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ODONTOGERIATRIA

Materiais Dentários I 09/10

Trabalho Realizado pelos alunos:


•Ana Sofia Santos
•Carina Ricardo
•David Nobre
•Joana Raposo
•Rita Simões
•Ricardo Pitschieller
•Sara Rodrigues
O QUE É?
• O termo Gerontologia foi usado pela primeira vez em
1903 por Metchicoff
• Do grego, “gero” significa velho e “logia” significa estudo

• A Geriatria e Gerontologia surgem como especialidades


médicas na 2ª metade do séc.XX
• No séc. XXI surge a Odontogeriatria como especialidade
odontológica

• É uma especialidade em Medicina e também em


Odontologia, Enfermagem e Fisioterapia
O QUE É?
• Ramo da Odontologia
• Garante a saúde bucal na 3ª idade, prevenindo e
tratando os problemas comuns a esta faixa etária
• Participa na promoção do envelhecimento saudável

• Especialidade nova que surge devido:


▫ Rápido ↑ nº de idosos (graças à medicina moderna e à
prevenção aumentou significativamente a sobrevida da população)
▫ Idosos têm mais dentes
PARA QUE SERVE?
• A OMS (1999) estabeleceu o início da 3ª
idade
▫ Por volta dos 65 anos nos países desenvolvidos
▫ A partir dos 60 anos nos países em
desenvolvimento

• Necessidade de criar 1 critério que determine


melhor a qualidade de vida do doente, dada
a heterogeneidade desta faixa etária
▫ Capacidade funcional e autonomia do doente:
 Independente
Parcialmente dependente
Totalmente dependente
PARA QUE SERVE?
• Apenas 17,6% da população, mas responsáveis por
26% das consultas odontológicas

• Falta de saúde oral é um factor de risco para:


▫ Doenças sistémicas, como diabetes e arterioesclerose
▫ Morte por cancro, enfarte e derrames cerebrais

• A prescrição médica cuidadosa justifica um


conhecimento especializado do médico dentista

• A boca sofre mudanças com o envelhecimento


PARA QUE SERVE?
• Assim,
▫ Permite aos médicos dentistas obter + conhecimentos e
atender ao idoso de forma mais direcionada e profunda
▫ Conseguindo diferenciar o que faz parte do envelhecimento
normal ou não, indicar tratamentos e propor soluções

• "Nós somos preparados para entender o universo psíquico


dos idosos (…) Mas a capacidade do odontogeriatra deve ir
além. É necessário (…) saber ouvir, conversar e ter
sensibilidade para entender o idoso"
ALTERAÇÕES BUCO-DENTÁRIAS NA
3ª IDADE
• Musculatura facial + flácida
▫ Afecta a mastigação e a articulação

• As mucosas + sensíveis e finas


▫ Reacção negativa à pressão
realizada pelas próteses totais
usadas por doentes edêntulos

• Alteração da coloração dos dentes


▫ + Escuros, com tons de amarelo,
castanho e cinza
ALTERAÇÕES BUCO-DENTÁRIAS NA
3ª IDADE
• Desvio mesial dos dentes
▫ Forças de oclusão

• Abrasão
▫ Mastigação ou hábitos viciosos,
como o bruxismo*

*Hábito noturno de apertar ou ranger dos dentes, onde as


forças sobre os M. mastigadores são ↑

Dores de cabeça, desgaste do esmalte, problemas gengivais,


mobilidade dental ou problemas de disfunção, na ATM, etc
ALTERAÇÕES BUCO-DENTÁRIAS NA
3ª IDADE
• Mineralização dos canalículos dentinários
▫ Calcificação progressiva
▫ ↓ Permeabilidade e ↑ Sensibilidade

• ↓ Câmara pulpar
▫ Contínua deposição de dentina nas
paredes internas da câmara
▫ “Canais atresiados” – canais radiculares
quase totalmente obliterados
ALTERAÇÕES BUCO-DENTÁRIAS NA
3ª IDADE
• Retracção dos T. de suporte
▫ Estrutura do t. gengival mantém-se
▫ ↓ nº células e ↑ textura do T. fibroso na submucosa

• Espessamento com a senescência*


▫ ↑ Densidade celular na mucosa sugere uma desidratação
tecidual progressiva, por perda de água intracelular

