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Dissertação de Mestrado
Helio m. Kohler
Consultor
Ficha Catalográfica
Canellas, Susan Sales
78 f ; 30 cm
Inclui bibliografia
CDD: 669
Aos meus pais, que sempre me apoiaram em todos os meus projetos de vida
Agradecimentos
Palavras-chave
PET; Reciclagem; Construção Civil; Argamassa.
Abstract
Canellas, Susan Sales. Recycling of PET bottles, aiming at
substitution of small aggregate in mortar. Rio de Janeiro, 2005. 78p. Master
Dissertation - Department of Materials Science and Metallurgy, Pontifical
Catholic University of Rio de Janeiro.
The development of technology that uses clean energy and the integrated
management of domestic and industrial residues aiming at a new engineering in
the social and company relationship, is a urgent necessity. The society, mainly
in developed countries, are already giving priority to the products of companies
that possess identity with socially correct activities. The industry of construction,
as one of the larger generator of residues, that produces around
3000kg/hab.year, and can not exempt of this purpose. Since the civil
construction consumes great amount of natural sector resources, a large
number of studies aiming at the substitution of natural sand, considered a non
renewable material, is being carried out, particularly by, mixing conventional
material with industrial and urban residues. The material used in these this
study, was granulated PET (polyethylene tereftalate), obtained from beverage
bottles, residues that are reaching a high percentage in the composition of the
urban wastes. The objective of this research aimed at create a new perspective
for construction materials, by crushing bottles of PET and using the produced
material as a substitute of the natural sands for production of mortar. In this
study was used the PET/sand ratios of 10, 30 and 50%, being 30%, the best
ratio observed, due to a still good workability, an acceptable compressive and
tensile strengths. The innovation, proposed in this study for instance, in the
production of pieces of concrete, without great structural value, and in urban
furnitureleading to a significant economy of volumes of sands, a resource
whose extraction has been caused great damages to the present ecosystem of
the rivers and in its edges.
Keywords
PET; Recycling; Construction Materials; Mortar
Sumário
1 Introdução 14
2 Revisão da Literatura 17
2.1. Gestão de resíduos 17
2.2. Caracterização dos plásticos 24
2.2.1. Os principais tipos de plásticos 24
2.2.2. Processos de reciclagem de Plásticos: 26
2.3. Caracterização do PET 28
2.4. Reciclagem de PET 29
2.5. Considerações sobre o processo de reciclagem 33
2.6. Impedimentos para reciclagem 34
2.7. Coleta seletiva de embalagens PET 34
2.8. Linha de Reciclagem de PET 37
2.9. Atividade de extração de areia 39
2.9.1. Reservas naturais 39
2.9.2. O processo de extração: 40
2.9.3. Impacto ambiental 41
2.9.4. Redução do impacto ambiental 42
2.10. Agregados 43
2.10.1. Caracterização tecnológica 43
2.10.2. Morfologia das partículas 44
2.10.3. Grau de Porosidade 45
2.11. Utilização de produtos reciclados de PET na construção civil 45
3 Objetivo e Relevância do Trabalho 49
4 Desenvolvimento Experimental 50
4.1. Materiais 50
4.2. Equipamentos: 51
4.3. Métodos 52
4.3.1. Coleta do material 52
4.3.2. Granulação 53
4.3.3. Caracterização tecnológica dos agregados miúdos de PET 53
4.3.4. Ensaio de Compressão 54
4.3.5. Corpos de Prova 55
5 Resultados e Discussões 56
5.1. Coleta das amostras 57
5.2. Lavagem 58
5.3. Classificação por Densidade 58
5.4. Fragmentação 58
5.5. Classificação Granulométrica 59
5.6. Módulo de Finura 59
5.7. Absorção d’água 60
5.8. Massa Específica 61
5.9. Moldagem de Corpo de Prova (Cp) 62
3
5.10. Cálculo do consumo de agregados/m 62
5.11. Ensaio de Compressão Axial 64
5.12. Ensaio de Tração 70
6 Conclusão 72
7 Referências Bibliográficas 75
Lista de quadros
2.1.Gestão de resíduos
60
50 Papel
Plastico
Percentual
40
Vidro
30
Mat. Orgânica
20
Metal
10 Outros
0
1981
1986
1989
1991
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Ano Base
Por outro lado, o manejo e a deposição final dos resíduos industriais, tema
que atualmente tem tido uma maior projeção por parte da sociedade, constituem
um problema ainda maior que certamente já produz sérias conseqüências
ambientais e para a saúde da população.
No Brasil, os estados interferem no problema através de seus órgãos de
controle ambiental, exigindo dos geradores de resíduos perigosos (Classes I e II)
sistemas de manuseio, de estocagem, de transporte e de destinação final
adequados.
As administrações municipais podem agir nesse setor de forma
suplementar, através de seus órgãos de fiscalização, sobretudo considerando
que a determinação do uso do solo urbano é competência exclusiva dos
municípios, conferindo-lhes o direito de impedir atividades industriais
potencialmente poluidoras em seu território, seja através da proibição de
implantação, seja através da cassação do alvará de funcionamento.
