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No verão de 1976 uma misteriosa epidemia atacou de repente duas cidades da África
central, matando a maioria de suas vítimas. Médicos e pesquisadores suspeitaram que o
vírus mortal chamado Marburg fosse o culpado.
Embora tenha sido mostrado que o Ebola sobrevive em superfícies por várias horas e
que a transmissão por espirros ou tosse é teoricamente possível, praticamente todos os
casos de contágio conhecidos foram através do contato direto com os indivíduos em
estágio avançado da doença, com o maior risco repousando sobre os profissionais de saúde
e amigos ou parentes das vítimas.
É por isso que, apesar de seus efeitos terríveis, o Ebola tem sido em geral bem menos
mortal que infecções mais comuns, como sarampo, malária e gripe. Depois que o surto é
controlado, o vírus deixa de existir na população humana até que o próximo surto comece.
Mesmo sendo uma coisa boa, isso torna o vírus Ebola difícil de ser estudado. Os cientistas
acreditam que os morcegos frugívoros sejam os portadores naturais, mas não se sabe como
ele é transmitido aos seres humanos. Além disso, muitos dos países onde ocorrem os surtos
de Ebola sofrem de má infraestrutura e saneamento, o que permite que a doença se
espalhe.
E a pobreza dessas regiões, combinada com a quantidade relativamente baixa de
casos, gera pouco incentivo econômico para as empresas farmacêuticas investirem em
pesquisas. Mesmo alguns medicamentos experimentais sendo promissores, e com
governos financiando o desenvolvimento de uma vacina, até 2014, as únicas soluções
eficazes e difundidas para um surto de Ebola permanece sendo o isolamento, o
saneamento básico, e a educação das pessoas.
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