• ↓ Espessura da camada basal


▫ Vulnerabilidade aos traumas

* As células que entram em senescência perdem a capacidade


proliferativa após um determinado nº de divisões celulares
ALTERAÇÕES BUCO-DENTÁRIAS NA
3ª IDADE
• Alterações nas estruturas básicas e
na superfície da língua
▫ Atrofia das papilas filiformes do dorso
da língua
 Aspecto liso e acetinado da superfície
▫ Atrofia de 2/3 das papilas
circunvaladas
▫ Fissuração da língua
Desenvolvimento de varicosidade
nodular na superfície ventral, afectando
o SN superficial
ALTERAÇÕES BUCO-DENTÁRIAS NA
3ª IDADE
• Alterações nas estruturas básicas e na
superfície da língua
▫ Essas alterações provocam ↓ do paladar
 Perda do apetite  Problemas nutricionais
↑ Consumo de temperos na alimentação e
agravar problemas como diabetes e
hipertensão
ALTERAÇÕES BUCO-DENTÁRIAS NA
3ª IDADE
• ↓ Fluxo salivar e consequente lubrificação dos T.
orais
▫ Medicação excessiva  secura da boca (Xerostomia)
e interfere no equilíbrio da microbiótica bocal

▫ Afecta a mobilidade da língua, dificultando a


deglutição dos alimentos

▫ Dificuldade na retenção das próteses  Fricção da


prótese sobre a mucosa oral  Lesões teciduais
ALTERAÇÕES BUCO-DENTÁRIAS NA
3ª IDADE
• ↓ Volume das G. salivares e concentração
de alguns constituintes salivares

• ↓ Actividade enzimática da saliva (até


75%)

• ↓ Viscosidade da saliva
PRINCIPAIS PATOLOGIAS GERAIS
• Anemia Perniciosa
• Deficiência Vitamínica ou Nutricional
• Hipertensão
• Diabetes
• Osteoporose
• Doenças Cardiovasculares
• Doenças Dermatológicas - líquen plano
• Infecção por fungos
• Doença Pulmonar Crónica
▫ Enfisema, bronquite crónica
• Distúrbios nas G. Salivares
• Doença de Parkinson
• Distúrbios da ATM
• Artrite e outras doenças reumáticas deformantes
• Alzheimer / Demência
PRINCIPAIS PATOLOGIAS GERAIS -
Manifestações Clínicas
• Alterações de cor e aparência da pele
▫ Pálida: anemia, hipertireoidismo, lesões
degenerativos nos túbulos renais ou
doenças debilitantes como a tuberculose
▫ Rosada: politemia ou neoplasma
▫ Bronze: doença de Addison, mas áreas
bronzeadas na pele da face e pescoço pode
indicar que o paciente já fez terapia
radioativa
▫ Azul avermelhada: carência de vitamina B2
PRINCIPAIS PATOLOGIAS GERAIS -
Manifestações Clínicas
• Alterações de cor e aparência da pele
▫ Amarela esverdeada (da icterícia): doenças
de vesícula biliar, fígado ou ducto biliar
▫ Tez cianótica: doenças cardiovasculares ou
pulmonares
▫ ↑ Pigmentação: Insuficiência da G. Supra-
renal
▫ Lesões ulceradas: Carcinoma celular
▫ ↑ Crescimento de pêlos: Síndrome de
Cushing ou síndrome da menopausa
PRINCIPAIS PATOLOGIAS GERAIS -
Manifestações Clínicas
• Alterações de postura e andar
▫ Ombros inclinados para frente: desvios na
espinha
▫ Protusão mandibular: desconforto na ATM
▫ Tremores de cabeça: doenças de Parkinson
ou uso de tranquilizantes
▫ Arrastar uma das pernas ao andar:
Problema cardiovascular
PRINCIPAIS PATOLOGIAS GERAIS -
Manifestações Clínicas
• Alterações de postura e andar
▫ Andares apressados involuntários: doença de
Parkinson
▫ Empurrar com força o pé contra o chão:
problemas dorsais ou de vértebras espinhais
▫ Um andar cambaleante: ingestão de álcool, uso
excessivo de medicamentos como relaxantes,
hiperventilação ou prejuízo cerebral ou da
coluna dorsal
PRINCIPAIS PATOLOGIAS GERAIS -
Manifestações Clínicas
• Alterações de voz
▫ Hipernasalidade: paralisia dos M. do palato
mole e/ou das paredes lateral e posterior da
garganta ou, ainda, duma perfuração do palato
▫ Rouquidão: paralisia das cordas vocais,
faringites, pólipos, ulcerações, excesso de fumo
ou tumor de cordas vocais
▫ Voz masculinizada em mulheres idosas:
Síndrome da menopausa
PRINCIPAIS PATOLOGIAS GERAIS -
Manifestações Clínicas
• Alterações do padrão de respiração
▫ Respiração ofegante e dificultosa: portadores de asma,
enfizema, infecções dos brônquios e deficiência cardíaca
▫ Dispnéia: doenças pulmonares e deficiências cardíacas
▫ Respiração superficial e rápida: fibrose pulmonar avançada
▫ Respiração errada, hiperventilação contínua e respiração
periódica: problemas pulmonares, renais ou cardíacos,
distúrbios emocionais
▫ Resistência a sentar na beira da cadeira: ortopnéia
(dificuldade de respiração numa posição + inclinada)
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORAIS
• Edentulismo (= ausência de dentes)
▫ O nº médio de dentes remanescentes
varia consoante o nível educacional,
salário e nível sócio-económico

