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Ensino de 9 anos

O objetivo de ampliar o número de anos no


ensino obrigatório é assegurar a todas as
crianças um tempo mais longo de convívio
escolar com maiores oportunidades de
aprendizagem.
No ensino fundamental, as crianças de seis
anos, assim como as de sete a dez anos de
idade, precisam de uma proposta curricular
que atenda a suas características,
potencialidades e necessidades
específicas.
1.1 AMPARO LEGAL
O amparo legal para a ampliação do Ensino Fundamental
constitui-se dos seguintes dispositivos:
-Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 – artigo 208.
-Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – admite
a matrícula no Ensino Fundamental de nove anos,
a iniciar-se aos seis anos de idade.
-Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 – estabelece
o ensino fundamental de nove anos como meta da
educação nacional.
-Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005 – altera a LDB
e torna obrigatória a matrícula das crianças de
seis anos de idade no Ensino Fundamental.
-Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – altera a
LDB e amplia o Ensino Fundamental para nove
anos de duração, com a matrícula de crianças de seis
anos de idade e estabelece prazo de implantação, pelos
sistemas, até 2010.
Nomenclatura

A Resolução nº 3, de 3 de agosto de 2005, do Conselho


Nacional de Educação indicou a nomenclatura a ser adotada
para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental:
Educação Infantil - 5 anos de duração - Até 5 anos de idade
Creche - Até 3 anos de idade
Pré-Escola - 4 e 5 anos de idade

Ensino Fundamental - 9 anos de duração - Até 14 anos de idade


Anos iniciais - 5 anos de duração - de 6 a 10 anos de idade
Anos finais - 4 anos de duração - de 11 a 14 anos de idade
Organização curricular do ensino fundamental e

 Publicado em 29/01/2010
Legislação Estadual
Resolução SE Nº 10/2010
Altera o § 4º do art. 3º, o § 5º do art. 5º e o Anexo I da
Resolução SE Nº 98/2008, que estabelece diretrizes para a
organização curricular do ensino fundamental e do ensino
médio nas escolas estaduais
....
 Art. 2º - A carga horária do 1º ano do ensino fundamental a
que se refere o Anexo I da Resolução SE Nº 98/2008, fica
alterada na seguinte conformidade:
I - Língua Portuguesa: 60%;
II – Matemática: 25%;
III - Educação Física/Arte: 15%.” (NR)
Atenção:
 É de extrema importância, no que tange àqueles que
assumirem as salas de aula do 1º ano, assim como
também aos professores coordenadores, vice-
diretores, diretores, supervisores e professores
coordenadores da oficina pedagógica, planejar e
garantir a organização dos espaços, da rotina e das
atividades que se pretende realizar, refletindo-se
antes coletivamente sobre os princípios básicos que
devem embasar ação educativa a ser empreendida.
AMBIENTE ADEQUADO
A ROTINA...
Leitura diária

