Professional Documents
Culture Documents
I.
1. ABeCedário do professor
O Método Pedagógico
2. O Método Pedagógico
• Escolha e Eficiência dos Métodos
• Critérios para a Escolha dos Métodos
II. Métodos
• Métodos Orientados para a Transmissão de Saber
• Ensino Expositivo
• Ensino Participativo
• Método da Descoberta
• Ensino Programado
Métodos
• Métodos Orientados para a Transmissão de Saber Fazer
• OT.W.Y.
• Método dos Casos
• Métodos Orientados para a modificação de atitudes
Técnica Pedagógicas
III. Técnicas Pedagógicas
• Phillips 6/6
• Simulação
• Jogos de Papéis
• Estudo de Casos
• ‘In-Basket”
• “Brainstorming”
• Discussão “Em Painel”
• Grupo de Verbalização
V. Glossário
Glossário
1. Abecedário do
professor
O MÉTODO PEDAGÓGICO
2. O Método Pedagógico
Podemos definir método como o modo consciente de proceder para alcançar um fim definido. Um
método de formação define um conjunto coerente de acções do formador destinadas a fazer
desenvolver nas pessoas a capacidade de aprender novas habilidades, obter novos conhecimentos e
modificar atitudes e comportamentos. Implica ordenação de meios e direcção a um fim e consiste
na aplicação coordenada de um conjunto de técnicas e procedimentos.
Os métodos são denominados de expositivos, activos, interrogativos e demonstrativos.
MÉTODO EXPOSITIVO
Neste método, a actividade dos alunos é receptiva, embora, não necessariamente passiva, cabendo ao
professor a apresentação dos conhecimentos e habilidades.
VANTAGENS:
— Utilização para grande número de pessoas.
— Domínio da programação.
— Dá segurança ao formador porque lhe permite seguir um programa previamente definido.
INCONVENIENTES:
— Participação nula dos formandos.
— Falta de discussão.
— Distanciamento dos participantes e do formador.
— Transmite quantidades de matéria que por vezes é difícil de assimilar.
— Não dá possibilidade de controlar a eficácia da formação.
Expôr o tema
Mostrar/Ilustrar
Tratar uma só questão de cada vez
A forma mais típica deste método é a conversação didáctica, onde o professor através dos conhecimentos
e experiências que possui, leva os alunos a aproximarem-se gradativamente da organização lógica dos
conhecimentos e a dominar métodos de elaboração das ideias independentes. A forma mais usual de
aplicação da conversação didáctica é a pergunta
VANTAGENS:
— Disponibilidade de tempo.
— Permite o domínio da programação.
— Maior participação do que quando se usa o método expositivo.
INCONVENIENTES:
— Toda a iniciativa é do formador.
— O grupo acomoda-se facilmente.
— Não há dinâmica de grupo.
ESCOLHA E EFICIÊNCIA DOS
ESCOLHA E EFICIÊNCIA DOS MÉTODOS
Para uma escolha criteriosa dos métodos é necessário que o professor saiba qual a finalidade
da formação, isto é, qual a natureza do comportamento que quer comunicar à pessoa que o recebe.
Se isso não acontecer dificilmente será feita uma escolha acertada dos métodos pedagógicos.
MÉTODOS
É importante, por isso, saber distinguir os diferentes tipos de comportamentos.
— Nível Do Saber
Conjunto dos conhecimentos gerais ou especializados que é necessário possuir. Neste caso,
o professor, transmite determinados conhecimentos e o formando repete, imite, lê, interpreta, até
conseguir atingir os comportamentos que dele se esperam.
Visa:
Adquirir conhecimento e faz apelo à memorização e à compreensão.
— Nível Do Saber Fazer
Domínio de instrumentos e métodos cuja utilização é necessária para um bom desempenho profissional.
É o ensino mais praticado nas empresas.
Incide:
• no campo da actividade manual
— Nível Do Saber Ser (Atitudes)
Visa a modificação de atitudes e normalmente a formação só é eficaz a longo prazo.
— Actividade
Aprende-se tanto mais quanto maior for a oportunidade para aplicar os conhecimentos adquiridos.
Quando só o formador tem um papel activo e os formandos um papel passivo o ensino não poderá
ser eficaz.
Assim, um método pedagógico será tanto mais eficaz quanto mais suscita actividade dos formandos
e quanto mais essa actividade estiver integrada na própria formação.