• Falta de elementos dentários


• Cáries em superfícies radiculares
• Doença Periodontal
• Abrasões
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORAIS
• Reabsorção do rebordo alveolar

• Hiperplasia Inflamatória
▫ Má colocação duma prótese /
Falha na remoção para descanso
ou limpeza

• Lesões brancas
▫ Líquen plano, leucoplaca,
monilíases ou carcinoma de céls
escamosas

• Fibrossarcoma
▫ Massa coberta por mucosa rosa
e forte, sem dor, sem ulceração
e mal definida
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORAIS
• Tumor misto
▫ Massa de consistência firme, rosa forte
ou vermelho, bem circunscrita,
localizada no palato mole/duro

• Neoplasia do antro maxilar


▫ Elevação unilateral do palato na região
do 2º pré-molar e molar

• Descoloração púrpura na língua e


atrofia da papila superficial com
aspecto liso e brilhante
▫ Deficiência de riboflavina
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORAIS
• Mucositis
▫ Deficiência de vitamina B12

• Presença duma mucosa inflamada


▫ Radioterapia

• Cianose da mucosa
▫ Policitemia, doenças cardíacas ou
pulmonares

• Petéquias na mucosa
▫ Anormalidades sanguíneas,
fragilidade capilar ou distúrbios
nos órgãos formadores de sangue
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORAIS
• Língua saburrosa, fissurada

• Hiperplasia de papilas filiformes


▫ Língua peluda
▫ Papilas coradas pelo fumo e alguns
alimentos

• Macroglossia
▫ Relaxamento dos M. da língua
▫ Distúrbios hormonais ou extracção dos
molares inferiores

• Varicosidades na face ventral da língua


▫ Problemas cardiovasculares ou pulmonares
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORAIS
• Saliva + mucosa e pegajosa
▫ Perda de actividade das G. serosas

• Xerostomia
▫ Atrofia das G. salivares

• Estomatite de nicotina em idosos


fumantes de cachimbo

• Hemangioma e/ou Trombose nos lábios


▫ Atrito constante (hábito de morder o lábio)
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORAIS
• Candidíase Oral
▫ Uso da dentadura

• Candidíase Pseudomembranosa Aguda


▫ Falta de higiene

• Hiperplasia no palato
▫ Uso de dentaduras com câmara de
sucção

• Leucoplasia

• Dificuldade em se delimitar, em vários casos, o


patológico do fisiológico, ou o cronológico do psico-
MEDICAÇÃO
• Os idosos são os maiores
consumidores de medicamentos "per
capita" em todo o mundo
▫ Nos EUA consomem 25% da produção
anual de medicamentos

• Medicamentos + consumidos:
agentes cardiovasculares,
analgésicos, sedativos e
tranquilizantes
▫ Afecta a função da G. Salivar e
contribui para o ressecamento bucal
MEDICAÇÃO
• O médico dentista deve conhecer a
medicação que seu doente geriátrico
está a tomar
▫ Indicador de suas condições sistémicas
▫ Previne risco do tratamento odontológico
ser influenciado pelo regime terapêutico
em uso
▫ Conhecer os efeitos adversos que possam
advir do uso regular dos medicamentos
▫ Avaliar possível sensibilidade do doente
ao medicamento
ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
• “Perder os dentes não faz parte do
envelhecimento”

• Hoje é possível chegar aos 90 anos e


ostentar um belo e saudável sorriso

• Idoso bem sucedido mantém a sua


dentição natural, saudável e
funcional
▫ Incluindo a estética, o conforto, a
habilidade para mastigar, saborear e
falar
ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
Os dentes são fundamentais na:
Alimentação Comunicação Aspectos
Psicológicos
Mastigação Sorrir Higiene Oral
Digestão Sexualidade Saúde Geral
Selecção de Estética Qualidade de Vida
Alimentos
Prazer de comer

• O cuidado da saúde oral permite ainda resgatar a sua


auto-estima e a posição na sociedade

• Assim, o idoso deverá tomar algumas medidas preventivas


ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
• Higienização oral adequada
▫ Complementação do fio dental e/ou
um anti-séptico bucal

▫ Aplicação de agentes terapêuticos


anti-microbianos (ex. clorexidina)
 Eliminação de microorganismos
cariogénicos
ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
• Higienização oral
adequada
▫ Instruções específicas
para doentes portadores
de próteses e para
aqueles que apresentam
défice de habilidade
motora
ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
• Alimentação saudável, com equilíbrio
nutricional
▫ Eliminação dos substratos cariogénicos da dieta