Os alunos devem explorar livros


literários e manusear as obras no
cantinho da leitura. Deixe os exemplares
numa altura em que todos possam
pegá-los. Além disso, leia história para
eles diariamente.
Matemática
Encorajar as crianças a identificar semelhanças e
diferenças entre diferentes elementos, classificando,
ordenando e seriando; a fazer correspondências e
agrupamentos; a comparar conjuntos; a pensar sobre números
e quantidades de objetos quando esses forem significativos
para elas, operando com quantidades e registrando as
situações-problema (inicialmente de forma espontânea e,
posteriormente, usando a linguagem matemática).
Canto da brincadeira
Disponibilizar materiais como fantasias,
bonecas, panelinhas, carrinhos e jogos e
reservar um horário para a turma escolher
com o que quer brincar, contribuir para que
o lúdico esteja presente.
INFORMAÇÃO NAS PAREDES
A produção da turma deve ficar exposta,
assim como o alfabeto em letra de fôrma e
o calendário. Se a sala for usada pelos mais
velhos em outro período, retire e recoloque
os cartazes diariamente.
Hora do recreio
O ideal é que a turma tenha um parquinho
a disposição e 30 minutos só para brincar,
sem contar o tempo necessário para o
lanche. As crianças precisam de supervisão
do adulto.
Algumas brincadeiras podem ser pintadas
no chão como caracol, amarelinha, trilha,
tabuleiros e etc
REFLEXÃO SOBRE A ESCRITA
As notações e escritas espontâneas das
crianças, pelas sucessivas tomadas de
consciência, a partir da mediação do(a)
professor(a) e/ou de pessoas mais
experientes, gradativamente vão dando
lugar às convencionais.
Passeios guiado pela unidade
e fora dela
Explore todo o prédio para que os alunos
compreendam o funcionamento da escola.
Leve-os a locais novos, como a biblioteca e
o laboratório de ciências ou informática.
Passeio a parques públicos, feira, praças
etc
Ateliê de artes
O espaço para a expressão plástica deve
estar garantido. Organize num local fácil
acesso à garotada diversos materiais
necessários à atividade, como lápis de cor,
massinha, papéis, cartolina, tintas e
pincéis.
OBSERVAÇÃO E PESQUISA
Incentive as crianças a buscar respostas
para a curiosidade delas sobre animais e
plantas. Assim pode orientá-las a pesquisa
e ler, além de fazer registros para
sistematizar as descobertas.
Prática bem organizada
O tempo didático pode ser dividido em
atividades permanentes, como as
brincadeiras, projetos e sequências
didáticas. Essas últimas devem ter peso
adequado a capacidade da criança.
Rotina
Hora da história
Roda de conversa
Lanche e recreio
Escrita: agenda de telefones
Pintura
AVALIAÇÃO
O ACOMPANHAMENTO TEM DE SER DIÁRIO,
PARA QUE VOCÊ PROPONHA NOVAS
ATIVIDADES SE ALGUÉM NÃO ESTIVER
APRENDENDO. OPTE POR INSTRUMENTO
COMO OS PORTIFÓLIOS, QUE IDENTIFICAM
AVANÇOS NO DECORRER DO ANO.
Propor atividades que favoreçam as ações da
criança sobre o mundo social e natural. Por isso, os
planejamentos das atividades, sejam elas de
Matemática, Ciências, História, Geografia ou Língua
Portuguesa, precisam contemplar
inicialmente a ação, ou seja, a própria movimentação
da criança e manipulação de objetos e materiais, aulas-
passeio, estudos do meio, visitas, entrevistas, etc. Como
ação e simbolização estão juntas, cabem também a
leitura de histórias e poemas, a recepção de sons e
imagens (músicas, filmes, documentários
etc.) etc. Nesse processo, a criança vai tendo a
oportunidade de experimentar, analisar, inferir, levantar
hipóteses etc.

A seguir modelo da proposta de Rio Branco nas


disciplinas:
Língua Portuguesa
Oralidade (1º ano)

 Objetivos
- Escutar ativamente uma exposição.
- Comunicar-se por meio da fala, ouvindo com
atenção e adequando a linguagem à situação.
- Conversar num grupo, expressar sentimentos,
ideias e opiniões.
- Relatar acontecimentos e expor o que sabe
sobre os temas estudados.
Conteúdos

- Escuta ativa de uma exposição.


- Conversar com os colegas.
- Participação em situações de intercâmbio oral em
que é preciso relatar acontecimentos e expor
aspectos de temas estudados.
- Disponibilidade para manifestar sentimentos, ideias
e opiniões e ouvir manifestações nesse sentido.
- Conversa sobre assuntos relacionados a vivências
cotidianas.
- Adequação da fala ao conhecimento prévio dos
ouvintes.
Propostas de atividades