EFICIÊNCIA DOS MÉTODOS
— Referência A Conhecimentos Adquiridos
O formando incentiva-se tanto mais quanto ele próprio puder participar nas actividades:
• dialogando
PEDAGÓGICOS
• investigando
• confrontando as suas opiniões com as dos outros elementos do grupo
• produzindo trabalhos
Daí que o formador não deva insistir em dividir os conhecimentos em compartimentos estanques,
sem ter em conta a experiência dos participantes.
— Motivação
O adulto em formação tem necessidades/motivações próprias que importa que o formador seja
capaz de realçar porque a formação só tem probabilidade de atingir o seu objectivo se, quem a
recebe tem desejo de aprender. Daí que quanto menor for esse desejo de aprender, por parte
dos formandos, maiores deverão ser os elementos de motivação introduzidos pelo formador.
Para que a motivação seja possível deverá ser utilizada a própria realidade como fonte de
conhecimento confrontando-se a prática com elementos de interpretação e informação que
permitam levar a novos níveis de compreensão sem ser necessário fazer apelo à leitura de
textos complicados. Neste caso o formador terá de ser capaz de se confrontar com situações
inéditas, devendo por isso estruturar a formação na base da flexibilidade de modo, a que o
produto do grupo seja adaptável às novas teorias e práticas.
— Compatibilidade
Nenhum método só por si responde a todos os objectivos de formação nem a todas as situações
de aprendizagem. Na escolha dos métodos deve procurar-se que eles sejam compatíveis com:
• As características dos formadores (estilo, experiência, formação de base, prática, etc.)
• O nível dos formandos
• A natureza dos objectivos (conhecimentos, aptidões, atitudes)
• A natureza da organização
• O equipamento e instalações disponíveis
— Variedade
O formador que não domina diferentes métodos, terá muito menos possibilidades de atingir
eficazmente os seus objectivos.
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA
— Opção
Cada método de formação tem vantagens e inconvenientes, daí que a escolha deva ter em
atenção:
• Os objectivos da formação
DOS MÉTODOS
• O conteúdo
• A qualidade dos formadores
• O tempo de que se dispõe
• O número e a capacidade dos formandos
MÉTODOS ORIENTADOS PARA A TRANSMISSÃO DO SABER
ENSINO EXPOSITIVO
Caracteriza-se por um fluxo de informações num só sentido que saem do formador e se dirigem aos
formandos que na maior parte dos casos não passam de ouvintes.
— Principais Características
• Ou não suscita actividade ou se suscita é pouco significativa; o esforço despendido pelos
formandos não é muito grande.
• Nem sempre adaptado às circunstâncias dos intervenientes; muitas vezes está concebido sob uma
a transmissão do saber
atingir).
• Para ser eficaz exige uma prévia motivação dos formandos.
• Normalmente não é acompanhado de controlo ou pelo menos de um controlo integrado no próprio
ensino.
• O formador exerce a sua autoridade e de certa forma condiciona os formandos à passividade.
ENSINO PARTICIPATIVO
Introduz uma relação entre quem ensina e quem recebe o ensino.
— Características Do Método
• Actividade dos participantes. Possibilidade de adaptar o ensino à população.
• Tendência para provocar maior motivação.
• A participação dos formandos permite ao formador uma maior possibilidade de controlar a
transmissão de informações.
• Necessidade de mais tempo para tratar os assuntos, mas a relação tempo /eficácia é geralmente
mais eficaz.
MÉTODO DA DESCOBERTA
O mais importante é a relação formando/conhecimento. O papel do formador é o de provocar esta
relação.
Este método de um modo geral desenvolve uma grande actividade por parte do formando e é
bastante motivador, mas é muito difícil de ser aplicado na sua forma pura, pois pressupõe que o
resultado final não esteja definido, não se sabendo as conclusões a que se pode chegar.
ENSINO PROGRAMADO
Método de ensino que se baseia directamente nos resultados experimentais obtidas nos
laboratórios de psicologia. Apoia-se na teoria do reforço, segundo a qual todo o comportamento é
reforçado, isto é, recompensado.
Características
• Apresenta a informação em pequenas quantidades
• Exige uma participação activa no processo da aprendizagem
• Permite ao formando trabalhar individualmente e ajustar o ritmo de estudo às suas próprias
necessidades e possibilidades
• Indica imediatamente se a resposta dada pelo formando foi ou não correcta
• Apresenta as matérias decompostas em sequências ordenadas, sendo ensinado, em cada
sequência, um único elemento
• Não permite o prosseguimento se não forem aprendidas ou entendidas as sequências anteriores
— Modo Como É Apresentado
Pode ser apresentado sob a forma de ‘‘testes programados”, em livros, ou através de computador.