• Aplicação de substâncias fluoretadas


▫ ↓ Desmineralização
▫ Induz a remineralização de superfícies
descalcificadas de dentina

• Aplicação de materiais restaurativos


▫ Protecção de partes específicas das superfícies
radiculares de maior risco
ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
• Visita frequente ao dentista
▫ Exame dos T. moles bucais
periodicamente
▫ Diagnosticar precocemente
lesões e neoplasias

• Deste modo, o envolvimento


do médico dentista revela-se
essencial na prevenção e
manutenção da saúde bucal
dos idosos
QUAIS OS MATERIAIS VULGARMENTE
UTILIZADOS?
• Kit básico (sonda, espelho, pinça)
• Aspiradores, Turbina
• Contra-angulo, Brocas
• Pote de dappen, porta amalgama,
calcador, brunidor, carver (para
amalgama)

• Essencialmente o tratamento do doente


idoso será + baseado em cuidados
paliativos, de modo a evitar o seu
sofrimento
BIBLIOGRAFIA
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Odontogeriatria
• http://www.brasilescola.com/odontologia/odontogeriatria.htm
• http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias.php?noticiaid=6608&as
• http://www.odontologia.com.br/artigos/geriatria.html
• http://biblioteca.universia.net/ficha.do?id=38062874
• http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/dentistry-oral-medicine/183
• http://dreduardojkhouri.spaces.live.com/blog/cns!EB287310C1F29426!8
• http://www.scribd.com/doc/17088324/Prevencao-em-Odontogeriatria
ODONTOPEDIATRIA
Materiais Dentários I 09/10
• A saúde oral dos lactentes, crianças e adolescentes,
tem um papel muito importante na saúde geral das
crianças.

• Durante muitos anos, os dentistas que tratavam de


crianças eram vistos como aqueles que consertavam
pequenos orifícios em pequenos dentes, de gente
pequena: uma visão muito estrita e mecanicista.
(Arthur J. Nowak, 2001)
• Esses aspectos restauradores do tratamento de crianças
são denominados no conjunto como “Pedodontia”, e o
termo “Odontopediatria” expressa de modo mais
adequado o amplo campo da saúde dentária da criança,
que é a base de um trabalho mais especializado. (A.
Cameron, 1997)
• A maioria dos distúrbios orofaciais em crianças tem
uma base evolucional. As lesões ou afecções podem estar
presentes, no nascimento, ou podem tornar-se evidentes
logo depois. Podem aparecer, mudar de natureza, parar
e regredir conforme o crescimento. Certas doenças são
hereditárias e outras podem ser adquiridas dos pais,
irmãos ou de outras crianças. (Roger K. Hall, 2001)
• Odontopediatria é uma especialização da Odontologia
que cuida da saúde oral de crianças.

desenvolvimento da face importa


nte
• Objectivo: preservar a dentição decídua
O alvéolo existe em função do dente, uma vez perdido o dente,
o espaço fecha-se dificultando o nascimento dos dentes
podpermanentes
e - reduzir a Dimenção Vertical do indivíduo
- causar Arcada Dentária disforme
- causar Disfunção na Articulação Têmporo-
mandibular
• Os cuidados orais para com o recém-nascido são simples e
de fácil execução. Cabe aos pais a instalação de hábitos de
higiene bucal positivos e constantes desde o nascimento do
bebé, sendo esta é a melhor forma de fazer com que a saúde
oral do bebé seja preservada.
• A conservação dos dentes decíduos é importante para o
desenvolvimento da fala
• Traz equilíbrio emocional às crianças no seu relacionamento
com as demais
• Os dentes decíduos são importantes na mastigação
de alimentos nos primeiros anos de vida da criança
• Para um correcto tratamento pediátrico há que ter em
conta o atendimento infantil, diferente de um atendimento
ao adulto com conhecimento de técnicas de conduta
comportamental especializada na triologia:

Médic
Crianç o
a

Pais
• O aparelho mastigatório, que é parte integrante da face, terá
que ser eficiente no exercício das suas funções, e colaborar
para o estabelecimento da harmonia e estética facial.

• Dentro desta filosofia o papel da odontopediatria é


supervisionar e orientar o desenvolvimento de um aparelho
mastigatório eficiente e equilibrado sobre o ponto de vista
morfológico, estético e funcional.

• A saúde oral engloba um conceito amplo, no qual a


prevenção da cárie dentária, problemas periodontais e
problemas resultantes de traumatismos dentários são
aspectos básicos e fundamentais. (Kurt Jr e tal., 2002)
• A tomada de informações da História Clínica deve ser
feita de uma forma lógica e sistemática de acordo com
cada paciente e ser actualizada regularmente.