Segundo Monteiro et al. (2001), como a gestão de resíduos está se
transformando em uma atividade essencial, e as atividades que a compõem se
restringem ao território do Município, apesar de serem ainda primárias, as
soluções consorciadas de destinação final em aterros gerenciados e
programados já fazem parte da pauta de várias prefeituras.
Municípios com áreas mais adequadas para a instalação dessas unidades
operacionais às vezes se consorciam com cidades vizinhas para receber os seus
resíduos, negociando algumas vantagens por serem os hospedeiros, tais como
isenção do custo de vazamento ou alguma compensação urbanística, custeada
pelos outros consorciados.
24
! Plásticos Termofixos:
Não se fundem e uma vez moldados e endurecidos, não oferecem
condições para reciclagem. São apresentados como mistura de pós e moldados
sob pressão.
Como exemplo, as telhas transparentes, do revestimento do telefone e de
inúmeras peças utilizadas na mecânica em geral e especificamente na indústria
automobilística.
! Plásticos Termoplásticos:
São aqueles que se fundem a baixas temperaturas podendo ser moldados,
após o resfriamento recuperam suas propriedades físicas.
Como o processo possibilita a repetição, a reciclagem se torna
tecnicamente um processo simples e viável.
Porém segundo as normas sanitárias, os produtos reciclados não podem
ser empregados em embalagens alimentícias a fim de se evitar contaminações.
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas estabelece através
da norma NBR - 13230, simbologia a identificação dos termoplásticos utilizados
na fabricação de embalagens e recipientes, facilitando a sua reciclagem.
Polipropileno - PP
Empregados em embalagem de massas alimentícias e biscoitos, potes de
margarina, seringas descartáveis, equipamentos médico-cirúrgicos, fibras e fios
têxteis, utilidades domésticas, autopeças, etc..
Poliestireno – PS
Usado em copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e de
TV, embalagens alimentícias, revestimento de geladeiras, material escolar, etc..
Outros
São as resinas plásticas não indicadas até aqui e são utilizadas em
plásticos especiais na engenharia, em CDs, em eletrodomésticos, em corpo de
computadores e em outras utilidades especiais.
! Reciclagem Secundária
É a reciclagem de parte dos rejeitos existentes no lixo propriamente dito.
Essa reciclagem pode ser feita nas Usinas de Compostagem e Reciclagem ou
através de coleta seletiva.
Mesmo no caso de coleta seletiva onde o plástico vem relativamente limpo,
o produto reciclado terá sempre uma qualidade técnica inferior ao material
virgem, devido a presença de diversas formas de plásticos nesses refugos,
exigindo operações adicionais àquelas da reciclagem primária, para a separação
dos diversos tipos existentes. Dependendo da utilização do produto final, essa
operação não precisará ser realizada, ressaltando-se que o produto assim
reciclado deverá ser utilizado apenas nas situações em que tais alterações
sejam perfeitamente aceitáveis.
No caso da separação nas Usinas de Reciclagem há necessidade de uma
lavagem, além da separação, muito mais trabalhosa do que no caso da coleta
seletiva, uma vez que o plástico vem contaminado pelas impurezas do lixo e os
efluentes líquidos oriundos dessa lavagem necessitarão de um tratamento
especial antes de ser lançado na natureza, fato este que desvaloriza o processo
de comercialização desses produtos.
! Reciclagem Terciária
É a transformação dos resíduos polímeros em monômeros e em outros
produtos químicos através de decomposição química ou térmica. Após esta
operação, o produto poderá ser novamente polimerizado, gerando novas resinas
plásticas.
É importante ressaltar que os materiais obtidos por este processo de
reciclagem necessitam de um tratamento dispendioso na purificação final, sendo
só indicado para produtos de alto valor econômico.
! Reciclagem Quaternária
Neste caso o objetivo é a queima do plástico em incineradores especiais
gerando calor que pode ser transformado em energia térmica ou elétrica, em
virtude do alto poder calorífico dos plásticos. Entretanto existe, nesse caso, um
grande inconveniente, pois a queima do plástico gera gases de alta toxicidade,
contaminando de forma violenta o meio ambiente, o que exige que os
incineradores sejam dotados de filtros especiais, de altíssimo custo, e mesmo
assim essa filtragem não se processa de forma satisfatória.
28
2.3.Caracterização do PET
2.4.Reciclagem de PET
! Reciclagem química:
Utilizada também para outros plásticos, separa os componentes do PET,
fornecendo matéria-prima para solventes e resinas, entre outros produtos.
!Reciclagem energética:
O calor gerado com a queima do produto pode ser aproveitado na geração
de energia elétrica (usinas termelétricas), alimentação de caldeiras e altos-
fornos. O PET é altamente combustível, com valor de cerca de 20.000 BTUs/kilo,
e libera gases residuais como monóxido e dióxido de carbono, acetaldeído,
benzoato de vinila e ácido benzóico. Por outro lado, devido ao alto valor da
sucata, a incineração do material não é recomendada, mesmo com recuperação
de energia.
! Reciclagem mecânica.
