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- Di Cavalcanti

- Portinari

Profa. Ms.
Priscilla Ramos da Silva
Emiliano Di Cavalcanti, Auto-retrato
óleo sobe tela - 33,5 x 26 cm. - 1943
acervo particular
Di Cavalcanti (1897 - 1976)
• Nascido no Rio de Janeiro, inicia sua carreira artística como
caricaturista e ilustrador, publicando sua primeira caricatura em
1914, na revista Fon-Fon.
• Em 1917, reside em São Paulo, onde freqüenta o curso de Direito
no Largo São Francisco e o ateliê de Georg Elpons (1865-1939).
Convive com artistas e intelectuais paulistas como Oswald de
Andrade e Mário de Andrade.
• Em 1921, ilustra A Balada do Enforcado, de Oscar Wilde (1854-
1900), e publica o álbum Fantoches da Meia-Noite, editado por
Monteiro Lobato.
• É o idealizador e o principal organizador da Semana de Arte
Moderna de 1922, na qual expõe 12 obras.
Elpons, Georg
Natureza-Morta , s.d.
óleo sobre tela, c.i.d.
70 x 90 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil
Colombina
Ilustração de capa para a Revista Fon-Fon.
Retrato de Moça, 1921
Capa do catálogo da exposição da
Capa para Paulicéia Desvairada,
Semana de Arte Moderna , 1922
de Mario de Andrade
Fantoches da Meia-
Noite enfoca o universo
boêmio e os tipos da
noite: bêbados, vigias e
prostitutas. Seu
desenho revela a
influência do ilustrador
inglês Aubrey Vincent
Beardsley e
caracteriza-se pela
linha leve, alongada e
sinuosa e pelo uso de
elementos decorativos,
ao estilo art nouveau.

Ilustrações de Fantoches da
Meia-Noite , 1922
Coleção Milton Guper - SP
Beardsley

John and Salome


Aubrey Beardsley, 1872-1898
1894
Art Nouveau
Pierro, Arlequim e Colombina, 1922 Pierrete, 1922
óleo s/ tela óleo s/ tela - 78 x 65 cm
- 78 x 65 cm
Di Cavalcanti
• Em 1923, faz sua primeira viagem à França, onde atua
como correspondente do jornal Correio da Manhã.
• Em Paris, instala ateliê e conhece obras, artistas e
escritores europeus de vanguarda como, Pablo Picasso,
Georges Braque, Fernand Léger, Henri Matisse, Jean
Cocteau e Blaise Cendrars.
• Volta a São Paulo em 1926, trabalha como jornalista e
ilustrador no jornal Diário da Noite.
• A estada em Paris marca um novo direcionamento em
sua obra. Conciliando a influência das vanguardas
européias com a formulação de uma linguagem própria,
adota uma temática nacionalista e preocupa-se com a
questão social.
• No ano de 1928, filia-se ao Partido Comunista do Brasil
(PCB).
O Beijo , c. 1923
têmpera s/ tela, 90,4 x 62,3 cm
Coleção MAC/USP
Gustave Klimt, O beijo, 1908
Pierrot, 1924
Guache - 30 x 22 cm
Samba, 1925