- Situações de comunicação com colegas de classe e
adultos.
- Rodas de conversa sobre temas cotidianos:
brincadeiras e passeios preferidos, relação com
irmãos e histórias prediletas.
- Rodas de conversa em que se tenha de manifestar
opiniões sobre um livro ou um fato veiculado pela
mídia, por exemplo.
- Situações em que se possa compartilhar
sentimentos, por exemplo, sobre fatos ocorridos na
escola, na família e no bairro.
- Situações em que seja necessário compartilhar
ideias para resolver um problema, definir o destino
de produções orais ou escritas, resolver um conflito
etc.
- Apresentação de pequenas exposições sobre
temas estudados em outras áreas de conhecimento.
Formas de avaliação
- Observação e registro de como a criança
procede nas atividades propostas.
- Análise do registro das anotações sobre
como ela produz textos oralmente em
diferentes situações cotidianas,
comparando-as para verificar a evolução.
Matemática
Números e operações (1º ano)

Objetivo
- Explorar as escritas numéricas, levantando
hipóteses sobre elas - com base na
observação de regularidades -, utilizando-se
da linguagem oral e de registros pessoais.
Conteúdos

- Escritas numéricas observando


regularidades e formulando hipóteses sobre
suas regras.
- Uso da sequência numérica como apoio para
a comparação de números e para a produção
de escritas numéricas.
Propostas de atividades

-Ditado de números em que a criança vai
revelando suas hipóteses sobre a escrita numérica,
contando com a ajuda e a intervenção do professor
para progredir em direção à escrita convencional.
- Uso da calculadora para a produção de escritas
numéricas ditadas pelo professor.
- Comparação de diferentes formas de registro de
um mesmo número, feito pelas crianças, e reflexão
sobre essas diferenças.
- Situações em que as crianças precisem discutir
como se comparam dois números com base em
suas escritas, quando o número de algarismos que
os compõe é diferente.
- Situações em que as crianças discutam como se
comparam dois números que têm a mesma
quantidade de algarismos
Formas de avaliação

- Observação, análise e registro de como a criança
compara escritas numéricas e se associa a
quantidade de algarismos à sua ordem de
grandeza.
- Observação, análise e registro de como a criança
compara escritas numéricas e como se observa que
o primeiro algarismo é quem "manda".
- Identificação das características dos registros da
criança.
História
Cultura e sociedade (1º ano) 

Objetivos
- Identificar e valorizar diferentes formas de
convívio social compartilhadas nas
brincadeiras, nos jogos e nas festas, no
presente e em diferentes tempos.
- Reconhecer mudanças e permanências
nesses hábitos culturais e registrar suas
relações com grupos, elementos culturais e
marcadores de tempo.
Conteúdos

- Participação em conversa sobre as vivências sociais e
culturais comuns nos grupos aos quais pertence,
identificando as relações entre seus membros e suas
vivências e costumes compartilhados.
- Relato de vivências próprias com jogos e
brincadeiras.
- Participação em situações coletivas, sociais e
culturais na escola, na família e na comunidade, com
conversas a respeito das experiências.
- Apresentação supervisionada de pequenas
exposições sobre eventos sociais e culturais, vividos na
escola, na família e na comunidade.
- Interesse e empenho em identificar no calendário da
comunidade os eventos sociais e culturais e em
organizar essas vivências coletivas por meio do uso de
marcadores de tempo
Propostas de atividades

- Situações de participação em eventos sociais e culturais, na
escola, na família e na comunidade, com conversas a respeito
das vivências compartilhadas entre os participantes.
- Promoção de eventos sociais e culturais, como brincadeiras,
jogos e festas, com conversas de valorização dessas vivências
compartilhadas.
- Situações de audição de relatos sobre a história de
brincadeiras, jogos e festas, da cultura das crianças e de outras
culturas - distinguindo as do presente e as do passado - e
identificando as relações que essas atividades estabelecem
socialmente.
- Situações de apresentação de pequenas exposições sobre
eventos sociais e culturais vividos na escola, na família e na
comunidade.
- Organização coletiva e registro (em textos, imagens e linha do
tempo) de costumes relacionados a brincadeiras, jogos e festas
de diferentes povos, culturas e épocas.
- Organização coletiva de painéis com a apresentação dos
eventos sociais e culturais da escola e da comunidade.
Formas de avaliação

