Sociedade Internacional Especificidades: • inexistência de autoridade superior • organização horizontal dos estados • normas jurídicas internacionais dependentes de consentimento • inexistência de hierarquia entre as normas de Direito Internacional • vigência do princípio de não-intervenção (sentido político) • estágio intermediário: “sociedade natural” e “sociedade de direito” • precariedade do sistema de sanções • falta de autoridade central provida de força Direito Internacional Público Conceito: • conjunto de princípios ou regras destinados a reger os direitos e deveres internacionais, tanto dos Estados, Organizações Internacionais ou outros organismos análogos, quanto dos indivíduos Importância: • busca-se o bem comum da sociedade internacional • cresce proporcionalmente ao aumento da complexidade das relações internacionais Divisão e classificação • Direito Internacional teórico, natural ou racional (funda-se na razão humana e abrange os princípios de justiça e equidade que devem orientar as interações resultantes da sociedade internacional) • Direito Internacional positivo ou prático (produzido pelo acordo de vontades dos sujeitos de Direito Internacional ou dos fatos jurídicos consagrados por uma prática constante associada à percepção de obrigatoriedade inerente) Direito Internacional Público: Distinções e afinidades • Direito Internacional Público e Direito Comparado • Direito Internacional Público e Direito Internacional Privado • Direito Internacional Público e Direito Comunitário • Direito Internacional Público e Relações Internacionais • Direito Internacional Público e Moral Internacional • Direito Internacional Público e Cortesia Internacional • Direito Internacional Público e Política Internacional Fundamentos • Estados Soberanos • Autodeterminação • Busca de organização da sociedade internacional • Consentimento: criativo e perceptivo • Pacta Sunt Servanda O Direito Internacional repousa sobre um fundamento objetivo: o sentimento de justiça que existe na consciência humana, que se impõe aos homens como regra normativa superior à sua vontade - a lei natural, comum a todos os homens Denominação • Direito Internacional Público
• Direito Internacional
• Direito das Gentes
Direito Interestatal Autonomia e Relação com o Direito Interno
O Direito Internacional pressupõe a existência
de determinados fatores (bases sociológicas):
• Pluralidade de Estados Soberanos
• Comércio Internacional
• Princípios jurídicos coincidentes
Confronto Teórico: Direito Internacional Público versus Direito Interno Teoria Monista Internacionalista: • Enfatiza a unicidade da ordem jurídica sob o prisma do Direito Internacional • Defende que o Direito Internacional caminha para uma ordem única a nível mundial • Observa a supremacia do Direito Internacional sobre o Direito Interno Teoria Monista Nacionalista: • Enfatiza o equilíbrio entre a soberania de cada Estado e o Direito Internacional • Defende a descentralização da sociedade internacional • Cultua a Constituição como norma jurídica máxima • Determina que os tratados se submetem a normas constitucionais dos Estados, contudo ficando sempre em preponderância sobre normas infraconstitucionais Teoria Dualista: • Enfatiza a distinção entre os sistemas de Direito Internacional e de Direito Interno • Defende que as normas internas não são condicionadas pelas normas internacionais A codificação do Direito Internacional Codificação – organização de um sistema de normas de forma metódica, em que são estruturados os temas Exemplos: - Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961)
- Convenção de Viena sobre Relações Consulares (1963)
- Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969)
- Convenção de Montego Bay sobre o Direito do Mar (1982)
Desenvolvimento Histórico do Direito Internacional Período de formação • Entre os povos antigos, a guerra configurava-se como o principal meio de dirimir controvérsias • Prevalecia a escravidão pelos mais fortes, as pilhagens eram frequentes, assim como destruição de propriedades, além da crueldade das penas impostas à época • Registros históricos de um Tratado celebrado entre Lagash e Umma (cerca de 3100 a.C.) • Tratado celebrado entre Ramsés II e o rei dos Hititas, Hattusilis III (cerca de 1292 a.C.) • Existência de uma rede de relações diplomáticas asseguradas por enviados reais que gozavam de privilégios especiais, principalmente na região da Babilônia • Significativos avanços na Grécia Antiga • No âmbito do Direito Romano, a distinção entre ius civile e ius gentium • Com o advento do Cristianismo, surgiu um novo espírito de civilização ao mundo, com a valorização da igualdade e da fraternidade entre os homens • Na Idade Média, o Papa assumiu gradativamente o papel de “árbitro do mundo”, ditando normas de convivência internacional, tendo a excomunhão como um poderoso instrumento • No século XI foi decretada a Paz de Deus, à qual se seguiu a Trégua de Deus • A Trégua de Deus foi substituída pela Quarentena de Deus, no século XIII, que se destinava a restringir as guerras privadas • As Cruzadas tiveram importância expressiva, assim como o desenvolvimento do comércio marítimo • Em 1493, A Bula Inter Coetera, do Papa Alexandre VI assume particular relevo Período de desenvolvimento e consolidação • A Reforma e a ulterior consolidação do Protestantismo diminuíram o poder papal • Os descobrimentos marítimos tiveram forte impacto • Paz de Vestfália (1648) – marco para o Direito Internacional • Em termos doutrinários, destacam-se Francisco de Vitória e Hugo Grócio • Na Idade Contemporânea, inaugurada com a Revolução Francesa, é reforçado o conceito de nacionalidade • O Congresso de Viena (1815), que encerrou a era napoleônica, resultou em grande impulso para o Direito Internacional • No século XIX dá-se o florescimento do Direito Internacional moderno • Durante o século XX, o Direito Internacional moderno foi aprofundado e consolidado com a criação da Sociedade das Nações e, posteriormente, da Organização das Nações Unidas • Destaca-se o trabalho de codificação do Direito Internacional e a proliferação de tratados