óleo s/tela,
177 x 154 cm

Coleção
Geneviève e
Jean Boghici
Meninas Cariocas , 1926
óleo s/ cartão, 52 x 44 cm
Devaneio , 1927
óleo s/ tela, 99,5 x 156 cm
Coleção Particular
Di Cavalcanti
Mulatas , 1927
óleo sobre cartão, c.i.d.
50 x 39 cm
Retrato de Maria , 1927
crayon e aquarela s/
cartão, 32 x 22 cm
Coleção Particular
Mesa de Bar , 1929
óleo s/ tela, 44 x 36 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand,
MAM RJ
Cinco Moças de
Guaratinguetá , 1930
óleo s/ tela, 92 x 70 cm
Museu de Arte de São Paulo
Assis Chateaubriand (SP)
Di Cavalcanti – anos 1930-40
• Em 1931, participa do Salão Revolucionário e, no ano seguinte,
funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho (1899-1973), Antonio
Gomide (1895-1967) e Carlos Prado (1908-1992), o Clube dos
Artistas Modernos - CAM.
• É preso em 1932 durante a Revolução Constitucionalista.
• Em 1933, publica o álbum A Realidade Brasileira, uma sátira ao
militarismo da época.
• Em 1938 viaja a Paris, onde trabalha na rádio Diffusion Française.
• Retorna ao Brasil em 1940, trabalha como ilustrador, e publica
poemas e memórias de viagem.
Ilha de Paquetá, 1930
óleo s/ tela
Mulher e Paisagem , 1931
óleo s/ cartão, 40 x 50 cm
Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de
São Paulo. Palácio Boa Vista (Campos do Jordão, SP)
Mulheres com Frutas , 1932
óleo s/ tela, 60 x 100 cm
Coleção Particular
Di Cavalcanti
Menina do Circo , 1937
óleo sobre cartão, c.i.d.
56 x 46 cm
Coleção Jones Bergamin
Moças com Violões , 1937
óleo s/ tela, 50 x 70 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM
RJ
Ciganos , 1940
óleo s/ tela, 96,5 x 130 cm Nascimento de Vênus , 1940
Museu Nacional de Belas Artes (Rio de óleo s/ tela, 54 x 65 cm
Janeiro, RJ) Coleção Particular
Picasso Sleeping Peasants, 1919.
Guache, aquarela e lápis s/ papel, 31.1 x 48.9 cm
Museu de Arte Moderna (MoMA), NY
PicassoThree Women at the Spring, 1921
óleo s/ tela, 203.9 x 174 cm
Museu de Arte Moderna (MoMA), NY.
Mulheres Protestando , 1941
óleo s/ tela, 51 x 70 cm
Coleção Particular
Preocupação social
• Di Cavalcanti, 1933 (a propósito de uma
exposição de Tarsila do Amaral em que
constavam os quadros “Operários” e “2ª
Classe”):
• “Nós artistas não podemos nos separar da
humanidade, com veleidades de possuirmos
qualquer coisa de superior aos nossos
semelhantes (...) o homem indiferente, o homem
que se coloca acima das competições, tornou-
se um anacronismo e toda sua existência é uma
traição a sua época.”
Colonos c.1945
óleo s/ tela, 60 x 90 cm.
Maternidade , 1949
óleo sobre tela, 100 X 81 cm
Picasso The Dream, 1932
Picasso Seated Woman, 1927.
óleo s/ madeira Coleção
óleo s/ madeira, 129.9 x 96.8 cm
Particular, NY
Museu de Arte Moderna (MoMA), NY
Pescadores , 1951
óleo sobre tela, 114,5 x 162 cm
Coleção MAC/USP
Gente do Morro, 1951
óleo s/ tela
162 x 114 cm
Di Cavalcanti, Mulher de
Chapéu, 1952
óleo s/ tela, 64 x 49 cm
Picasso Portrait of Dora Maar, 1937
óleo s/ tela, Musée Picasso,
Paris.
Mulher Deitada e Cachorro, 1954
óleo s/ tela, 50 x 65 cm
Mulher na Varanda, 1955
Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP)
óleo s/ tela, 100 x 81 cm
Di Cavalcanti
Favela , 1958
óleo sobre tela, c.i.d.
100 x 80 cm
Duas Mulatas na Varanda, 1961
óleo s/ tela, 114 x 116
Coleção Particular Duas Mulatas de Vestidos Coloridos , 1962
óleo s/ tela, 130 x 81 cm
Coleção Particular
Candido Portinari (1903 - 1962)
• Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebe
apenas a instrução primária e desde criança manifesta
sua vocação artística. Inicia-se na pintura em meados
da década de 1910, auxiliando na decoração da Igreja
Matriz de Brodósqui, sua cidade natal.
• Em 1918, muda-se para o Rio de Janeiro e, no ano
seguinte, ingressa no Liceu de Artes e Ofícios e na
Escola Nacional de Belas Artes -Enba, na qual cursa
pintura com Rodolfo Amoedo (1857 - 1941).
• Em 1929, viaja para a Europa com o prêmio de viagem
ao exterior, que conquista com o retrato do poeta
Olegário Mariano.
Meu Primeiro Trabalho, 1921
Portinari, Candido
Baile na Roça , 1924
óleo sobre tela
97 x 134 cm
Coleção Particular
Portinari, Candido
Retrato de Olegário
Mariano , 1928
óleo sobre tela, c.s.e.
198 x 65,3 cm
Museu Nacional de Belas
Artes (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari
• Percorre vários países durante dois anos.
Conhece as obras dos mestres italianos
Giotto (ca.1266 - 1337) e Piero della
Francesca (ca.1415 - 1492) e da cena
européia: Henri Matisse (1869 - 1954),
Amedeo Modigliani (1884 - 1920), Giorgio
de Chirico (1888 - 1978) e Pablo Picasso
(1881 - 1973).
Giotto di Bondone, O Beijo de Judas, Cappella
Scrovegni, Padova,1304-06. Afresco, 200 x 185 cm
Piero Della Francesca, O Batismo de Cristo, óleo sobre madeira c. 1440-1450
Henri Matisse, A Dança, 1910
De Chirico
Modigliani
Volta ao Brasil
• Retorna ao Brasil no início de 1931.
Trabalha com intensidade, pintando
principalmente retratos, sua maior fonte
de renda.
Retrato de Manuel Bandeira, 1931
Retrato de Olegário Mariano, 1931
O Violinista, 1931
Mário de Andrade
• Foi vendo este retrato no Salão Revolucionário
de 1931 que, pela primeira vez, Mário de
Andrade notou a pintura de Portinari; fato que
relembraria alguns anos mais tarde, em um
artigo de jornal: “[...] 'O Violinista' era já uma
obra admirável pela composição e a firmeza
extraordinária do desenho, e me deixei arrastar
pelo entusiasmo. [...] Havia nela uma
‘necessidade’ interior impossível de confundir-se
com o prazer da novidade e as preocupações
de originalidade. E depositei no pintor uma
confiança sem reservas...”
Retrato de Mário de Andrade, 1935
Portinari
• 1932- São Paulo - Primeira Individual depois do
retorno da França; apresenta pela primeira vez
ao público telas de temática brasileira: cenas de
infância, o circo, cirandas.
• Em algumas telas apresenta lembranças da
infância Brodósqui. As figuras são diminutas,
sem rostos, contrastando com a imensidão da
paisagem, na qual predominam os tons de
marrom.
Ronda Infantil, 1932
Morro, 1933. Museum of Modern Art,
New York,NY.
Circo, 1933
Futebol, 1935
O social
• Em 1934, Portinari pinta Despejados, sua
primeira obra com temática social. Ao
longo de sua carreira, o pintor revelará
forte preocupação social, procurando
captar tipos populares e enfatizar o papel
dos trabalhadores.
Despejados, 1934
• 1934: Sua tela O Mestiço é adquirida pela
Pinacoteca do Estado de São Paulo,
primeira instituição pública a incluir
Portinari no seu acervo.
Mestiço, 1934
Portinari, Candido
O Lavrador de Café ,
1934
óleo sobre tela, c.s.d.
100 x 81 cm
Museu de Arte de São
Paulo Assis
Chateaubriand (SP)
Operário, 1934
Família, 1935
Portinari, Candido
Retirantes , 1936
óleo sobre tela
73 x 60 cm
Coleção de Artes Visuais do
Instituto de Estudos
Brasileiros - USP
Retirantes, 1936
• Entrevistado por um jornal paulista sobre o aspecto
social de sua pintura afirma: “Estou com os que acham
que não há arte neutra. Mesmo sem nenhuma intenção
do pintor, o quadro indica sempre um sentido social”.
PORTINARI, paulista de Brodowski, vai mostrar a S. Paulo
os seus últimos trabalhos. Folha da Noite, São Paulo, 20
nov. 1934.
• “Quanto à pintura moderna, tende ela francamente para
a pintura mural. Com isso, bem entendido, não quero
afirmar que o quadro de cavalete perca o seu valor, pois
a maneira de realizar não importa. No México e nos
Estados Unidos já há muitos anos essa tendência é uma
realidade, e noutros países se opera o mesmo
movimento, que há de impôr à pintura o seu sentido de
massa”
EXPOSIÇÃO de pintura Candido Portinari. Diário de São
Paulo, São Paulo, 21 nov.1934.
Diego Rivera, El Reparto de Tierras, 1924 Fresco Universidad
Autónoma de Chapingo, Edificio de Administración
Café , 1935
óleo sobre tela,130 x 195 cm
Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari – anos 1930
• Em 1935, recebe uma Menção Honrosa do
Carnegie Institute de Pittsburgh pela pintura
Café, tornando-se o primeiro modernista
brasileiro premiado no exterior.
• Na tela, a figura humana adquire formas
escultóricas robustas, com o agigantamento das
mãos e pés, recurso que reforça a ligação dos
personagens com o mundo do trabalho e da
terra.
• Em 1936, realiza seu primeiro mural, que
integra o Monumento Rodoviário da Estrada
Rio-São Paulo.
Construção de Rodovia I, II, III, IV, 1936. Obra executada para decorar o salão
principal do Monumento Rodoviário, localizado à Rodovia Presidente Dutra, Piraí,
RJ. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro,RJ
MEC
• Em 1938 é convidado pelo ministro Gustavo
