde e metas de educação” (AUMENTO..., 2010). Desafios
Quais estratégias, referentes à produção de alimentos ou distribuição de
renda, são possíveis para diminuir o número de pessoas que passam fome? Como saber se alguém passa fome? O que pode ser feito para que todos possam ter acesso aos nutrientes mínimos para uma alimentação saudável? Que ações locais podem ser feitas para combater o desperdício de alimento? Desenvolvimento / Questões de investigação
• Buscar informações nos órgãos municipais que atendem famílias
carentes (número de famílias atendidas, critérios para participarem desse atendimento); • Sair a campo para observação, se possível em locais mais carentes, a fim de levantar aspectos relevantes sobre a fome; • Organizar mutirões para a arrecadação de alimentos a serem oferecidos às instituições que atendem pessoas carentes; • Estabelecer relação entre o valor da cesta básica e os ganhos das famílias; • Organizar apresentações para a comunidade escolar e a comunidade externa sobre os dados levantados em relação à falta de acesso à alimentação. Produto Final
Programa de conscientização sobre o desperdício de alimentos para a
comunidade escolar e o entorno da escola, em parceria com profissionais do SESI-SP. Os estudantes podem elaborar ciclos de palestras e debates, divulgação em mídias e campanhas que divulguem boas práticas alimentares e conscientizem os participantes do desperdício existente em suas casas; • Simpósio da fome no Brasil e no mundo, com debates e apresentação dos dados, indicando para os participantes possíveis soluções para a problemática na região. Pode haver líderes da comunidade como convidados, para debater o assunto trazido pelos estudantes; • Parceria com profissionais da área de nutrição, do SESI-SP, para expandir os programas de boa alimentação, a fim de alinhar ações que podem intensificar a atuação desses profissionais junto à comunidade escolar; Produto Final
• Uma rede de solidariedade que arrecade alimentos em parcerias com
entidades que atendem os famintos. Essa ação pode envolver toda a comunidade escolar. Juntamente com a distribuição de alimentos, podem ser distribuídas receitas que ajudam no reaproveitamento dos alimentos e evitam desperdício; • Documentário em que se explore a temática em seu significado e sua proximidade com a realidade em que estão inseridos. Os estudantes podem elaborar um roteiro de entrevista e indicações estatísticas. Além disso, podem ser protagonistas, indicando como foi o trabalho e o que aprenderam durante o ano letivo. Pode-se fazer uma noite de lançamento do documentário produzido.