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agulhetas
Manípulo Selector de
de fecho e corpo projecção
Junção abertura de água
roscada
ou storz
Selector
punho de débito
agulhetas
Cortina
de Cone de ataque jacto
protecção
APLICAÇÃO DA ÁGUA
EM JACTO, A ÁGUA é Projectada em GRANDE
QUANTIDADE, À DISTÂNCIA, NA VERTICAL E
HORIZONTAL.
Cone de ataque
Média distância
APLICAÇÃO DA ÁGUA
Cortina de
protecção Pouco alcance
Aplicação da água em cone de
ataque ou cortina de protecção
O BOMBEIRO E A FORÇA
ORIGINADA NA AGULHETA
PELA PRESSÃO DA ÁGUA
HOMEM DA AGULHETA
FOCO DE
INCÊNDIO
AGULHETA DE TRÊS POSIÇÕES
A CORRECTA POSIÇÃO DA MÃO SOBRE O
REGULADOR DE CAUDAL PERMITIRÁ UMA RÁPIDA
ROTAÇÃO NUM OU NOUTRO SENTIDO:
POSIÇÃO DOS BRAÇOS E MÃOS
A PERNA
ATRASADA
DEVERÁ
MANTER-SE
RÍGIDA. inferior a 90º
POSIÇÃO DAS PERNAS E PÉS
A DISTÂNCIA ENTRE OS
PÉSDEVERÁ VARIAR
ENTRE OS 40 E 50 cm.
40 a 50 cm
A SEPARAÇÃO LONGITUDINAL
DEVERÁ SER DE 20 cm
20 cm PODENDO AUMENTAR
EM FUNÇÃO DA ESTABILIDADE
NECESSÁRIA.
AJUDANTES DAS LINHAS DE MANGUEIRAS
POSIÇÃO DE SUPORTE
X
POSIÇÃO DE AVANÇO E RETROCESSO
Técnicas de avanço com linhas de água
A POSIÇÃO VERTICAL
SERÁ EM FUNÇÃO DA
DISTÂNCIA AO FOGO.
POSIÇÃO DO CORPO
APROXIMAÇÃO
AGACHADO PARA
MELHOR PROTECÇÃO
INICIO DA APROXIMAÇÃO
CALOR RADIADO OU CHAMAS FORTES
NESTAS CONDIÇÕES DEVE MANTER-SE A
AGULHETA NO MÁXIMO DE CORTINA, DEVENDO
O BOMBEIRO NA POSIÇÃO DE AGACHADO, NÃO
VARIAR A SUA ORIENTAÇÃO
CALOR RADIADO OU CHAMAS FORTES
NÃO É ACONSELHÁVEL O MOVIMENTO DE
DESLOCAÇÃO DA AGULHETA, POIS AS CHAMAS
E O CALOR PODEM PASSAR PONDO EM PERIGO
O BOMBEIRO.
Chamas
e
calor
PROTECÇÃO COM UMA LINHA DE ATAQUE
TODOS OS
BOMBEIROS ESTÃO
POR DENTRO DAS
LINHAS, COMANDADOS
POR UM GUIA.
INTERVENÇÃO COM DUAS LINHAS
1. Introdução
A água tem sido e é o melhor e mais abundante produto para a extinção do fogo.
Praticamente todos os bombeiros do mundo utilizam este agente como arma principal
para a extinção de incêndios, sendo, portanto, imprescindível um amplo conhecimento
das suas características e do seu comportamento.
2. Fluídos
Um fluído é uma substância que pode tomar a forma do recipiente que o contém e
pode sair ou fluir pelos orifícios que este possa ter. Por conseguinte, a denominação de
fluídos inclui tanto os líquidos como os gases.
A diferença entre os líquidos e os gases é que os primeiros são praticamente
incompressíveis e, portanto, mantêm um volume constante a uma determinada
temperatura. Por outro lado, os gases podem-se comprimir e têm tendência a ocupar
todo o volume de que disponham.
De seguida vamos ocuparmo-nos fundamentalmente dos líquidos e em concreto
da água.
3 - Pressão
O efeito de uma força sobre uma superfície na qual esta se exerce denomina--se
pressão.
P=F:S
Vemos que a pressão não vai depender só da força que estamos a aplicar, mas
também da superfície sobre a qual a aplicamos. Assim, para evitar afundarmo-nos na
neve utilizamos esquis e, pelo mesmo princípio, para evitar que caia ao solo uma viga
colocamos uma prancha para que se divida a pressão.
Pressão atmosférica.
Peso da coluna de ar
de 1 cm2 de secção.
Um ponto qualquer numa massa líquida está submetido a uma pressão em função
unicamente da profundidade em que se encontra esse ponto, isto é, a quantidade de fluído
que tem por cima. Qualquer ponto à mesma profundidade terá a mesma pressão.
4 - Pressão atmosférica
A massa de ar que cobre a superfície terrestre determina por causa do seu peso, uma
pressão obre todos os objectos situados sobre a Terra. A este valor denomina-se pressão
atmosférica.