Capanema (1902 - 1998) para pintar uma série
de afrescos para o novo prédio do Ministério da
Educação e Cultura - MEC, projetado por Lucio
Costa. O trabalho tem como tema os ciclos
econômicos do país.
Pau-Brasil, 1938. Pintura Mural, obra executada para decorar o salão de audiências
do Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro, RJ
Ciclos Econômicos
Portinari, Candido
Jogos Infantis (detalhe) , 1937 - 1944
Mural do MEC, têmpera, 477 x 1295 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari, Candido
Cana , ca. 1938
Mural do MEC - Ciclo Econômico
afresco
280 x 247 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari, Candido
Ferro , ca. 1938
Mural do MEC - Ciclo Econômico
afresco
280 x 248 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari, Candido
Café , ca. 1938
Mural do MEC - Ciclo Econômico
afresco
280 x 297 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari, Candido
Borracha , ca. 1938
Mural do MEC - Ciclo Econômico
afresco
280 x 248 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari, Candido
Cacau , ca. 1938
Mural do MEC - Ciclo Econômico
afresco
280 x 298 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari, Candido
Gado , ca. 1938
Mural do MEC - Ciclo Econômico
afresco
280 x 246 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari, Candido
Garimpo , ca. 1938
Mural do MEC - Ciclo Econômico
afresco
280 x 298 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
Portinari, Candido
Algodão , ca. 1938
Mural do MEC - Ciclo Econômico
afresco
280 x 300 cm
Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)
1939
• Executa três grandes painéis para o
Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de
Nova York e o Museu de Arte Moderna de
Nova York adquire sua tela Morro.
Jangadas do Nordeste, 1939. Painel a têmpera s/ tela. Obra executada para decorar o
Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York, projeto dos arquitetos Lúcio Costa
e Oscar Niemeyer encomendada por Armando Vidal, comissário geral da
representação do Brasil na feira. Ministério das Relações Exteriores, Brasília,D.F.
Cena Gaúcha, 1939. Idem
Portinari, Candido
Casamento Caipira , ca. 1940
óleo sobre cartão, colado em madeira
64 x 50 cm
Paisagem de Brodósqui, 1940
Espantalhos, 1940
Yves Tanguy, The absent lady, 1942
Biblioteca do Congresso
• Em 1941, pinta os painéis para a Seção
Hispânica da Biblioteca do Congresso em
Washington D.C. (EUA) com temas da
história do Brasil: Descobrimento,
Desbravamento da mata, Catequese e
Descoberta do ouro. Realizados em
têmpera, com grande luminosidade, os
painéis têm como protagonistas, mais
uma vez, os trabalhadores.
Portinari, Candido
Desbravamento da Mata (mural da Biblioteca do Congresso em Washington) ,
1941. Pintura mural a têmpera 316 x 431 cm
Library of Congress (Washington, DC, EUA)
Portinari, Candido
Descobrimento (mural da Biblioteca do Congresso em Washington) , 1941
316 x 316 cm
Library of Congress (Washington D. C., Estados Unidos)
Portinari, Candido
Catequese (mural da Biblioteca do Congresso em Washington) , 1941
pintura mural a têmpera
494 x 463 cm
Library of Congress (Washington, DC, Estados Unidos)
Portinari, Candido
Descoberta do Ouro (mural da Biblioteca do Congresso em Washington) , 1941
afresco, 494 x 463 cm
Library of Congress (Washington D. C., Estados Unidos)
1943
• Realiza oito painéis conhecidos como
Série Bíblica, fortemente influenciado pela
visão picassiana de 'Guernica' e sob o
impacto da Segunda Guerra Mundial.
O Massacre dos Inocentes, 1943. Painel a têmpera s/ tela. Obra
executada para decorar a sede da Rádio Tupi de São Paulo, SP
Série Bíblica. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand,
São Paulo,SP
Portinari, Candido
Ressurreição de Lázaro (painel da Rádio Tupi, SP) , ca. 1943
Série Bíblica
têmpera sobre tela
150 x 300 cm
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)
Portinari, Candido
O Pranto de Jeremias (painel da Rádio Tupi, SP) , ca. 1943
Série Bíblica
têmpera sobre tela
191 x 179,5 cm
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)
Portinari, Candido
O Massacre dos Inocentes (painel da Rádio Tupi, SP) , ca. 1943
Série Bíblica
têmpera sobre tela
150 x 150 cm
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)
Picasso, Guernica, 1937