TÉCNICAS
— PROGRAMAS LINEARES
Cada formando segue o mesmo caminho
Métodos
1 2 3
— PROGRAMAS RAMIFICADOS
Cada formando encontra uma pergunta com várias respostas entre as quais pode escolher: Se
escolhe uma resposta errada, encontra uma explicação adequada e volta de novo à pergunta. Não
passa à informação seguinte sem ter respondido correctamente à pergunta anterior.
A1 A2
B2 C1
1 2
D1 D2 A3
1 2
a b c
— OBJECTIVOS
Ajudar a:
• adquirir conhecimentos
• relacionar conhecimentos
• aplicar os conhecimentos adquiridos em diferentes contextos
— CONCLUSÃO
transmissão
A aplicação do ensino programado é muito vasta. Este método pode ser usado praticamente em qualquer
tipo de formação e a sua aplicação dispensa o formador, no entanto, aconselha-se a prática de testes e
revisões orientadas por instrutores especializados nos assuntos que os formandos estão a seguir.
O T.W.I.
O Training Within Industry foi criado nos Estados Unidos no início da segunda guerra
mundial. A sua origem está muito ligada a pesquisas feitas naquela época nos campos da
Psicologia e Sociologia industrial. Utilizando o processo de aprender fazendo teve um
grande impacto na altura. Na Europa também foi difundido para proporcionar uma
formação acelerada ao pessoal não especializado.
— BASEIA-SE
Numa análise detalhada das tarefas, salientando-se os pontos-chave da sua execução:
— DESENVOLVIMENTO
O professor:
— UTILIZA-SE
Essencialmente na formação rápida e eficaz de pessoas que executam tarefas manuais.
MÉTODOS ORIENTADOS PARA A TRANSMISSÃO DO SABER FAZER
Responde à preocupação de completar a formação com recurso a casos reais, para ultrapassar
dentro do possível, a falta de experiência dos participantes e manter um bom nível de motivação.
— APRESENTAÇÃO
fazer
aa
Faz-se a apresentação do caso, (texto, filme, etc…) de seguida faz-se um primeiro estudo
fazer
para
para
individual e discute-se em pequenos grupos, a elaboração de uma solução. Finalmente os
saber
saber
orientados
diferentes grupos reúnem-se expondo e discutindo as soluções elaboradas
orientados
transmissão
transmissão dodo
— COMENTÁRIO
Métodos
Métodos
É eficaz para treinar o estudo de um programa complexo, pois permite fazer diferentes
ligações. Tem ainda a vantagem de desenvolver uma grande actividade. Adapta-se mal a
problemas de tipo sistemático, quando se dão todos os dados que conduzem a uma solução
indiscutível.
IV. TÉCNICAS PEDAGÓGICAS
Não é errado dizer-se que os métodos de formação são as estratégias que o formador utiliza para
conseguir levar a bom termo os objectivos a que se propôs. Considerando os métodos como as
estratégias do formador, teremos que ter em conta que as tácticas, são as técnicas de formação e
que estas se destinam a suscitar no formando um ou diversos comportamentos de aprendizagem. A
técnica é assim uma acção reflectida e metódica do formador.
A técnica pode ser metódica se põe em prática de maneira ordenada um ou mais princípios
estabelecidos científica ou empiricamente e reflectida se resulta de uma reflexão e de uma
escolha.
Em termos práticos, para o desenvolvimento da formação, o formador deverá considerar os
seguintes pontos:
9 Estimular a participação
9 Criar um clima psicológico favorável
9 Regular a participação
9 Dirigir a actividade de grupo
Técnicas Pedagógicas
Técnicas Pedagógicas
9 Resolver possíveis conflitos
9 Resumir as conclusões obtidas
As técnicas ajudam a desenvolver esses pontos e aplicam-se essencialmente na realização
de tarefas comuns ou na procura de solução de problemas, e contribuem para o
empenhamento de todos os elementos do grupo sob a orientação do formador.
Técnicas mais usuais:
• Phillips 6/6
— OBJECTIVOS
9 Suscitar as reacções perante a situação.
9 Testar as capacidades dos indivíduos em presença de situações novas.
9 Provocar a reflexão sobre as reacções, ou sobre a ausência de reacção, atitudes, etc..
Consiste em pôr em cena várias pessoas com o mesmo problema defendendo cada uma delas, o seu
ponto de vista.