O peso que exerce esta coluna de ar ao nível da água do mar é igual ao peso que
exerce uma coluna de mercúrio de 760 mm ao ainda, de uma coluna de água de 10,33
metros de altura.
O peso do ar nos primeiros 1 000 metros é aproximadamente de 1, 293 gramas por
cada litro o que equivale a uma perda de pressão de 0,01293 kg/cm2 por cada 100 metros
de altura ou que é o mesmo que 0,129 de coluna de água.
A extracção total ou parcial do ar atmosférico, ou de outro fluído, de um recipiente
denomina-se vácuo. Na prática é impossível realizar um vácuo perfeito ficando restos de
fluído que exercerão uma determinada pressão.
5 - Unidades de pressão
As unidades de pressão que se utilizam na Física são muito variadas, sendo que, na
prática, a mais corrente é a de quilogramas por centímetro quadrado (kg/cm2). Existem
outras unidades, como o bar que equivale a 1,02 kg/cm2, o centímetro ou milímetro de
coluna de mercúrio ou o metro de coluna de água.
Outra unidade muito usada é a atmosfera (atm) que é igual a uma coluna de água
com 10,33 m ou 76 cm de mercúrio.
Nos bombeiros, porque há veículos e equipamento oriundos dos Estados Unidos da
América, temos ainda de considerar as libras por polegada quadrada (psi).
Contudo, em Portugal, desde 1994, pelo Decreto-Lei n.º 238/94, de 19 de Setembro,
que a unidade de pressão é o Pascal (P), admitindo-se nesse diploma legal que,
temporariamente, serias de admitir o bar. As restantes unidades foram pura e
simplesmente posta “à margem da lei”.
TABELA DE CONVERSÃO
Pressão
Multiplicar
Para converter Em
por
Se fizermos alguns arredondamentos, que, aliás não podem ser medidos pela
generalidade dos aparelhos usados pelos CB’s, pode-se estabelecer ainda que de uma forma
aproximada que:
- 1 atm (atmosfera) equivale a uma coluna de mercúrio de 76 cm;
- 1 atm (atmosfera equivale a uma coluna de água de 10,33 m;
- 1 atm (atmosfera) equivale a 1 bar (1,02 bares);
- 1 atm (atmosfera) equivale a 1 kg/cm2 (1,033 kg/cm2).
- 1 kg/cm2 equivale a 1 bar.
7.2. Todo o corpo submerso num fluído sobre uma impulsão de baixo para cima igual ao peso do volume do fluído
deslocado.
O balão do desenho exercerá para cima uma força igual ao peso do volume do fluído que desloca, 200 kg (1 litro de
água pesa 1 kg), permitindo-nos pôr a flutuar objectos submersos.
Se aumentarmos a pressão de um fluído, esta aumenta igualmente por todo o fluído. Quando sopramos para dentro de um
balão, o ar no seu interior expande-se por igual em todas as direcções.
8 - Hidrodinâmica
8.1 – Caudal
Q=SXV
A equivalência é a seguinte:
Q = S1 V1 = S2 V2 = constante
P V2
-------------- + ------------- + h = constante
Q.g 2g
Se, pelo contrário, em vez de uma válvula pusermos uma mangueira com uma agulheta
aberta veremos que o manómetro não indica 3 bar, mas uma pressão menor a que se chama
pressão dinâmica
11 - Perdas de carga
No seu percurso por uma canalização, os líquidos estão submetidos a resistências ou atritos contra as
paredes e a perdas de energia nas válvulas, curvas, mudanças de secção, etc..
Estes atritos manifestam-se em perdas de pressão, denominando-se este efeito de perdas de carga.
Pressão à saída da bomba: 5 bar
Pressão na agulheta : 2 bar
Perda de carga: 3 bar
As perdas de carga dependem da viscosidade do fluído, do tipo de canalização, da quantidade e tipo
de válvulas, uniões, junções, etc., do diâmetro da canalização e do comprimento da mesma.
Pode dizer-se, de forma a simplificar, que as perdas de carga:
a) Dependem da rugosidade das paredes da canalização. A uma maior rugosidade corresponderá
uma maior perda de carga.
b) São directamente proporcionais ao comprimento. Quer dizer, ao dobro do comprimento
corresponderá o dobro da perda de carga.
c) São inversamente proporcionais ao diâmetro. Assim, ao maior diâmetro corresponderá uma
menor perda de carga.
d) São directamente proporcionais ao quadrado da velocidade do líquido ou do caudal. Assim, se o
caudal de uma mangueira aumenta passa ao dobro (X2), a perda de carga será quatro vezes maior (X22).
e) Em cada elevação de 10 metros, relativamente à saída da bomba, perde 1 bar.
Por tudo isto, aconselha-se a utilizar mangueiras com a parede interior lisa, do menor comprimento
possível, para grande distâncias usar o diâmetro maior possível e evitar curvas e “cotovelos” muito
fechados.
Geralmente as perdas de carga de uma mangueira vêm definidas perfeitamente pelo fabricante
destas, podendo ainda usar-se ábacos ou tabelas.
Na actuação em sinistros há que ter em conta alguns dados importantes para obter bom
rendimento no estabelecimento de mangueiras.