• A realização de uma anamnese completa ajuda no


diagnóstico de muitas condições antes mesmo de se
efectuar o exame clínico, assim como permite
conhecer a criança e a sua família.
• A função de um exame não é só apenas averiguar a
existência de cáries e/ou doença periodontal, pois o
atendimento da criança no consultório
odontopediátrico deve ser orientado para avaliá-la
como um todo, envolvendo a análise das etapas de
crescimento e desenvolvimento.

• Deve ser utilizada terminologia leiga durante a colecta


de informação assim como técnicas simples, a fim de
promover a cooperação e o conforto da criança e
adolescente, no consultório Dentário.
Métodos comportamentais para eliminar a ansiedade

Falar, mostrar e fazer Informar, demonstrar e fazer parte de um procedimento

Ter espírito Brincalhão Usar vocabulário engraçado e sugerir o uso da imaginação

Distracção Ignorar e direccionar a atenção para fora do comportamento,


pensamento ou sensação

Reforço positivo Elogios em resposta ao comportamento desejado

Mostrar um modelo Mostrar um exemplo e demonstrar como deve ser feito

Moldar o comportamento Encorajar aproximações sucessivas ao comportamento desejado

Condicionamento sistemático Reduzir a ansiedade apresentando primeiro objectos e situações


que provoquem pouco medo, depois, progressivamente, introduzir
estímulos que provoquem mais medo
• Depois de uma Anamnese cuidada pode então, proceder-
se ao exame clínico, recorrendo à observação clínica e ao
uso de radiografias periapicais, interproximais e
ortopantomografia.

• Seguindo-se a epicrise e finalmente o tratamento.

• Após reunida toda a informação é importante o


conhecimento aprofundado das datas de erupção de
dentes decíduos e dentes permanentes, para por em
prática o correcto plano de tratamento.
• Os primeiros dentes do bebé iniciam seu aparecimento na boca
por volta do sexto mês de vida, sendo normalmente, os primeiros
a erupcionar os incisivos centrais inferiores, seguidos
dos centrais superiores, laterais inferiores e laterais superiores

• Por volta do primeiro ano de vida, os primeiros molares de leite


(decíduos) começam a sua erupção.

• Ao erupcionarem os dentes, deve iniciar-se o uso de escova e


pasta dentária sem flúor para remover a placa dental que fica
aderida a estes

• Ao promover a higiene oral do bebé, desde o inicio da sua vida,


tanto a mãe quanto o bebé estão a contribuir para a criação de
um hábito que será realizado por toda a sua vida de maneira
simples e de fácil execução
Dentes decíduos
Dente Inicio Inicio da Formação da Coroa completa Erupção
(semanas no calcificação coroa ao (meses) (meses)
utero) nascimento
(38-42 sem.)

Incisivo Central 7 13 a 16 5/6 maxila 3/5 1a3 6a9


mandib

Incisivo Lateral 7 14 a 16 2/3maxila 3/5 2a3 7 a 10


mandib

Canino 7,5 15 a 18 1/3 9 16 a 20


Primeiro Molar 8 14,5 a 17 cúspide unidas, 6 12 a 16
superfie oclusal
completa

Segundo Molar 10 16 a 23 Cúspide unidas 10 a 12 23 a 30


¼ da altura da
coroa

(R. Kronfeld, 1933)


Dentes Permanentes
Inicio Inicio da Calcificação Coroa Completa Erupção (anos)
(anos)
Mandibula
Incisivo Central 20 a 22 sem IU 3 a 4 meses 4a5 6a7

Incisivo Lateral 21 a 22 sem IU 3 a 4 meses 4a5 7a8

Canino 20 a 26 sem IU 4 a 5 meses 6a7 9 a 11


1º Pré-Molar 38 a 42 sem IU 1,75 a 2 anos 5a6 10 a 12
2º Pré-Molar 7,5 a 8 meses 2,25 a 2,5 anos 6a7 11 a 12
1º Molar 15 a 17 sem IU Nascimento 2,5 a 3 6a7
2º Molar 8,5 a 9 meses 2,5 a 3 anos 7a8 11 a 13
3º Molar 3,5 a 4 anos 8 a 10 anos 12 a 16 17 a 25
Maxila
Incisivo Central 20 a 22 sem IU 3 a 4 meses 4a5 7a8

Incisivo Lateral 21 a 22 sem IU 11 meses 4a5 8a9

Canino 20 a 26 sem IU 4 a 5 meses 6a7 11 a 12


1º Pré-Molar 38 a 42 semanas IU 1,25 a 1,75 anos 5a6 10 a 11

2º Pré-Molar 7,25 a 8 meses 2 a 2,5 anos 6a7 10 a 12


1º Molar 3,4 a 4 semanas IU Nascimento 2,5 a 3 6a7

2º Molar 8,5 a 9 meses 2,5 a 3 anos 7a8 12 a 13


3º Molar 3,5 a 4 anos 7 a 9 anos 12 a 16 17 a 25
(R. Kronfeld,
FLÚOR
• O flúor é utilizado na prevenção da cárie dentária.