— OBJECTIVOS
Pedagógicas
Pedagógicas
9 Consciencializar os participantes da existência de outros papéis sociais diferentes dos seus.
9 Desenvolver as suas capacidades de compreensão e adaptação.
9 Preparar os participantes para a solução de problemas que surgirão posteriormente.
Técnicas
Os papéis distribuídos aos participantes devem ser compatíveis com a posição que ocupam.
Técnicas
• Estudo de Casos (método de Harward)
Esta técnica foi criada na Universidade de Harward e foi muito difundida na Europa. “Um caso” é
uma situação concreta da vida real, que reclama uma resolução ou decisão.
“O caso” deve ser da competência dos participantes, que o estudarão depois de previamente lhe
serem proporcionados os dados necessários.
— OBJECTIVOS
Técnicas Pedagógicas
1. A imaginação livre é bem recebida ainda que as ideias lhe pareçam absurdas.
Técnicas Pedagógicas
2. Trata-se de produzir o máximo de ideias num mínimo de tempo.
Trata-se de uma discussão entre grupos de especialistas de determinado assunto, com um outro grupo,
de não especialistas, embora possuindo elementos básicos que permitam intervir na discussão.
Desnecessário será dizer que o formador é aquele que sabe utilizar com flexibilidade as várias técnicas
que tem ao seu dispor para atingir os fins fixados.
Deve ter-se em conta que não é a formação que está ao serviço das técnicas mas estas ao serviço
daquela.
1. PERGUNTA GERAL
(é feita à turma toda).
— OBJECTIVOS
9 Despertar o interesse e o raciocínio;
9 Fazer uma verificação global;
9 Iniciar um debate, buscando a participação activa.
2. PERGUNTA DIRIGIDA
(efectuada a determinado aluno)
— OBJECTIVOS
9 Dar atenção do desatento;
9 Cortar a conversa lateral;
9 Obter a opinião de um aluno;
9 Conhecer o aluno mais em particular.
3. PERGUNTA REVERSA
Pedir resposta ou opinião ao próprio aluno que fez a pergunta, servindo
para:
9 Pensar a resposta;
4. PERGUNTA REDISTRIBUÍDA
(Repete-se a pergunta feita a outro aluno ou à classe).
— OBJECTIVOS
9 Aumentar a participação de toda turma;
9 Obter a atenção dos desatentos;
9 Cortar conversas entre alunos;
9 Verificar o conhecimento do aluno
9 Obter opiniões desfavoráveis.
Etapas da técnica de perguntas
• Fazer a pergunta;
• Esperar...... para todos pensarem;
• Resposta correcta: elogiar e repetir a resposta ao grupo;
• Resposta errada: solicitar a outro aluno;
• Não havendo resposta: solicitar a opinião, chamando o aluno pelo
nome;
• Ouvir a resposta, REPETIR, com DESTAQUE
Técnica das
Técnica perguntas
das perguntas
VI. Glossário
ACTION MAZE – Descrição de um incidente ou situação que o formando analisa. Cada descrição
é seguida de uma lista de acções alternativas. A escolha feita pelo formando ou grupo de
formandos leva à descrição da nova situação e a uma lista de alternativas.
CLASSE ABERTA – O Formador projecta todas as fontes que os alunos poderão utilizar para
atingir os objectivos que podem ser definidos pelo formador.
EDUCAÇÃO PERMANENTE – Conceito que visa a realização tanto quanto possível completa do
indivíduo, em todas as suas dimensões e como ser sempre em formação, pela educação que se
alarga a toda a sua vida.
ESTUDO DE MODELOS – Descrição de um sistema ideal ou típico a ser usado como base de
uma discussão analítica.
INCIDENT PROCESS – Variante do estudo de casos em que os aspectos e factos críticos estão
escondidos. Por outras palavras em que os participantes têm de fazer as perguntas certas de modo
a determinar os aspectos importantes.
MEIOS DE ENSINO – São as ferramentas (recursos materiais) utilizadas pelo professor e pelos
alunos para organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem.
MEIOS MATERIAIS DE FORMAÇÃO – Conjunto de elementos que constituem a envolvente
física onde a actividade de formação tem lugar: inclui edifícios, equipamentos, apetrechamento
didáctico, etc.
RECICLAGEM – Processo que visa, através dos mais diversos meios, a actualização de
conhecimentos e métodos.