Pressão
na
agulheta Õ da ponteira da agulheta em mm
bar
12.2 - Equação de descarga
Vai permitir-nos saber de antemão se vai sair, ou não, água pela agulheta antes de se efectuar o
estabelecimento.
Pressão na bomba = Pressão na agulheta + altura de impulsão + perdas de carga
Pb = Pa + Ai + Pc
Tabela de caudais aproximados em litros e galões para pressões em kg/cm2 (bar) e libras/polegada2 -psi
13 - Distância e altura de um jacto de água
São valores difíceis de calcular, porém de uma forma aproximada podemos obter através da consulta
aos mapas seguintes:
Para um determinado tipo de agulheta, o máximo alcance obtém-se na prática com um ângulo de 30º e
não de 45º como indica a teoria. Estas diferenças entre a teoria e a prática são devidas à resistência do ar
e à dispersão do jacto.
14 - Reacção na agulheta
Por efeito do jacto de água, a agulheta e portanto quem a suporta estão sujeitos a uma reacção cujo
valor vai depender da quantidade de água lançada e da sua velocidade (conservação da quantidade de
movimento). O valor aproximado pode determinar-se mediante a seguinte fórmula:
R=2XPS
Sendo: R a reacção em quilogramas – kg
P a pressão da agulheta em bar
S a secção interior da ponteira em cm2
15 - Choque hidráulico
16 - Bombas
As bombas são mecanismos que têm por fim mover fluídos e impulsioná-los com uma
determinada pressão.
Existem muitos tipos de bombas, contudo, simplificando, podemos classificá-las quanto
ao seu funcionamento em alternativas e rotativas e se, nos basearmos em que tipo de energia que
utilizem para as mover, em: eléctricas, hidráulicas e motor de explosão.
16.1 - Bombas alternativas
As bombas definem-se pelo seu caudal nominal a uma pressão nominal. Quer dizer, o caudal
que fornecem a uma determinada pressão , segundo as normas. Porém, se queremos conhecer mais
a fundo uma bomba devemos observar as suas curvas características.
Nestas curvas pode ver-se como varia o caudal ao variar a pressão.
Também se variarmos a altura de aspiração, as curvas variarão de igual modo diminuindo o
caudal à medida que aumenta a altura de aspiração.
18 - Aspiração
A primeira operação que deve realizar uma bomba é a de conseguir aspirar água (escorvar ou
ferrar a bomba). Para isso existem dois sistemas; um, no qual o depósito está a um nível superior ao
da bomba e esta entra nesta por gravidade, e um outro a que chamamos escorvamento ou ferragem.
O escorvamento consiste em realizar o vácuo de forma que seja a pressão atmosférica a força
que empurra a água até à bomba.
Para tal só será possível escorvar (ou ferrar) uma bomba quando a altura de aspiração, que é a
diferença de nível entre o corpo da bomba e a superfície do líquido – água – seja igual ou inferior a 10,
33 metros (altura teórica).
Na prática, a altura de aspiração não deve exceder cerca de 6 metros para obter bom rendimento
das bombas. Além disso, a altura de aspiração não é constante mas depende dos seguintes factores:
Altura acima
do nível 0 100 200 300 500 700 900 1200 1400 1600 2000
do mar
Perda
de 0 0,129 0,250 0,370 0,625 0,870 1,100 1,440 1,660 1,880 2,290
aspiração
2º - Da temperatura da água. Um líquido emite vapores a uma certa temperatura. Estes
vapores diminuem o vácuo criado pela bomba. A uma maior temperatura, mais vapor; portanto,
menor altura de aspiração.
Calcularam-se, experimentalmente, as perdas de carga de aspiração a diferentes temperaturas
de forma que:
- a 10º perde-se 0,125 metros
- a 15º perde-se 0,175 metros
- a 20º perde-se 0,236 metros
- a 25º perde-se 0,320 metros
- a 50º perde-se 1,25 metros
No Verão é frequente encontrarmos água a uma temperatura compreendida entre 15º e 20º, o
que faz supor uma perda de altura de aspiração na ordem de 0,20 metros.
5º - Das perdas da carga nos aspiradores ou chupadores. Para diminuir este factor, os
aspiradores deverão ser de maior diâmetro que a saída da bomba, oscilando estes diâmetros entre
45 mm e 110 mm.
6º - Do caudal a obter. Para obter um maior caudal deveremos diminuir a altura de aspiração
(para um mesmo regime de funcionamento).
19 - Mecanismo de escorvamento (ou ferragem)
As bombas centrífugas não podem, por si mesmas, criar o vácuo inicial para poderem aspirar e,
portanto, devem ser dotadas de um mecanismo auxiliar capaz de efectuar essa função. A estes
mecanismos denominamos de sistemas de escorvamento e, ainda que haja diversos tipos, os
principais são:
- Pistões
- Anel de água
- Efeito Venturi ou ejector de gases
Para saber bem usar os diversos modelos, bem como dar-lhe a manutenção cuidada que
exigem, é indispensável consultar as instruções dos fabricantes.
20 - Ejectores