• O flúor é amplamente encontrado na natureza, estando


presente na água natural, na água do mar, nos peixes, nos
vegetais, no leite e em alguns componentes orgânicos.

• Fisiologicamente o flúor procura unir os tecidos


mineralizados, tais como ossos e dentes em formação e de
preferência acumula-se no esqueleto.
FLÚO
•RO flúor tem acção predominantemente tópica durante o
processo de remineralização, que é um fenómeno pós-
eruptivo.

• O flúor previne a perda mineral da superfície dos cristais


de esmalte e favorece a remineralização por meio de
ligações com cálcio e fosfato.

• O flúor actua na cadeia glicolitica reduzindo a produção de


ácido pelos microorganismos.
MODIFICAÇÃO DA
DIETA
• É considerado o factor principal na determinação do
risco de cárie. A maioria dos alimentos mesmo os
considerados não cariogenicos contém açucares ocultos e
hidratos de carbono fermentáveis.

• Um histórico da dieta pode ser útil na identificação de


crianças de alto risco.

• As mudanças dos hábitos alimentares são muito difíceis,


e a orientação deve ser individual, prática e realista.
MODIFICAÇÃO DA
DIETA
• Para que seja possível delinear o risco de carie, alguns factores
deverão ser considerados:

- a frequência de ingestão de açúcar é mais importante do que a


quantidade total ingerida

- o consumo frequente de refrigerantes é um dos maiores


problemas, pois estes além de serem cariogénicos, também
são erosivos.

- muitos alimentos rotulados de “sem adição de açucar” tem


níveis altos de açucares naturais.
SELANTES DE FISSURA:
• Mesmo em comunidades com baixa incidência
de cáries, as fossas e fissuras ainda são
susceptíveis.

• O modo mais eficaz de prevenir cáries em fossas


e fissuras é por meio do selamento da fissura.
HIGIENIZAÇÃO

• Escovagem dos dentes- A criança deverá ser


encorajada a adquirir o hábito de higiene oral o mas
precocemente possível.

• Os pais devem ser orientados a higienizar os dentes às


crianças assim que estes erupcionam com a ajuda de
uma gaze ou pedaço de tecido adaptado ao dedo
indicador, ou uma escova pequena e macia podem ser
usadas para remover a placa bacteriana.
HIGIENIZAÇÃ
O
• Recomenda-se supervisionar a escovagem dos filhos até por volta
dos 6 anos. Recomenda-se que a escovagem pelo menos 2 vezes
por dia e enfatiza-se a escovagem à noite antes de ir dormir.

• Existem pastilhas evidenciadoras de placa bacteriana, como


auxilio aos pais e crianças para avaliar se a escovagem está a
ser realizada de forma correcta.

• Quando começam a irromper os primeiros dentes


permanentes, as faces proximais dos molares são mais
susceptíveis à carie.
HIGIENIZAÇÃ
O
• Deve por isso ser ensinado aos pais como aplicar o fio
dentário nos filhos, e as crianças de mais idade devem
ser treinadas a usar o fio dental sozinhas.

• Bochechos antimicrobianos devem também ser


utilizados como coadjuvantes à prevenção da carie já
que tem funções limitadas.
• Crianças que apresentem alterações da mineralização do
esmalte com consequente cavitação (cárie dentária),
apresentam alternativas de tratamento:

- Amalgama
- Resina Composta
- Cimento de ionomero de vidro convencional
- Cimento de ionomero de vidro modificado por resina
- Resina composta modificada por poliácidos
- Coroas de aço inoxidável
Vantagens e Desvantagens dos matérias usados em
odontopediatria
Vantagens Desvantagens
Amalgama Simples Não é adesivo
Rápido Requer retenção mecânica
Baixo custo no preparo cavitário
Baixa sensibilidade técnica Riscos ocupacionais e
Longevidade da restauração ambientais
Preocupação com o
mercúrio

Resina composta Adesiva Alta sensibilidade técnica


Estética Necessidade de isolamento
Propriedades de desgaste absoluto
razoáveis Problema de diagnostico de
Controle da polimerização carie secundária
Alto custo
Cimento de ionomero Adesivo Tempo prolongado de
de vidro convencional Estético polimerização
Liberta flúor Frágil
Susceptível à erosão e ao
desgaste
Radiolucido
Cimento de ionomero Adesivo Alguns são radiolucidos
de vidro modificado Estético Durabilidade
por resina Controle da polimerização desconhecida
Fácil manuseio Absorção da água