A tela representa o bombardeamento sofrido pela cidade espanhola de


Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães e atualmente está exposta
no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.O pintor, que morava em
Paris na altura, soube do massacre pelos jornais e pintou as pessoas, animais e
edifícios destruídos pela força aérea nazista tal como os viu na sua imaginação.
Pampulha
• Em 1944, a convite do arquiteto Oscar
Niemeyer, inicia as obras de decoração
do conjunto arquitetônico da Pampulha
em Belo Horizonte, Minas Gerais,
destacando-se na Igreja de São Francisco
de Assis, o mural São Francisco (do altar)
e a Via Sacra, além dos diversos painéis
de azulejo.
Painel de Azulejos, 1944. Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha,
Belo Horizonte,MG
São Francisco despojando as vestes, 1944. Pintura mural a têmpera.
Parede do fundo do altar da Igreja de São Francisco de Assis da
Pampulha, Belo Horizonte, MG.
Jesus Carrega a Cruz às Costas, Passo II da Via Sacra, 1945. Pintura a
têmpera s/ madeira. Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha, Belo
Horizonte,MG
Guerra e militância
• A escalada do nazi-fascismo e os
horrores da II Guerra reforçam o caráter
social e trágico de sua obra, levando-o à
produção das séries Retirantes (1944) e
Meninos de Brodósqui (1946), assim
como à militância política, filiando-se ao
Partido Comunista Brasileiro, sendo
candidato a deputado em 1945, e a
senador em 1947.
Retirantes, 1944. Painel a óleo s/ tela, 190 x 180cm.
MASP, SP.
Portinari, Candido
Retirantes , 1944
óleo sobre tela
190 x 180 cm
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)
Portinari, Candido
Criança Morta , 1944
óleo sobre tela
180 x 190 cm
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)
Portinari, Candido
Mãe Chorando , 1944
óleo sobre tela
73 x 60 cm
Museo Nacional de Bellas Artes (Buenos Aires, Argentina)
Menino de Brodowski, 1946. Menina Chorando, 1946. Desenho
Desenho a óleo e pastel/papel. a óleo s/ papel. Col. Part. RJ.
Col Part. RJ
Temas históricos
• Em 1948, Portinari se auto-exila no Uruguai, por motivos
políticos, onde pinta o painel A Primeira Missa no
Brasil, encomendado pelo Banco Boavista do Rio de
Janeiro.
• Em 1949 executa o grande painel Tiradentes, narrando
episódios do julgamento e execução do herói brasileiro,
que lutou contra o domínio colonial português. Por este
trabalho, Portinari recebeu, em 1950, a Medalha de
Ouro concedida pelo júri do Prêmio Internacional da
Paz, reunido em Varsóvia.
• Em 1952, atendendo à encomenda do Banco da Bahia,
realiza outro painel com temática histórica: A Chegada
da Família Real Portuguesa à Bahia.
Portinari, Candido
A Primeira Missa no Brasil (painel) , 1948
têmpera sobre tela
266 x 598 cm
Coleção Particular
Clientela eclética
• “Seu talento como pintor colocou-se a serviço de uma
clientela eclética: da ditadura de Vargas à esquerda,
bem como a alta sociedade em fins de 30 e início de 40.
(...) Portinari dizia não recusar trabalhos, como
profissional que era. Assim entremeia-se, em sua
produção, o mural em que registra de forma exaltatória o
trabalhador brasileiro, o retrato da grã-fina, o quadro em
que fixa a memória da infância, o painel historicista que
refaz nossa memória nacional, o painel decorativo para
a residência do diplomata italiano em pleno período
fascista: Portinari, enfim, é o grande pintor nacional dos
anos 30 e 40” (Aracy Amaral)
Portinari, Candido
Tiradentes (painel - detalhe) , 1948 - 1949
têmpera sobre tela
309 x 1767 cm
Fundação Memorial da América Latina (São Paulo, SP)
1953-56

• Entre 1953 e 1956, realiza os murais Guerra e Paz


(1953-1956) para a sede da ONU, em Nova York, obras
de grandes dimensões, em que trabalha com uma
sobreposição de planos.
• Esses murais apresentam um resumo da trajetória do
artista, em termos de iconografia: neles estão presentes
a mãe com o filho morto, os retirantes e os meninos de
Brodósqui.
• Em 1956, com a inauguração dos painéis Guerra e Paz,
recebe o prêmio Guggenheim.
• Em 1962, Portinari falece consagrado como o artista
brasileiro mais importante, posição que deixará de ser
unânime nas décadas seguintes.
Guerra e Paz

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