- Pesquisa sobre os conhecimentos das


crianças a respeito das convivências
coletivas sociais e culturais e suas ideias a
respeito de mudanças e permanências de
algumas delas com o tempo.
- Confronto dos conhecimentos das
crianças e suas hipóteses com os registros
feitos no ano sobre a organização do
tempo.
- Observação, registro e análise de como a
criança procede nas atividades propostas.
.
Ciências naturais
Corpo humano e saúde (1º ano)

Objetivos
- Demonstrar curiosidade e conhecimentos
prévios ou construídos para participar da
investigação de temas ou problemas de
interesse científico e cultural acerca do
corpo humano e da saúde.
Conteúdos

- Observação de aspectos do corpo e das


atitudes do ser humano, valorizando o
respeito aos indivíduos e às culturas.
- Estabelecimento de valorização e de
relações de hábitos de higiene pessoal e
ambiental com a saúde pessoal e coletiva.
- Comparação entre seres humanos e outros
animais quanto à necessidade de comida,
remoção de sujeira e níveis de temperatura.
 Propostas de atividades

- Situações frequentes de higiene pessoal das mãos e


dos dentes, acompanhadas de conversas sobre a
importância de afastar os micro-organismos e as
doenças, junto com sujeira e resíduos.
- Situações frequentes de organização e limpeza do
ambiente da sala de aula
ou outro espaço escolar, acompanhada de conversa
sobre a importância de afastar os micro-organismos e
as doenças, junto com sujeira e resíduos, e manter a
beleza do lugar.
- Situações de conversa sobre atividades culturais em
que se discutem também as características físicas das
pessoas envolvidas para observar e valorizar a
diversidade cultural e física das pessoas (em
integração com História).
- Atividades com músicas com o nome de partes do
corpo para apontá-las.
Formas de avaliação

- Observação, registro e análise sobre
aquisição de hábitos de higiene pessoal e
ambiental.
Expressão corporal e plástica
Expressão corporal -São as brincadeiras, imitações e
dramatizações por meio das quais as crianças
reapresentam o que viveram e sentiram com o próprio
corpo ou manipulando objetos como fantoches,
bonecos, brinquedos etc.;
Expressão gráfica e plástica – são os desenhos, pinturas,
colagens, modelagens que as crianças fazem para
representar o que foi vivido e experimentado.
Gradativamente, essas representações vão sendo
planejadas pelas crianças e vão ganhando formas mais
definidas e elaboradas;
Projetos
Trabalhar com projetos é uma forma de vincular o
aprendizado escolar aos interesses e preocupações
das crianças, aos problemas emergentes na
sociedade em que vivemos, à realidade fora da
escola e às questões culturais do grupo.
Formação do professor

Em Rio Branco, o problema foi enfrentado da forma mais


indicada pelos especialistas. Antes da implementação do Ensino
Fundamental de 9 anos, em 2006, a prefeitura, em conjunto com
o governo estadual, iniciou um programa de formação.
"Chamamos todos os que trabalhavam com crianças de 6 e 7
anos para uma jornada de estudos. Tínhamos consciência de que
a mudança demandaria alterações profundas e de que
precisaríamos misturar o modo de trabalhar na Educação Infantil
com os do início do Fundamental", diz Lígia Ferreira Ribeiro,
diretora do Departamento de Ensino da Secretaria Municipal de
Educação da capital acriana.
FONTE: REVISTA NOVA ESCOLA, PASSO A PASSO DO
PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO- SECRETARIA DA EDUCAÇÃO,
ORIENTAÇÕES PARA O ENSINO DE 9 ANOS- Rio Branco/
Acre
FIGURAS: GOOGLE/ MSN

DIRETORIA DE ENSINO LESTE 3

EQUIPE CICLO I- CRISTIANE, SANDRA, ANA E REGIANE

2010

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