Coroas de aço Muito duravel Preparo exige estensivo


inoxidável Protege e mantém a desgaste do dente
estrutura dentária Requer cooperação do
remanescente paciente
Requer cooperação do
paciente

Resina composta Adesivo Durabilidade


modificada por Estético desconhecida
poliácidos Controle da polimerização Absorção de água
(compomeros) Radiopaco Fácil manuseio

(Mount GJ.,
1993)
• Odontopedíatria – 2ª edição
E. Barberia Leache, J. R. Boj Quesada, M. Catalá Pizarro, C. García Ballesta, A.
Mendonza Mendoza
• BARBER, t. Space management. In BARBER, T. LUK, L. Pediatric
Dentistry. Brsitol, John Wright & Sons
• BRAUER, J. C. A report a report of 113 early or premature extractions of
primary molars and the incidence of closure space. J. Dent. Child
• CARDOSO, M.; ROCHA, M.C. Traumatized primary teeth in
chlidren assisted at the Federal University of Santa Catarina, Brazil, Dental
Traumatology
• MCDONAL, R.; AVERY, D. Odontopediatria. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan
• FALTIN JR. K. Bases fundamentais para o desenvolvimento da oclusao
na criança. In: CARDOSO, R.J.A.; GONÇALVES, E.S.N. Ortodontia-
Ortopedia Funcional dos Maxilares. São Paulo, Artes Médicas 2002
ONCOLOGIA E PATOLOGIA ORAL
Materiais Dentários I 09/10
Oncologia

É o ramo da Medicina especializada no


diagnóstico, prevenção e tratamento de
neoplasias malignas.
Oncologia
• Doenças Oncológicas - São caracterizadas
pela existência de células neoplásicas (NEOS =
novo + PLASIA =crescimento), crescendo de
uma forma descontrolada.

• Estas células têm a capacidade de invadir os


tecidos vizinhos e de se distribuírem por locais
distantes da localização inicial, originando as
metástases à distância.
Oncologia
• Ciclo Normal de Divisão Celular
No seu ciclo de vida, as células crescem,
dividem-se de forma regular e periódica,

envelhecem, morrem e são substituídas por novas


células, com a finalidade de manter a integridade
e o correcto funcionamento dos órgãos.

No entanto, este processo ordeiro e


controlado pode correr mal e formam-se células
novas, sem que o organismo necessite delas e as
células velhas não morrem “de acordo com o que
estaria previsto”. Este conjunto de células “em
excesso” forma um tumor.
Oncologia
• O processo de divisão celular é regulado
por uma série de mecanismos de controlo;

• Quando estes mecanismos de controlo são


ou estão alterados, as células perdem a
capacidade de limitar e comandar o seu
próprio crescimento iniciando uma divisão
descontrolada, que com o tempo originará
um tumor;

Concluindo:
O cancro tem origem nas
células, e é a consequência das
células receberem mensagens
“erradas”.
Oncologia
• Quando as células recebem a "ordem" de divisão
"errada", podem acontecer várias coisas:
A divisão celular torna-se descontrolada;

As células "filhas" são menos especializadas


do que as células normais;

E, embora conservem algumas características


da célula de origem, são incapazes de desempenhar as
mesmas funções desta.
Oncologia
Como as células
cancerosas continuam
a dividir-se mais
depressa do que as
dos tecidos vizinhos,
formam uma massa
volumosa e, através
de um processo de
"infiltração",
começam a "abrir
caminho" por entre as
células em seu redor.
Oncologia

Ao fim de algum tempo, as células cancerosas podem alcançar um vaso


sanguíneo ou um canal linfático, onde pequenos grupos de células do cancro
podem "soltar-se" e entrar em circulação, podendo depois, "depositar-se"
noutras partes do corpo formando um cancro secundário(metástases) -
metastização.
Oncologia – Estádios do Cancro

Locais mais frequentes


de metastização
Oncologia
V
- Próstata

- Colo-Rectal
S - Colo-Rectal

- Pâncreas - Pâncreas

- Mama - Mama

- Linfoma - Linfoma
Oncologia
• Tipos de Cancro:
Oncologia
Oncologia
Sinais e Sintomas:
Oncologia – Detecção e Diagnóstico

• Cancro da Mama – Mamografia (radiografia


especial à mama);

