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jornalismo impresso
Professor mestre Artur Araujo
(artur.araujo@puc-campinas.edu.br) Otto Groth
(1875-1965)
O conceito de
jornalismo e
suas categorias
Otto Groth
(1875-1965)
Diversidade de conteúdo
Otto Groth ressalta que a Otto Groth
(1875-1965)
diversidade de conteúdo integra
a essência constitutiva do jornal e, neste
aspecto, nada a separa das revistas acessíveis
ao público em geral. O autor ressalta contudo
que a diversidade é, do mesmo modo que a
publicidade, uma virtualidade.
Interesse geral
“O interesse geral, tanto quanto a Otto Groth
(1875-1965)
universalidade (de conteúdo), está
estritamente ligado à publicidade, ele não é
nada mais que a publicidade, mas de um outro
ponto de vista. Com a publicidade, o público
torna-se quantitativo, com a universalidade de
interesses, dignificado qualitativamente – do
que decorre que ele, pela sua característica de
público, se envolve e se engaja ”.
Otto Groth
Interesse geral
“O interesse geral, tanto quanto a Otto Groth
(1875-1965)
universalidade (de conteúdo), está
estritamente ligado à publicidade, ele não é
nada mais que a publicidade, mas de um outro
ponto de vista. Com a publicidade, o público
torna-se quantitativo, com a universalidade de
interesses, dignificado qualitativamente – do
que decorre que ele, pela sua característica de
público, se envolve e se engaja ”.
Otto Groth
A atualidade
“A atualidade forma o trabalho e o Otto Groth
(1875-1965)
pensamento do jornalista. A
necessidade de obter e processar o mais
rápido possível as notícias, dar-lhes um
julgamento pronto, cria e treina a habilidade,
a clareza de percepção, a rapidez de decisão, a
habilidade de adequação a pessoas e
condições”.
Otto Groth
Um empreendimento
econômico
“Contra o reconhecimento do ‘empreendimento Otto Groth
econômico’ (ou ‘produção profissional’) entre as (1875-1965)
características conceituais do jornal argumenta-se
que tal traço se perderia naquelas publicações que são
concebidas por partidos políticos para influenciar eleitores, ou
por particulares para defender interesses políticos,
econômicos, artísticos, ou ainda pelos governos para anúncios
oficiais ou oficiosos, ou para dirigir a opinião pública. Essas
publicações podem não buscar primeiramente o lucro, mas
também funcionam sob uma lógica econômico-comercial, e
elas também visam obter o mais elevado rendimento possível,
que será conquistado perseguindo e mantendo seus propósitos.
Neste ponto não há, entre os jornais, contraste conceitual ”.
Otto Groth
O jornalismo quanto às categorias
Sob o contexto da definição
conceitual de Otto Groth
para jornalismo, vamos
dar “um passo adiante” e
vamos agora ver algumas
categorias que fundamentamMário Erbolato (1919 - 1990)
as definições da atividade.
Utilizaremos para isso o trabalho teórico de
Mário Erbolato.
O que é categoria?
Categoria é um conjunto de pessoas ou coisas que
possuem muitas características comuns e podem ser
abrangidas ou referidas por um conceito ou
concepção genérica; classe, predicamento.
Nos estudos de jornalismo
brasileiro, os pesquisadores
identificam cinco categorias:
1. Jornalismo Informativo,
2. Jornalismo Interpretativo,
3. Jornalismo Opinativo,
4. Jornalismo Diversional e,
mais recentemente,
5. Jornalismo Investigativo Mário Erbolato (1919 - 1990)
Como as categorias se manifestam na
imprensa?
Todas as categorias podem ser observadas
em uma mesma publicação. Ou seja, em um
jornal pode haver, em diferentes espaços,
exemplos de:
1. Jornalismo Informativo
2. Jornalismo Interpretativo
3. Jornalismo Opinativo
4. Jornalismo Diversional e
5. Jornalismo Investigativo
Jornalismo Informativo
O jornalismo informativo é aquele que
privilegia a publicação de notícias de modo
sucinto.
Seria o jornal que publica “notícias”, ao invés
de “reportagens”.
Jornalismo Interpretativo
Também conhecido como jornalismo em
profundidade, jornalismo explicativo ou
jornalismo motivacional.
O jornalismo interpretativo não só trata de
explicar e informar, mas se atreve também a
ensinar, a medir e a valorizar.
Jornalismo Opinativo
É o jornalismo que se caracteriza por não
conter propriamente notícias, mas sim uma
grande variedade de artigos, crônicas e
críticas.
Jornalismo Diversional
No Jornalismo Diversional, o repórter procura
viver o ambiente e os problemas dos
envolvidos na história, mas não pode se
limitar às entrevistas superficiais e sim
“descobrir sentimentos, anotar diálogos,
inventariar detalhes, observar tudo e fazer-se
presente em certos momentos reveladores”.
É mais conhecido atualmente como
“Jornalismo literário”.
Jornalismo Investigativo
A categoria “Jornalismo investigativo” vem
sendo usada mais recentemente para definir o
jornalismo que utiliza métodos de pesquisa –
muitas vezes de inspiração científica– para
obter informações e realizar reportagens.
O caso Watergate, que resultou na renúncia
do presidente Nixon, projetou essa categoria a
uma posição de destaque na profissão.
O caso Watergate
Foi um escândalo que abalou administração do
presidente norte-americano Richard Nixon,
culminando com sua renúncia em agosto de 1974.
Surgiu com tentativa frustrada dos partidários de
Richard Nixon de colocarem a aparelhagem
eletrônica para espionagem na sede nacional do
Partido Democrata, no Edificio Watergate, em
Washington (17.06.1972).
Uma vitória do jornalismo
Embora se reelegesse para um
segundo mandato em novembro de
1972, Nixon passou a perder
prestígio quando a imprensa
(notadamente Carl Bernstein e
Robert Woodward, do Washington
Post) comprovaram o
comprometimento do presidente e
Robert (Bob) Woodward de pé de seus principais auxiliares não só
e Carl Bernstein (ao telefone) na operação com também no
maciço abuso de poder e obstrução
da Justiça, que investigava o
financiamento de campanhas
políticas e a ação da CIA, do FED,
do Serviço de Rendas Internas e
outros órgãos do governo.
O caso Watergate
A renúncia de Nixon e a prisão de
John Mitchell (ministro da justiça)
John Mitchell Além da renúncia de
(à direita):
sentenciado a
Nixon, o caso levou à
19 meses de prisão o procurador
prisão em 1975
geral dos EUA, John
Mitchell, e
funcionários do
primeiro escalão da
Casa Branca.
Richard Nixon
O tema da próxima aula:
Na próxima aula vamos
discutir os conceitos
teóricos sobre a Eugenio Bucci (*1958)
produção jornalística
impressa (jornal como
modelo de negócio).