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Estado? Não, obrigado
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Estado? Não, obrigado

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About this ebook

Esta obra é repleta de exemplos que mostram como não temos nenhuma necessidade da asfixiante presença do estado e como o mercado por si só pode resolver todos os problemas de uma comunidade.
O formato do livro é também um diferencial, perguntas e respostas claras e objetivas, indo direto ao ponto, o que torna a leitura rápida e agradável e facilita a compreensão.
Um livro que fará você pensar nos problemas de hoje sob um ponto de vista completamente novo!
LanguagePortuguês
PublisherLVM Editora
Release dateAug 1, 2017
ISBN9788562816642
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    Estado? Não, obrigado - Marcello Mazzilli

    outro.

    Capítulo 1 - As Bases do Libertarianismo

    1 - O Que é o Libertarianismo?

    A crença do libertarianismo se baseia num axioma central: ninguém pode agredir a pessoa e a propriedade dos outros. – Murray N. Rothbard

    Os libertários acreditam que nas palavras de Rothbard resida a solução para os problemas de todas as comunidades, da humanidade inteira. Se aceito universalmente e for corretamente aplicado este princípio básico do libertarianismo baseado no direito de propriedade, pode resolver a maioria dos conflitos que ocorrem entre indivíduos.

    É importante notar que o libertarianismo não é uma filosofia metafísica, ou ontológica, e não pretende responder a perguntas como Como é a vida depois da morte? Deus existe? Quando começa a vida?, respostas estas que vamos buscar em outras doutrinas filosóficas, na religião, ou dentro de nós mesmos.

    O Libertarianismo é, em vez disso, como dissemos, uma filosofia política. Tendo retirado a sua própria definição do conceito de propriedade, libertarianismo é com certeza uma filosofia política econômica. Isso não quer dizer que o libertarianismo deva abranger somente o comércio, a bolsa de valores e os consumidores. Ele abrange todas as esferas das relações humanas, quando estas envolvem duas ou mais pessoas que, como já dissemos, devem ser livres e voluntárias.

    Aplicando corretamente o principio básico do libertarianismo, somos capazes de compreender se uma ação é legítima ou ilegítima. E, para aplicar corretamente o libertarianismo nas nossas escolhas diárias, ou imaginá-lo aplicado (num futuro próximo?) num mundo libertário precisamos primeiramente compreendêlo bem. Em particular, primeiro precisamos compreender bem o que queremos dizer quando falamos em indivíduo, propriedade e direito de propriedade, agressão, legítimo ou ilegítimo.

    2 - O Que é o indivíduo?

    A liberdade não é uma coisa que pode ser dada a todo mundo, é algo que se busca. As pessoas são tão livres quanto querem ser. – James Baldwin

    Por indivíduo entendemos um ser humano adulto, livre e responsável, capaz de querer e de entender. Esta definição se faz necessária para abordar as questões de filosofia política. De fato, para poder aplicar corretamente um pensamento político é necessário que todos os elementos envolvidos possam ser por si só sujeitos e objetos de pensamentos políticos. Caso contrário, o que obtemos não é mais uma direção de comportamento e sim uma imposição ética.

    Explicando melhor. A frase É errado comer carne de animais é uma imposição ética. Esta ideia pode ser partilhada de todos aqueles que se consideram vegetarianos ou vegans, mas ao mesmo tempo pode ser contestada por aqueles que preferem completar sua dieta com carne de animais. O valor filosófico de uma frase como esta, para um libertário, é o mesmo valor de frases como É errado andar na grama ou comporte-se ou não vai para o céu. Todas estas frases introduzem elementos externos à relação indivíduo-indivíduo, e como tais estas podem ser aceitas ou não, sem ligação com o libertarianismo.

    Um libertário hindu, provavelmente não come carne de boi. Um libertário católico comerá peixe na sexta feira santa. Um libertário ateu comerá carne quando tiver vontade. Sendo o libertarianismo uma filosofia política que envolve os seres humanos apenas enquanto indivíduos responsáveis e livres, ele não pode ser usado para traçar uma linha de conduta nestes assuntos.

    Do mesmo modo, e pela mesma razão, muitos libertários se dividem em questões morais, como o aborto, o suicídio e eutanásia (abordaremos em detalhes algumas destas questões mais a frente) porque erroneamente, nota do que vos escreve, tendem a confundir o conceito de indivíduo com aquele mais amplo e genérico que é ser humano.

    O libertarianismo, repito mais uma vez, se ocupa simplesmente de definir as relações entre indivíduos e suas propriedades.

    3 - O Que é a Propriedade?

    Rothbard recorre ao jusnaturalismo para definir o conceito de propriedade. Em primeiro lugar cada indivíduo é proprietário do seu próprio corpo. Este é um direito natural e é aceito como tal. Este direito existe, pelo jusnaturalismo, e não existe como ser atribuído por terceiros (como por exemplo, o direito à moradia ou o direito à escola que são falsos direitos"), mas existe e basta. Para um aprofundamento sobre o jusnaturalismo recomendamos o leitor buscar outra fonte. Aqui pretendo apenas destacar o jusnaturalismo como a base de (quase) todas as doutrinas de filosofia política por que representa o elemento mínimo de filosofia do direito, divisor comum de todas as outras teorias de filosofia política.

    O direito de propriedade do corpo é o primeiro passo para distinguir o indivíduo de todo o resto, do mundo que o rodeia. Porque o indivíduo tem direito à vida e ao próprio corpo segue-se que procurar viver da melhor maneira possível não é ilegítimo. O homem, como qualquer outro animal, procura viver com os recursos que a natureza lhe oferece. Estes recursos inicialmente se encontram na condição de res nullius (ou de ninguém). Se apropriar destes recursos é a primeira afirmação do Ser no

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