Praticamente todo o PET reciclado no Brasil passa pelo processo
mecânico, que pode ser dividido em:
RECUPERAÇÃO: Nesta fase, as embalagens que seriam destinadas ao
lixo comum ganham o status de matéria-prima. As embalagens recuperadas
serão separadas por cor e prensadas. A separação por cor é necessária para
que os produtos que resultarão do processo tenham uniformidade de cor,
facilitando, assim sua aplicação no mercado. A prensagem, por outro lado, é
importante para que o transporte das embalagens seja viabilizado, devido a
leveza do material, os fardos são montados de modo a garantir a maior
quantidade em um menor volume.
30
nos aterros, utiliza apenas 0.3% da energia total necessária para a produção da
resina virgem.
É possível utilizar os flocos da garrafa na fabricação de resinas alquídicas,
usadas na produção de tintas e também resinas insaturadas, para produção de
adesivos e resinas poliéster. As aplicações mais recentes estão na extrusão de
tubos para esgotamento predial e na injeção para fabricação de torneiras.
2.9.1.Reservas naturais
Figura 6 - Visão do Córrego Água do Sobrado e a extração da Areia. Fonte Jornal Vale
Paraibano (Out/2003)
2.9.3.Impacto ambiental
2.10.Agregados
2.10.1.Caracterização tecnológica
Definições:
Agregado natural
Quanto à Natureza
Agregado Artificial
Agregado Graúdo
Agregado Miúdo
AGREGADOS Quanto à Tamanho
Agregado de Enchimento
Denso
Aberto
Quanto à Graduação
Tipo Macadame
2.10.3.Grau de Porosidade
4.1.Materiais
! Cimento
O cimento utilizado na fabricação dos Cps (Corpos de Prova) para os
ensaios de compressão, foi o CPII 32F (Cimento Portland Composto com adição
de Filler).
A Pasta tem como função:
a) Envolver os agregados, enchendo os vazios formados e proporcionando
ao concreto possibilidades de manuseio, quando recém-misturados.
b) Aglutinar os agregados no concreto endurecido, dando ao conjunto certa
impermeabilidade, resistência aos esforços mecânicos e durabilidade frente aos
agentes agressivos.
! Areia
A areia utilizada nos ensaios foi classificada como areia média, peneirada
para uma granulometria máxima de 1.41mm.
4.2.Equipamentos:
4.3.Métodos
4.3.1.Coleta do material
4.3.2.Granulação
4.3.4.Ensaio de Compressão
4.3.5.Corpos de Prova
5.2.Lavagem
5.4.Fragmentação
5.5.Classificação Granulométrica
6% 3% 2% #2,36mm
14% 38% #1,41mm
#1,00mm
#0,71mm
#0,50mm
37% #0,074mm
5.6.Módulo de Finura
MF "
! retido
100
Cálculo de MF = 2,51%
134,59 # 59,50 # 35,14 # 21,32
MF " " 2,51
100
5.7.Absorção d’água
5.8.Massa Específica
200,00
T1 - 0%
150,00
T2 - 10%
kgf/cm²
100,00 T3 - 30%
T4 - 50%
50,00
T5 - 70%
0,00
1 dia 3 dias 7 dias 14 dias 28 dias
Idade
200,00
150,00 1 dia
3 dias
kgf/cm²
100,00 7 dias
14 dias
50,00
28 dias
0,00
T1 T2 T3 T4 T5
Traço
Variação de Peso
600,00
Peso em gramas
500,00 1 dia
400,00 3 dias
300,00 7 dias
200,00 14 dias
100,00 28 dias
0,00
T1 T2 T3 T4 T5
Traço
80,00
70,00
60,00 T1 - 0%
50,00
kgf/cm²
T2 - 10%
40,00
30,00 T3 - 30%
20,00 T4 - 50%
10,00
0,00
3 dias 7 dias 14 dias 28 dias
Idade
80,00
70,00
60,00 3 dias
kgf/cm²
50,00 7 dias
40,00
30,00 14 dias
20,00 28 dias
10,00
0,00
T1 T2 T3 T4
Traço
Variação de Peso
500,00
Peso em gramas
400,00
3 dias
300,00 7 dias
200,00 14 dias
28 dias
100,00
0,00
T1 T2 T3 T4
Traço
80,00
70,00
60,00
T1 - 0%
50,00
kgf/cm²
T2 - 10%
40,00
T3 - 30%
30,00
T4 - 50%
20,00
10,00
0,00
3 dias 7 dias 14 dias 28 dias
Idade
80,00
70,00
60,00 3 dias
kgf/cm²
50,00 7 dias
40,00
30,00 14 dias
20,00 28 dias
10,00
0,00
T1 T2 T3 T4
Traço
Variação de Peso
500,00
Peso em gramas
400,00
3 dias
300,00 7 dias
200,00 14 dias
28 dias
100,00
0,00
T1 T2 T3 T4
Traço
5.12.Ensaio de Tração
30
25
20
14 dias
28 dias
kgf/cm² 15
14 dias
28 dias
10
0
T1 T2 T3 T4
Traços