• Cancro do Colo do Útero – Citologia (Teste de


Papanicolau) ou esfregaço do colo do útero ou
cérvix;
Oncologia – Detecção e Diagnóstico
• Cancro do Cólon e Recto – deve-se procurar
sangue oculto nas fezes. Exames:
Sigmóidoscopia
Colonoscopia
Clister Opaco de Duplo Contraste
Toque Rectal
Oncologia – Detecção e Diagnóstico
• Análises Clínicas ou Exames Laboratoriais;
• Biópsias: agulha, endoscópio, cirurgia
(excisional ou incisional);
• Exames Imagiológicos:
Oncologia
Oncologia – Objectivos do Tratamento
Oncologia Oral
• A boca, pelas suas particularidades anatómicas,
constitui um ambiente favorável para a colonização
e proliferação de microrganismos, os quais, em
condições normais, mantém-se em equilíbrio
• Nos pacientes com neoplasias malignas esse
equilíbrio ecológico microbiano, geralmente, é
quebrado pelo comprometimento do sistema
imunológico do paciente em decorrência do curso
patogênico da doença, agravando-se a situação com
a acção dos agentes antineoplásicos.
Em Portugal…
• São diagnosticados anualmente cerca de 64.000
novos casos de cancro, excluindo o cancro cutâneo
• Cerca de 4% correspondem a carcinomas da
cavidade oral, pelo que se calcula uma prevalência
anual de cerca de 2600 novos casos.
• Cerca de 70% são diagnosticados em fases
avançadas da doença, não sendo expectável
sobrevida superiores a 20%
• Dos 30% de casos diagnosticados em fases mais
precoces da doença, a sobrevida de cerca de 70%
Oncologia Oral
A causa do atraso no diagnóstico dos doentes
portadores de doenças oncológicas da cavidade oral
prende-se com varias razões:
• Deficiências na preparação pré e pós-graduada, dos clínicos
gerais, estomatologistas e médicos dentistas na observação,
diagnóstico e encaminhamento destas situações.
• Problemas relacionados com as carências económicas e
financeiras da população e com a enorme limitação da
acessibilidade aos cuidados de saúde oral que esta situação
acarreta.
• Medo do próprio doente em encarar a possibilidade de poder
ter um cancro.
Oncologia Oral
• Neoplasias Malignas Associadas à Região
Bucofacial:

Lesões Brancas Lesões Vermelhas Queilite Actínica

Úlceras que não


Verrucosidades Nódulos cicatrizam à 2 semanas
Oncologia Oral
• Complicações Bucais da Radioterapia

Mucosite Cárie de
Radiação

Osteoradionecrose
Oncologia Oral
• Outros sintomas:
• Parestesias
• Anestesias
• Dor atípica
• Disestesias(ardência oral)
• Paralisias faciais
• Dor à deglutição a irradiar para o ouvido
• Rouquidão

• Comportamento a adquirir:
• Encaminhar para a Cirurgia Oral,Estomatologia, Patologia oral para
investigação física e complementar (imagens,realização de biopsia)
Oncologia Oral
• Tratamento dentário de doentes
submetidos à Radioterapia
Avaliação antes do tratamento

•Exame clínico odonotológico


•Radiografias
•Teste de fluxo salivar
Oncologia Oral
• Esquema de prevenção
• Profilaxia, raspagem e polimento radicular
• Instruções de higiene oral
• Dieta pobre em sacarose
• Prescrever bochechos de fluoreto acidulado( solução neutra em
caso de irritação da mucosa)
• Eliminar as cáries
• Reparar ou eliminar todas as fontes potencias de irritação e/ou
cúspides agudas, cúspides fracturadas,grampos quebrados,
prótese mal adaptada ou aparelhos ortodônticos
• Exame e profilaxia frequentes(a cada seis a oito semanas) com
restauração da cárie incipiente
• Manter o plano de tratamento pelo menos 12 meses após a RT
,ou mais, se a xerostomia continuar
Patologia Oral
Patologia Oral
Patologia Oral
• Doenças comuns da pele que podem
comprometer a mucosa oral:

LED – Lúpus Eritematoso Discóide ; LES – Lúpus Eritematoso Sistémico


Patologia Oral
• Anomalias das glândulas salivares:
Patologia Oral
Patologia Oral

• Gengivite Aguda/Crónica - Manifesta-se como edema e


sensibilidade das gengivas, com sangramento e ulceração
• Periodontite Crónica - Resulta da inflamação gengival
crónica relacionada à presença de placa calculosa entre a
gengiva e o dente
Bibliografia
• http://www.pop.eu.com/home.html
• Sonis: Medicina Oral
• Neville: Atlas de Patologia Oral
• www.inca.gov.br
• www.nutechsr.com.br
• Bisphosphonate-associated jawbone osteonecrosis:
a correlation between imaging techniques and
histopathology (Journal Oral Medicine…, março
2008)
• http://medicinaoral.org/blog/2009/09/27/protocolo-de
• Livro - “Patologia” – A. Stevens

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